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17 março 2016

PROJECIOLOGIA (Histórico / Períodos) [3 de 7]

PERÍODO ESOTÉRICO DA PROJECIOLOGIA

Esoterismo: doutrina antiga ou atitude de espírito antiquada que preconizava reservar-se o ensinamento da verdade (científica, filosófica ou religiosa) a número restrito e fechado de pessoas escolhidas, em geral através de iniciações limitadas e secretas.


Período esotérico.

Sinonímia: autismo grupal; hermetismo; ocultismo.

Autismo. O esoterismo ou ocultismo era uma espécie de autismo de grupo.

Segundo. O segundo período histórico da Projeciologia, esotérico ou pré-científico, vai desde o Século XV até o Século XIX.

Esotérico. O vocábulo esotérico, como se sabe, significa tudo o que exige, para ser compreendido, uma iniciação limitada a um reduzido círculo de pessoas (segregacionismo, discriminação, sectarismo, facciosismo, elitismo, corporativismo fetal).

Sonegação. Nesta fase, a projeção consciencial lúcida foi caracterizada pelo aspecto prejudicial de forte sonegação de informações adequadas, a seu respeito, perante o público em geral (povão).

Fascínio. Preso à ignorância sobre as condutas eficazes para a sua produção voluntária, o fenômeno projetivo foi encoberto sempre sob espessa cortina de fumaça, sendo mantido como instrumento de dominação política, através do fascínio místico das massas pelo espírito medieval obscurantista, reflexo de séculos – ou talvez seria mais correto escrever milênios – anteriores.

Escondimento. O tema das projeções conscientes era mantido escondido, criminosamente vedado ao grande público – o povão – circulando apenas por estreitíssimos corredores de informação.

Reacionarismo. Sob a ação de poderosíssimas legiões reacionárias, surgiram nesta fase, como nunca, perseguições implacáveis aos sensitivos(as) e projetores(as), a caça generalizada às bruxas, notadamente em toda a Europa, e o predomínio de crendices, dogmas, preconceitos, superstições, tabus e tradições errôneas.

Monopólio. Os métodos empregados para se projetar conscientemente através dos séculos e das gerações sucessivas, neste período esotérico, foram mantidos interditados ao escrutínio do grande público, seguindo uma política ortodoxa, monopolizadora, segregacionista e de casta.

Política. Tal política, calcada na censura, na sonegação de informações e no encobrimento intencional dos fatos, permitia que se abafasse a verdade, proibindo os adeptos e iniciados de falar em público sobre as suas experiências projetivas, e estes jamais diziam nem registravam tudo o que experimentavam e sabiam a respeito dos fenômenos parapsíquicos.

Remanescentes. Observa-se, ainda hoje, remanescentes do acobertamento dos fatos e do hermetismo misantrópico nas técnicas de indução da projeção consciente emanadas dos iogues tibetanos onde sobressaem desinformações com a clara intenção de desencorajar o interesse dos estranhos pelo assunto.

Adulterações. A dissimulação dos fatos torna-se patente pelas inescondíveis adulterações de preceitos e a criação de acobertamentos lançados através de 4 recursos intencionais, espúrios:

     1. Métodos rebuscados (circunlóquios).
     2. Práticas ridículas (excrescências superpostas).
     3. Rituais abstrusos (infantilismos).
     4. Terminologia confusa (jargão primitivo).

Subinformações. O mesmo acontece, por exemplo, com duas categorias de subinformações:

     1. As informações fornecidas pela Sociedade Internacional Rosacruz com respeito à projeção psíquica (sétimo e décimo primeiro estágios).
     2. O fenômeno da bilocação física nos domínios do hagiológio do Vaticano (clericalismo católico).

Ocultismo. Até aquela época, os ensinamentos sobre as projeções conscientes ficavam na sombra, em obstinado silêncio, detrás da muralha do segredo, de posse apenas dos fervorosos adeptos autistas do esoterismo (oriental e ocidental), ou ocultismo, nas sociedades herméticas, fechadas em torno de seus membros, que sempre tiveram repugnância em fazer proselitismo e divulgar os seus conhecimentos.

Princípio. Partiam os ocultistas do princípio, aparentemente lógico, da estratégia de ocultamento, de que toda sua doutrina deveria manter-se deliberadamente escondida, secreta, pois ao ser revelada, obviamente, deixaria de ser oculta.

Repressão. Na verdade, a revelação eliminaria a repressão (doutrinação, condicionamento, lavagem subcerebral, sacralização, coerção intelectual) na sociedade e o espírito segregacionista e discriminatório que mantinham coesos os iniciados em torno dos mesmos princípios, à semelhança das formas de controle social, recompensas ou punições que ajudam a preservar, salvaguardar, mascarar e reforçar o sistema de desigualdades ou as normas de qualquer outra sociedade intrafísica, atrasada, em geral.

Tempo. Contudo, o tempo seguiu à frente, até chegar a ocasião em que tais razões segregacionistas não mais subsistiram, terminando o boicote ao aspecto nitidamente esotérico das práticas projetivas, prevalecendo a racionalidade, o senso de fraternidade e a liberdade de manifestação.

Esclarecimento. As experiências da projeção consciente vieram então trazer esclarecimento, conforto e a certeza razoável das realidades extrafísicas ou multidimensionais para muita gente.

Desocultismo. A Projeciologia, igual a todas as Ciências, tem justamente por função desvelar coisas ocultas (o desocultismo ou abertismo consciencial) e jamais sonegá-las.

Universalismo. As instituições conscienciológicas ou universalistas não defendem a exclusão de consciências, mas defende os excluídos de duas origens e de duas naturezas:

     1. Somática. Os hetero-excluídos: os despossuídos humanos assistidos através da tacon.
     2. Mentalsomática. Os auto-excluídos pelas verdades relativas de ponta: os assediadores, guias cegos e minidissidentes assistidos através da tares.

Saída. Depois que os projetores(as) conscientes foram ridicularizados, perseguidos, aprisionados, castigados, cremados e canonizados, nesta ordem, a projeção consciente pouco a pouco foi saindo de suas caracterizações como se fosse mera manifestação grosseira de bruxaria.

Hagiografia. Por certo tempo, o fenômeno foi incluído entre as visões místicas dos devotos e teólogos, e dentro dos quadros, biografias e narrativas da hagiografia (católica romana).

Marcas. Excluídos os casos de bilocação consciencial, arrolados entre os fenômenos da hagiografia através dos tempos, merecem registro, no Século XVIII, 2 projetores que marcaram a história da Projeciologia:

     1. Say. Primeiro, o ministro americano, quaker, Thomas Say (1709-1796), que deixou relatado, em detalhes, uma projeção consciente produzida quando estava em estado de coma, em 1726.
     2. Swedenborg. A segunda marca na história da Projeciologia no Século XVIII, devemos ao filósofo, teólogo e também vidente sueco, Emanuel Swedenborg (1688-1772).

Precursor. Swedenborg foi o Precursor da Projeciologia, o maior projetor consciente que surgiu até aquela época, pioneiro no recebimento das mensagens de consciexes ou amparadores.

Diários. Na condição de autor, Swedenborg deixou numerosos volumes com relatos de suas experiências, notadamente os “Diarii Spiritualis” (5 volumes), nos quais narra muitas de suas projeções conscientes, iniciadas em 1745 e que se estenderam em séries contínuas até 1765, com elevadas expressões da vida dupla da consciência intrafísica (conscin, Intrafisicologia) quando projetada nas dimensões conscienciais (conscin projetada, Extrafisicologia).

Profeta. O genial escritor francês, Honoré de Balzac (1799-1850) – o Profeta da Projeciologia – anunciou claramente, de modo incontrovertível, o surgimento da nova ciência, antes mesmo do advento do Espiritismo, da Metapsíquica, da Parapsicologia e da Psicotrônica, em 1832.

Afirmações. Balzac colocou na boca do personagem Louis Lambert, da novela psicológica, autobiográfica, com o mesmo título, estas perguntas e afirmações:

     1. Francês. “Si j’étais ici pendant que je dormais dans mon alcôve, ce fait ne constitue-t-il pas une séparation complète entre mon corps et mon être intérieur?” “Or, si mon esprit et mon corps ont pu se quitter pendant le sommeil, pourquoi neles ferais-je pas également divorcer ainsi pendant la veille?” “Ces faits se sont accomplis par la puissance d’une faculté qui met em oeuvre un second être à qui mon corps sert d’enveloppe...” “Si, pendant la nuit... ...dans la plus parfaite immobilité j’ai franchi des espaces, nous aurions des facultés internes, indépendantes des lois physiques extérieures.” “Comment les hommes ont-ils si peu réfléchi jusqu’alors aux accidents du sommeil qui accusent en l’homme une double vie? N’y aurait-il pas une nouvelle science dans ce phénomène?” (Páginas 71 e 72, Éditions Gallimard, 1980. Algumas expressões foram grifadas aqui).

     2. Português. “Se eu estava aqui enquanto dormia na minha alcova, este fato não constitui uma separação completa entre o meu corpo e meu ser interior?” “Ora, se meu espírito e meu corpo puderam separar-se durante o sono, por que não poderei eu divorciá-los igualmente durante a vigília?” “Estes fatos se verificaram pelo poder de uma faculdade que põe em movimento um segundo ser ao qual meu corpo serve de invólucro.” “Se, durante a noite. . . na mais absoluta imobilidade atravessei os espaços, então os homens terão faculdades internas, independentes das leis físicas exteriores.” “Por que terão os homens refletido tão pouco até agora sobre os acidentes do sono que acusam neles uma dupla vida? Não haverá uma nova ciência neste fenômeno?”

Tradução. Como se lê no texto desse volume de Balzac, hoje podemos traduzir tecnicamente algumas das expressões ali empregadas por ele:

     1. Descoincidência. À separação completa dá-se o nome de descoincidência dos veículos de manifestação da consciência ou conscin.
     2. PL. A tal faculdade está sendo chamada pela expressão projetabilidade lúcida (PL).
     3. Psicossoma. O segundo ser, no caso, é o psicossoma, o paracorpo das emoções.
     4. Projeciologia. A nova ciência foi denominada Projeciologia, uma das múltiplas especialidades da Conscienciologia.

Espiritismo. Por fim, a experiência da projeção consciente se firmou na condição do prodígio da “bilocação física” ou da “bicorporeidade”, nos estudos da “emancipação da alma”, expressões estas empregadas freqüentemente por autores do Século XIX, inclusive pelo codificador do Espiritismo, na França, Allan Kardec, ou Leon Hypolite Denizard Rivail (1804-1869).




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Extraído do livro: PROJECIOLOGIA Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano - Waldo Vieira - 10ª Edição 2008 - Editares.

Acesse IIPC: Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia.

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