30 setembro 2012

PROGRAMA SPUTNIK - Спутник - SPUTNIK PROGRAM

O primeiro programa de satélites da União Soviética consistiu em 4 artefatos Sputnik (Спутник - "companheiro de viagem"), dos quais 1 falhou ao não alcançar a órbita. Era a contribuição soviética ao "Ano Geofísico Internacional", comemorado de julho de 1957 a dezembro de 1958.

O primeiro satélite da série, o Sputnik 1, foi lançado em 4 de outubro de 1957, consistindo-se no primeiro satélite artificial da história.

Sputnik Launch Vehicle.

Seu objetivo era determinar a densidade das camadas mais altas da atmosfera, e os dados transmitidos através de sinais de rádio ( BIP-BIP-BIP ) podiam ser escutados por radioamadores do mundo inteiro; manteve-se ativo por 21 dias.

Sua órbita decaiu e ele caiu de volta à Terra em 4 de janeiro de 1958.

Os princípios para a construção do Sputnik 1 eram os seguintes:

1. o satélite deveria ser o mais simples e confiável possível e permitir o uso da tecnologia em projetos futuros;

2. o corpo do satélite deveria ser esférico (alta resistência aerodinâmica), com o objetivo de estudar a densidade das altas camadas da atmosfera durante a sua viagem;

3. o satélite deveria ser equipado com transmissores de rádio operando em no mínimo duas freqüências, com potência suficiente para ser rastreado por radioamadores e obter informações sobre a propagação de sinais de rádio através da atmosfera;

4. as antenas deveriam ser projetadas de modo a não interferir no sinal de rádio em caso de desalinhamento da trajetória do satélite;

5. as fontes de energia (baterias) a bordo deveriam garantir um funcionamento de 2 a 3 semanas;

6. o acoplamento do satélite ao foguete deveria ser feito de forma a impedir qualquer falha na separação.

Os cinco objetivos primários da missão eram:

1. testar os métodos de colocação de um satélite artificial em órbita;

2. pesquisar a densidade das camadas altas da atmosfera através do cálculo do arrasto aerodinâmico e da velocidade e decadência orbitais;

3. testar métodos ópticos e de rádio de rastreamento orbital;

4. determinar os efeitos da propagação das ondas de rádio através da atmosfera;

5. verificar os princípios da pressurização em órbita.

O Sputnik 1 era um satélite pressurizado um diâmetro de 58 cm e 4 antenas de cerca de 2,5 metros de comprimento. Pesava 83,6 quilos.

Era constituído de dois hemisférios de alumínio conectados juntos, contendo dois transmissores de rádio, um sistema termo-regulador, um sistema de ventilação, um sistema de comunicação e transmissores de temperatura e pressão. Duas baterias de prata e zinco forneciam energia elétrica para o satélite.

Os seus instrumentos e fontes de energia elétrica estavam isolados dentro de uma redoma pressurizada com 1,3 atmosferas de nitrogênio, que ainda continha medidores de temperatura (interna à redoma e externa), um detector de meteoritos e dois transmissores de rádio que se alternavam na transmisão de sinais para a Terra.

O Sputnik 1 transmitiu informações de sua órbita de 96 minutos durante mais de 21 dias, alcançando os seus objetivos plenamente. Osciloscópios e outros instrumentos, analisavam os sinais recebidos.

Nos 92 dias que permaneceu em órbita, o Sputnik 1 completou 1.400 órbitas ao redor da Terra, percorrendo um total de 70 milhões de quilômetros. Em algum momento ocorreu uma queda de pressão e alterações na temperatura da redoma interna. Especulou-se que pode ter havido uma colisão com algum meteorito, embora nada tenha sido realmente detectado.

Com este lançamento, a União Soviética provou que estava apta a colocar em órbita objetos de 80 quilos (que obviamente poderiam ser bombas atômicas). Assim, qualquer alvo situado em qualquer parte do mundo estava ao alcance dos ICBMs multiestágio soviéticos. Ao mesmo tempo, os americanos amargavam diversos fracassos nos seus programas de ICBMs.

O Sputnik 2 foi lançado em 3 de novembro de 1957, e carregava a cadela Kudriavka ("Crespinha"), que se tornou conhecida pelo nome da sua raça - Laika, a bordo. Laika era uma cachorra de rua em Moscou, e foi escolhida entre dez outros cachorros por ser calma e sociável.

O peso do satélite era de 500 quilos, muito mais do que os americanos poderiam colocar em órbita naquele momento. Era um cone de 2 metros de base por 4 metros de altura. Continha diversos compartimentos que continham transmissores de rádio, um sistema de telemetria, um sistema de regeneração e controle de temperatura para a cabine, além de instrumentos científicos, como espectrofotômetros para medição da radiação solar (emissões ultravioleta e raios-X) e raios cósmicos.

Outro compartimento, pressurizado, levava Laika, com cerca de 6 quilos, que era vigiada por uma câmara de TV. A "cabine de passageiros" possuía espaço suficiente para que Laika ficasse de pé ou deitada; um sistema de regeneração de ar lhe fornecia oxigênio, e sua comida e água eram fornecidas em forma gelatinosa. Laika estava amarrada a arreios e tinha uma bolsa de coleta de dejetos. Havia diversos eletrodos presos a seu corpo para coleta de seus sinais vitais.

Após o lançamento, não ocorreu a separação correta de parte do foguete propulsor, o que impediu o funcionamento do controle de temperatura, que alcançou os 40 graus centígrados no interior da cabine. As imagens e os sinais transmitidos pelos instrumentos encarregados de vigiar Laika mostraram que ela estava agitada por causa do calor, mas se alimentava.

Segundo versão recente, Laika teria morrido poucas horas depois do lançamento e não depois de vários dias em órbita, como afirmava a versão oficial russa. A afirmação foi feita por Dimitri Malashenkov, no Congresso Espacial Mundial, em Houston (outubro de 2002). Ele afirmou que a cadela morreu devido a um choque provocado no espaço e por um ataque de pânico, logo após a decolagem. Malashenkov, do Instituto para Problemas Biológicos de Moscou, afirmou que o coração de Laika parou poucas horas depois do lançamento.

Como o Sputnik 2 não estava equipado para a reentrada na atmosfera, estava planejado sacrificar Laika após os dez dias de vôo. O satélite ainda permaneceu quase meio ano em órbita.

A reentrada do Sputnik 2 na atmosfera terrestre foi um espetáculo inesquecível. Em função das características da sua órbita, o satélite passava sempre na mesma hora nos mesmos lugares, sendo facilmente identificado no céu a olho nu. Nas últimas noites que precederam a reentrada, o Sputnik 2 navegou como uma estrela brilhante nos céus da Inglaterra logo após o crepúsculo, espetáculo este presenciado por milhões de pessoas. Nas primeiras horas da manhã do dia 14 de abril de 1958, finalmente ele caiu, sobre o Caribe. Muitas vezes mais brilhante do que Vênus, deixou atrás de si uma grande quantidade de fragmentos brilhantes e um rastro luminoso, e finalmente se extinguiu.

O Sputnik 3 foi lançado em 15 de maio de 1958, após uma tentativa fracassada de lançamento no dia 3 de fevereiro.

Sputnik 3 - Esquema.

Da forma de um cone com 3,6 metros de altura, era um laboratório geofísico com 12 instrumentos científicos, que realizou medições e experiências sobre o campo magnético, o cinturão radioativo (descoberto pelo satélite americano Explorer 1 três meses antes) e a ionosfera. Permaneceu em órbita, funcionando normalmente, por quase 2 anos.

A série Korabl-Sputnik

Também houve uma segunda série de Sputniks, destinados a aperfeiçoar outras naves espaciais, em especial a não tripulada Venera e a tripulada Vostok. Esta série era chamada de "Korabl-Sputnik" (nave-satélite).

O satélite Korabl-Sputnik 1, também chamado de Sputnik 4, foi o primeiro teste de lançamento de um protótipo da nave Vostok. Lançado em 15 de maio de 1960, com impressionantes 2.500 quilos, permaneceu em órbita até 1965.

Oficialmente, sua missão foi o desenvolvimento e a verificação dos sistemas principais de uma nave tripulada e o retorno à Terra. A cabine estava equipada para simular a sobrevivência de um tripulante, contando inclusive com um boneco de dimensões humanas.

Após 4 dias de vôo do Sputnik 4, que não tinha couraça térmica, a cabine de reentrada foi separada do módulo de serviço e os retrofoguetes foram disparados mas a nave, ao invés de reingressar na atmosfera, acabou sendo desviada para uma órbita excessivamente elevada.
Em 23 de junho de 1960 um novo teste do Korabl-Sputnik foi abortado antes do lançamento.

O Korabl-Sputnik 2 (Sputnik 5), com um peso de 1.440 quilos, foi lançado em 19 de agosto de 1960. Carregava os cães Belka e Strelka, que foram recuperados com sucesso, após orbitarem por um dia inteiro. Além dos cães também havia ratos e moscas-das-frutas. A nave fez uma reentrada perfeita na atmosfera após 17 órbitas.

Strelka deu à luz, tempos após o vôo, a 6 filhotes saudáveis. Um dos filhotes, de nome Pushinka, foi dado de presente por Nikita Kruschev a Caroline Kennedy, filha do presidente John F. Kennedy.

O Korabl-Sputnik 3 (Sputnik 6), lançado em 1 de dezembro de 1960, foi o provável precursor da nave Vostok, com um peso de 4.500 quilos. A missão fracassou devido a problemas com retrofoguetes na reentrada, matando seus ocupantes caninos, Pchelka e Mushka, bem como alguns ratos, insetos e plantas, no dia 2 de dezembro.   Mais uma missão mal sucedida da série Korabl-Sputnik ocorreu em 20 de dezembro de 1960, quando a cápsula Vostok não alcançou a órbita prevista e retornou emergencialmente na atmosfera. Os seus ocupantes (diversos animais) foram salvos.

O Sputnik 7, lançado em 4 de fevereiro de 1961, era constituído por uma plataforma orbital de lançamento (Tyazheliy Sputnik 4) e o satélite Venera 1. Com quase 6.500 quilos, obteve sucesso parcial, pois o quarto estágio do foguete que devia lançar a sonda para Vênus não alcançou seus objetivos. O Sputnik 7 foi erroneamente considerado, por alguns analistas ocidentais, como uma possível tentativa fracassada de vôo tripulado. No entanto, tratava-se realmente de uma plataforma de lançamento de uma sonda Venera com destino a Vênus.

Em 12 de fevereiro de 1961 foi lançado o Sputnik 8, que carregava em seu bojo a sonda planetária não tripulada Venera 1. O Sputnik, com cerca de 6.500 quilos, lançou a Venera (cerca de 650 quilos) a partir da órbita terrestre rumo a uma órbita solar. Os objetivos da Venera, além de adquirir tecnologia sobre lançamentos diretamente do espaço, eram o teste de comunicações em distâncias muito longas e controle da plataforma de lançamento espacial (Sputnik 8), além de diversos outros experimentos científicos, tais como um cálculo mais preciso das dimensões do Sistema Solar. Desta forma, os soviéticos tinham adquirido experiência no disparo a partir da órbita, o que deixava os americanos extremamente preocupados, em razão da possibilidade de militarização do espaço e da construção quase imediata de estações orbitais armadas com mísseis atômicos.

Em 9 de março de 1961 foi lançado o Korabl-Sputnik 4 (Sputnik 9), com um peso de 4.700 quilos, tripulado por um boneco de dimensões humanas e pelo cachorro Chernushka. A nave foi recuperada com sucesso no mesmo dia, após apenas 1 órbita. O objetivo era o desenvolvimento do projeto da nave espacial e dos sistemas de bordo, que garantiriam a segurança necessária para o vôo humano.

O quinto e último teste sem tripulante humano com uma nave Vostok foi realizado em 25 de março de 1961, quando foi disparado o Korabl-Sputnik 5 (Sputnik 10), também com 4.700 quilos, levando a bordo um boneco de dimensões humanas (apelidado de Ivan Ivanovich) e o cão Zvezdochka, que foi resgatado sem problemas. A nave ainda carregava um sistema de TV e vários instrumentos científicos. A missão obteve sucesso pleno, capacitando a nave Vostok para uso com tripulante humano.

Os soviéticos haviam instalado a bordo da nave um gravador com fitas que reproduziam a fala humana, com o objetivo de efetuar o teste final dos sistemas de comunicação.

O vôo histórico de Gagarin foi realizado em 12 de abril de 1961 - apenas 2 semanas após o vôo do boneco Ivan Ivanovich.

Ressalte-se, neste ponto, que existem divergências sobre datas e nomes das naves. Durante a Guerra Fria os soviéticos ocultavam as informações o máximo possível.

Outras missões Sputnik

Não há unanimidade sobre quantas e quais foram as missões Sputnik. Há fontes que continuam a série até 1963, incluindo vôos da nave Vostok, de satélites Kosmos e de sondas Mars. Outras fontes encerram a série no Spunik 3.

Fonte: História da Conquista Espacial - Karl H. Benz.


Veja também neste blog: NAVES ESPACIAIS / SPACECRAFTS.

16 setembro 2012

VELOCIDADE DE ESCAPE

Ônibus Espacial. A necessidade de atingir a velocidade de escape não se aplica de forma estrita a veículos autopropulsionados e aqueles que não deixam a órbita da Terra, como o Ônibus Espacial.

Em física, a velocidade de escape é a velocidade na qual a energia cinética de um corpo é igual em magnitude à sua energia potencial em um campo gravitacional.

Ela é normalmente descrita como a velocidade necessária para "libertar-se" de um campo gravitacional; entretanto, isto não vale para objetos que tem propulsão própria, pois tal objeto pode libertar-se com qualquer velocidade maior do que zero, por exemplo mantendo uma velocidade constante de mesma direção que o peso mas de sentido contrário.

Introdução

Para um dado campo gravitacional e uma dada posição, a velocidade de escape é a velocidade mínima que um objeto sem propulsão precisa para mover-se indefinidamente da origem do campo, em vez de cair ou ficar em órbita a uma certa distância da origem. Para isto acontecer o objeto não deve ser influenciado por nenhuma força significante exceto o campo gravitacional; em particular não pode haver propulsão (como em um foguete), nem haver fricção significativa (como a entre o objeto e a atmosfera terrestre - estas condições correspondem à queda livre), e não há radiação gravitacional.

Análise de Isaac Newton da velocidade de escape.
Velocidades de escape dentro do Sistema Solar.

Um aspecto um pouco contraintuitivo da velocidade de escape é que ela é independente de direção, então "velocidade" é um termo incorreto; é uma quantidade escalar e seria melhor descrita como "rapidez para escape" ou "velocidade escalar de escape". A forma mais simples de derivar a fórmula da velocidade de escape é usar a conservação de energia, assim: para poder escapar, um objeto tem que ter pelo menos tanta energia cinética quanto o acréscimo de energia potencial resultante de mover-se para uma altura infinita.

Definida de uma maneira um pouco mais formal, "velocidade de escape" é a velocidade inicial necessária para ir de um ponto em um campo potencial gravitacional para o infinito com uma velocidade residual zero, relativa ao campo. Da mesma forma, um objeto que parte do repouso no infinito e cai em direção à massa que o atrai irá, em sua trajetória (até atingir a superfície), mover-se a uma velocidade igual à velocidade de escape correspondente a sua posição. Em geral, o ponto inicial está na superfície de um planeta ou de uma lua. Na superfície da Terra, a velocidade de escape é cerca de 11,2 quilômetros por segundo, o equivalente a 40.320 Km/h, cerca de 111 vezes mais rápido do que um carro de fórmula 1 em reta livre, ou cerca de 30 vezes mais rápido do que a velocidade do som a 25°C. Entretanto, a 9.000 km de altitude no "espaço", é pouco menor que 7,1 km/s.

A velocidade de escape relativa à superfície de um corpo em rotação depende da direção em que o corpo que está escapando viaja. Por exemplo, como a velocidade de rotação da Terra é de 465 m/s para o leste no equador um foguete lançado tangencialmente do equador da Terra para o leste precisa de uma velocidade inicial de cerca de 10,735 km/s relativa à Terra para escapar enquanto um foguete lançado tangencialmente do equador para o oeste necessita de uma velociade inicial de cerca de 11,665 km/s relativa à Terra. A velocidade superficial diminui com o cosseno da latitude geográfica, desta forma as estações de lançamento de foguetes são localizadas geralmente próximas do equador tanto quanto possível, como por exemplo o Cabo Canaveral americano na Flórida e o Centro Espacial da Guiana europeu, somente cinco graus do equador, na Guiana Francesa (ou o Centro de Lançamento de Alcântara brasileiro, situada a 2°22'54,70"S, bem mais perto da linha do equador).

De forma simplificada, todos os objetos na Terra tem a mesma velocidade de escape. Não importa se a massa é 1 kg ou 1000 kg, a velocidade de escape é sempre a mesma. O que muda de um caso para outro é a quantidade de energia necessária para acelerar a massa até a velocidade de escape: a energia necessária para um objeto de massa m escapar do campo gravitacional da Terra é,
G.M.m.r0-1

uma função da massa do objeto (onde é o raio da Terra). Objetos mais massivos necessitam de mais energia para atingir a velocidade de escape.

Enganos comuns

A velocidade de escape é às vezes confundida com a velocidade com que um veículo autopropulsionado (como um foguete) deve atingir para deixar a órbita, entretanto este não é o caso. A velocidade de escape citada faz referência a velocidade que um objeto qualquer necessita para sair do efeito da gravidade na superfície do planeta. Porém a medida que a altitude aumenta, essa velocidade diminui.

Um objeto auto-propulsionado pode continuar se afastar do planeta em qualquer direção a uma velocidade menor que a velocidade de escape. Se a velocidade do objeto for abaixo que a velocidade de escape para dada altura e a propulsão for removida, o objeto irá cair ou entrar em órbita. Se a velocidade for igual ou acima da velocidade de escape naquele ponto, ele terá energia suficiente para "escapar" do campo gravitacional, e não irá voltar para a superfície.

Órbita

Se um corpo em queda livre em qualquer posição tem a velocidade de escape para aquela posição, o mesmo vale para a órbita completa. Se a origem da gravidade é um corpo esférico simétrico a órbita é (parte de) uma parábola com o centro da origem como foco (trajetória parabólica), ou parte de uma linha reta que passa pela origem. Quando se afasta da fonte, é chamada de órbita de escape, caso contrário é uma órbita de captura. As duas são também conhecidas como órbitas C3 = 0.

Um escape real necessita que a órbita parabólica não intercepte o corpo celestial. De forma mais geral, para um corpo com forma arbitrária é necessário que a órbita não intercepte o corpo. Para corpos não-convexos, nem todos os pontos na superfície precisam ser um ponto de partida possível para a órbita.

Se o corpo possuir a velocidade de escape em relação à Terra, ainda não é suficiente para escapar do Sistema Solar, assim as órbitas próximas à Terra se assemelham à parábolas, mas mais adiante elas se curvam para formar uma órbita elíptica em torno do Sol.

Para deixar o planeta Terra é necessária uma velocidade de escape de 11,2 km/s, entretanto uma velocidade de 42,1 km/s é necesária para escapar da gravidade do Sol (e sair do sistema solar) na mesma posição.

Devido à atmosfera não é útil e mesmo muito difícil dar a um objeto próximo à superfície da Terra uma velocidade de 11,2 km/s, já que estas velocidades estão bem além dos regimes supersônicos para a maioria dos sistemas de propulsão e faria com que os objetos queimassem devido ao atrito coma atmosfera. Para uma órbita de escape real uma nave é primeiro colocada em órbita baixa da Terra, e então acelerada até a velocidade de escape naquela altitude, que é um pouco menor, cerca de 10,9 km/s. A aceleração necessária, entretanto, geralmente é bem menor por que naquela órbita a nave já tem uma velocidade de 8 km/s.

Calculando a velocidade de escape

Para o caso simples do escape de um único corpo, a velocidade de escape é tal que a correspondente energia cinética é igual a menos a energia potencial gravitacional. Isto por que a energia cinética positiva é necessária para aumentar o potencial gravitacional negativo para zero, que é o caso para um objeto a distância infinita.

0,5×m×ve2 = G×M×m×r-1

ve = (2×G×M×r-1)0,5 = (2×μ×r-1)0,5 = (2×g×r)0,5

onde ve
é a velociade de escape, G é a constante gravitacional, M é a massa do corpo do qual se está escapando, m é a massa do corpo que está escapando, g é a aceleração da gravidade, e r é a distância entre o centro do corpo e o ponto no qual a velocidade de escape está sendo calculada, e μ é o parâmetro gravitacional padrão.   A velocidade de escape a uma dada altura é 20,5vezes a velocidade em órbita circular na mesma altura. Isto deve-se ao fato que a energia potencial em relação ao infinito de um objeto em uma órbita destas é menos duas vezes sua energia cinética, enquanto que para escapar a soma das energias cinética e potencial precisa ser zero.

Para o corpo com uma distribuição de massa de simetria esférica, a velocidae de escape ve da superfície (em m/s) é aproximadamente 2,364×10-5 m1,5kg-0,5s-1 vezes o raio r (em metros) vezes a raiz quadrada da densidade média ρ (em kgm/m³), ou:

ve ~ 2,364×10-5×r× ρ0,5


Derivando a velocidade de escape usando o cálculo


Estas derivações usam o cálculo, as Leis de Newton e as Lei da Gravitação Universal de Newton.

Derivação usando somente g e r.

A velocidade de escape da Terra pode ser derivda de "g", "a aceleração da gravidade na superfície da Terra. Não é necssário conhecer a constante gravitacional G ou a massa M da Terra. Seja

r = o raio da Terra, e

g = a aceleração da gravidade na superfície da Terra.

Sobre a superfície da Terra, a aceleração da gravidade é governada pela lei da gravitação universal, uma lei do inverso do quadrado. Desta forma, a aceleração da gravidade na altura s sobre o centro da Terra (onde s > r) é m(r/s)².

O peso de um objeto de massa m na superfície é g×m, e seu peso na altura s sobre o centro da Terra é g×m(r/s)².

Consequentemente a energia necessária para elevar um objeto de massa m da altura s sobre o centro da Terra para a altura s + ds (onde ds é um incremento infinitesimal de s) é gm (r/s)² ds.

Como esta decresce suficientemente rápido conforme s aumenta, a energia total para elevar o objeto para uma altura infinita não diverge para o infinito, mas converge para uma quantia finita. Esta quantia é a integral da expressão acima:

É esta a quantia de energia cinética necessária para que o objeto de massa m escape. A energia cinética de um objeto de massa m viajando à velocidade v é (1/2)mv². Assim, precisamos
 0,5 mv² = gmr
O fator m é cancelado, e resolvendo para v, obtemos
v = (2gr)0,5
Se assumirmos que o raio da Terra seja r = 6400 quilômetros e a aceleração da gravidade na superfície como g = 9,8 m/s², obtemos
v [2×(9,8 m/s²)×(6,4×106m)]0,5 = 11.201 m/s

O que é um pouco mais que 11 km/s, ou um pouco menos que 7 milhas/s, como Isaac Newton calculou.

Derivação usando G e M
  Seja G a constante gravitacional e M a massa da Terra ou outro corpo do qual se irá escapar.

Postagem em andamento.

09 setembro 2012

VEÍCULOS DE MANIFESTAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

Conscienciologia: A Conscienciologia é a ciência que estuda a consciência – ser, ego, alma, self, princípio inteligente – e suas diversas formas de manifestação. A consciência é você, um ser vivo autoconsciente que se manifesta em outras dimensões fora da vida humana. O termo conscienciologia vem do Latim: conscientia – com conhecimento e do Grego: logos – estudo.

A Conscienciologia estuda a consciência "inteira", considerando todos os seus corpos, dimensões e existências, em um enfoque integrado. A consciência é a nossa realidade maior, mais do que a energia e a matéria, outras de nossas realidades. Nossa consciência não é o corpo físico nem um subproduto do cérebro humano. Na realidade, podemos nos manifestar além do corpo humano e, portanto, do cérebro. Esse fato pode ser verificado através das experiências fora do corpo.

A consciência pode se manifestar a partir de 4 estados básicos:

Estado consciencial intrafísico. Corresponde ao estado de consciência na dimensão física, imersa na matéria vitalizada do corpo físico.

Estado consciencial extrafísico. Corresponde ao estado de consciência na dimensão extrafísica, após ter desativado o corpo físico (morte biológica) ou antes do renascimento.

Estado consciencial projetivo. Corresponde ao estado de consciência projetado para fora do corpo físico, aquele em que o indivíduo se encontra temporariamente com seus veículos de manifestação em descoincidência.

Estado de consciência contínua. Corresponde ao estado de consciência completamente lúcido, no qual a pessoa percebe todo o processo de separação dos corpos, a soltura do energossoma, do psicossoma, podendo chegar à soltura do mentalsoma ou à projeção mental.

Para se manifestar a partir desses 4 estados conscienciais básicos, a consciência utiliza seu conjunto de corpos, ou seja, o holossoma:

* Soma: corpo humano (corpo físico).

* Energossoma: corpo energético (holochacra).

* Psicossoma: corpo emocional.

* Mentalsoma: corpo mental.

HOLOSSOMA: Corpo Físico (Soma), Holochacra, Psicossoma e Mentalsoma.

Na vigília física, esses veículos estão coincididos. Na vida não-física (extrafísica), quando estamos projetados ou no estado extrafísico, ocorre a descoincidência entre esses veículos de manifestação consciencial, levando-nos a nos manifestar em múltiplas dimensões, além da dimensão física.

A consciência é multiexistencial. A vida humana atual é apenas uma dentre as várias existências da consciência. Já vivemos muitas vidas no passado e viveremos muitas outras no futuro. Em Conscienciologia, essa série de existências da consciência recebe o nome de seriéxis.

A base de manifestação de todas as consciências é constituída por 3 componentes indissociáveis, a que denominados de PENSENE: a idéia ou pensamento (PEN), a emoção ou sentimento (SEN) e a energia (ENE).

A consciência penseniza o tempo todo, ou seja, elabora pensamentos e emite energias sadias ou patológicas, conforme seu estado consciencial. Assim, interage emitindo e recebendo pensenes, em qualquer dimensão (física ou extrafísica) em que se encontre. Tal fato reforça a importância de conhecer mais a fundo seu padrão de pensamento, para identificar padrões externos e ser capaz de perceber quais os seus pensenes e quais os dos outros com os quais está interagindo. Daí a importância de promover a higienização ou a profilaxia dos próprios pensenes, para manifestar-se de modo mais sadio e maduro no local ou ambiente onde atua.

Pesquise mais sobre o assunto no site: www.iipc.org.br

07 setembro 2012

CURSO INTEGRADO DE PROJECIOLOGIA

O que é o Curso Integrado de Projeciologia?

É uma atividade com abordagem objetiva e científica sobre as Experiências Fora do Corpo ou Projeção Consciente e demais fenômenos projeciológicos. Nas aulas são utilizadas dinâmicas expositivas, técnicas energéticas, vídeo-didático, técnicas projetivas e outros recursos parapedagógicos, sustentados por metodologia multidimensional a partir da ótica do Paradigma Consciencial. Ao longo das 50 horas de curso, divididas em 20 aulas, o aluno conhecerá as mais recentes pesquisas sobre os fenômenos parapsíquicos, a dinâmica das múltiplas existências e as técnicas para desencadear as experiências fora do corpo e as parapercepções, A prática de exercícios bioenergéticos ajudará no desenvolvimento da sensibilidade e autodefesa energética, sempre com a orientação e supervisão de uma equipe multidisciplinar especializada de professores do IIPC.

OOBE - Out Of the Body Experience (Projeção Consciente).

Por que cursar o Curso Integrado de Projeciologia (CIP)?

Para ampliar sua lucidez sobre quem você realmente é, melhorar sua saúde, seu domínio energético e emocional, renovar suas idéias e criar uma nova perspectiva de vida. Além disso, o aluno poderá conhecer e aproveitar suas possibilidades de atuação além da matéria, superando o medo da morte e ampliando suas percepções além dos cinco sentidos.

O curso oferece material didático?

O tratado científico Projeciologia - Panorama de Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano, de autoria de Waldo Vieira, reconhecido mundialmente como sendo o mais avançado e completo livro sobre o tema é o material didático do CIP.

O tratado 700 Experimentos da Conscienciologia, do mesmo autor, complementa o material didático, o qual ajudará o aluno a acompanhar as aulas e a aprofundar os estudos. O aluno pode optar por sua aquisição.

É preciso algum conhecimento específico para participar do CIP?

O CIP não tem pré-requisitos. É um curso aberto a todas as pessoas interessadas em investir na autopesquisa e no desenvolvimento pessoal.

Aulas / Atividades / Carga horária:

1. Bases da Projeciologia / 2h30
2. Paradigma Consciencial / 2h30
3. Holossoma / 2h30
4. Bioenergias / 2h30
5. Estados Alterados da Consciência / 2h30
6. Parafenomenologia / 2h30
7. Aula-vídeo / 2h30
8. Técnicas para a Projeção Consciente / 2h30
9. Vigília Física Anterior e Fase de Exteriorização / 2h30
10. Período Extrafísico – Lucidez Extrafísica / 2h30
11. Período Extrafísico – Contatos Extrafísicos / 2h30
12. Fase da Interiorização e Vigília Física Posterior / 2h30
13. Laboratório de Técnicas Projetivas / 2h30
14. Desenvolvimento do Projetor Consciente / 2h30
15. Laboratório de Técnicas Projetivas / 2h30
16. Assistenciologia Através da Projeção Consciente / 2h30
17. Mentalsoma / 2h30
18. Holomaturidade / 2h30
19. Ferramentas para Autopesquisa / 2h30
20. Evolutividade / 2h30

Carga horária do curso:

50 horas-aula.

Duração das aulas:

Cada aula tem a duração de 2h30, sendo 2 horas da parte teórica e 30 minutos para a parte prática de mobilização de energias.

Extraído do site: www.iipc.org.br. Para maiores informações acesse esse excelente site do IIPC - Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia - e entre em contato.

06 setembro 2012

VOYAGER 1 TODAY / VOYAGER 1 HOJE

Sonda espacial Voyager 1 ainda não alcançou limites do Sistema Solar


Mesmo após 35 anos de lançamento, a sonda Voyager ainda não ultrapassou a fronteira do nosso sistema solar.

Trinta e cinco anos após seu lançamento, a sonda espacial Voyager 1 ainda não atingiu seu objetivo, que é alcançar os limites do sistema solar, segundo publicação da revista "Nature".

A sonda partiu da base de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), em 5 de setembro de 1977, com a missão de localizar e estudar os limites do Sistema Solar, incluindo o Cinturão de Kuiper, um conjunto de corpos celestes. Contrariando as estimativas dos cientistas, a sonda Voyager 1 ainda não foi capaz de abandonar o sistema solar, explica Robert Decker, astrofísico da Universidade Johns Hopkins de Baltimore (EUA) e um dos responsáveis pelos instrumentos de medida da sonda.

Ao redor do Sistema Solar está a heliosfera, a região em que o vento solar se une ao espaço interestelar e é considerada a fronteira com o resto do universo. A extensão real desta região é desconhecida, porque durante os onze anos que dura um ciclo solar, a heliopausa se expande e se contrai em resposta à atividade do Sol.

A Voyager 1 entrou na heliosfera em 2004, e os especialistas esperavam que a sonda já tivesse terminado de atravessar esta região, abandonando o Sistema Solar, algo que ainda não conseguiu fazer. Segundo Decker, este fato convida a reconsiderar o conhecimento que a comunidade científica dispõe dos limites do sistema solar.

Atualmente, a Voyager 1, que tem 722 quilos, já percorreu quase 18 bilhões de quilômetros e dispõe de energia suficiente para operar até 2025. A sonda, que também transporta um disco com música, fotos e sons explicativos de como é a vida na Terra e a situação do ser humano no universo, foi a primeira a enviar imagens das luas de Júpiter e Saturno.