Ainda no Porto de Benghazi, quando estávamos chegando em comboio ao "ferry-boat" grego da "Hellenic Seaways" que literalmente nos tirou de uma grande situação de perigo na Líbia durante esse período inicial dos conflitos contra Kadhaffi. O pessoal agradece.
Todos com as bagagens acessando o navio da maneira mais rápida que nos foi possível. Até esse momento nós não sabiamos se poderíamos levar as bagagens ou não.
A No dia seguinte a chegada ao Porto de Atenas na Grécia. Estávamos finalmente seguros. Na manhã seguinte fomos de avião para Portugal e em seguida ao Brasil.
Um resumo do que aconteceu na Líbia durante o período de conflitos em que eu lá estava, foi mais ou menos o seguinte:
Fevereiro
Dia 15-16.- Começam as primeiras revoltas na Líbia. Dois mil manifestantes protestam em Benghazi (reduto da oposição) por causa da detenção de um ativista de direitos humanos e contra os governantes corruptos. Há 38 feridos e, em Al Baida, morrem duas pessoas.
Dia 17.- Os protestos se espalham no chamado "dia da cólera". O Exército começa a utilizar fogo real. Segundo a Al Jazeera há 14 mortos.
Dia 19.- O Exército dispara em Benghazi contra os manifestantes e são registrados confrontos em Musratha, a 200 quilômetros de Trípoli.
Dia 21.- Os opositores controlam Benghazi e Jalu, e alguns membros do Exército começam a desertar.
Primeira deserção de um membro do regime: renuncia o ministro da Justiça e os imames das mesquitas convocam todos à luta.
Dia 22.- Kadhaffi diz que não deixará o poder e que está disposto a morrer.
A fronteira com o Egito fica sob controle dos opositores, enquanto se inicia o isolamento internacional de Kadhaffi: A Liga Árabe suspende a participação da Líbia em suas reuniões.
Dia 23.- Um membro líbio do Tribunal Penal Internacional avalia em dez mil o número de mortos desde o início dos protestos.
Dia 25.- A União Europeia (UE) estuda sanções e os Estados Unidos congelam os ativos de Kadhaffi e de sua família.
Dia 27.- A ONU aprova sanções contra Kadhaffi, bloqueia seus bens no exterior e impõe o embargo de armas.
- A oposição anuncia a criação de um Conselho Nacional de Transição (CNT).
- Cem mil refugiados fogem para as fronteiras com Tunísia e Egito.
Março
Dia 02.- Kadhaffi ameaça com "milhares de mortos" se os EUA ou a OTAN entrarem na Líbia.
Depois da nossa fuga de Benghazi e chegarmos em Atenas na Grécia, no dia seguinte viajamos em um avião fretado com escala na cidade de Lisboa em Portugal e com destino em Recife no Brasil. Ainda passou-se mais um dia para que eu pusesse meus pés em casa em São Paulo no dia 2 de Março.
Como todos sabem, mais de seis meses depois da nossa fuga da Líbia, no dia 20 de Outubro de 2011 os rebeldes acabaram encontrando Kadhaffi e o mataram. Kadhaffi estava no poder há 42 anos.
Fevereiro
Dia 15-16.- Começam as primeiras revoltas na Líbia. Dois mil manifestantes protestam em Benghazi (reduto da oposição) por causa da detenção de um ativista de direitos humanos e contra os governantes corruptos. Há 38 feridos e, em Al Baida, morrem duas pessoas.
Dia 17.- Os protestos se espalham no chamado "dia da cólera". O Exército começa a utilizar fogo real. Segundo a Al Jazeera há 14 mortos.
Dia 19.- O Exército dispara em Benghazi contra os manifestantes e são registrados confrontos em Musratha, a 200 quilômetros de Trípoli.
Dia 21.- Os opositores controlam Benghazi e Jalu, e alguns membros do Exército começam a desertar.
Primeira deserção de um membro do regime: renuncia o ministro da Justiça e os imames das mesquitas convocam todos à luta.
Dia 22.- Kadhaffi diz que não deixará o poder e que está disposto a morrer.
A fronteira com o Egito fica sob controle dos opositores, enquanto se inicia o isolamento internacional de Kadhaffi: A Liga Árabe suspende a participação da Líbia em suas reuniões.
Dia 23.- Um membro líbio do Tribunal Penal Internacional avalia em dez mil o número de mortos desde o início dos protestos.
Dia 25.- A União Europeia (UE) estuda sanções e os Estados Unidos congelam os ativos de Kadhaffi e de sua família.
Dia 27.- A ONU aprova sanções contra Kadhaffi, bloqueia seus bens no exterior e impõe o embargo de armas.
- A oposição anuncia a criação de um Conselho Nacional de Transição (CNT).
- Cem mil refugiados fogem para as fronteiras com Tunísia e Egito.
Março
Dia 02.- Kadhaffi ameaça com "milhares de mortos" se os EUA ou a OTAN entrarem na Líbia.
Depois da nossa fuga de Benghazi e chegarmos em Atenas na Grécia, no dia seguinte viajamos em um avião fretado com escala na cidade de Lisboa em Portugal e com destino em Recife no Brasil. Ainda passou-se mais um dia para que eu pusesse meus pés em casa em São Paulo no dia 2 de Março.
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Como todos sabem, mais de seis meses depois da nossa fuga da Líbia, no dia 20 de Outubro de 2011 os rebeldes acabaram encontrando Kadhaffi e o mataram. Kadhaffi estava no poder há 42 anos.
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