09 dezembro 2021

ESTRELAS MAIS BRILHANTES


Hubble's best image of Alpha Centauri A and Alpha Centauri B.

Lista das 30 estrelas mais brilhantes vistas do planeta Terra, que é determinada por suas magnitudes aparentes no espectro visível. Esta lista não distingue estrelas individuais, mas considera sistemas completos vistos a olho nu (Sirius, por exemplo, é um sistema de estrelas duplo ou múltiplo). Esta distinção é importante pois sistemas múltiplos podem aparecer indistinguíveis (vê-se apenas uma mancha sem resolução para perceber cada astro individualmente), aparentando menor magnitude (maior brilho aparente) do que seus componentes individuais. Por ser uma classificação com base no espectro visível e a partir da Terra, fatores como tamanho da estrela e sua distância não fazem parte do sistema de medidas.

Observações feitas a partir da Terra podem apresentar erros devido à poluição luminosa, umidade, poluição, turbulência, absorção atmosférica etc. Além disso, estrelas podem apresentar alterações aparentes de brilho, por exemplo, por expansões, contrações, resfriamentos, aquecimentos, variações de atividade ou até nuvens de poeira que passem perto do astro.



Veja no Portal Furnari: CATÁLOGO MESSIER / MESSIER CATALOG.



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06 dezembro 2021

PROJECT GUTENBERG

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02 dezembro 2021

O CÉU NOTURNO DE DEZEMBRO DE 2021

O CÉU NOTURNO DE DEZEMBRO DE 2021 - PORTUGAL

Texto obtido do site do OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA


Todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de dezembro de 2021

Mercúrio será visível ao anoitecer a partir do dia 16  na constelação de Ofiúco, movendo-se para a constelação de Sagitário. Encontra-se visível na direção Sudoeste. A sua magnitude no inicio do mês varia de -0,8 a -1,0. Consulte aqui toda a informação sobre a “Observação de Mercúrio” e sobre a “Visibilidade de Mercúrio em 2021”.

Vénus será visível ao anoitecer na constelação de Sagitário. No dia 4, ocorrerá o máximo brilho de Vénus pelas 7 h. Encontra-se visível na direção  Sudoeste.  A sua magnitude no inicio do mês varia de -4,6 a -4,3.

Marte será visível ao amanhecer  na constelação de Balança, movendo-se para a constelação de Escorpião. Encontra-se visível na direção Sudeste. A sua magnitude no inicio do mês é de 1,6.

Júpiter será visível nas primeiras horas após o anoitecer na constelação de Capricórnio, movendo-se para a constelação de Aquário. Encontra-se na direção Sudoeste no inicio da noite. A sua magnitude ao longo do mês varia de -2,3 a -2,2.

Saturno será visível nas primeiras horas após o anoitecer na constelação de Capricórnio.  Encontra-se na direção Sudoeste. A sua magnitude ao longo do mês é de 0,7.


Céu visível às 19:00 horas do dia 1 de dezembro em Lisboa mostrando os planetas Vénus, Júpiter e Saturno.


Céu visível às 06:30 horas do dia 15 de dezembro em Lisboa mostrando o planeta Marte e as estrelas mais brilhantes: Sírio, Capela, Prócion, e Arcturo.

Úrano estará visível na constelação de Peixes e Neptuno estará visível na constelação de Aquário, onde permanecerá durante todo o resto do ano. Os planetas Úrano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.

Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2021/ Visibilidade dos Planetas em 2021 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).

As chuvas de meteoros das Gemínidas e das Úrsidas em dezembro

Este mês a Terra cruza a órbita do Asteroide Faetonte e são os “detritos” deixados por este asteroide os responsáveis pelo enxame de meteoros que decorre anualmente entre 4 e 20 de dezembro: o enxame das Gemínidas. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação dos Gémeos (o radiante).

A observação do pico das Gemínidas ocorre no dia 14 pelas 07 horas, com o número de meteoros por hora estimado a uma média atribuída de 150 por hora, devido ao fato de ser Quarto Crescente (pois o instante de Quarto Crescente ocorreu no dia 11 às 01h36min). Assim, não haverá muito boas condições de observação para a chuva de meteoros das Gemínidas.


(Figura do IMO) mostra o radiante da chuva de meteoros das Gemínidas (em Gémeos).

A Terra também cruza a órbita do Cometa Tuttle e são os seus restos responsáveis pela chuva de meteoros das Úrsidas, que decorre anualmente entre 17 e 26 de dezembro. As previsões mostram que o dia 22 de dezembro, é o pico de intensidade máxima desta chuva, que tem início por volta das 10 horas. O número de estrelas cadentes observado não é muito elevado, apenas de 10 meteoros por hora. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação da Ursa Menor (o radiante). O radiante das Úrsidas é circumpolar na maioria dos locais do hemisfério norte, como é o caso em Portugal.

Os apaixonados por este tipo de fenómenos, e os curiosos em geral, poderão nas próximas noites perder algumas horas de sono para apreciar este belo espetáculo. Para as observar aconselhamos evitar noites nubladas, a poluição luminosa das grandes cidades e procurar um horizonte desimpedido.

Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.

Fases da Lua em dezembro

Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).


Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte o site do Observatório Astronómico de Lisboa a página Almanaques/Dados de 2021/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa).

A órbita lunar em dezembro

A órbita da lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).

Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar


Para obter mais informação sobre o “Apogeu e Perigeu lunar” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2021/ Apogeu/Perigeu lunar e consulte também a tabela Apogeu/Perigeu lunares e distâncias Terra-Lua.


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Visite o site: OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA


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21 novembro 2021

ESCALA DE TEMPO GEOLÓGICO COMPLETA / COMPLETE GEOLOGICAL TIME SCALE

ERAS GEOLÓGICAS

Eras Geológicas correspondem à denominações das fases da história da Terra que tem cerca de 4,6 bilhões de anos, foram divididas em escalas de tempo para melhorar a compreensão sobre a passagem da evolução da Terra.

Os intervalos de tempo (longos e curtos) são chamados de unidades cronoestratigráficas que, por sua vez, são divididas em:

  • Éons
  • Eras
  • Períodos
  • Épocas
  • Idades


Éon é a denominação de um grande período de tempo geológico, tão grande que chega ser praticamente indeterminado.

Como a idade geológica da Terra é de aproximadamente 4,6 bilhões de anos, a melhor interpretação desta passagem é feita pela transformação desses anos em quatro Éons:

Uma Era geológica corresponde ao modo como os continentes e os oceanos se distribuíam e como os seres vivos da Terra se encontravam.

Período geológico é uma divisão da Era. Época é um intervalo menor de tempo dentro do Período. Já a Idade corresponde a menor divisão do tempo geológico e tem a duração máxima de 6 milhões de anos.

Éon Hadeano

O tempo geológico denominado Éon Hadeano marca a primeira fase da Terra e é caracterizado pela formação do Sistema Solar. Em sua formação, a Terra resumia-se a material condensado orbitando o Sol.

Pela força da gravidade, esse material foi se fundindo em camadas diferentes e à medida em que o planeta esfriava, adquiria a estrutura atual, com um núcleo de ferro, manto de silicato e uma crosta externa fina.

Este período geológico termina com a formação das rochas mais antigas preservadas na superfície terrestre.

O nome Hadeano vem de Hades, do submundo da mitologia grega, e representa condições consideradas infernais da Terra durante sua primeira parte da história.

Nessa passagem geológica, grande parte do planeta estava fundido. À medida que a Terra esfriou, adquiriu a estrutura que conhecemos hoje, um núcleo de ferro, manto de silicato e crosta externa fina.

Éon Arqueano

É quando a vida surge pela primeira vez na Terra. Ainda não há continentes, apenas pequenas ilhas e um raso oceano.

A palavra Arqueano significa antigo. Esse período geológico começou a se formar quando a Terra havia esfriado, há 4 bilhões de ano.

A atmosfera terrestre era composta por gases vulcânicos, nitrogênio, hidrogênio, carbono e níveis baixos de oxigênio. Começam a se formar os primeiros oceanos e, neles, os primeiros organismos unicelulares - procariontes e eucariontes.

Eras Arqueanas

O Éon Arqueano é dividido em quatro Eras:

    • Eoarqueana (3,8 a 3,6 bilhões de anos);
    • Paleoarqueano (3,6 a 3,2 bilhões de anos);
    • Mesoarqueano (3,2 a 2,8 bilhões)
    • Neoarqueano (2,8 a 2,5 bilhões de anos).

Nessas quatro Eras, a Terra ainda sofria com intenso bombardeamento de meteoritos. Surge um supercontinente, chamado Vaalbara, e as primeiras bactérias.

Éon Proterozoico

O Éon Proterozoico é caracterizado pelo surgimento dos primeiros seres multicelulares. Por isso, o nome vem da combinação das palavras gregas proteros (primeiro) e zoico (vida). Este é o último estágio pré-cambriano, a 3,7 bilhões de anos atrás.

As primeiras formas de vida, algas verdes e vermelhas, começam desenvolver fotossíntese. O fim do Éon Proterozoico é marcado pela glaciação generalizada.

Os continentes eram agrupados em uma massa única denominada Rodínia, que fragmentou-se e deu origem aos paleocontinentes: Laurentia, Báltica, Sibéria, Cazaquistão e Gondwana.

Eras Proterozoicas

O Éon Proterozoico é dividido em três Eras:

    • Era Paleoproterozoica (de 2,5 a 1,6 bilhões de anos atrás), marcado pelo surgimento de seres eucariontes;
    • Era Mesoproterozoica (de 1,6 a 1 bilhão de anos atrás), quando é formado o supercontinente Rodínia e a reprodução sexual;
    • Era Neoproterozoica (1 bilhão de anos a 542 milhões de anos), quando já há animais multicelulares marinhos.

Éon Fanerozoico

Este é o Éon em que vivemos e foi iniciado a 542 milhões de anos. A palavra Fanerozoico deriva do grego e significa vida (zoico) aparente (faneros).

Eras Fanerozoicas:

O Éon Fanerozoico é dividido em três Eras:

    • Era Cenozoica
    • Era Mesozoica
    • Era Paleozoica

Períodos Cenozoicos:

As Eras são dividas em períodos. A Era Cenozoica é dividida nos períodos:

      • Quaternário
      • Neogeno
      • Paleogeno

Era Paleozoica

A Era Paleozoica é compreendida entre 542 a 241 milhões de anos. Do grego, "paleo" significa "antigo" e "zoica" é vida. Esta Era representa dois importantes acontecimentos da vida na Terra, sendo marcado pelo primeiro registro seguro de animais com partes minerais - conchas e carapaças.

O segundo evento ocorre ao final, a 248,2 milhões de anos, quando ocorre a maior extinção em vida em massa da Terra.

Períodos Paleozoicos:

A Era Paleozoica é dividida em seis períodos geológicos:

Período Cambriano

Este é o primeiro período da Era Paleozoica e ocorreu entre 545 e 495 milhões de anos atrás. Nesse período, a Terra já apresenta animais com exoesqueleto, além de microrganismos filamentosos. É o início da exploração de ida abundante e diversificada.

Período Ordoviciano

O Período Ordoviciano durou de 495 a 443 milhões de anos. É quando aparece a fauna invertebrada e peixes primitivos - sem mandíbulas e com pares de nadadeiras.

Ocorre a chamada explosão cambriana, com a definição da vida marinha e o aparecimento dos primeiros organismos terrestres, que eram liquens e briófitas. Também ocorre a maior extinção em massa da Era Paleozoica em decorrência da formação das grandes geleiras.

Período Siluriano

Ocorreu de 443 a 417 milhões atrás. O período Siluriano é marcado pela abundância de vida marinha e recuperação da glaciação do período Ordoviciano.

A fauna é composta por peixes com mandíbulas, peixes de água doce e insetos como aranhas e centopeias. Já a flora é marcada por plantas terrestres, que aparecem a primeira vez.

Período Devoriano

O período Devoriano foi iniciado a 416 milhões de anos e terminou em 359,2 milhões de anos. É chamado de "Período dos Peixes". O mundo Devoniano foi povoado por, plantas e animais - a maioria extinta.

A vida terrestre também começa a ficar refinada, com o aparecimento de plantas vasculares, artrópodes e os primeiros tetrápodes em águas rasas.

Período Carbonífero

O período Carbonífero durou de 354 a 290 milhões de anos e recebe este nome em decorrência das vastas camadas de carvão que se estendem pelo norte da Europa, Ásia e América do Norte. É neste período geológico que surgem os Montes Apalaches e as grandes florestas.

No período Carbonífero, os répteis adquirem a capacidade de reprodução. Os mares tropicais passam a abrigar uma grande diversidade de vida, incluindo branquiópodes, briozoários, moluscos e equinodermos.

Em terra, surgem os primeiros insetos alados e as plantas já portavam sementes. Havia samambaias, além de plantas com tronco significativo.

Período Permiano

É o último período da Era Paleozoica e começou há 299 milhões de anos, terminando a 251 milhões de anos atrás. Nesse período, a Terra era habitada por uma grande diversidade de insetos terrestres e vertebrados.

Entre os insetos estavam cigarras, piolhos, besouros, moscas, vespas e mariposas. Os continentes da Terra estão agrupados em um único, Pangeia. O fim do período é marcado pela extinção em massa de 95% de toda a vida na Terra.

Era Mesozoica

A Era geológica Mesozoica se inicia quando há somente um continente na Terra, Pangeia. Durou entre 241 milhões e 65,5 milhões atrás, compreendendo os períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo.

Essa Era foi marcada por intenso vulcanismo e a fragmentação de Pangeia em dois continentes, Laurásia, ao Norte, e Gondwana, ao Sul.

Período Triássico

O período Triássico começou a 251 milhões de anos e terminou a 199,6 milhões de anos. Entre a recuperação da pior extinção em massa ao fim do período Permiano.

A vida, no Triássico, demora um tempo para se recuperar e a diversidade biológica é favorecida pelo calor, que atingia até mesmo as regiões polares, e o clima quente e árido.

Surgem os primeiros dinossauros e mamíferos ovíparos, marcando o repovoamento do Planeta. Além dos dinossauros, surgem os primeiros répteis voadores (os pterossauros), tartarugas, sapos e mamíferos.

Nos oceanos, invertebrados e corais evoluem para espécies novas. Aumenta a variedade de moluscos, tais como mariscos e caracóis, surgem os primeiros tubarões e répteis marinhos.

Período Jurássico

O período Jurássico durou entre 205,7 e 142 milhões de anos atrás. A fauna neste período é bastante variada, e as águas invadem os continentes formando grandes mares intercontinentais.

Entre os exemplares da fauna estão crustáceos, peixes com estrutura moderna, anfíbios e surgem as primeiras aves e pequenos mamíferos marsupiais.

Os mares são preenchidos por imensa variedade de tubarões, peixes ósseos, crocodilos marinhos e outros animais de todas as dimensões.

Os répteis se estendem por todo o domínio da Terra. É por isso que esse período foi batizado de "Era dos Dinossauros". Havia, ainda, moscas, borboletas e libélulas. Grande parte da Terra estava coberta de árvores e plantas com flores.

Período Cretáceo

O mundo sofreu mudanças significativas durante o período Cretáceo, que entre 145,5 milhões e 65,5 milhões de anos atrás. Este período é o apogeu dos dinossauros.

A Terra também era dominada por plantas como samambaias e plantas coníferas. A diversidade marinha é grande e não há muitas diferenças na fauna registrada no período Jurássico.

As fraturas no continente Pangea são visíveis, os continentes assumem a conformação atual e essa condição é fundamental para a mudança da vida na Terra.

Os dinossauros foram provavelmente extintos em decorrência da queda de meteorito de 10 quilômetros de diâmetro na península de Yucatán, no México.

O evento deixou a Terra coberta de poeira durante meses e matou plantas, impedindo a fotossíntese, exterminou os dinossauros.

Restaram entre os répteis somente crocodilos, lagartos e tartarugas. O período Cretáceo também é marcado pelo surgimento dos mamíferos placentários.

Era Cenozoica

A Era Cenozoica é tempo geológico atual, iniciado há 65 milhões de anos. O termo vem do grego, kaines (recente) e zoica (vida). É dividida entre o período Paleogeno, Neogeno e Holoceno.

Período Paleogeno

O período Paleogeno começa há 65,5 milhões de anos e termina a 23,3 milhões de anos. É neste período que aparecem os mamíferos modernos. A fauna, contudo, não difere muito da ocorrida no período Cretáceo.

O Paleogeno e dividido em três épocas: Paleoceno, Eoceno, Oligoceno, Mioceno e Plioceno. É nessas épocas que ocorrem os processo de formação das cadeias de montanhas da América Norte.

A fauna marinha exibe exemplares de de pelecípodes, gastrópodes, equinoides e foraminíferos. Ainda como remanescentes do Cretáceo, a Terra ainda tem lulas, polvos, tartarugas, cobras e crocodilos.

É neste período que surgem os pequenos mamíferos, ancestrais dos roedores atuais, mais precisamente na Época Paleoceno.

A vida marinha vive intensa diversificação durante a Época Eoceno (54 a 33,7 milhões de anos atrás) quando, também, as placas tectônicas estão estabilizadas.

As aves passam por importante diversificação. Aparecem os peixes ósseos e ancestrais de avestruzes, rinocerontes, cavalos, baleias e peixes-boi.

Época Oligoceno

Somente na próxima época, denominada Oligoceno, é que aparecem as primeiras formas de macacos e grandes primatas.

Com a duração de 33,7 milhões a 23,8 milhões de anos atrás, o Oligoceno é marcado pelo desenvolvimento dos cães e de grandes felinos, como o tigre dentes-de-sabre.

A diversificação da fauna e da flora é intensa nas épocas seguintes, Mioceno (23,8 a 5,3 milhões de anos atrás) e Plioceno (5,3 milhões a 1,8 milhões de anos).

Nessas épocas, surgem focas, leões marinhos e baleias. Em terra, habitam mamíferos como hienas, girafas, bovinos, ursos e mastodontes.

Ainda surgem no Mioceno - época mais longa da Era Cenozoica - os grandes mamíferos, como cavalos, rinocerontes, camelos e antílopes. A variedade é favorecida pela mudança na circulação oceânica que apresentou, ainda, evolução dos vertebrados marinhos.

A marca da época Plioceno é o aparecimento de hominídeos, mais precisamente, o Australapithecus, na África do Sul.

Época Holoceno

Holoceno é o termo geológico que abrange os últimos 11,5 mil anos de história da Terra. Portanto, é quando surge o homem.

O termo vem da combinação das palavras gregas holo (todo) e kainos (recente). Este é considerado o momento geológico mais importante da Terra, com mudanças significativas no regime climático, que impacta diretamente na consolidação do desenvolvimento biológico. Surge o Homo sapiens sapiens e a tecnologia.


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Veja também / See also:


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Outras postagens/ Other posts:



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01 outubro 2021

ESTATÍSTICAS DO PORTAL FURNARI (set. 2021)

Algumas estatísticas sobre acessos ao PORTAL FURNARI ao longo dos anos, desde a sua criação em dezembro de 2010 (quase 11 anos).



Acessos por países.



Acessos ao longo do tempo.



Mapa de acessos por países.



Acessos por sistema operacional.



Acessos - Globo - Continentes.



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30 setembro 2021

PALEONTOLOGIA (Livros: vol. 1, vol. 2 e vol. 3)

PALEONTOLOGIA

Editor: Ismar de Souza Carvalho - paleontólogo.

Livros: Paleontologia 1, 2 e 3.


PALEONTOLOGIA - Volumes 1, 2 e 3:

Sinopse: Desde o surgimento da vida na Terra, as adaptações, transformações e inovações demonstradas pelos organismos, evidenciam-nos fenômenos e uma temporalidade que em muito transcende a dimensão da existência humana, marcada pelo surgimento e desaparecimento de continentes, bem como catástrofes ecológicas que levaram à extinção incontáveis espécies animais e vegetais. A presente edição do livro Paleontologia apresenta os diversos grupos que existiram no últimos 3,8 bilhões de anos, além dos contextos geológico e paleobiológico em que se inseriam.

PALEONTOLOGIA (3ª edição 2010) encontra-se dividido em três volumes. O primeiro abrange os conceitos e métodos para o estudo dos fósseis. No segundo volume encontram-se aspectos relativos aos Paleoinvertebrados e Microfósseis. Já o terceiro volume apresenta os Paleovertebrados e a Paleobotânica.

Estes livros, contam-nos a instigante história geológica da vida. Tratam-se de obras destinadas a todos aqueles que desejam ampliar seus conhecimentos sobre a diversidade e transformações pelas quais passou o mundo orgânico no decurso do tempo profundo.




Algumas das ilustrações contidas nos livros.


Formato 21x28 cm, BROCHURA:

          - Vol. 1: 734 páginas;

          - Vol. 2: 532 páginas;

          - Vol. 3: 430 páginas.

Total: 1.696 páginas. 👈



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21 setembro 2021

Carl Sagan's Cosmic Calendar

If all of time, from the occurrence of Big Bang to the present time, was compressed into a single Earth calendar year... 365 days... each day is about 37.8 million years.



December - Cosmic Year.





Cosmology

Date Gya (billion years ago) Event

1 Jan 13.8 Big Bang, as seen through cosmic background radiation

14 Jan 13.1 Oldest known Gamma Ray Burst

22 Jan 12.85 First galaxies form

16 Mar 11 Milky Way Galaxy formed

12 May 8.8 Milky Way Galaxy disk formed

2 Sep 4.57 Formation of the Solar System

6 Sep 4.4 Oldest rocks known on Earth

Date in year calculated from formula


T(days) = 365 days * 0.100/13.797 ( 1- T_Gya/13.797 )


Evolution of life on Earth


Date Gya (billion years ago) Event

14 Sep 4.1 First known remains of biotic life (discovered in 4.1 billion-year-old rocks in Western Australia).

21 Sep 3.8 First Life (Prokaryotes)

30 Sep 3.4 Photosynthesis

29 Oct 2.4 Oxygenation of atmosphere

9 Nov 2 Complex cells (Eukaryotes)

5 Dec 0.8 First multicellular life

7 Dec 0.67 Simple animals

14 Dec 0.55 Arthropods (ancestors of insects, arachnids)

17 Dec 0.5 Fish and Proto-amphibians

20 Dec 0.45 Land plants; Ordovician–Silurian extinction events

21 Dec 0.4 Insects and seeds

22 Dec 0.36 Amphibians; Late Devonian extinction

23 Dec 0.3 Reptiles

24 Dec 0.25 Permian–Triassic extinction event; 57% of all biological families and 83% of all genera die

25 Dec 0.23 Dinosaurs

26 Dec 0.2 Mammals; Triassic–Jurassic extinction event

27 Dec 0.15 Birds (avian dinosaurs)

28 Dec 0.13 Flowers

30 Dec, 06:24 0.065 Cretaceous–Paleogene extinction event, non-avian dinosaurs die out

Human evolution


Date / time Mya (million years ago) Event

30 Dec 65 Primates

31 Dec, 06:05 15 Apes

31 Dec, 14:24 12.3 Hominids

31 Dec, 22:24 2.5 Primitive humans and stone tools

31 Dec, 23:44 0.4 Domestication of fire

31 Dec, 23:52 0.2 Anatomically modern humans

31 Dec, 23:55 0.11 Beginning of most recent Glacial Period

31 Dec, 23:58 0.035 Sculpture and painting

31 Dec, 23:59:32 0.012 Agriculture Neolitic


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01 setembro 2021

In Memory - Two years

 Dois anos

 



Dois anos do falecimento do meu pai Salvatore Furnari.




In Memory - B. S.


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21 agosto 2021

A AURORA DO HOMEM / THE DAWN OF MAN

A AURORA DO HOMEM



Esta cena do filme "2001 UMA ODISSEIA NO ESPAÇO" (dirigido por Stanley Kubrick, 1968), mostra o início do Paleolítico (com início há cerca de 2,5 milhões de anos e final em 10.000 a.C) e revela que, com o uso de ferramentas, o homem pode deixar de ser vítima do mundo para se tornar um elemento ativo, que tem o poder de ação sobre a natureza.



2001 A SPACE ODYSSEY - THE DAWN OF MAN.

2001 UMA ODISSEIA NO ESPAÇO - A AURORA DO HOMEM.


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Veja também:

EVOLUÇÃO HUMANA (Parte 1) Histórico da Paleoantropologia;

ERAS GEOLÓGICAS (Parte 1).


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04 abril 2021

MATÉRIA-ENERGIA DO UNIVERSO / MATTER-ENERGY OF THE UNIVERSE (Part 1 of 3)

80% DA MATÉRIA DO UNIVERSO É ESCURA E NÃO INTERAGE COM A LUZ, SENDO ESSE UM DOS ASPECTOS MAIS ENIGMÁTICOS DA COSMOLOGIA MODERNA. AS EVIDÊNCIAS DA SUA EXISTÊNCIA SÃO GIGANTES, PORÉM INFORMAÇÕES SOBRE A SUA REAL COMPOSIÇÃO PERMANECEM ESCASSAS.

EM UMA GALÁXIA ESPIRAL COMUM, A PROPORÇÃO ENTRE MATÉRIA ESCURA E MATÉRIA LUMINOSA É PRÓXIMA DE 10 PARA 1.


Em 1933, pouco depois da confirmação de galáxias além da Via Lactea e do reconhecimento inicial de aglomerados de galáxias como estruturas físicas. Fritz Zwicky fez a primeira tentativa rigorosa para estimar a massa das galáxias. Ele pesquisou vários métodos, sendo que o mais curioso foi uma técnica matemática conhecida como teorema do Virial - um modo de estimar a massa de galáxias de um aglomerado a partir de seu movimento e de sua posição. Quando Zwicky aplicou esse teorema ao conhecido aglomerado de Coma, encontrou que suas galáxias estavam se comportando como se tivessem 400 vezes a massa sugerida por suas luzes visíveis. Ele atribuiu essa diferença ao dunkle materie, ou matéria escura.

As ideias de Zwicky amarravam-se às descobertas de Jan Oort, que estava ocupado mais perto de casa, medindo a rotação da Via Láctea. Oort descobriu que, enquanto a velocidade de objetos orbitando o centro da nossa galáxia (exatamente como os planetas mais distantes do nosso próprio sistema solar orbitam mais lentamente em torno do Sol), eles não vão tão mais devagar quanto seria de se esperar se a distribuição de massa da Via Láctea fosse a mesma que de suas estrelas. Oort, portanto, sugeriu que há uma grande quantidade de matéria invisível enchendo a região do halo da Via Láctea, além dos braços espirais visíveis.

Apesar das investigações iniciais, o estudo da matéria escura foi tirado de pauta durante diversas décadas pelos progressos em outros campos da astronomia. A descoberta de imensas nuvens de gás interestelar visíveis em comprimento de ondas de rádio - muitas das quais mapeadas pelo próprio Oort - pareceu resolver a questão. Ficou provado como certo que as galáxias realmente contém muito mais matéria do que o sugerido pela luz visível. À medida que telescópios em foguetes e satélites abriram ainda mais o espectro do invisível a partir de 1950, mais desse material, de nuvens de poeira infravermelha entre as estrelas a gás de raios X quente em torno de aglomerados de galáxias, foi trazido à luz.

Redescoberta da matéria escura

Assim o problema foi deixado de lado até 1975, quando a astrônoma norte-americana Vera Rubin publicou os resultados de sua diligente nova investigação a respeito do problema da rotação galáctica. Ela descobriu que, uma vez que todo gás e poeira interestelar foram levados em conta, as órbitas das estrelas ainda não estavam se comportando como deveriam. Os números de Zwicky eram significativamente excessivos, mas as galáxias pareciam se comportar como se pesassem cerca de 6 vezes mais do que a matéria visível dentro delas.

As alegações de Rubin eram compreensivelmente controversas, mas seu trabalho foi meticuloso, e assim que foi confirmado independentemente em 1978, a maior parte dos astrônomos voltou sua atenção à questão de saber se a matéria escura existia, o que poderia ser e como poderia ser estudada.

A maior parte das tentativas para explicar a matéria escura caiu em duas categorias: se isso se deve a grandes quantidades de matéria ordinária que nós simplesmente não vemos, porque mal emitem radiação (chamada matéria escura bariônica), ou se a alguma forma nova e exótica de material (matéria escura não bariônica). Noa anos 1980, os astrônomos cunharam acrônimos fáceis de serem lembrados para os dois candidatos mais prováveis - MACHOs [massive astrophysical compact halo objects] bariônicos e WIMPs [weakly interacting massive particles] não bariônicos.

Os MACHOs (objetos de halo maciços compactos) são acúmulos pequenos, mas densos, de matéria normal que se pensam estar em órbita nos halos galácticos. Entre esses objetos pedem estar hipotéticis planetas desgarrados, buracos negros, estrelas de nêutrons mortas e anãs brancas esfriadas. Esses objetos poderiam ter passado amplamente despercebidos sob telescópios antigos, e podem ter sido responsabilizados por uma grande quantidade de massa. Entretanto, progressos na tecnologia dos telescópios e engenhosas novas técnicas permitiram buscar intensivas na região do halo galáctico nos anos 1990. Embora tenham sido detectados alguns objetos desgarrados, pesquisadores concluíram que eles simplesmente não existem em número necessário para fazer uma contribuição significativa para a matéria escura.

A busca de WIMPs

Tendo os MACHOs sido desconsiderados, astrônomos e cosmólogos ainda ficaram com a inquietante ideia de WIMPs exóticos - material fantasmagórico que de algum modo existe em conjunção com a matéria bariônica do dia a dia, mas raramente interage com ela. As partículas WIMP não absorvem, espalham ou emitem luz, e podem passam direto através der átomos de matéria normal com se eles não existissem. O único modo de "ver" essas partículas é pelos efeitos de suas gravidades sobre outros objetos.

O primeiro passo importante para compreender os WIMPs é medir sua distribuição em relação à matéria normal: será que são "frias", unidas em torno, em associação próxima, a objetos luminosos; ou "quentes", voando através de grandes distâncias e mantendo apenas a conexão mais fraca com o universo visível? Desde os anos 1990, os astrônomos vem desenvolvendo uma nova técnica para pesar, e até mapear, matéria escura usando lentes gravitacionais, o modo pelo qual grandes concentrações de massa, como aglomerados de galáxias, dobram e distorcem a luz de objetos mais distantes (uma consequência da Relatividade Geral). Ironicamente Zwicky estava defendendo o uso das lentes gravitacionais para pesar galáxias ainda em 1937, mais de 40 anos antes de os primeiros exemplos desses objetos terem sido descobertos.

Ao comparar a força dos efeitos das lentes (dominados pela matéria escura) com a luz de matéria visível, os pesquisadores descobriram que as duas tendem a ter distribuição semelhante, sugerindo que a matéria escura fria é o tipo dominante. Matéria escura quente, incluindo neutrinos (a única forma de WIMP a ser descoberto experimentalmente até agora), faz uma contribuição relativamente menor. Mesmo assim, apesar desses sucessos, a própria natureza do mistério da matéria escura faz com que seja mais provável que sua resolução seja dada por meio de pesquisas em aceleradores de partículas como o Grande Colisor de Hádrons do que por observações telescópicas.


IDEIA CONDENSADA: OITENTA POR CENTO DA MASSA DO UNIVERSO É FEITA DE MISTERIOSA MATÉRIA INVISÍVEL.


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Pesquisa / Research: Livro - 50 Ideias de Astronomia (Giles Sparrow) - 2018.


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A matéria bariônica se refere a todo o material composto principalmente de prótons, nêutrons e elétrons. Porém, é um termo geralmente empregado pelos astrônomos no estudo das interações gravitacionais da macroestrutura. A princípio, o agrupamento de partículas subatômicas que formam o hidrogênio, o hélio e os elementos mais pesados, além de ser o “berçário das estrelas”, afeta as galáxias “gravitacionalmente”. Neste contexto cosmológico, a matéria bariônica é comumente atribuída ao gás e à poeira cósmica de onde nascem novas estrelas.

Os astrônomos advertem que a matéria bariônica não deve ser confundida com a matéria escura, que também se considera em parte bariônica. Embora diferentes, estas duas formas de "matéria escura", têm como característica comum, a pouca ou nenhuma emissão de luz ao serem extremamente difíceis de se observar no espaço. A matéria bariônica visível ocupa cerca de 4% do universo que conhecemos, onde 22% é "matéria escura" (bariônica e não-bariônica). Vale frisar, que na escuridão cósmica, é grande a possibilidade de haver de fato a manifestação da matéria não-bariônica, sempre relacionada a uma forma exótica de matéria fantasmagórica que exerce atração gravitacional e também a chamada energia escura, uma força de ação repulsiva que permea todo o espaço.

A distribuição de matéria bariônica ao longo do cosmos é detectada não pelo quanto ela brilha (em estrelas e galáxias), mas pela quantidade de luz que ela bloqueia.


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