Junção de micróbios teria dado início à vida complexa
Extraído: The New York Times – 25/07/2015
Como foi que as pedras, o ar e a água se uniram para formar as primeiras criaturas vivas na Terra primitiva? Por que a vida complexa como a dos animais e das plantas surgiu de um só ancestral somente uma vez na História de nosso planeta? Por que dois sexos e não três, quatro ou 12? Por que envelhecemos e morremos?
No livro "The Vital Question: Energy, Evolution, and the Origins of Complex Life" (A questão vital: energia, evolução e as origens da vida complexa), Nick Lane pretende responder a essas perguntas e muitas mais com um novo conjunto de ideias sobre o surgimento e a evolução da vida. Bioquímico da University College London, Lane sustenta que com alguns princípios da física, podemos presumir por que a vida é assim – na Terra e no resto do cosmos.
O livro anterior de Lane, "Life Ascending: The Ten Great Inventions of Evolution" (Vida ascendente: as dez grandes invenções da evolução), ganhou o Prêmio da Real Sociedade para livros científicos, e novamente ele se mostra um guia capaz em meio a terreno científico traiçoeiro. O autor escreve com prosa lúcida, acessível e, embora a ciência possa se tornar densa, o leitor será recompensado com uma visão impressionantemente anticonvencional da biologia.
A ideia mais surpreendente de Lane tem a ver com como a vida complexa surgiu. Durante a maior parte da História terrestre, a vida era microbiana: nada de árvores, cogumelos nem mamíferos. Embora os micróbios exibam diversidade bioquímica espantosa, vivendo em qualquer coisa, de concreto a ácido de bateria, eles nunca evoluíram para se tornar algo mais complicado do que uma única célula.
Então, o que tornou possível o grande florescer da biodiversidade? Partindo de ideias desenvolvidas com o biólogo da evolução William Martin, Lance localiza as origens da vida em um acaso bizarro há bilhões anos, quando um micróbio passou a viver dentro de outro. Segundo ele, esse evento não foi uma divisão da árvore evolucionária, mas uma fusão com consequências profundas.
O novo inquilino forneceu energia para o hospedeiro, pagando aluguel químico em troca de habitação segura. Com a renda extra, a célula hospedeira pôde se dar ao luxo de fazer investimentos em comodidades biológicas mais complexas. A união prosperou, replicou e evoluiu.
Hoje, chamamos esses micróbios internos de mitocôndria; quase toda célula em nosso organismo tem milhares dessas fábricas energéticas. Lane e Martin argumentam que em função da mitocôndria, células complexas têm quase 200 mil vezes mais energia por gene, abrindo espaço para genomas maiores e evolução irrestrita.
Dentro da célula, a mitocôndria guarda seus próprios anéis minúsculos de DNA, postos genéticos avançados distintos do centro de comando genético no núcleo da célula.
Embora a relação agora seja de simbiose, no começo o DNA mitocondrial vivia sendo bombardeado pelo genoma nuclear, provocando mutações frequentes. Sob essas condições, assegura Lane, somente a evolução do sexo permitiria à seleção natural manter a função de genes individuais em grandes genomas que sofrem ataques.
Mas por que dois sexos? O índice de mutação no DNA mitocondrial é elevado, o que pode abalar fatalmente a função celular. O desafio para qualquer organismo é manter baixo esse índice e, com dois sexos, argumenta Lane, nos quais somente um deles passa as mitocôndrias à descendência, o problema é atenuado.
Nós vemos isso em quase todos os organismos complexos. Por exemplo, os humanos recebem a mitocôndria exclusivamente das mães.
Com a idade, as mutações mitocondriais se acumulam. Em outro lugar, Lane destacou pesquisa mostrando que variantes em um único gene mitocondrial reduziram pela metade a perspectiva de ser internado por doenças causadas pela idade em pacientes que as tem, e duplicaram a perspectiva de viver até os cem anos. Lane acredita que esse achado poderia levar a progressos médicos se nós compreendêssemos como proteger o DNA mitocondrial.
"Como podemos esperar compreender a doença se não temos ideia do motivo de as células funcionarem assim?", ele questiona.
Mas e as origens da vida, antes de existirem células? Lane também tem algo a dizer a esse respeito. Livros didáticos contam que a origem da vida tem raízes na especulação de Darwin de que em algum "laguinho quente" a matéria inanimada, talvez energizada por um raio de sorte, formou moléculas complexas que terminaram se replicando sozinhas.
Isso faz Lane pensar para trás. Segundo ele, a matéria inanimada nunca poderia se agrupar em moléculas maiores com apenas um raio, da mesma forma que uma pilha de tijolos não poderia se montar como uma casa durante a tempestade. O surgimento da vida deve ter sido impulsionado por uma fonte de energia confiável e contínua.
A visão alternativa de Lane se origina com o geólogo Mike Russell, que décadas atrás propôs que a vida surgiu em formações rochosas elevadas no leito oceânico, onde a agua aquecida e carregada de minerais era cuspida do centro da Terra por meio de uma rede oca de compartimentos do tamanho de células. Essas rochas continham os ingredientes necessários para a vida começar e, o mais importante, sua temperatura natural e gradientes de energia favoreciam a formação de moléculas maiores. Ao tirar proveito da energia de uma Terra inquieta, no entender de Lane, uma pilha de tijolos só pode ser tornar uma casa.
Esse cenário gera uma previsão inesperada sobre como os organismos geram energia. Nas células de quase toda criatura, incluindo os humanos, os prótons estão presos em um dos lados de uma membrana. A única saída é com a ajuda de proteína notável, com formato de turbina, a ATP sintase. Os prótons caem pela proteína rotatória, convertendo aquela energia em um formato útil para a célula, análoga a uma roda d'água.
Esse mecanismo bizarro, tão universal quanto o DNA, é totalmente inesperado na ciência. Porém, é baseado nas rochas porosas de Russell, que separam a água pobre em próton de seu interior do oceano rico em prótons. A vida tirou proveito dessa dinâmica natural do próton, Lane afirma: os gradientes do próton devem ser uma "propriedade universal da vida no cosmos".
A ampla perspectiva de Lane, que tenta abordar as origens da vida, sexo e morte, é sedutora e muitas vezes convincente, embora a especulação muitas vezes supere os fatos em muitas das passagens do livro. Todavia, talvez para uma teoria biológica de tudo, isso é esperado, até mesmo bem-vindo.
Ainda não se sabe se a pesquisa irá confirmar Lane, mas suas muitas previsões, por mais incríveis que pareçam, podem ser testadas e poderiam manter os cientistas ocupados durante anos. Vamos aguardar novas rodadas e avanços das pesquisas científicas.
O escritor Nick Lane autor de "The Vital Question: Energy, Evolution, and the Origins of Complex Life" (A questão vital: energia, evolução e as origens da vida complexa).
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25 julho 2015
24 julho 2015
GOODBYE BLUE SKY
PINK FLOYD
Video from the movie "PINK FLOYD THE WALL" (1982).
"Goodbye Blue Sky" (1979)
[Childs voice:]
Look, Mummy. There's an airplane up in the sky.
Oooooooo ooo ooo ooooh
Did you see the frightened ones
Did you hear the falling bombs
Did you ever wonder
Why we had to run for shelter
When the promise of a brave new world
Unfurled beneath a clear blue sky
Oooooooo ooo ooooo oooh
Did you see the frightened ones
Did you hear the falling bombs
The flames are all long gone
But the pain lingers on
Goodbye blue sky
Goodbye blue sky
Goodbye
Goodbye
"Goodbye Blue Sky" (1979)
[Childs voice:]
Look, Mummy. There's an airplane up in the sky.
Oooooooo ooo ooo ooooh
Did you see the frightened ones
Did you hear the falling bombs
Did you ever wonder
Why we had to run for shelter
When the promise of a brave new world
Unfurled beneath a clear blue sky
Oooooooo ooo ooooo oooh
Did you see the frightened ones
Did you hear the falling bombs
The flames are all long gone
But the pain lingers on
Goodbye blue sky
Goodbye blue sky
Goodbye
Goodbye
19 julho 2015
MAIOR APROXIMAÇÃO COM PLUTÃO (2)
SONDA EM PLUTÃO
Imagem mostra superfície de Plutão feita pela New Horizons (Foto: Nasa TV/Divulgação).
"Eu pensava que esta missão poderia terminar como uma das mais chatas do mundo, e que Plutão acabaria sendo como nossa Lua ou Mercúrio, um planeta cheio de crateras em que nada acontece", afirmou à BBC Nigel Henbest, astrônomo britânico da Universidade de Leicester e conhecido divulgador científico.
"Ficamos todos de queixo caído com o que vimos, toda a atividade nesses mundos (Plutão e suas luas), mas ainda não temos ideia do que está realmente ocorrendo ali."
A região em forma de coração é chamada de Região de Tombaugh, em homenagem ao descobridor do planeta anão.
Henbest fala sobre a paisagem de montanhas geladas, sem crateras e com evidências de processos geológicos encontrada no planeta anão nos confins do Sistema Solar.
Sua surpresa é compartilhada pelo restante da comunidade científica que, graças à sonda New Horizons da Nasa (agência espacial americana) que sobrevoou Plutão em 14 de julho, pode, pela primeira vez, conferir imagens em alta resolução do planeta.
A geografia dinâmica e variada revelada pelas imagens muda a perspectiva que tínhamos sobre esse corpo celeste desde seu descobrimento, há 85 anos.
E essas informações também podem trazer respostas sobre como se formam os planetas e, inclusive, sobre as origens de alguns elementos fundamentais da vida.
Altas como os Alpes
Um dos traços que mais surpreendeu os pesquisadores é a topografia acidentada de Plutão.
As imagens mostram montanhas nos extremos da região que tem forma de coração – batizada informalmente como Região de Tombaugh, em homenagem ao descobridor de Plutão, Clyde Tombaugh – com cerca de 3.300 metros, altitude superior à dos Alpes na Europa ou à das Montanhas Rochosas no oeste dos Estados Unidos.
"E pode ser que existam montanhas mais altas em outra parte", explica John Spencer, um dos pesquisadores da missão.
Segundo Spencer, a capa relativamente fina de metano, monóxido de carbono e nitrogênio congelado que cobre a superfície do planeta anão é forte o suficiente para formar montanhas.
Por isso os cientistas acreditam que elas se formaram com a água congelada do subsolo, já que o gelo se comporta como rocha sob as temperaturas gélidas de Plutão.
Curiosamente, as observações feitas do planeta desde a Terra não haviam detectado sinais de água gelada.
Essa teoria poderá ser corroborada pelas medições feitas por sete equipamentos a bordo da New Horizons, cujos resultados irão chegar ao centro de controle de Maryland (EUA) nos próximos 16 meses. "Podemos estar certos de que existe água em abundância", avalia de antemão Alan Stern, chefe da missão.
Ausência de crateras
Nada de crateras. Essa foi a segunda grande surpresa que a missão trouxe aos cientistas. A sonda New Horizons demorou 9 anos e meio para chegar a Plutão, passando por todo o Sistema Solar.
As crateras permitem aos astrônomos determinar a idade de uma superfície: se é muito antiga terá marcas deixadas por impactos de colisões e se for mais nova será mais lisa, já que a formação recente apaga as impressões anteriores.
As novas imagens, apontou Stern, mostram um terreno que parece ter passado por processos vulcânicos ocorridos nos últimos 100 milhões de anos.
Isso implicaria numa idade extremamente jovem para a superfície, se considerarmos que o Sistema Solar tem 4,5 bilhões de anos.
Tal atividade geológica demanda alguma fonte de calor. Isso foi visto antes apenas em luas congeladas, onde tais processos se explicam pelas "marés de calor" causadas por interações gravitacionais com o planeta mais próximo.
"Marés de calor não são imprescindíveis para gerar calor geológico em corpos congelados. Essa foi uma descoberta importante que fizemos nesta semana", afirmou Spencer.
Mais gelo e menos rocha
Plutão se localiza no Cinturão de Kuiper, uma zona periférica do Sistema Solar onde o Sol deixa de influenciar os corpos celestes que o rodeiam. O tamanho de Plutão também não era o que se pensava: demonstrou ter alguns quilômetros a mais de diâmetro, agora definido em 2.370 km, o que equivale a aproximadamente dois terços do tamanho de nossa Lua.
Isso quer dizer que Plutão tem mais gelo e menos rochas abaixo de sua superfície do que se pensava.
A falta de precisão na medição de Plutão desde a Terra ocorre porque, em primeiro lugar, o corpo celeste está muito longe daqui (4,8 bilhões de km). E também porque sua atmosfera cria reflexos capazes de confundir o telescópio terrestre mais avançado.
E existe neve no planeta gelado? Os sensores da New Horizons detectaram que a fina atmosfera de nitrogênio se estende até o espaço, e pesquisadores acreditam que ela possa gerar flocos que atinjam a superfície antes de evaporar na atmosfera.
Caronte
As surpresas não acabam em Plutão. Caronte, sua maior lua, também deixou cientistas perplexos. As imagens mostram penhascos tão profundos como o do Grand Canyon, no oeste dos Estados Unidos.
Imagem feita pela New Horizons mostra Caronte, uma das luas de Plutão (Foto: Nasa TV/Divulgação).
"Pensava que Caronte poderia ter um terreno antigo coberto de crateras… mas ficamos boquiabertos quando vimos a nova imagem", explicou Cathy Olkin, cientista da missão, citando uma cadeia de desfiladeiros de 800 km.
Até agora os pesquisadores contam apenas com uma parte ínfima dos dados que a sonda já recolheu.
Certamente, ao longo desses 16 meses em que toda a informação será enviada, continuaremos a ser presenteados com surpresas e imagens maravilhosas.
De: globo.com
Imagem mostra superfície de Plutão feita pela New Horizons (Foto: Nasa TV/Divulgação).
"Eu pensava que esta missão poderia terminar como uma das mais chatas do mundo, e que Plutão acabaria sendo como nossa Lua ou Mercúrio, um planeta cheio de crateras em que nada acontece", afirmou à BBC Nigel Henbest, astrônomo britânico da Universidade de Leicester e conhecido divulgador científico.
"Ficamos todos de queixo caído com o que vimos, toda a atividade nesses mundos (Plutão e suas luas), mas ainda não temos ideia do que está realmente ocorrendo ali."
A região em forma de coração é chamada de Região de Tombaugh, em homenagem ao descobridor do planeta anão.
Henbest fala sobre a paisagem de montanhas geladas, sem crateras e com evidências de processos geológicos encontrada no planeta anão nos confins do Sistema Solar.
Sua surpresa é compartilhada pelo restante da comunidade científica que, graças à sonda New Horizons da Nasa (agência espacial americana) que sobrevoou Plutão em 14 de julho, pode, pela primeira vez, conferir imagens em alta resolução do planeta.
A geografia dinâmica e variada revelada pelas imagens muda a perspectiva que tínhamos sobre esse corpo celeste desde seu descobrimento, há 85 anos.
E essas informações também podem trazer respostas sobre como se formam os planetas e, inclusive, sobre as origens de alguns elementos fundamentais da vida.
Altas como os Alpes
Um dos traços que mais surpreendeu os pesquisadores é a topografia acidentada de Plutão.
As imagens mostram montanhas nos extremos da região que tem forma de coração – batizada informalmente como Região de Tombaugh, em homenagem ao descobridor de Plutão, Clyde Tombaugh – com cerca de 3.300 metros, altitude superior à dos Alpes na Europa ou à das Montanhas Rochosas no oeste dos Estados Unidos.
"E pode ser que existam montanhas mais altas em outra parte", explica John Spencer, um dos pesquisadores da missão.
Segundo Spencer, a capa relativamente fina de metano, monóxido de carbono e nitrogênio congelado que cobre a superfície do planeta anão é forte o suficiente para formar montanhas.
Por isso os cientistas acreditam que elas se formaram com a água congelada do subsolo, já que o gelo se comporta como rocha sob as temperaturas gélidas de Plutão.
Curiosamente, as observações feitas do planeta desde a Terra não haviam detectado sinais de água gelada.
Essa teoria poderá ser corroborada pelas medições feitas por sete equipamentos a bordo da New Horizons, cujos resultados irão chegar ao centro de controle de Maryland (EUA) nos próximos 16 meses. "Podemos estar certos de que existe água em abundância", avalia de antemão Alan Stern, chefe da missão.
Ausência de crateras
Nada de crateras. Essa foi a segunda grande surpresa que a missão trouxe aos cientistas. A sonda New Horizons demorou 9 anos e meio para chegar a Plutão, passando por todo o Sistema Solar.
As crateras permitem aos astrônomos determinar a idade de uma superfície: se é muito antiga terá marcas deixadas por impactos de colisões e se for mais nova será mais lisa, já que a formação recente apaga as impressões anteriores.
As novas imagens, apontou Stern, mostram um terreno que parece ter passado por processos vulcânicos ocorridos nos últimos 100 milhões de anos.
Isso implicaria numa idade extremamente jovem para a superfície, se considerarmos que o Sistema Solar tem 4,5 bilhões de anos.
Tal atividade geológica demanda alguma fonte de calor. Isso foi visto antes apenas em luas congeladas, onde tais processos se explicam pelas "marés de calor" causadas por interações gravitacionais com o planeta mais próximo.
"Marés de calor não são imprescindíveis para gerar calor geológico em corpos congelados. Essa foi uma descoberta importante que fizemos nesta semana", afirmou Spencer.
Mais gelo e menos rocha
Plutão se localiza no Cinturão de Kuiper, uma zona periférica do Sistema Solar onde o Sol deixa de influenciar os corpos celestes que o rodeiam. O tamanho de Plutão também não era o que se pensava: demonstrou ter alguns quilômetros a mais de diâmetro, agora definido em 2.370 km, o que equivale a aproximadamente dois terços do tamanho de nossa Lua.
Isso quer dizer que Plutão tem mais gelo e menos rochas abaixo de sua superfície do que se pensava.
A falta de precisão na medição de Plutão desde a Terra ocorre porque, em primeiro lugar, o corpo celeste está muito longe daqui (4,8 bilhões de km). E também porque sua atmosfera cria reflexos capazes de confundir o telescópio terrestre mais avançado.
E existe neve no planeta gelado? Os sensores da New Horizons detectaram que a fina atmosfera de nitrogênio se estende até o espaço, e pesquisadores acreditam que ela possa gerar flocos que atinjam a superfície antes de evaporar na atmosfera.
Caronte
As surpresas não acabam em Plutão. Caronte, sua maior lua, também deixou cientistas perplexos. As imagens mostram penhascos tão profundos como o do Grand Canyon, no oeste dos Estados Unidos.
Imagem feita pela New Horizons mostra Caronte, uma das luas de Plutão (Foto: Nasa TV/Divulgação).
"Pensava que Caronte poderia ter um terreno antigo coberto de crateras… mas ficamos boquiabertos quando vimos a nova imagem", explicou Cathy Olkin, cientista da missão, citando uma cadeia de desfiladeiros de 800 km.
Até agora os pesquisadores contam apenas com uma parte ínfima dos dados que a sonda já recolheu.
Certamente, ao longo desses 16 meses em que toda a informação será enviada, continuaremos a ser presenteados com surpresas e imagens maravilhosas.
De: globo.com
15 julho 2015
MAIOR APROXIMAÇÃO COM PLUTÃO (1)
PLUTÃO
Do UOL, em São Paulo - 14/07/2015
Por volta da 08h49 (horário de Brasília) do dia 14/07/2015, a sonda New Horizons passou a menos de 12.500 quilômetros da superfície de Plutão, ponto mais próximo que uma missão espacial chegou do planeta anão até hoje, de acordo com a NASA.
A aproximação foi feita a uma velocidade de mais de 49.300 km/h, depois de uma viagem de 5 bilhões quilômetros. Comentaristas da TV da NASA chamaram a missão de "histórica" e de "uma incrível viagem".
Allan Stern, chefe da missão, disse que a equipe espera que até as 21h00 (do horário local, 22h00 em Brasília) desta terça-feira eles saibam se a sonda sobreviveu a missão. "É um pequeno drama, já que é uma verdadeira exploração", disse. O perigo é considerado baixo, de um para 10 mil, mas há chances da sonda ser atingida por algum material espacial na região próxima a Netuno, conhecida como o cinturão de Kuiper.
No entanto, as primeiras informações sobre o planeta anão devem demorar horas para serem enviadas à NASA e as primeiras imagens podem ser vistas somente no dia seguinte.
Em parte pela simplicidade, em parte por conta da economia local, os instrumentos e a antena da sonda estão presos ao corpo da espaçonave, e não em uma plataforma móvel. Isso significa que a New Horizons não é capaz de tirar fotos e conversar com a Terra ao mesmo tempo. Ela fará apenas uma pausa breve para enviar uma mensagem de volta e informar os cientistas e engenheiros de que sobreviveu ao encontro, além de fornecer alguns detalhes de engenharia a respeito dos eventos daquele dia.
Quatro horas e meia depois, que é o tempo que a luz demora para viajar os quase 5 bilhões de quilômetros de Plutão até aqui, a mensagem chegará ao centro de controle. As primeiras fotos serão enviadas para a Terra no dia seguinte. Por conta do grande volume de dados, o ritmo lento da transferência e a necessidade de compartilhar a Rede de Espaço Profundo da NASA com outra espaçonave, será necessário um ano e meio para que toda a informação seja transmitida por rádio até a Terra.
Stern disse que espera ter coletado o máximo de dados sobre o planeta anão até novembro deste ano.
1. Longe e pequeno
O planeta-anão fica a cerca de 4 bilhões de quilômetros da Terra. Ele tem cerca de 2.360 quilômetros de largura, menor que a nossa Lua. A nave espacial não tripulada passa por Plutão a uma velocidade de 49,6 mil quilômetros por hora.
2. Fotos e medições
Durante a passagem, os sete instrumentos a bordo da New Horizons vão analisar Plutão e suas luas, tanto com medições topográficas quanto de composição de sua atmosfera. A chegada foi calculada para que a lua Charon estivesse do lado noturno de Plutão, ou seja, se alguém estivesse na superfície de Plutão, veria Charon do lado escuro e a luz refletida de Charon a Plutão, é forte o bastante para iluminar as fotografias.
3. Coração de Plutão
Na parte inferior direita da foto é possível enxergar um formato de coração. A imagem foi feita a 6,7 milhões de quilômetros de distância. A ideia de chegar mais próximo é conhecer melhor a formação do planeta.
4. Vista de muito, muito perto
Alan Stern, o pesquisador chefe da missão, gosta de dizer que se a New Horizons fosse observar Manhattan, em Nova York, de uma distância similar, suas lentes telescópicas seriam capazes de observar os lagos do Central Park.
5. Conhecido há 85 anos
Plutão foi descoberto pelo astrônomo Clyde W. Tombaugh há 85 anos. O Observatório Lowell, que tinha o direito de nomear o novo planeta, recebeu mais de 1.000 sugestões de nomes de todo o mundo, mas o vencedor veio de uma menina de onze anos em homenagem ao deus romano do submundo, Plutão, adequado para um objeto presumivelmente escuro e gelado.
6. Vulcões de gelo em erupção
A fina atmosfera de Plutão é feita de nitrogênio e metano, com tempestades de gelo e neve. Sua superfície provavelmente tem vulcões de gelo em erupção.
7. Região cheia de planetas anões
Plutão se converteu no arquétipo do que os astrônomos chamam de "terceira zona" do Sistema Solar. Além de planetas rochosos como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte e dos gigantes de gás como Júpiter (e Saturno, Urano e Netuno), é possível que existam milhões de mundos gelados dando voltas em torno do Sol no Cinturão de Kuiper. Plutão é o maior dos astros desta região.
8. Lembranças da Terra
A New Horizons leva uma série de lembranças sentimentais da Terra, incluindo as cinzas de Tombaugh, que morreu em 1997; um CD-ROM com os nomes de 434.000 pessoas que responderam a um chamado feito pela Nasa para que as pessoas enviassem seus nomes a Plutão; algumas moedas de Maryland (onde a nave foi construída) e da Flórida (de onde foi lançada).
9. Missão durou 14 anos
Demorou muito tempo para chegar até Plutão: 14 anos desde a proposta inicial e 9 anos e meio desde que a New Horizons deixou a Terra em janeiro de 2006.
10. Planeta anão
Em 2006, foi descoberto um corpo celeste mais distante que Plutão e que parecia ser maior. Ou esse mundo, chamado de Éris, em homenagem à deusa grega do caos e da discórdia, também seria considerado um planeta, ou Plutão teria que ser rebaixado. A União Astronômica Internacional então decidiu que para que um objeto fosse um planeta ele teria que puxar todos os objetos ao seu redor para sua órbita. Plutão é pequeno demais para ter muita força gravitacional, de forma que a organização criou uma nova classificação para Plutão.
Do UOL, em São Paulo - 14/07/2015
- A face de Plutão -
Por volta da 08h49 (horário de Brasília) do dia 14/07/2015, a sonda New Horizons passou a menos de 12.500 quilômetros da superfície de Plutão, ponto mais próximo que uma missão espacial chegou do planeta anão até hoje, de acordo com a NASA.
A aproximação foi feita a uma velocidade de mais de 49.300 km/h, depois de uma viagem de 5 bilhões quilômetros. Comentaristas da TV da NASA chamaram a missão de "histórica" e de "uma incrível viagem".
Allan Stern, chefe da missão, disse que a equipe espera que até as 21h00 (do horário local, 22h00 em Brasília) desta terça-feira eles saibam se a sonda sobreviveu a missão. "É um pequeno drama, já que é uma verdadeira exploração", disse. O perigo é considerado baixo, de um para 10 mil, mas há chances da sonda ser atingida por algum material espacial na região próxima a Netuno, conhecida como o cinturão de Kuiper.
No entanto, as primeiras informações sobre o planeta anão devem demorar horas para serem enviadas à NASA e as primeiras imagens podem ser vistas somente no dia seguinte.
Em parte pela simplicidade, em parte por conta da economia local, os instrumentos e a antena da sonda estão presos ao corpo da espaçonave, e não em uma plataforma móvel. Isso significa que a New Horizons não é capaz de tirar fotos e conversar com a Terra ao mesmo tempo. Ela fará apenas uma pausa breve para enviar uma mensagem de volta e informar os cientistas e engenheiros de que sobreviveu ao encontro, além de fornecer alguns detalhes de engenharia a respeito dos eventos daquele dia.
Quatro horas e meia depois, que é o tempo que a luz demora para viajar os quase 5 bilhões de quilômetros de Plutão até aqui, a mensagem chegará ao centro de controle. As primeiras fotos serão enviadas para a Terra no dia seguinte. Por conta do grande volume de dados, o ritmo lento da transferência e a necessidade de compartilhar a Rede de Espaço Profundo da NASA com outra espaçonave, será necessário um ano e meio para que toda a informação seja transmitida por rádio até a Terra.
Stern disse que espera ter coletado o máximo de dados sobre o planeta anão até novembro deste ano.
1. Longe e pequeno
O planeta-anão fica a cerca de 4 bilhões de quilômetros da Terra. Ele tem cerca de 2.360 quilômetros de largura, menor que a nossa Lua. A nave espacial não tripulada passa por Plutão a uma velocidade de 49,6 mil quilômetros por hora.
2. Fotos e medições
Durante a passagem, os sete instrumentos a bordo da New Horizons vão analisar Plutão e suas luas, tanto com medições topográficas quanto de composição de sua atmosfera. A chegada foi calculada para que a lua Charon estivesse do lado noturno de Plutão, ou seja, se alguém estivesse na superfície de Plutão, veria Charon do lado escuro e a luz refletida de Charon a Plutão, é forte o bastante para iluminar as fotografias.
3. Coração de Plutão
Na parte inferior direita da foto é possível enxergar um formato de coração. A imagem foi feita a 6,7 milhões de quilômetros de distância. A ideia de chegar mais próximo é conhecer melhor a formação do planeta.
4. Vista de muito, muito perto
Alan Stern, o pesquisador chefe da missão, gosta de dizer que se a New Horizons fosse observar Manhattan, em Nova York, de uma distância similar, suas lentes telescópicas seriam capazes de observar os lagos do Central Park.
5. Conhecido há 85 anos
Plutão foi descoberto pelo astrônomo Clyde W. Tombaugh há 85 anos. O Observatório Lowell, que tinha o direito de nomear o novo planeta, recebeu mais de 1.000 sugestões de nomes de todo o mundo, mas o vencedor veio de uma menina de onze anos em homenagem ao deus romano do submundo, Plutão, adequado para um objeto presumivelmente escuro e gelado.
6. Vulcões de gelo em erupção
A fina atmosfera de Plutão é feita de nitrogênio e metano, com tempestades de gelo e neve. Sua superfície provavelmente tem vulcões de gelo em erupção.
7. Região cheia de planetas anões
Plutão se converteu no arquétipo do que os astrônomos chamam de "terceira zona" do Sistema Solar. Além de planetas rochosos como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte e dos gigantes de gás como Júpiter (e Saturno, Urano e Netuno), é possível que existam milhões de mundos gelados dando voltas em torno do Sol no Cinturão de Kuiper. Plutão é o maior dos astros desta região.
8. Lembranças da Terra
A New Horizons leva uma série de lembranças sentimentais da Terra, incluindo as cinzas de Tombaugh, que morreu em 1997; um CD-ROM com os nomes de 434.000 pessoas que responderam a um chamado feito pela Nasa para que as pessoas enviassem seus nomes a Plutão; algumas moedas de Maryland (onde a nave foi construída) e da Flórida (de onde foi lançada).
9. Missão durou 14 anos
Demorou muito tempo para chegar até Plutão: 14 anos desde a proposta inicial e 9 anos e meio desde que a New Horizons deixou a Terra em janeiro de 2006.
10. Planeta anão
Em 2006, foi descoberto um corpo celeste mais distante que Plutão e que parecia ser maior. Ou esse mundo, chamado de Éris, em homenagem à deusa grega do caos e da discórdia, também seria considerado um planeta, ou Plutão teria que ser rebaixado. A União Astronômica Internacional então decidiu que para que um objeto fosse um planeta ele teria que puxar todos os objetos ao seu redor para sua órbita. Plutão é pequeno demais para ter muita força gravitacional, de forma que a organização criou uma nova classificação para Plutão.
03 julho 2015
WALDO VIEIRA (nota do dia) (2)
Nota de falecimento do Professor Waldo Vieira (extraído do site do IIPC)
Personalidade aglutinadora e considerado gênio multidotado, Vieira liderava uma comunidade de 841 voluntários dedicados à Conscienciologia.
O Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC) informa, com pesar, o falecimento do professor Waldo Vieira, aos 83 anos de idade, às 17h50 desta quinta-feira, dia 2, no Hospital Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu.Vieira sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na madrugada do dia 26 de junho e estava internado em estado de coma. O corpo será cremado e não haverá velório.
O professor foi internado no dia 25 de junho após ser detectada a presença de líquido no pulmão. O problema foi contornado, mas na sequência ele sofreu o AVC, considerado irreversível. Antes de ser internado, Waldo Vieira estava em casa e se recuperava de uma revascularização miocárdia, realizada em São Paulo.
Waldo Vieira nasceu em 12 de abril de 1932 em Monte Carmelo (MG). Era graduado em Medicina e Odontologia. Foi propositor das ciências Projeciologia e Conscienciologia, sistematizadas nos tratados Projeciologia: Panorama das Experiências Fora do Corpo Humano (1986) e 700 Experimentos da Conscienciologia (1994).
Escreveu mais de 60 obras, entre livros, tratados, dicionários e centenas de artigos relacionados à pesquisa da consciência e ao parapsiquismo. Em 1995, fundou o CEAEC, o primeiro campus da Conscienciologia. No ano 2000, trocou o Rio de Janeiro por Foz do Iguaçu para atuar em tempo integral no CEAEC e acelerar a escrita da Enciclopédia da Conscienciologia, obra coletiva com textos dele e de outros 500 verbetógrafos.
Nos últimos anos, o trabalho da Conscienciologia cresceu e Vieira propôs a criação do Bairro Cognópolis, onde fica o CEAEC e outras 21 instituições conscienciológicas. Também conhecido por “Cidade do Conhecimento” e Bairro do Voluntariado, Cognópolis foi oficializado pelo Decreto Municipal 18.887, publicado em 2009.
Personalidade aglutinadora e considerado gênio multidotado, Vieira liderava uma comunidade de 841 voluntários dedicados à Conscienciologia, residentes em Foz do Iguaçu, entre os quais médicos, professores e empresários, vindos de diversas partes do Brasil e do exterior.
Nos últimos meses, o professor ministrava, diariamente, minitertúlias conscienciológicas no CEAEC e trabalhava no terceiro volume da obra “Léxico de Ortopensatas”, no prelo. As atividades da Conscienciologia no Brasil e exterior serão mantidas normalmente com o compromisso dos voluntários de preservar e expandir o legado deixado por Vieira. O CEAEC e as demais instituições conscienciológicas mantêm as portas abertas para visitas, cursos, debates e palestras.
Foto Crédito - Simone Di Domenico
Informações biográficas:
Waldo Vieira nasceu em Monte Carmelo, Minas Gerais, em 12 de abril de 1932, filho do dentista Armante Vieira e da professora Aristina Rocha. Pesquisador independente, escritor e professor, graduou-se em Odontologia (1954) e em Medicina (1960), com pós-graduação em Plástica e Cosmética em Tóquio, Japão. Foi o propositor das neociências Projeciologia e Conscienciologia, sistematizadas nos tratados “Projeciologia: Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano” (1986) e “700 Experimentos da Conscienciologia” (1994). Sensitivo, ainda na infância iniciou seus estudos sobre as habilidades parapsíquicas (percepção extrassensorial, mediunidade, paranormalidade) e tornou-se, posteriormente, membro das principais instituições internacionais e nacionais de pesquisa do parapsiquismo, a exemplo da SPR – Society for Psychical Research (Londres, Reino Unido), ASPR – American Society for Psychical Research (Nova York, EUA), Associação Brasileira de Parapsicologia (Rio de Janeiro – RJ) e CEAEC – Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (Foz do Iguaçu – PR).
O pesquisador escreveu dezenas de livros e centenas de artigos relacionados à pesquisa da consciência, de caráter científico, porém sempre apontando a necessidade de um paradigma que considerasse o fenômeno consciencial (e, portanto, o parapsiquismo humano) para além da matéria ou do cérebro biológico apenas. Antes disso, nas décadas de 1950 e 1960, atuou no Movimento Espírita.
A psicografia (escrita mediúnica), manifesta aos 13 anos, foi aperfeiçoada e, já com 23 anos, quando conheceu o famoso médium Chico Xavier, já estava plenamente desenvolvida. Desde o início, o encontro de Vieira e Xavier sinalizava ser promissor: o primeiro livro psicografado em coautoria foi “Evolução em Dois Mundos”, publicado em 1958. No Espiritismo, Vieira psicografou dezenas de obras solo ou em parceria com Chico Xavier, além de várias outras ações assistenciais, como a fundação do centro “Comunhão Espírita Cristã”, na cidade de Uberaba (MG). Em 1966, desliga-se do Movimento Espírita e passa a dedicar-se à pesquisa independente, radicando-se na cidade do Rio de Janeiro.
Projetor consciente desde os nove anos, o que equivale a dizer que tinha experiências lúcidas fora do corpo desde o início da década de 1940, tornou-se a referência mundial quando o assunto é Projeciologia, o estudo técnico deste fenômeno, principalmente após a publicação, em 1981, do livro “Projeções da Consciência”, onde propõe publicamente, de maneira inédita, a especialidade. Ainda na década de 80, é um dos fundadores do IIP, atual IIPC – Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, instituição de educação e pesquisa reconhecida como de utilidade pública federal a partir de 1998 e que completou 27 anos de existência no último mês de janeiro.
Em 2000, Vieira muda residência para Foz do Iguaçu e passa a morar no campus do CEAEC. A partir de então, concentrou os esforços pessoais na aglutinação de pesquisadores interessados na expansão dos trabalhos da Conscienciologia na Tríplice Fronteira, visando à instalação do bairro Cognópolis, também conhecido por Bairro do Saber ou Cidade do Conhecimento, de modo semelhante ao que havia feito em Uberaba décadas atrás com o Parque das Américas. Oficialmente criado através do Decreto Municipal 18.887, de 20 de maio de 2009, possui seis condomínios residenciais, quatro em implantação, vinte instituições de pesquisa da Conscienciologia (várias delas fundadas pelo próprio Vieira), o Hotel Mabu Interludium Iguassu Convention, além de projetos em construção, a exemplo da Ágora Cognopolita e o Megacentro Cultural Holoteca, projeto arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer. Na sustentação destes megaempreendimentos, está o aporte humano de mais de 800 voluntários, que transferiram domicílio para Foz do Iguaçu, afora os iguaçuenses com colaboração diária.
Com a vida inteira dedicada à pesquisa, docência, autorado e interassistência, nos últimos meses dedicava-se às minitertúlias conscienciológicas, que aconteciam diariamente no Tertuliarium, no campus do CEAEC, e ao terceiro volume de sua obra “Léxico de Ortopensatas”, que deixa no prelo. Conforme sempre fazia questão de enfatizar, todas as atividades intelectuais que desenvolvia eram inteiramente orientadas pelo Princípio da Descrença, que enuncia que “não se deve acreditar em nada”, pois o mais importante para cada indivíduo é usar o senso crítico, o raciocínio e aprender com as próprias experiências.
Waldo Vieira veio a óbito no dia 02 de julho de 2015, em Foz do Iguaçu (PR) depois de sofrer um AVC.
Personalidade aglutinadora e considerado gênio multidotado, Vieira liderava uma comunidade de 841 voluntários dedicados à Conscienciologia.
O Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (CEAEC) informa, com pesar, o falecimento do professor Waldo Vieira, aos 83 anos de idade, às 17h50 desta quinta-feira, dia 2, no Hospital Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu.Vieira sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na madrugada do dia 26 de junho e estava internado em estado de coma. O corpo será cremado e não haverá velório.
O professor foi internado no dia 25 de junho após ser detectada a presença de líquido no pulmão. O problema foi contornado, mas na sequência ele sofreu o AVC, considerado irreversível. Antes de ser internado, Waldo Vieira estava em casa e se recuperava de uma revascularização miocárdia, realizada em São Paulo.
Waldo Vieira nasceu em 12 de abril de 1932 em Monte Carmelo (MG). Era graduado em Medicina e Odontologia. Foi propositor das ciências Projeciologia e Conscienciologia, sistematizadas nos tratados Projeciologia: Panorama das Experiências Fora do Corpo Humano (1986) e 700 Experimentos da Conscienciologia (1994).
Escreveu mais de 60 obras, entre livros, tratados, dicionários e centenas de artigos relacionados à pesquisa da consciência e ao parapsiquismo. Em 1995, fundou o CEAEC, o primeiro campus da Conscienciologia. No ano 2000, trocou o Rio de Janeiro por Foz do Iguaçu para atuar em tempo integral no CEAEC e acelerar a escrita da Enciclopédia da Conscienciologia, obra coletiva com textos dele e de outros 500 verbetógrafos.
Nos últimos anos, o trabalho da Conscienciologia cresceu e Vieira propôs a criação do Bairro Cognópolis, onde fica o CEAEC e outras 21 instituições conscienciológicas. Também conhecido por “Cidade do Conhecimento” e Bairro do Voluntariado, Cognópolis foi oficializado pelo Decreto Municipal 18.887, publicado em 2009.
Personalidade aglutinadora e considerado gênio multidotado, Vieira liderava uma comunidade de 841 voluntários dedicados à Conscienciologia, residentes em Foz do Iguaçu, entre os quais médicos, professores e empresários, vindos de diversas partes do Brasil e do exterior.
Nos últimos meses, o professor ministrava, diariamente, minitertúlias conscienciológicas no CEAEC e trabalhava no terceiro volume da obra “Léxico de Ortopensatas”, no prelo. As atividades da Conscienciologia no Brasil e exterior serão mantidas normalmente com o compromisso dos voluntários de preservar e expandir o legado deixado por Vieira. O CEAEC e as demais instituições conscienciológicas mantêm as portas abertas para visitas, cursos, debates e palestras.
Foto Crédito - Simone Di Domenico
Informações biográficas:
Waldo Vieira nasceu em Monte Carmelo, Minas Gerais, em 12 de abril de 1932, filho do dentista Armante Vieira e da professora Aristina Rocha. Pesquisador independente, escritor e professor, graduou-se em Odontologia (1954) e em Medicina (1960), com pós-graduação em Plástica e Cosmética em Tóquio, Japão. Foi o propositor das neociências Projeciologia e Conscienciologia, sistematizadas nos tratados “Projeciologia: Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano” (1986) e “700 Experimentos da Conscienciologia” (1994). Sensitivo, ainda na infância iniciou seus estudos sobre as habilidades parapsíquicas (percepção extrassensorial, mediunidade, paranormalidade) e tornou-se, posteriormente, membro das principais instituições internacionais e nacionais de pesquisa do parapsiquismo, a exemplo da SPR – Society for Psychical Research (Londres, Reino Unido), ASPR – American Society for Psychical Research (Nova York, EUA), Associação Brasileira de Parapsicologia (Rio de Janeiro – RJ) e CEAEC – Centro de Altos Estudos da Conscienciologia (Foz do Iguaçu – PR).
O pesquisador escreveu dezenas de livros e centenas de artigos relacionados à pesquisa da consciência, de caráter científico, porém sempre apontando a necessidade de um paradigma que considerasse o fenômeno consciencial (e, portanto, o parapsiquismo humano) para além da matéria ou do cérebro biológico apenas. Antes disso, nas décadas de 1950 e 1960, atuou no Movimento Espírita.
A psicografia (escrita mediúnica), manifesta aos 13 anos, foi aperfeiçoada e, já com 23 anos, quando conheceu o famoso médium Chico Xavier, já estava plenamente desenvolvida. Desde o início, o encontro de Vieira e Xavier sinalizava ser promissor: o primeiro livro psicografado em coautoria foi “Evolução em Dois Mundos”, publicado em 1958. No Espiritismo, Vieira psicografou dezenas de obras solo ou em parceria com Chico Xavier, além de várias outras ações assistenciais, como a fundação do centro “Comunhão Espírita Cristã”, na cidade de Uberaba (MG). Em 1966, desliga-se do Movimento Espírita e passa a dedicar-se à pesquisa independente, radicando-se na cidade do Rio de Janeiro.
Projetor consciente desde os nove anos, o que equivale a dizer que tinha experiências lúcidas fora do corpo desde o início da década de 1940, tornou-se a referência mundial quando o assunto é Projeciologia, o estudo técnico deste fenômeno, principalmente após a publicação, em 1981, do livro “Projeções da Consciência”, onde propõe publicamente, de maneira inédita, a especialidade. Ainda na década de 80, é um dos fundadores do IIP, atual IIPC – Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, instituição de educação e pesquisa reconhecida como de utilidade pública federal a partir de 1998 e que completou 27 anos de existência no último mês de janeiro.
Em 2000, Vieira muda residência para Foz do Iguaçu e passa a morar no campus do CEAEC. A partir de então, concentrou os esforços pessoais na aglutinação de pesquisadores interessados na expansão dos trabalhos da Conscienciologia na Tríplice Fronteira, visando à instalação do bairro Cognópolis, também conhecido por Bairro do Saber ou Cidade do Conhecimento, de modo semelhante ao que havia feito em Uberaba décadas atrás com o Parque das Américas. Oficialmente criado através do Decreto Municipal 18.887, de 20 de maio de 2009, possui seis condomínios residenciais, quatro em implantação, vinte instituições de pesquisa da Conscienciologia (várias delas fundadas pelo próprio Vieira), o Hotel Mabu Interludium Iguassu Convention, além de projetos em construção, a exemplo da Ágora Cognopolita e o Megacentro Cultural Holoteca, projeto arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer. Na sustentação destes megaempreendimentos, está o aporte humano de mais de 800 voluntários, que transferiram domicílio para Foz do Iguaçu, afora os iguaçuenses com colaboração diária.
Com a vida inteira dedicada à pesquisa, docência, autorado e interassistência, nos últimos meses dedicava-se às minitertúlias conscienciológicas, que aconteciam diariamente no Tertuliarium, no campus do CEAEC, e ao terceiro volume de sua obra “Léxico de Ortopensatas”, que deixa no prelo. Conforme sempre fazia questão de enfatizar, todas as atividades intelectuais que desenvolvia eram inteiramente orientadas pelo Princípio da Descrença, que enuncia que “não se deve acreditar em nada”, pois o mais importante para cada indivíduo é usar o senso crítico, o raciocínio e aprender com as próprias experiências.
Waldo Vieira veio a óbito no dia 02 de julho de 2015, em Foz do Iguaçu (PR) depois de sofrer um AVC.
WALDO VIEIRA (nota do dia) (1)
WALDO VIEIRA - Dessoma
Foz do Iguaçu
Dessoma, aos 83 anos, Waldo Vieira, o propositor da Conscienciologia
Às 17 horas e 50 minutos do dia 2 de julho (ontem), no Hospital Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu (PR), o médico, professor e pesquisador Waldo Vieira, o propositor da Conscienciologia não resistiu a um acidente vascular cerebral (AVC).
Waldo foi fundador do "CEAEC - Centro de Altos Estudos da Conscienciologia" em Foz do Iguaçu e escreveu dezenas de livros. Uma das suas obras mais importantes é a "Enciclopédia da Conscienciologia, que possui mais de 20 mil páginas escritas e continua sendo elaborada com o auxílio de pesquisadores do mundo inteiro.
O tratado "PROJECIOLOGIA - Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano", que teve sua primeira edição em 1986, ocupa as prateleiras das principais bibliotecas mundiais e oferece 1907 menções bibliográficas mundiais sobre a Projeciologia, consagrada como ciência a partir da difusão desta obra. Outro tratado escrito por Waldo Vieira, "700 EXPERIMENTOS DA CONSCIENCIOLOGIA", lançado em 1994, consolidou a Conscienciologia como disciplina científica.
No início deste ano de 2015, Waldo foi homenageado com a produção do filme "Waldo Vieira - Vida e Obra".
A pedido do próprio Waldo, não haverá velório ou cortejo. Seu corpo foi encaminhado diretamente ao crematório. Para ele, a morte era apenas uma viagenzinha.
Foz do Iguaçu
Dessoma, aos 83 anos, Waldo Vieira, o propositor da Conscienciologia
Às 17 horas e 50 minutos do dia 2 de julho (ontem), no Hospital Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu (PR), o médico, professor e pesquisador Waldo Vieira, o propositor da Conscienciologia não resistiu a um acidente vascular cerebral (AVC).
Waldo foi fundador do "CEAEC - Centro de Altos Estudos da Conscienciologia" em Foz do Iguaçu e escreveu dezenas de livros. Uma das suas obras mais importantes é a "Enciclopédia da Conscienciologia, que possui mais de 20 mil páginas escritas e continua sendo elaborada com o auxílio de pesquisadores do mundo inteiro.
Waldo Vieira no CEAEC em Foz do Iguaçu.
O tratado "PROJECIOLOGIA - Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano", que teve sua primeira edição em 1986, ocupa as prateleiras das principais bibliotecas mundiais e oferece 1907 menções bibliográficas mundiais sobre a Projeciologia, consagrada como ciência a partir da difusão desta obra. Outro tratado escrito por Waldo Vieira, "700 EXPERIMENTOS DA CONSCIENCIOLOGIA", lançado em 1994, consolidou a Conscienciologia como disciplina científica.
No início deste ano de 2015, Waldo foi homenageado com a produção do filme "Waldo Vieira - Vida e Obra".
A pedido do próprio Waldo, não haverá velório ou cortejo. Seu corpo foi encaminhado diretamente ao crematório. Para ele, a morte era apenas uma viagenzinha.
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