Os asteroides gregos são asteroides do grupo "Troiano", que compartilham a órbita de Júpiter no ponto de Lagrange L4, 60° à frente do planeta. Eles são assim chamados porque seus nomes vêm dos heróis da mitologia grega que participaram da Guerra de Troia.
Gregos & Troianos.
Características principais
Localização: Os asteroides troianos estão localizados nos pontos de equilíbrio estável (pontos de Lagrange L4 e L5) da órbita de Júpiter.
Os asteroides gregos: Aqueles no ponto L4, à frente de Júpiter, recebem nomes de heróis gregos e são conhecidos como "acampamento grego".
Os asteroides troianos: Aqueles no ponto L5, atrás de Júpiter, recebem nomes de figuras da cidade de Troia.
Origem: Acredita-se que esses asteroides sejam remanescentes da formação do sistema solar, formados durante o período em que os planetas gigantes estavam em processo de criação.
Exemplos de asteroides gregos e troianos
Pequena lista de asteroides troianos que compartilham uma órbita com um planeta nos pontos de Lagrange: (1566) Ícaro, (4769) Castália e (6063) Jasão são troianos da Terra, enquanto (5261) Eureka é um troiano de Marte, (385571) Otrera e 2001 QR322 são troianos de Netuno.
A lista de asteroides gregos inclui nomes como: 588 Aquiles, 624 Heitor, 1404 Ájax, 1143 Odisseu, 4086 Podalírio.
Os planetas do nosso Sistema Solar que têm asteroides gregos e troianos conhecidos
São Júpiter, Marte, Terra, Urano, Saturno e Netuno. Os asteroides troianos são aqueles que compartilham a mesma órbita que um planeta, ocupando os pontos gravitacionalmente estáveis L4 (o campo grego) e L5 (o campo troiano).
Detalhes por planeta
Júpiter: É o planeta com o maior número de asteroides troianos, com milhares deles divididos em um campo grego e um campo troiano. Os asteroides troianos de Júpiter não são um grupo único, mas sim rochas espaciais que compartilham a órbita do planeta gigante. Eles são agrupados em locais de gravidade especial chamados pontos de Lagrange, específicos para cada grupo, localizados 60 graus à frente (campo L4) e 60 graus atrás (campo L5) da órbita de Júpiter. Os maiores deles é o 624 Hektor (maior troiano conhecido, com um diâmetro médio de aproximadamente 101,5 km), 588 Aquiles, 617 Pátroclo, 659 Nestor (outros asteroides troianos conhecidos dentro da categoria "Gregos" ou "Troianos", respectivamente).
Asteroides gregos e troianos de Júpiter.
Marte: Os asteroides troianos de Marte, que orbitam o Sol partilhando a sua órbita e permanecendo em pontos gravitacionais estáveis (pontos de Lagrange) à frente ou atrás do planeta, incluem 5261 Eureka, 101429 (1998 VF31), 385250 (2001 DH47), 311999 (2007 NS2), 2011 SC191 e 2011 UN63, sendo este último e outros também considerados troianos mais recentes como o 2023 FW14.
Urano: Tem pelo menos dois asteroides troianos conhecidos, 2014 YX49 e (2060) Quirón, que foram identificados em 2017, embora o planeta Júpiter seja o que possui a maior quantidade de asteroides troianos. Estes objetos partilham a órbita do planeta, permanecendo nas suas zonas de segurança de Lagrange, mais à frente e mais atrás do planeta.
Netuno: Tem pelo menos 32 asteroides troianos conhecidos, que são corpos rochosos que compartilham a sua órbita com o planeta. A presença destes asteroides em Netuno foi confirmada por observações científicas, que indicam uma origem comum para eles, de forma similar ao que acontece com Júpiter.
Terra: Os asteroides troianos da Terra atualmente conhecidos são 2010 TK7 e 2020 XL5. Estes corpos celestes orbitam o Sol na mesma trajetória que a Terra, ficando em "bolsas" gravitacionais estáveis, os pontos de Lagrange L4 e L5, localizados 60° à frente e atrás do planeta, respetivamente.
Saturno: Atualmente, apenas um asteroide, o 2019 UO14, foi identificado como um troiano de Saturno. No entanto, existem quatro satélites naturais de Saturno que são considerados "satélites troianos" (Telesto, Calipso, Helene e Polideuces) porque coorbitam com outras luas. Os asteroides troianos de Saturno são de interesse científico, pois sua existência e distribuição são cruciais para a compreensão da formação e evolução do nosso Sistema Solar.
Como funcionam os troianos
Esses asteroides ficam "presos" em posições gravitacionalmente favoráveis nos pontos de Lagrange L4 e L5, que estão a 60° à frente ou atrás do planeta em sua órbita. Essa configuração permite que o asteroide se mova em sincronia com o planeta, compartilhando sua órbita.
PONTOS DE LAGRANGE
Pontos de Lagrange no sistema Sol-Terra (sem escala). A órbita da Terra aqui é no sentido anti-horário.
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Veja também / See also:
◙ PONTOS DE LAGRANGE - Asteroides Gregos e Troianos (Part 2 of 2).
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