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31 julho 2025

◙ JÚPITER / JUPITER (Parte 3 de 3)

Pesquisa e exploração

Pesquisa pré-telescópio

A observação de Júpiter se faz desde pelo menos o século VII ou VIII a.C., pelos astrônomos babilônios. Os chineses antigos também observavam a órbita de Suìxīng e estabeleceram o seu ciclo de “Doze Ramos Terrestres” baseado no seu número aproximado de anos. Até o século IV a.C., essas observações tinham levado ao desenvolvimento do horóscopo chinês, com cada ano associado com uma estrela Tai Sui (a estrela diretamente oposta a Júpiter naquele ano) e o deus que controlava a região do céu oposta à posição de Júpiter no céu noturno; essas crenças sobrevivem em algumas práticas religiosas taoistas e nos doze animais do zodíaco da Ásia oriental, que atualmente são popularmente assumidas como associados à chegada dos animais ante Buda. O historiador chinês Xi Zezong afirmou que Gan De, um antigo astrônomo chinês, descobriu um dos satélites de Júpiter em 362 a.C. a olho nu. Se isto for correto, antecederia a descoberta de Galileu em quase dois milênios. Em seu trabalho do século II Almagesto, o astrônomo Ptolomeu construiu um modelo planetário geocêntrico baseado em deferentes e epiciclos para explicar o movimento de Júpiter em relação à Terra, fixando o seu período orbital em torno da Terra em 4.332,38 dias, ou 11,86 anos. Em 499, Ariabata, um matemático-astrônomo da era clássica da matemática e astronomia indianas, também usou um modelo geocêntrico para estimar o período de Júpiter em 4.332,2722 dias, ou 11,86 anos.


Pesquisa baseada em telescópios na Terra


Júpiter visto com a utilização de binóculos, com seus 4 principais satélites.


Imagem em falsa cor (falsa cor é uma técnica fotográfica que mostra um objeto ou sujeito com cores que a visão humana não é capaz de ver a olho nu. Imagens em falsa cor são primariamente feitas para facilitar e revelar dados dos quais não poderiam ser obtidas imagens em verdadeira cor. Uma técnica derivada da falsa cor é a pseudo-cor, que retrata a intensidade de uma informação, seja a intensidade de uma luz ou não) da atmosfera jupiteriana tomada pela Voyager 1 mostrando a Grande Mancha Vermelha e uma oval menor por perto.


Em 1610, Galileu Galilei, por meio de um telescópio, descobriu os quatro grandes satélites de Júpiter, que atualmente são chamados satélites galileanos. Um dia depois de Galileu, Simon Marius, atuando de forma independente, descobriu satélites ao redor de Júpiter, embora ele somente tenha publicado em livro a sua descoberta em 1614. Entretanto, os nomes que permaneceram para os satélites foram os atribuídos por Marius – Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Esta descoberta foi a primeira de corpos no espaço que aparentemente não gravitavam a Terra. Este foi um ponto importante em favor da teoria heliocentrista do movimento dos planetas, de Nicolau Copérnico; os discursos de Galileu em favor da teoria de Copérnico fizeram com que fosse julgado pela Inquisição.

Durante a década de 1660, Giovanni Domenico Cassini usou um novo telescópio e descobriu manchas e faixas coloridas em Júpiter, notando também que o planeta possuía um formato achatado. Cassini ainda estimou o período de rotação do planeta. Em 1690, Cassini notou que a atmosfera jupiteriana possui rotação diferencial.

A Grande Mancha Vermelha, uma característica relevante no hemisfério sul do planeta, pode ter sido observada pela primeira vez por Robert Hooke em 1664 e por Cassini em 1665, embora este fato não esteja totalmente comprovado. O farmacêutico Samuel Heinrich Schwabe produziu em 1831 os primeiros desenhos mostrando os detalhes da Mancha. A Mancha foi perdida de vista em várias ocasiões entre 1665 e 1708 e tornou-se bem visível em 1878. Foi registrada como tendo se atenuado em 1883 e no começo do século XX.

Tanto Giovanni Alfonso Borelli quanto Cassini construíram tabelas cuidadosas do movimento dos satélites jupiterianos, permitindo a predição de quando os satélites iriam passar atrás ou na frente do planeta. Porém, na década de 1670, astrônomos notaram que, quando Júpiter estava no lado oposto do Sol em relação à Terra, estes eventos ocorriam cerca de 17 minutos mais tarde do que o esperado. Ole Rømer deduziu que a visão não é instantânea (um fato que Cassini havia anteriormente rejeitado) e esta diferença foi utilizada para estimar a velocidade da luz.

Em 1892, Edward Emerson Barnard descobriu um quinto satélite, utilizando o telescópio de 91 cm do Observatório Lick, na Califórnia. A descoberta deste objeto relativamente pequeno, um atestado de sua ótima visão, tornou-o rapidamente famoso. O satélite foi posteriormente chamado Amalteia. Esta foi a última descoberta de um satélite planetário feita via observação visual.

Em 1932, Rupert Wildt identificou bandas de absorção de amônia e metano no espectro de Júpiter.

Três ovais anticiclônicas de longa duração foram observadas em 1938. Por décadas elas continuaram como características distintas da atmosfera jupiteriana, por vezes aproximando-se uma da outra, mas nunca se juntando. Em 1998, porém, duas das ovais se fundiram, absorvendo a terceira em 2000, criando a Oval BA.


Imagem de Júpiter obtida pela Voyager 1 em 24 de janeiro de 1979, a uma distância de 40 milhões de quilômetros.


Imagem em infravermelho tomado pelo Very Large Telescope da ESO.


Em 1955, Bernard Burke e Kenneth Franklin detectaram pulsos de rádio vindos de Júpiter a 22,2 MHz. O período dos pulsos igualava o da rotação jupiteriana, como o que ambos utilizaram esta informação para aumentar a precisão do período de rotação do planeta. Descobriu-se que pulsos de rádio vinham em duas formas: pulsos longos, durando vários segundos, e pulsos curtos, de menos de um centésimo de segundo.

Cientistas descobriram que existiam três formas de sinais de rádio transmitidas de Júpiter: pulsos de rádio decamétricos (com comprimento de onda de dezenas de metros) variam com a rotação de Júpiter e são influenciados pela interação de Io com o campo magnético jupiteriano; emissões de rádio decimétricas (com comprimentos de onda medidos em centímetros) foram observadas pela primeira vez por Frank Drake e Hein Hvatum em 1959. Estes sinais originam-se de um cinturão em torno do equador jupiteriano e são causados por radiação ciclotrônica de elétrons acelerados pelo campo magnético jupiteriano; radiação termal produzida por calor na atmosfera de Júpiter.



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