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THE MIKE WALLACE INTERVIEW - GUEST: ALDOUS HUXLEY - 05/18/1958. ENTREVISTA DE MIKE WALLACE -  CONVIDADO: ALDOUS HUXLEY - 18/05/1958....

29 julho 2025

◙ JÚPITER / JUPITER (Parte 2 de 3)


Ficha de Júpiter.


Júpiter - imagem ultravioleta.


Massa

Júpiter possui uma massa 2,5 vezes maior do que a de todos os outros planetas tomados em conjunto, massivo o suficiente para fazer com que seu baricentro com o Sol localize-se acima da superfície solar (a 1,068 raio solar do centro do Sol). Júpiter é muito maior do que a Terra e consideravelmente menos denso: seu volume corresponde a 1 321 vezes o da Terra, mas sua massa é apenas 318 vezes maior. O raio de Júpiter é aproximadamente 1/10 do raio solar, e sua massa é 0,001 a massa solar, portanto as densidades dos dois corpos são similares.

Uma massa jupiteriana (MJ) é frequentemente utilizada como unidade para descrever a massa de outros objetos, em particular de planetas extrassolares e anãs marrons. Assim, por exemplo, o planeta extrassolar HD 209458 b possui massa de 0,69 MJ, enquanto Kappa Andromedae b tem massa de 12,8 MJ.

Modelos teóricos indicam que se Júpiter tivesse muito mais massa do que atualmente possui, ele diminuiria em tamanho. Para adições menores de massa, o raio não mudaria de forma apreciável, e acima de 500 massas terrestres (1,6 massa de Júpiter) o seu interior ficaria tão mais comprimido com a maior pressão que o seu volume diminuiria, apesar do aumento da quantidade de matéria. Como resultado, acredita-se que Júpiter tenha o maior diâmetro possível a um planeta com a sua composição e história evolucionária. O processo de diminuição continuaria à medida que massa fosse adicionada, até que uma ignição estelar ocorresse com o planeta como em uma anã marrom PB ou anã castanha, PE em torno de 50 MJ.

Embora Júpiter tivesse que ter cerca de 75 vezes mais massa do que tem para fundir hidrogênio e se tornar uma estrela, a menor anã vermelha possui o diâmetro apenas 30% maior que o de Júpiter. Apesar disso, Júpiter ainda irradia mais calor do que recebe do Sol; a quantidade de calor produzido internamente é similar à radiação solar total que recebe. Este calor adicional é gerado através do mecanismo de Kelvin-Helmholtz, por contração. Este processo resulta na redução do diâmetro do planeta de dois centímetros por ano. Quando foi formado, Júpiter era muito mais quente e tinha aproximadamente o dobro do seu diâmetro atual.


Anéis planetários

Júpiter possui um sistema de anéis bem menos evidente do que os de Saturno. Este sistema é composto por um toro interno de partículas, conhecido como halo, um anel principal relativamente brilhante e um sistema de anéis externo, chamado gossamer.

Esses anéis parecem ser feitos de poeira, e não de gelo como os de Saturno. Acredita-se que o anel principal seja feito de material ejetado dos satélites Adrasteia e Métis. Este material, que normalmente cairia de volta nos satélites, é puxado em direção ao planeta por causa de sua enorme força gravitacional, alimentando o anel. A órbita do material se altera em direção a Júpiter e material novo é acrescentado por impactos adicionais. De maneira similar, os satélites Tebe e Amalteia provavelmente produzem os dois componentes distintos do anel gossamer. Existe também evidência de um anel rochoso ao longo da órbita de Amalteia, que pode constituir-se de material ejetado de colisões do satélite em questão.


Mosaico fotográfico tomado pela sonda Galileu quando esta esteve na sombra do planeta, mostrando o tênue sistema de anéis de Júpiter.


Modelo visual dos anéis de Júpiter.


Magnetosfera

Júpiter possui um campo magnético 14 vezes mais forte do que a da Terra, variando entre 4,2 gauss (0,42 mT) no equador a 10 a 14 vezes nos polos, o mais forte do Sistema Solar (não incluindo aqueles formados por manchas solares). Acredita-se que este campo seja gerado por correntes de Foucault — o movimento giratório de materiais condutores — dentro da camada de hidrogênio metálico líquido. Os vulcões do satélite Io emitem grande quantidade de dióxido de enxofre, formando um toro de gás em órbita do satélite. O gás é ionizado na magnetosfera, produzindo íons de enxofre e oxigênio, que, juntamente com íons de hidrogênio originários da atmosfera de Júpiter, formam uma folha de plasma no plano equatorial de Júpiter. O plasma na folha gira com o planeta, causando deformação no campo magnético dipolar dentro do disco magnético. Elétrons dentro da folha de plasma geram fortes ondas de rádio, na frequência de 0,6 a 30 MHz. Pesquisadores relataram em 2017 que os dados da nave espacial de Juno sugerem que os elétrons que geram o brilho polar podem ser acelerados por ondas turbulentas no campo magnético do planeta - um processo semelhante aos surfistas sendo conduzidos antes do quebrar das ondas.

A magnetosfera de Júpiter é responsável por episódios de intensa emissão de rádio dos polos do planeta. A atividade vulcânica em Io injeta gás na magnetosfera jupiteriana, produzindo um toro de partículas em torno do planeta. A interação de Io e o toro, à medida que o primeiro se movimenta no segundo, produz ondas de Alfvén que carregam matéria ionizada nas regiões polares de Júpiter. Como resultado, ondas de rádio são geradas através de maser astrofísico ciclotrônico, e a energia é transmitida ao longo de uma superfície cônica. Quando a Terra atravessa este cone, as emissões de rádio de Júpiter podem superar a do Sol.

Emissões de raios-X das auroras de Júpiter foram detectadas pelo Telescópio Espacial Chandra da NASA em 2007. Auroras foram detectadas em sete planetas do nosso sistema solar. Alguns desses shows de luz são visíveis ao olho humano; outros geram comprimentos de onda de luz que só podemos ver com telescópios especializados. Comprimentos de onda mais curtos requerem mais energia para serem produzidos. Júpiter tem as auroras mais poderosas do sistema solar.

Na Terra, as auroras são geralmente visíveis apenas em um cinturão ao redor dos polos magnéticos, entre 65 e 80 graus de latitude. As auroras de raios-X de Júpiter são diferentes. Elas existem na direção do cinturão auroral principal e pulsam, e aquelas no polo norte frequentemente diferem daquelas no polo sul. Um estudo descobriu que as flutuações do campo magnético de Júpiter causaram as auroras de raios-X pulsantes. O limite externo do campo magnético é atingido diretamente pelas partículas do vento solar e comprimido. Essas compressões aquecem os íons que estão presos no extenso campo magnético de Júpiter, que estão a milhões de quilômetros de distância da atmosfera do planeta.


Aurora boreal em Júpiter. Três pontos brilhantes são criados através do fluxo de tubos magnéticos que conectam Io, Ganímede e Europa (localizados na esquerda e na parte inferior da imagem) entre si. Outras auroras de menos brilho também podem ser vistas.


Representação esquemática da magnetosfera jupiteriana, com as linhas de campo e a mancha vermelha em torno do planeta, o toro alimentado por Io.


Órbita e rotação

Júpiter é o único planeta cujo centro de massa com o Sol fica fora do último, 1,068 raio solar ou 7% acima da superfície solar. Por este motivo, o planeta e o Sol orbitam um ponto no espaço em um sistema binário, de forma semelhante ao que ocorre com estrelas binárias.

A distância média entre Júpiter e o Sol é de 778 milhões de quilômetros, aproximadamente 5,2 UA. Júpiter completa uma órbita em torno do Sol a cada 11,86 anos, dois quintos da de Saturno, formando a ressonância orbital de 5:2 entre os dois maiores planetas do Sistema Solar.

A órbita elíptica de Júpiter possui uma inclinação de 1,31° comparada com a da Terra. Por causa de uma excentricidade de 0,048, a distância entre Júpiter e o Sol varia 75 milhões de quilômetros entre o periélio e o afélio, ou o ponto mais perto e o mais distante (neste caso em relação ao Sol) da órbita do planeta, respectivamente. A inclinação axial de Júpiter é relativamente pequena: apenas 3,13°. Como consequência, o planeta não possui mudanças significativas de estações, ao contrário da Terra e de Marte, por exemplo.

A rotação de Júpiter é a mais rápida entre todos os planetas do Sistema Solar – o planeta completa uma volta em torno de si mesmo em menos de 10 horas, criando um achatamento polar facilmente visível em um telescópio amador na Terra. Júpiter possui o formato de uma esfera oblata, ou seja, o diâmetro no equador é maior que o diâmetro entre os seus polos geográficos. O equador de Júpiter é 9 275 km maior que o diâmetro medido entre os polos.

Pelo fato de Júpiter não ser um objeto sólido, a parte superior da sua atmosfera possui rotação diferencial. A rotação da atmosfera do planeta na sua região polar é cerca de cinco minutos mais longa do que a da atmosfera equatorial. Por causa disso, três sistemas são usados como referência, particularmente a respeito de características atmosféricas. O Sistema I localiza-se entre 10° N e 10° S de latitude, e possui o menor período do planeta, com 9h 50 min. O Sistema II corresponde a todas as latitudes ao norte ou ao sul das primeiras, e possui período de 9h 55min 40,6s. O Sistema III foi criado originalmente por astrônomos de rádio e corresponde à rotação da magnetosfera do planeta. O período deste sistema é oficialmente a rotação de Júpiter.



POSTAGEM EM ANDAMENTO



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28 julho 2025

◙ JÚPITER / JUPITER (Parte 1 de 3)

JÚPITER / JUPITER


Júpiter / Jupiter.


Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar, tanto em diâmetro quanto em massa, e é o quinto mais próximo do Sol. Possui menos de um milésimo da massa solar, contudo tem 2,5 vezes a massa de todos os outros planetas em conjunto. É um planeta gasoso, junto com Saturno, Urano e Netuno. Estes quatro planetas são por vezes chamados planetas jupiterianos ou planetas jovianos, e são os quatro gigantes gasosos, isto é, que não são compostos primariamente de matéria sólida.

Júpiter é composto principalmente de hidrogênio, sendo um quarto de sua massa composta de hélio, embora o hélio corresponda a apenas um décimo do número total de moléculas. O planeta também pode possuir um núcleo rochoso composto por elementos mais pesados, embora, como os outros planetas gigantes, não possua uma superfície sólida bem definida. Por causa de sua rotação rápida, de cerca de dez horas, ele possui o formato de uma esfera oblata (ele possui uma suave, mas perceptível, saliência em torno do equador). Sua atmosfera externa é visivelmente dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades nas regiões onde as faixas se encontram. Uma dessas tempestades é a Grande Mancha Vermelha, uma das características visíveis de Júpiter mais conhecidas e proeminentes, cuja existência data pelo menos do século XVII, quando foi pela primeira vez avistada com telescópio, com ventos de até 650  km/h e um diâmetro transversal duas vezes maior do que a Terra.

Júpiter é observável da Terra a olho nu, com uma magnitude aparente máxima de -2,94, sendo no geral o quarto objeto mais brilhante no céu, depois do Sol, da Lua e de Vênus, embora, por vezes, Marte também fique mais brilhante do que Júpiter. O planeta era conhecido por astrônomos de tempos antigos e era associado com as crenças mitológicas e religiosas de várias culturas. Os romanos nomearam o planeta de Júpiter, um deus de sua mitologia. Júpiter possui um tênue sistema de anéis e uma poderosa magnetosfera. Possui pelo menos 95 satélites, dos quais se destacam os quatro descobertos por Galileu Galilei em 1610: Ganimedes, o maior do Sistema Solar, Calisto, Io e Europa; os três primeiros são mais massivos que a Lua, sendo que Ganimedes possui um diâmetro maior que o do planeta Mercúrio.

Várias sondas espaciais visitaram Júpiter, todas elas de origem estadunidense. A Pioneer 10 passou por Júpiter em dezembro de 1973, seguida pela Pioneer 11, cerca de um ano depois. A Voyager 1 passou em março de 1979, seguida pela Voyager 2 em julho do mesmo ano. A sonda espacial Galileu entrou na órbita de Júpiter em 1995, enviando uma sonda através da atmosfera no mesmo ano e conduzindo múltiplas aproximações com os satélites galileanos até 2003. A sonda Galileu também presenciou o impacto do cometa Shoemaker-Levy 9 em Júpiter em 1994, possibilitando a observação direta deste evento. Outras missões incluem as sondas Ulysses, Cassini-Huygens e New Horizons, que utilizaram o planeta para aumentar sua velocidade e ajustar a sua direção aos seus respectivos objetivos. A última sonda a visitar o planeta foi Juno, que entrou em órbita em 4 de julho de 2016. Um futuro alvo de exploração é Europa, satélite que provavelmente possui um oceano líquido coberto de gelo.


Composição


Imagem da Grande Mancha Vermelha (Great Red Spot), obtida pela Voyager 1 em 25 de fevereiro de 1979, quando a sonda estava a 9,2 milhões de km de Júpiter. Detalhes de até 160 km de extensão podem ser vistos aqui. O padrão colorido e ondulado à esquerda da Mancha Vermelha é uma região com movimentos extremamente complexos e variáveis. A tempestade oval branca diretamente abaixo da Mancha Vermelha possui o mesmo diâmetro da Terra.


A atmosfera de Júpiter é composta de 88 a 92% de hidrogênio e 8 a 12% de hélio, considerando a percentagem em volume de moléculas. Esta composição muda quando descrita em termos de massa, uma vez que uma molécula de hélio é cerca de quatro vezes mais massiva que uma de hidrogênio; com isso, a atmosfera de Júpiter é composta por aproximadamente 75% de hidrogênio e 24% de hélio em massa, sendo o 1% remanescente composto por outros elementos. O interior do planeta contém materiais mais densos, mudando a distribuição por massa para 71% de hidrogênio, 24% de hélio e 5% de outros elementos. A atmosfera contém traços de metano, vapor de água, amônia, compostos de silício, carbono, etano, sulfeto de hidrogênio, neônio, oxigênio, fosfina e enxofre. A parte externa da atmosfera contém cristais de amônia congelada. Através de testes usando infravermelho e ultravioleta, traços de benzeno e outros hidrocarbonetos também foram encontrados.

As proporções de hidrogênio e hélio na atmosfera de Júpiter são próximas à composição teórica da nebulosa solar primordial. Porém, as regiões exteriores da atmosfera do planeta contêm apenas 20 partes por milhão em massa de neônio, 10% da do Sol. A atmosfera jupiteriana também possui apenas 80% de abundância de hélio em relação ao Sol, devido à precipitação deste elemento em direção ao interior do planeta.

Estudos de espectroscopia mostraram que possivelmente Saturno possua uma composição similar à de Júpiter. Os outros gigantes gasosos, Urano e Netuno, por outro lado, possuem relativamente menos hidrogênio e hélio.


Estrutura interna


Modelo do interior de Júpiter, com um núcleo sólido, envolto por uma camada de hidrogênio metálico, hidrogênio líquido (verde) e pela própria atmosfera (em inglês).


Acredita-se que Júpiter seja composto de um núcleo denso com uma mistura de elementos, circundado por hidrogênio metálico líquido com algum hélio e uma camada exterior, composta principalmente de hidrogênio molecular, mas para além deste esboço básico ainda existem dúvidas consideráveis sobre a estrutura interna do planeta. O núcleo é muitas vezes descrito como rochoso, mas sua composição em detalhes é desconhecida, bem como as propriedades destes materiais na temperatura e pressão a estas profundidades. Em 1997, a existência de um núcleo sólido foi sugerida por medições gravitacionais, indicando uma massa de 12 a 45 vezes a da Terra, ou 4% a 14% da massa jupiteriana.

A presença de um núcleo durante ao menos parte da história de Júpiter foi sugerida por modelos de formação planetária, envolvendo a formação inicial de um núcleo rochoso ou gelado, suficientemente massivo para atrair gravitacionalmente o hidrogênio e o hélio presentes na nebulosa protossolar. Assumindo que tenha existido, o núcleo pode ter diminuído em tamanho à medida que correntes de convecção de hidrogênio metálico líquido quente se misturaram com o núcleo fundido e levaram o seu conteúdo para níveis mais altos no interior planetário. Um núcleo sólido pode não existir, já que as medições gravitacionais não são precisas o suficiente para negar esta possibilidade. Os resultados dos dados de Juno indicam que não há núcleo sólido. A incerteza dos modelos está ligada à margem de erro dos parâmetros medidos até agora: um dos coeficientes de rotação (J6) usados para descrever a quantidade de movimento linear do planeta, o raio equatorial e sua temperatura à pressão de 1 bar. Espera-se que a sonda Juno, que chegou em julho de 2016, aumente a precisão destes parâmetros, possibilitando melhores modelos do núcleo.

A região do núcleo é circundada por hidrogênio metálico denso, que se estende a até 78% do raio do planeta. Gotículas de hélio e neônio precipitam-se através desta camada em direção ao núcleo, reduzindo a abundância destes elementos na atmosfera superior do planeta.

Acima da camada de hidrogênio metálico localiza-se uma atmosfera interior transparente de hidrogênio. A esta profundidade, a pressão e temperatura são superiores à pressão crítica de 1,2858 MPa e à temperatura crítica de apenas 32,938 K do hidrogênio. Neste estado, não há fases líquida e gasosa distintas – diz-se que o hidrogênio está em estado fluido supercrítico. É conveniente tratar o hidrogênio como um gás na camada superior que se estende desde a camada de nuvens até uma profundidade de 1 000 km, e como um líquido nas camadas mais profundas. Fisicamente, não há um limite claro – o gás se torna lentamente mais quente e mais denso com a profundidade.

A temperatura e a pressão no interior de Júpiter aumentam constantemente com a profundidade, devido ao mecanismo de Kelvin-Helmholtz. No nível da pressão “superficial” de 10 bar, a temperatura está em torno de 340 K (67 °C). Na região de transição de fase, no qual o hidrogênio líquido — aquecido além do seu ponto crítico — torna-se metálico, calcula-se que a temperatura seja de 10 000 K, e a pressão, de 200 GPa. A temperatura na fronteira do núcleo é estimada em 36 000 K, e a pressão, de 3 mil a 4,5 mil GPa.


Atmosfera

Júpiter possui a maior atmosfera planetária do Sistema Solar, com mais de 5 000 km de altitude. Ela é cerca de três vezes maior que o nosso planeta, ou 1 por cento da inteira massa de Júpiter. Como o planeta não tem superfície, a base de sua atmosfera é considerada o ponto em que sua pressão atmosférica é igual a 100 kPa (1,0 bar). Abaixo da atmosfera, Júpiter é fluido. Mas ao contrário da maioria dos fluidos, o planeta gira como se fosse uma massa sólida. Os átomos de hidrogênio e hélio relacionam-se de forma figurativa como crianças brincando de roda de braços dados e giram ao redor do planeta em uníssono.


Nuvens


Animação mostrando o movimento de faixas atmosféricas, girando na direção oposta à da rotação do planeta. O exterior do planeta é mapeado usando uma projeção cilíndrica.


Júpiter é permanentemente coberto por nuvens compostas por cristais de amônia e possivelmente hidrossulfeto de amônio. As nuvens estão localizadas na tropopausa e estão organizadas em bandas de diferentes latitudes, conhecidas como regiões tropicais. Estas estão subdivididas em "zonas" de cor clara e "cinturões" mais escuros. As interações destas diferentes bandas e seus respectivos padrões de circulação atmosférica criam tempestades e turbulências. Ventos de até 100 m/s (360 km/h) são comuns em tais regiões. Observou-se que as zonas variam em largura, cor e intensidade de ano para ano, mas têm permanecido estáveis o suficiente para receberem designações identificadoras da comunidade astronômica.

A camada de nuvens possui apenas 50 km de profundidade e consiste em duas partes: uma camada grossa inferior e uma camada superior mais fina e mais clara. É possível que existam nuvens finas de água sob a camada de amônia, que seriam a causa dos raios detectados na atmosfera (a água é uma molécula polar, que pode criar a separação de cargas necessária para produzir raios). Estas descargas elétricas podem ter mil vezes o poder dos raios terrestres. As nuvens de água podem formar tempestades, alimentadas pelo calor proveniente do interior do planeta. Algumas bandas fotogênicas de nuvens que envolvem Júpiter penetram aproximadamente 3 mil quilômetros abaixo das nuvens. Isso é 30 vezes mais espesso que a maior parte da atmosfera terrestre.

As nuvens de Júpiter possuem cores de tom laranja e marrom, devido a compostos que mudam de cor quando expostos aos raios ultravioleta do Sol. Não se sabe com exatidão a sua composição, mas acredita-se que sejam fósforo, enxofre ou hidrocarbonetos. Estes compostos coloridos, chamados cromóforos, misturam-se com as nuvens mais quentes da camada inferior. As zonas formam-se quando células de convecção ascendentes geram amônia cristalizada, que diminui a visibilidade da camada inferior de nuvens.

Devido à baixa inclinação axial de Júpiter, as regiões polares do planeta recebem constantemente menos radiação solar do que a região equatorial. A convecção de material do interior do planeta, porém, transporta energia para os polos, equalizando as temperaturas na camada de nuvens.


Grande Mancha Vermelha

A característica mais marcante de Júpiter é a Grande Mancha Vermelha, uma tempestade anticiclônica persistente, localizada 22° ao sul do equador, que, com dimensões de 24-40 mil km x 12-14 mil km, pode abrigar dois ou três planetas com o diâmetro da Terra. Sabe-se de sua existência desde ao menos 1831, e, possivelmente, 1665. Imagens do telescópio espacial Hubble mostraram duas “manchas vermelhas” adjacentes à Grande Mancha Vermelha. Modelos matemáticos, em 2007, sugeriram que a tempestade era estável e poderia ser uma característica permanente do planeta; entretanto a tempestade diminuiu até 17 graus desde os anos 1800, quando ela poderia ter alcançado 5 600 ou quatro vezes o diâmetro da Terra. Atualmente, ela é cerca de 1,3 vezes o tamanho da Terra. Ela pode desaparecer completamente nos próximos 20 anos.


Imagens da Grande Mancha Vermelha.


A tempestade é grande o suficiente para ser vista através de um telescópio com uma abertura de ao menos 12 cm. A Mancha Vermelha possui um formato oval e gira em torno de si mesma, em sentido anti-horário, com um período de seis dias. A altitude máxima da tempestade é cerca de 8 km acima das nuvens que a cercam.

Tempestades deste tipo são comuns dentro da atmosfera turbulenta de gigantes gasosos. Júpiter também possui ovais brancas e ovais marrons, tempestades menores sem nome. Ovais brancas comumente consistem de nuvens relativamente frias dentro da atmosfera superior. Ovais marrons são mais quentes e localizadas dentro da “camada normal de nuvens" do planeta. Tais tempestades duram desde algumas horas até séculos.

Mesmo antes de a Voyager ter provado que a Grande Mancha Vermelha era uma tempestade, havia forte evidência de que ela não poderia estar associada com nenhuma característica presente em camadas mais profundas em Júpiter, visto que tal mancha gira em torno do planeta de maneira diferente do resto da atmosfera, por vezes mais rápido e, por vezes, mais devagar.

Em 2000, uma nova característica atmosférica proeminente formou-se no hemisfério sul, similar em aparência à Grande Mancha Vermelha, mas menor em tamanho. Esta tempestade foi criada através da fusão de três ovais brancas menores — que haviam sido vistas pela primeira vez em 1938. Esta tempestade foi chamada Oval BA e apelidada de "Mancha Vermelha Júnior". Desde então, seu tamanho aumentou e sua cor mudou de branco para vermelho.


Ciclones polares

Estacionado em cada polo há um ciclone de vários milhares de quilômetros de largura. Mas cada um desses ciclones é cercado por um arranjo poligonal de tempestades de tamanho semelhante - oito no norte e cinco no sul.




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27 julho 2025

FIORI GIGLIOTTI

Narração de pênalti batido por Garrincha e defendido por Valdir de Moraes.


Trecho de narração de jogo de 1966 entre Palmeiras e Corinthians, quando Valdir de Moraes defendeu um pênalti batido por Garrincha (Rádio Bandeirantes).



Fiori Gigliotti foi um radialista paulista, conhecido como "O Locutor da Torcida Brasileira", famoso por bordões como "Abrem-se as cortinas, começa o espetáculo" e "o tempo passa". Narrou 10 Copas do Mundo (1962-1998) pela Rádio Bandeirantes.



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25 julho 2025

500.000 ACESSOS

P O R T A L   F U R N A R I

5 0 0 . 0 0 0   A C E S S O S




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24 julho 2025

GRAND FUNK - I can feel him in the morning


Grand Funk Railroad - 1971 - Survival.


Grand Funk Railroad - I can fell him in the morning.



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20 julho 2025

Os F1 de Felipe Massa

Felipe Massa competiu na Fórmula 1 por várias equipes ao longo de sua carreira. Ele começou na Sauber (2002, 2004-2005), depois passou para a Ferrari (2006-2013) e, por fim, correu pela Williams (2014-2017). 

Equipes de Felipe Massa na Fórmula 1:


Sauber: 2002, 2004-2005.


Ferrari: 2006-2013.


Williams: 2014-2017. 


Massa foi vice-campeão da Fórmula 1 em 2008, perdendo o título por apenas um ponto para Lewis Hamilton. 

Atualmente, ele está envolvido em uma disputa judicial para ser reconhecido como campeão mundial de 2008, alegando que a FIA não investigou adequadamente o escândalo do GP de Singapura daquele ano. 



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18 julho 2025

Os F1 de Rubens Barrichello

Rubens Barrichello participou de várias equipes na Fórmula 1 ao longo de sua carreira. Ele pilotou para a Jordan (1993-1996), Stewart (1997-1999), Ferrari (2000-2005), Honda (2006-2008), Brawn GP (2009) e Williams (2010-2011). 


Aqui estão os carros que Ayrton Senna pilotou na Fórmula 1:


Equipes e anos:

Jordan: 1993-1996, Stewart: 1997-1999, Ferrari: 2000-2005, Honda: 2006-2008, Brawn GP: 2009, Williams: 2010-2011.


Jordan (1993-1996).


Brawn (2009).


Destaques:

Na Ferrari, Barrichello foi companheiro de equipe de Michael Schumacher e conquistou diversas vitórias e pódios. 

Em 2009, com a Brawn GP, ele teve uma temporada forte, terminando em terceiro lugar no campeonato. 

Barrichello é o piloto com mais GPs disputados na história da Fórmula 1. 

Ele também detém o recorde de mais corridas consecutivas disputadas. 



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16 julho 2025

Os F1 de Ayrton Senna

Ayrton Senna pilotou carros de Fórmula 1 de quatro equipes diferentes ao longo de sua carreira: Toleman, Lotus, McLaren e Williams. Ele estreou na Fórmula 1 em 1984 com a Toleman, e seu auge foi na McLaren, onde conquistou três títulos mundiais.


Aqui estão os carros que Ayrton Senna pilotou na Fórmula 1:





Equipes e anos de Senna na F1:

Toleman (1984): Equipe modesta, mas onde Senna mostrou seu talento desde o início. 

Lotus (1985-1987): Anos de aprendizado e vitórias, incluindo seu primeiro triunfo na categoria em 1985. 

McLaren (1988-1993): A era de ouro de Senna, com três títulos mundiais e uma rivalidade épica com Alain Prost. 

Williams (1994): A última equipe de Senna, onde ele buscava o tetracampeonato, mas infelizmente faleceu no GP de San Marino.


McLaren MP4/4 Honda 1988.


Lotus 97T Renault 1985.


A trajetória de Senna na Fórmula 1 foi marcada por talento, determinação e momentos inesquecíveis, com destaque para sua passagem pela McLaren, onde se tornou um ícone do automobilismo.



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14 julho 2025

Os F1 de Nelson Piquet

Nelson Piquet conquistou três títulos de Fórmula 1, nas temporadas de 1981, 1983 e 1987. Ele pilotou para equipes como Brabham, Williams, Lotus e Benetton. Piquet também foi vice-campeão em 1980 e terceiro colocado em 1986 e 1990. Ao longo de sua carreira, ele acumulou 23 vitórias, 60 pódios e 24 pole positions em 208 GPs disputados.

Além dos títulos e números expressivos, Piquet foi o primeiro piloto a vencer um campeonato com um carro equipado com motor turbo, pilotando um Brabham-BMW em 1983. Ele também se destacou pela rivalidade com Ayrton Senna, outro grande nome do automobilismo brasileiro. 


Aqui estão os carros que Nelson Piquet pilotou na Fórmula 1:



Sendo alguns dos mais notáveis:

  • Brabham BT50 (1981): Este carro marcou a primeira conquista de título de Piquet, impulsionado por um motor BMW turbo. Foi um ano de muita competição, com Piquet vencendo o campeonato por uma pequena margem. 
  • Brabham BT52 (1983): Outro carro com motor BMW turbo, o BT52, foi o responsável pelo segundo título de Piquet na Fórmula 1. Este carro foi notável pela sua inovação técnica, incluindo o uso de materiais leves e soluções aerodinâmicas. 
  • Williams FW11B (1987): O FW11B foi o carro com o qual Piquet conquistou seu terceiro e último campeonato mundial. Este carro era conhecido pela sua confiabilidade e potência, com Piquet mostrando grande consistência ao longo da temporada. 


Brabham BT52 BMW 1983.


Brabham BT48 Alfa Romeu 1979.



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12 julho 2025

Os F1 de José Carlos Pace

José Carlos Pace, conhecido como "Moco", foi um piloto brasileiro de Fórmula 1 que competiu em várias equipes ao longo de sua carreira. Ele participou de 73 Grandes Prêmios, conquistando uma vitória, um pódio e uma pole position. Sua vitória ocorreu no Grande Prêmio do Brasil de 1975, em Interlagos, onde ele correu com a Brabham. 


Os F1 de Pace:


José Carlos Pace - Williams Motul - March 711 - 1972 - Ford Cosworth.


Surtees TS14A 1973.


Brabham BT42 1974.


Brabham BT44 1975.


Brabham BT45 1976.


Brabham BT45B 1977.


Carreira na Fórmula 1:

  • Equipes: José Carlos Pace competiu por equipes como Williams, Surtees e Brabham. 
  • Primeira Corrida: Seu primeiro Grande Prêmio foi o da África do Sul em 1972. 
  • Vitória: Sua vitória na Fórmula 1 foi no GP do Brasil de 1975, em Interlagos. 
  • Outras Conquistas: Além da vitória, Pace conquistou um pódio e uma pole position em sua carreira. 
  • Última Corrida: Sua última corrida foi no GP da África do Sul em 1977. 


Acidente e Falecimento:

José Carlos Pace faleceu em um acidente de avião em 18 de março de 1977, na região de Terra Preta, em Mairiporã, próximo a São Paulo. O acidente ocorreu quando ele estava retornando de uma viagem de helicóptero. A morte de Pace foi uma perda significativa para o automobilismo brasileiro e mundial. 


Legado:

O circuito de Interlagos, onde Pace conquistou sua vitória, foi renomeado em sua homenagem, tornando-se o Autódromo José Carlos Pace. Ele é lembrado como um piloto talentoso e com grande potencial, que teve sua carreira interrompida precocemente. 




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11 julho 2025

Os F1 de Emerson Fittipaldi

Emerson Fittipaldi competiu em carros de Fórmula 1 de diversas equipes, incluindo Lotus, McLaren e sua própria equipe, Fittipaldi. Ele foi campeão mundial duas vezes, em 1972 com a Lotus e em 1974 com a McLaren.


Aqui estão os carros que Emerson Fittipaldi pilotou na Fórmula 1:



Sendo alguns dos mais notáveis:

  • Lotus 72: Um dos carros mais icônicos da história da F1, usado por Fittipaldi em 1972, quando conquistou seu primeiro título mundial.
  • McLaren M23: Com este carro, Fittipaldi venceu o campeonato de 1974.
  • Copersucar/Fittipaldi FD04: O carro da equipe Fittipaldi, fundada por Emerson e seu irmão Wilson.


A carreira de Fittipaldi na F1 durou de 1970 a 1980, com um total de 149 Grandes Prêmios disputados, 14 vitórias, 6 pole positions e 6 melhores voltas.



Copersucar/Fittipaldi Fd05A Ford/Cosworth 1978.


Lotus 49c Ford/Cosworth 1970.



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10 julho 2025

Os F1 de Chico Landi

Chico Landi foi o primeiro brasileiro a competir na Fórmula 1, participando de 6 Grandes Prêmios entre 1951 e 1956. Ele pilotou carros Maserati e chegou a marcar pontos no GP da Argentina em 1956. Landi também competiu em outras categorias do automobilismo, incluindo as Mil Milhas e as 24 Horas de Interlagos, onde obteve sucesso. 


Resumo da participação de Chico Landi na Fórmula 1:

  • Primeiro brasileiro na F1: Chico Landi foi o pioneiro entre os pilotos brasileiros na categoria máxima do automobilismo. 
  • Temporadas: Participou de quatro temporadas, de 1951 a 1953 e em 1956. 
  • Equipes e carros: Pilotou carros Maserati, incluindo um Maserati 250F. 
  • Melhor resultado: Seu melhor resultado foi um quarto lugar no GP da Argentina em 1956. 
  • Pontos na F1: Conquistou seus primeiros pontos na F1 no GP da Argentina em 1956. 


Outras corridas: Além da F1, Chico Landi também competiu em outras categorias, como as Mil Milhas, onde foi vencedor em 1956. 




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09 julho 2025

KANSAS (1982) Play the game tonight


PLAY THE GAME TONIGHT (KANSAS)

Band: Kansas - Album: Vinyl Confessions - Country: USA


You think that something's happening

And it's bigger than your life

But it's only what you're hearing

Will you still remember

When the morning light has come?

Will the songs be playing over and over

'Til you do it all over again?


       Play (play), play the game tonight

       Can you tell me if it's wrong or right?

       Is it worth the time? Is it worth the price?

       Do you see yourself in a white spotlight?

       Then play the game tonight


And when the curtains open

To the roaring of the crowd

You will feel it all around you

Then it finally happens

And it's all come true for you

And the songs are playing over and over

'Til you do it all over again


       Play (play), play the game tonight

       Can you tell me if it's wrong or right?

       Is it worth the time? Is it worth the price?

       Do you see yourself in the white spotlight?

       Then play the game tonight


              Play (play), play the game tonight

              Can you tell me if it's wrong or right?

              Is it worth the time? Is it worth the price?

              Do you see yourself in the white light?

              Play (play), play the game tonight

              Can you tell me if it's wrong or right?

              Is it worth the time? Is it worth the price?

              Do you see yourself in the white spotlight?


VINYL CONFESSIONS (1982).


KANSAS

John Elefante – keyboards, lead vocals

Kerry Livgren – guitar, keyboards, Synclavier programming

Robby Steinhardt – violin, vocals, lead vocals on "Crossfire"

Rich Williams – guitar

Dave Hope – bass

Phil Ehart – drums



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07 julho 2025

IDIOCRACIA EM MASSA

PARA UMA REFLEXÃO PROFUNDA


Neste vídeo, você vai entender como o mundo que formou gênios, está desaparecendo. E por que a nossa geração — mesmo com toda a tecnologia do mundo — está se tornando a mais distraída, a mais vulnerável, a mais burra da história.



Idiocracia em massa: o preço da morte da sabedoria (CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR).


Neste vídeo, você vai descobrir como estamos entrando numa era de idiocracia — onde a ignorância é celebrada e a sabedoria está sendo enterrada viva. Vamos revelar por que pensar virou crime, por que a burrice virou moda, e como a inteligência está sendo sufocada pela velocidade, pelo vício digital e pela cultura do imediato. O que estamos perdendo pode ser irreversível.



Idiocracia em massa: a geração mais burra da história (CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR).




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