Carlos Gomes
Carlos Gomes (1836-1896) foi um compositor brasileiro, autor da ópera O Guarani, inspirada no romance do escritor José de Alencar. Foi considerado o maior compositor lírico das Américas. Foi o segundo nome mais encenado no Teatro Alla Scala de Milão, atrás apenas de Giuseppe Verdi.
Antônio Carlos Gomes (1836-1896) nasceu em Campinas, interior de São Paulo, no dia 11 de julho de 1836. Filho de Manoel José Gomes, o “Maneco Músico”, e de Fabiana Maria Cardoso, desde cedo, “Tonico” (como era chamado) demonstrou interesse pela música. Estudou com o pai e com 15 anos já compunha valsas, polcas e quadrilhas. Com 18 anos compôs a “Missa de São Sebastião”, dedicada ao pai. Com 21 anos compôs a modinha “Suspiro d’Alma”, com versos do poeta romântico português Almeida Garrett.
Em 1859, entrou para o Conservatório de Música do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, junto com Bittencourt Sampaio compôs o “Hino Acadêmico”, que foi adotado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Nessa época, lecionava piano e canto e junto com o pai, se apresentava em concertos em São Paulo. Em 1860 compôs a modinha “Quem Sabe?” (Tão longe de mim distante/ Onde irá, onde irá teu pensamento).
No dia 4 de setembro de 1861, no Teatro da Ópera Nacional, foi apresentada, “A Noite do Castelo”, a primeira ópera do compositor, baseada nos poemas da obra de Antônio Feliciano de Castilho. A apresentação foi um grande sucesso nos meios musicais do país. O Imperador Dom Pedro II o agraciou com a “Imperial Ordem da Rosa”. No dia 15 de setembro de 1863 Carlos Gomes apresenta sua segunda ópera “Joana de Flandres”.
Por cinco anos, Carlos Gomes foi escolhido o melhor o aluno do Conservatório e como prêmio, recebeu uma bolsa de estudos para se aperfeiçoar no Conservatório de Milão, na Itália. No dia 8 de novembro de 1863, com uma carta de recomendação assinada pelo Imperador, Carlos Gomes partiu para a Europa, se dirigindo para Milão. Foi aluno do compositor Lauro Rossi, que ficou encantado com o jovem aluno. Em 1866 Carlos Gomes recebeu o diploma de mestre e compositor e o elogio de todos os professores.
No dia 1 de janeiro de 1867, estreou no Teatro Fossetti com a peça musicada “Se Se Minga”. Em 1968, apresenta “Nella Luna” no Teatro Carcano. No dia 19 de março de 1870, apresenta no Teatro Alla Scala de Milão, a ópera “O Guarani”, adaptada do romance de José de Alencar, seguindo uma tendência em voga na Europa de seu tempo: a curiosidade sobre povos e costumes estrangeiros. Na ópera que narra o romance entre Ceci, filha de um fidalgo português, e Peri, o índio herói, Carlos Gomes colocou o Brasil no mapa cultural europeu que o imortalizou.
O sucesso europeu da ópera “O Guarani” se repetiu no Brasil. No dia 2 de dezembro de 1870, no aniversário de Dom Pedro II, a ópera foi apresentada no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, quando o compositor viveu intensa emoção e consagração. No ano seguinte, ao retornar a Milão, casa-se com a pianista Adelina, com quem teve cinco filhos, mas que sobreviveu apenas Ítala Gomes.
Durante essa época, escreveu as composições: “Fosca”, melodrama em quatro atos que estreou no Scala de Milão, “Salvador Rosa” (1874) e “Maria Tudor” (1879). A partir de 1882, dividia seu tempo entre o Brasil e a Europa. A ópera “Lo Schiavo”, que por vários motivos não pode ser representada na Itália, foi levada à cena, no Teatro Imperial Dom Pedro II, no dia 27 de setembro de 1887, em Homenagem à Princesa Isabel.
No Teatro Lírico do Rio de Janeiro, Carlos Gomes estreou "O Escravo" (1889). Com a proclamação da república, perdeu o apoio oficial e a esperança de ser nomeado diretor da Escola de Música do Rio de Janeiro. De volta à Milão, estreou a ópera "O Condor" (1891) no Scala de Milão, onde apresentou uma forma mais próxima do recital moderno.
Doente e em dificuldades financeiras, compôs seu último trabalho, "Colombo", oratório em quatro atos para coro e orquestra a que chamou "poema vocal sinfônico" e dedicou ao quarto centenário do Descobrimento da América. A obra foi encenada em 1892 no Teatro Lírico do Rio de Janeiro. Em 1895 Carlos Gomes dirigiu “O Guarani” no Teatro São Carlos, de Lisboa, cidade em que recebeu a última homenagem, sendo condecorado pelo rei Carlos I.
No mesmo ano chegou ao Pará, já doente, para ocupar a diretoria do Conservatório de Música de Belém, cargo criado pelo governador Lauro Sodré para ajudá-lo financeiramente. Em 1993 a opera O Guarani, já meio esquecida, voltou aos palcos europeus ao ser montada por Werner Herzog, na Ópera de Bonn, com Plácido Domingo no papel de Peri.
Antônio Carlos Gomes faleceu em Belém, Pará, no dia 16 de setembro de 1896.
Carlos Gomes (1836-1896) foi um compositor brasileiro, autor da ópera O Guarani, inspirada no romance do escritor José de Alencar. Foi considerado o maior compositor lírico das Américas. Foi o segundo nome mais encenado no Teatro Alla Scala de Milão, atrás apenas de Giuseppe Verdi.
Antônio Carlos Gomes (1836-1896) nasceu em Campinas, interior de São Paulo, no dia 11 de julho de 1836. Filho de Manoel José Gomes, o “Maneco Músico”, e de Fabiana Maria Cardoso, desde cedo, “Tonico” (como era chamado) demonstrou interesse pela música. Estudou com o pai e com 15 anos já compunha valsas, polcas e quadrilhas. Com 18 anos compôs a “Missa de São Sebastião”, dedicada ao pai. Com 21 anos compôs a modinha “Suspiro d’Alma”, com versos do poeta romântico português Almeida Garrett.
Carlos Gomes.
Em 1859, entrou para o Conservatório de Música do Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, junto com Bittencourt Sampaio compôs o “Hino Acadêmico”, que foi adotado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Nessa época, lecionava piano e canto e junto com o pai, se apresentava em concertos em São Paulo. Em 1860 compôs a modinha “Quem Sabe?” (Tão longe de mim distante/ Onde irá, onde irá teu pensamento).
No dia 4 de setembro de 1861, no Teatro da Ópera Nacional, foi apresentada, “A Noite do Castelo”, a primeira ópera do compositor, baseada nos poemas da obra de Antônio Feliciano de Castilho. A apresentação foi um grande sucesso nos meios musicais do país. O Imperador Dom Pedro II o agraciou com a “Imperial Ordem da Rosa”. No dia 15 de setembro de 1863 Carlos Gomes apresenta sua segunda ópera “Joana de Flandres”.
Por cinco anos, Carlos Gomes foi escolhido o melhor o aluno do Conservatório e como prêmio, recebeu uma bolsa de estudos para se aperfeiçoar no Conservatório de Milão, na Itália. No dia 8 de novembro de 1863, com uma carta de recomendação assinada pelo Imperador, Carlos Gomes partiu para a Europa, se dirigindo para Milão. Foi aluno do compositor Lauro Rossi, que ficou encantado com o jovem aluno. Em 1866 Carlos Gomes recebeu o diploma de mestre e compositor e o elogio de todos os professores.
Abertura de "O Guarani" - Carlos Gomes.
"Sonata para cordas" - Carlos Gomes.
No dia 1 de janeiro de 1867, estreou no Teatro Fossetti com a peça musicada “Se Se Minga”. Em 1968, apresenta “Nella Luna” no Teatro Carcano. No dia 19 de março de 1870, apresenta no Teatro Alla Scala de Milão, a ópera “O Guarani”, adaptada do romance de José de Alencar, seguindo uma tendência em voga na Europa de seu tempo: a curiosidade sobre povos e costumes estrangeiros. Na ópera que narra o romance entre Ceci, filha de um fidalgo português, e Peri, o índio herói, Carlos Gomes colocou o Brasil no mapa cultural europeu que o imortalizou.
O sucesso europeu da ópera “O Guarani” se repetiu no Brasil. No dia 2 de dezembro de 1870, no aniversário de Dom Pedro II, a ópera foi apresentada no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, quando o compositor viveu intensa emoção e consagração. No ano seguinte, ao retornar a Milão, casa-se com a pianista Adelina, com quem teve cinco filhos, mas que sobreviveu apenas Ítala Gomes.
Durante essa época, escreveu as composições: “Fosca”, melodrama em quatro atos que estreou no Scala de Milão, “Salvador Rosa” (1874) e “Maria Tudor” (1879). A partir de 1882, dividia seu tempo entre o Brasil e a Europa. A ópera “Lo Schiavo”, que por vários motivos não pode ser representada na Itália, foi levada à cena, no Teatro Imperial Dom Pedro II, no dia 27 de setembro de 1887, em Homenagem à Princesa Isabel.
No Teatro Lírico do Rio de Janeiro, Carlos Gomes estreou "O Escravo" (1889). Com a proclamação da república, perdeu o apoio oficial e a esperança de ser nomeado diretor da Escola de Música do Rio de Janeiro. De volta à Milão, estreou a ópera "O Condor" (1891) no Scala de Milão, onde apresentou uma forma mais próxima do recital moderno.
Doente e em dificuldades financeiras, compôs seu último trabalho, "Colombo", oratório em quatro atos para coro e orquestra a que chamou "poema vocal sinfônico" e dedicou ao quarto centenário do Descobrimento da América. A obra foi encenada em 1892 no Teatro Lírico do Rio de Janeiro. Em 1895 Carlos Gomes dirigiu “O Guarani” no Teatro São Carlos, de Lisboa, cidade em que recebeu a última homenagem, sendo condecorado pelo rei Carlos I.
No mesmo ano chegou ao Pará, já doente, para ocupar a diretoria do Conservatório de Música de Belém, cargo criado pelo governador Lauro Sodré para ajudá-lo financeiramente. Em 1993 a opera O Guarani, já meio esquecida, voltou aos palcos europeus ao ser montada por Werner Herzog, na Ópera de Bonn, com Plácido Domingo no papel de Peri.
Antônio Carlos Gomes faleceu em Belém, Pará, no dia 16 de setembro de 1896.
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