O CÉU NOTURNO DE DEZEMBRO DE 2021 - PORTUGAL
Texto obtido do site do OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA
Todos os planetas visíveis a olho nu podem ser observados no céu noturno de dezembro de 2021
Mercúrio será visível ao anoitecer a partir do dia 16 na constelação de Ofiúco, movendo-se para a constelação de Sagitário. Encontra-se visível na direção Sudoeste. A sua magnitude no inicio do mês varia de -0,8 a -1,0. Consulte aqui toda a informação sobre a “Observação de Mercúrio” e sobre a “Visibilidade de Mercúrio em 2021”.
Vénus será visível ao anoitecer na constelação de Sagitário. No dia 4, ocorrerá o máximo brilho de Vénus pelas 7 h. Encontra-se visível na direção Sudoeste. A sua magnitude no inicio do mês varia de -4,6 a -4,3.
Marte será visível ao amanhecer na constelação de Balança, movendo-se para a constelação de Escorpião. Encontra-se visível na direção Sudeste. A sua magnitude no inicio do mês é de 1,6.
Júpiter será visível nas primeiras horas após o anoitecer na constelação de Capricórnio, movendo-se para a constelação de Aquário. Encontra-se na direção Sudoeste no inicio da noite. A sua magnitude ao longo do mês varia de -2,3 a -2,2.
Saturno será visível nas primeiras horas após o anoitecer na constelação de Capricórnio. Encontra-se na direção Sudoeste. A sua magnitude ao longo do mês é de 0,7.
Céu visível às 19:00 horas do dia 1 de dezembro em Lisboa mostrando os planetas Vénus, Júpiter e Saturno.
Céu visível às 06:30 horas do dia 15 de dezembro em Lisboa mostrando o planeta Marte e as estrelas mais brilhantes: Sírio, Capela, Prócion, e Arcturo.
Úrano estará visível na constelação de Peixes e Neptuno estará visível na constelação de Aquário, onde permanecerá durante todo o resto do ano. Os planetas Úrano e Neptuno terão de ser observados com telescópio, já que nunca são visíveis à vista desarmada.
Para obter mais informação sobre a “Visibilidade dos Planetas” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2021/ Visibilidade dos Planetas em 2021 e consulte também a tabela Nascimento, Passagem Meridiana e Ocaso dos planetas (Lisboa).
As chuvas de meteoros das Gemínidas e das Úrsidas em dezembro
Este mês a Terra cruza a órbita do Asteroide Faetonte e são os “detritos” deixados por este asteroide os responsáveis pelo enxame de meteoros que decorre anualmente entre 4 e 20 de dezembro: o enxame das Gemínidas. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação dos Gémeos (o radiante).
A observação do pico das Gemínidas ocorre no dia 14 pelas 07 horas, com o número de meteoros por hora estimado a uma média atribuída de 150 por hora, devido ao fato de ser Quarto Crescente (pois o instante de Quarto Crescente ocorreu no dia 11 às 01h36min). Assim, não haverá muito boas condições de observação para a chuva de meteoros das Gemínidas.
(Figura do IMO) mostra o radiante da chuva de meteoros das Gemínidas (em Gémeos).
A Terra também cruza a órbita do Cometa Tuttle e são os seus restos responsáveis pela chuva de meteoros das Úrsidas, que decorre anualmente entre 17 e 26 de dezembro. As previsões mostram que o dia 22 de dezembro, é o pico de intensidade máxima desta chuva, que tem início por volta das 10 horas. O número de estrelas cadentes observado não é muito elevado, apenas de 10 meteoros por hora. O nome deste enxame resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação da Ursa Menor (o radiante). O radiante das Úrsidas é circumpolar na maioria dos locais do hemisfério norte, como é o caso em Portugal.
Os apaixonados por este tipo de fenómenos, e os curiosos em geral, poderão nas próximas noites perder algumas horas de sono para apreciar este belo espetáculo. Para as observar aconselhamos evitar noites nubladas, a poluição luminosa das grandes cidades e procurar um horizonte desimpedido.
Para obter mais informação sobre “Enxames de meteoróides”, e também um a pequena informação sobre a história deste enxame, consulte no nosso site a página Enxames de Meteoroides.
Fases da Lua em dezembro
Como é bem conhecido, as fases da lua são determinadas pelas posições relativas do sistema sol-lua-terra. À medida que a lua se move à volta da Terra, ambos os astros progridem à volta do sol, ocorrendo todos os meses Lua Cheia quando há um alinhamento do tipo Sol–Terra–Lua. A Lua Nova ocorre quando há um alinhamento do tipo Sol–Lua–Terra e nas posições intermédias ocorrem o Quarto Crescente e Quarto Minguante. O período que a lua demora para passar pela mesma fase é de 29,5 dias, conhecido como mês sinódico (ou uma lunação).
Para obter mais informação sobre as “Fases da Lua” consulte o site do Observatório Astronómico de Lisboa a página Almanaques/Dados de 2021/ Fases da Lua e consulte também a tabela Nascimento, e Ocaso da Lua (Lisboa).A órbita lunar em dezembro
A órbita da lua é aproximadamente uma elipse de excentricidade média 5,5%. A lua demora 27,3 dias a completar a translação (um mês lunar). A órbita elíptica faz com que a lua ora esteja mais perto, ora mais longe da Terra. O ponto orbital mais próximo da Terra é denominado Perigeu e o ponto mais afastado chama-se Apogeu. A distância média Terra-Lua é <dTL>= 384.400 km. A tabela abaixo indica os instantes do apogeu e perigeu lunar com a distância da Terra à Lua em unidades de RT (Raio Terrestre).
Tabela com a informação sobre o Apogeu e Perigeu lunar
Para obter mais informação sobre o “Apogeu e Perigeu lunar” consulte no nosso site a página Almanaques/Dados de 2021/ Apogeu/Perigeu lunar e consulte também a tabela Apogeu/Perigeu lunares e distâncias Terra-Lua.
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