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29 junho 2017

A ORIGEM DO ÓRGÃO

ÓRGÃO / ORGAN

Órgão hidráulico de Ctesibios segundo a descrição de Hero de Alexandria. Ilustração do livro Denkmäler des klassischen Altertums (Monumentos da Antiguidade Clássica), de 1885, volume 1, página 565 - Fonte.
A história do órgão se inicia no século III a.C, com a criação do hydraulos ou órgão hidráulico pelo grego Ctesíbio de Alexandria.
O órgão hidráulico ou hidraulo[1] (em grego clássico: ὕδραυλις; transl.: hýdraulis) é um tipo de órgão de tubos acionado por ar através da força da água vinda de uma fonte natural (por exemplo, uma cachoeira) ou de uma bomba manual. Assim, o órgão hidráulico não precisa de fole, soprador ou compressor a gás. O instrumento foi inventado na Antiguidade, durante o período helenístico, tendo sido usado desde a Roma Antiga até o século XVII.

O órgão de fole

O órgão é um instrumento musical no qual o som é produzido pela passagem do ar comprimido através dos tubos de metal e madeira. De fato, este é considerado um dos instrumentos mais antigos de toda a música ocidental e o primeiro dos instrumentos de teclas. Os órgãos são conhecidos por sua utilização em grandes igrejas e sua tradição na liturgia cristã. Sua introdução no meio religioso é atribuída ao Papa Vitalian, no século VII.

Órgão de fole.

A história do órgão se inicia no século III a.C, com a criação do hydraulos ou órgão hidráulico pelo grego Ctesíbio de Alexandria. De fato, tal invento, desenvolvido a partir de uma flauta típica de origem grega, é considerado como o “patriarca” dos órgãos. O hydraulos foi amplamente usado durante vários séculos em festividades, no circo e em anfiteatros, até o surgimento do órgão pneumático no século IX, movido por foles manuais, sistema que até hoje ainda é fabricado.

Órgão de tubos - Fabricação.

A autorização do uso dos órgãos nas igrejas só foi concretizada em 1565, pelo Concílio de Milão. Estes eram os únicos instrumentos permitidos durante as celebrações religiosas. Tal realidade durou vários séculos, aspecto que levou o órgão a ter uma grande relevância e um papel de notória importância para as sociedades da época. Somente no ano de 1962, com o Concílio Vaticano II, é que outros instrumentos foram admitidos nas liturgias da Igreja Católica, aspecto que resultou no constante declínio do uso do órgão pneumático.

Já os órgãos eletrônicos surgiram somente nos anos 70, como uma evolução natural dos sintetizadores. Hoje em dia, são encontrados órgãos de todos os tipos, cada vez mais complexos e dotados de recursos inovadores.

Veja também: CLASSICAL MUSIC.

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