IDIOTIZAÇÃO digitaL
neurocientista diz em livro que O QI dAS crianças hoje é inferior ao dos pais
Texto extraído de BBC NEWS BRASIL de 30/10/2020
O neurocientista Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, afirmou em seu livro intitulado “A fábrica de cretinos digitais”. Como os dispositivos tecnológicos afetam seriamente o desenvolvimento de crianças e jovens.
“Simplesmente não
há desculpa para o que estamos fazendo aos nossos filhos e como colocamos em
risco seu futuro e desenvolvimento”, disse o renomado especialista na área
Desmurget, durante entrevista à rede BBC.
Seu livro é atualmente um dos mais vendidos na França. No meio da entrevista, Desmurget respondeu à pergunta se a juventude de hoje é a primeira geração da história com um QI mais baixo do que a anterior: “Sim. O QI é medido com um teste padrão. No entanto, não é um teste ‘congelado’, mas é frequentemente revisado. (…) E pesquisadores em muitas partes do mundo observaram que o QI está mudando de geração em geração. A geração aumentou o ‘Efeito Flynn’”.
Uma derrota da inteligência.
O neurocientista
deixou claro em sua história que o coeficiente é fortemente influenciado por
fatores como sistema de saúde, alimentação e escola. No entanto, se “Em países
onde os fatores socioeconômicos têm sido relativamente estáveis há
décadas, o ‘efeito Flynn’
tem diminuído gradualmente”.
“Nesses países, os nativos digitais são os primeiros
filhos a ter um QI inferior ao dos pais. Esta tendência foi documentada na
Noruega, Dinamarca, Finlândia, Holanda, França, etc.”, ele adicionou.
Desmurget, que trabalhou em centros de pesquisa de prestígio como a Universidade da Califórnia ou o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), disse que “vários estudos mostraram que, ao usar televisão ou videogames, o QI e o desenvolvimento cognitivo diminuem”.
Veja o vídeo sobre A FÁBRICA DE CRETINOS DIGITAIS (YouTube). Importante assistir.
O especialista afirmou ainda que as causas desta situação são claramente identificadas: “Diminuição da qualidade e quantidade das interações familiares, diminuição do tempo despendido em outras atividades enriquecedoras (trabalhos de casa, música, arte, leitura, etc.), interrupção do sono, superestimulação da atenção, subestimulação intelectual e um estilo de vida excessivamente sedentário”.
Em outro ponto da
entrevista, Desmurget mencionou que “o tempo de triagem recreativa foi
observado para atrasar a maturação anatômica e funcional do cérebro dentro de
várias redes cognitivas relacionadas à linguagem e atenção”.
Desmurget, por fim,
afirma que as crianças de dois anos passam em frente às telas “quase três horas
por dia”, As crianças de oito anos “Cerca de cinco horas” e os jovens “Mais de
sete horas”. É por esse motivo que as crianças são incentivadas a participar
dos danos causados pelas telas.
“Elas devem ser
informadas de que as telas recreativas prejudicam o cérebro, interferem no
sono, interferem na aquisição da linguagem, diminuem o desempenho escolar,
prejudicam a concentração, aumentam o risco de obesidade, etc.”.
Leia a entrevista
completa da BBC NEWS BRASIL.
* * * * *
Nenhum comentário:
Postar um comentário