Pôsteres promocionais do filme METRÓPOLIS.
Metrópolis (título original: Metropolis) é um filme alemão de ficção científica produzido em 1927, realizado pelo cineasta austríaco Fritz Lang. Foi, na época, a mais cara produção até então filmada na Europa, e é considerado por especialistas um dos grandes expoentes do expressionismo alemão e também foi uma obra-prima à frente do seu tempo, já que pode se dizer que continua "atual". O roteiro, baseado em romance de Thea von Harbou, foi escrito por ela, em parceria com Lang. Em 2008 foram reencontrados, na Argentina, 30 minutos de metragem deste clássico. Tal parte foi restaurada e acrescentada à versão conhecida. Na Berlinale 2010, o filme teve 83 anos depois, a sua segunda estreia mundial.
1927 • pb • 153 min
- Direção: Fritz Lang
- Roteiro: Fritz Lang, Thea von Harbou
- Elenco: Alfred Abel, Gustav Fröhlich, Brigitte Helm, Rudolf Klein-Rogge
- Gênero: ficção científica
- País: Alemanha
- Idioma: mudo (cinema mudo)
- Orçamento: 5.100.000 RM
Elenco
- Alfred Abel: Joh Fredersen
- Brigitte Helm: Maria / Andróide (Maschinenmensch)
- Gustav Fröhlich: Freder Fredersen
- Rudolf Klein-Rogge: Rotwang, o inventor
- Theodor Loos: Josephat / Joseph
- Fritz Rasp
- Erwin Biswanger: Georgy, Trabalhador n°11811
- Heinrich George
- Hanns Leo Reich
- Heinrich Gotho: Mestre de Cerimônia
Enredo
O enredo é ambientado no século XXI, numa grande cidade governada autocraticamente por um poderoso empresário. Os seus colaboradores constituem a classe privilegiada, vivendo num jardim idílico, como Freder, único herdeiro do dirigente de Metropolis.
Os trabalhadores, ao contrário, são escravizados pelas máquinas, e condenados a viver e trabalhar em galerias no subsolo. Num meio de miséria entre os operários, uma jovem, Maria, destaca-se, exortando os trabalhadores a se organizarem para reivindicar seus direitos através de um escolhido que os representaria.
Através de cenas de forte expressão visual, com o recurso de efeitos especiais, algumas se tornaram clássicas, como a vista panorâmica da cidade com os seus veículos voadores e passagens suspensas. Alusões bíblicas, mistério, ação e romance, completam o leque que envolve o público e o mantém em suspense até ao final.
Na época, Metropolis impressionou tanto Hitler que, quando ele chegou ao poder, solicitou ao ministro Goebbels que abordasse Lang, convidando-o a fazer filmes para o partido nazista. Enquanto Thea Von Harbou, sua esposa na época, mergulhou no projeto, Lang evadiu-se para Paris, onde chegou a produzir filmes de conteúdo antinazista, viajando posteriormente para os Estados Unidos, onde faleceu.
A obra demonstra uma preocupação crítica com a mecanização da vida industrial nos grandes centros urbanos, questionando a importância do sentimento humano, perdido no processo. Como pano de fundo, a valorização da cultura, expressa no filme através da tecnologia e, principalmente, da arquitetura. O ponto alto do filme e grande tema é, sem dúvida, o final - onde a metáfora "O mediador entre a cabeça e as mãos deve ser o coração!" se concretiza no simbólico aperto de mão mediado por Freder entre Grot (líder dos trabalhadores) e Jon Fredersen - o empresário.
O filme METRÓPOLIS (Metropolis).
Cenas extraídas do filme METRÓPOLIS
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