A Conscienciologia possui uma especialidade chamada Assistenciologia que visa o estudo e o desenvolvimento de técnicas para realizar assistência, ajuda ou auxílio para si próprio e principalmente para as outras pessoas. Esse tema é um dos pilares dessa ciência pois, do ponto de vista evolutivo de todos os seres, admitimos a seguinte hipótese: todas as pessoas nascem para praticar a assistencialidade.
No entanto, para evoluirmos com maior qualidade não basta fazermos qualquer tipo de assistência. Por mais que seja gratificante dar sopa aos pobres, doar gorjetas ao “criança esperança” ou emprestar seu ombro para quem precisa de consolo, atitudes como essas não são suficientes para quem quer praticar assistencialidade avançada.
- ESCLARECIMENTO -
Um novo conceito proposto pela Conscienciologia é a tares (abreviação de tarefa do esclarecimento). Essa tarefa de assistência libertária visa à fraternidade fundamentada na informação, conhecimento e autenticidade na abordagem por ir ao cerne do problema ao invés de ficar apenas no processo consolatório. Fazer tares é exaltar a autocrítica, ajudar sendo menos vaidoso, priorizar o discernimento e, em determinados casos, dizer mais não do que sim.
Apesar de ser uma postura menos simpática, a tarefa do esclarecimento não visa simplesmente apontar erros alheios ou “ferir” com o pretexto de ser sincero. A tares é o resultado do amor maduro, um sentimento nobre proveniente de nossa essência mental, que nos permite auxiliar sem criar dependências ou idolatrias. Quem ajuda desse modo contribui para que os assistidos consigam autonomia, ou seja, que cresçam a partir de suas capacidades.
Entre as vantagens de utilizar a tares como conduta está o fato de passar a informação com sinceridade e realismo, sem insistir ou convencer o outro, e de levar as pessoas a pensar o que antes era ‘impensável’. Quem pratica a tares adota os binômios autenticidade-despojamento e franqueza-educação. O esclarecimento também gera estresse positivo e crises de crescimento, levando o indivíduo a sair da condição da mediocridade evolutiva. A tares favorece ainda o predomínio da racionalidade em detrimento do instinto animal.
Se você, caro leitor, entendeu a importância dessa postura assistencial e tem o interesse de ser menos paliativo, atuando com mais propriedade, é importante estar ciente que devido às suas particularidades, é recomendado ao praticante:
1. Saber que provavelmente verá 99 “sobrancelhas cerradas” e apenas um sorrisão aberto depois de cada tares realizada.
2. Esperar ingratidões e decepções de onde, e de quem, jamais se esperaria.
3. Buscar sempre ser justificadamente otimista, dentro de si mesmo, pelo conhecimento útil, sem se deixar contaminar pelo pessimismo a volta.
4. Entender que o primeiro esclarecimento vem com a nossa melhoria através do exemplarismo silencioso de nossas mudanças íntimas. Isto é, aplicar o que sabe, antes de tudo em si mesmo.
5. Superar as incompreensões geradas pela instabilidade da nossa renovação constante.
O intuito dessa análise não é menosprezar as ajudas do tipo consolação ou o assistencialismo ainda importantes e necessários em nossa sociedade. Porém, percebemos que faltam pessoas preparadas para fazer a tares, ou o esclarecimento avançado.
Ainda precisamos descobrir nosso verdadeiro potencial assistencial. Consideramos que todos nascemos para praticar a assistencialidade qualificada na Terra, sendo necessário por isso reparar as imaturidades. Dessa forma, a Conscienciologia convida a todos a fazer suas renovações íntimas e vivenciar a tarefa do esclarecimento, uma postura de heterocrítica qualificada que contribui para a evolução tanto de quem a pratica como de quem a recebe.
Alexandre Pereira é educador físico, professor, pesquisador e voluntário do Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia (IIPC), instituição de educação e pesquisa científica, laica, sem fins de lucro, que objetiva estudar a consciência humana e todas as formas de sua manifestação, incluindo as bioenergias e o parapsiquismo. O IIPC atende também em Curitiba na Av. Deputado Joaquim Jo´se Pedrosa, 1505, sala 905, Centro. Palestras gratuitas todos os sábados, 14h00, e terças-feiras, 19h30. Mais informações pelo site www.iipc.org ou pelo fone (41) 3233-5736.
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