Atol de Bikini - Ilhas Marshall (USA).
Antes da realização dos testes nucleares, a população nativa foi transferida para o Atol de Rongerik. No fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970, alguns dos antigos moradores do Atol de Bikini retornaram das Ilhas Kili, mas foram novamente transferidos, devido a alta radioatividade. O navegador e explorador Otto von Kotzebue chamou o "Atol Bikini" como Atol Eschscholtz em homenagem ao cientista Johann Friedrich von Eschscholtz.
História
Essa ilha é a localizada no extremo noroeste do Atol e é a maior das ilhas deste, sendo a mais conhecida e importante ilha. A Ilha Bikini é conhecida por dois motivos: foi alvo, junto com o resto do Atol, dos testes nucleares norte-americanos e porque a roupa de banho biquini foi batizada com o nome da ilha (ou, possivelmente, do atol inteiro).
Operation Crossroads – 25 de julho de 1946.
Entre 1946 e 1958, 23 dispositivos nucleares foram detonados no Atol do Bikini. Os habitantes micronésios, que eram cerca de 200 antes de os Estados Unidos os realocarem após a II Guerra Mundial, comiam peixe, frutos do mar, bananas e cocos. Em 1968 os Estados Unidos declararam Bikini uma terra habitável e começaram a trazer os bikinianos de volta para casa no começo dos anos 70. Em 1978, no entanto, os habitantes foram removidos novamente quando o estrôncio 90 em seus corpos atingiu níveis perigosos. Eles processaram os Estados Unidos e foram indenizados em 100 milhões de dólares . A operação de limpeza retiraria uma cobertura de 16 polegadas do solo da ilha principal de Bikini, gerando um milhão de pés cúbicos de solo radioativo que não poderia ser descartado, a um custo que excede muito a indenização.
Em 1997 um grupo especial de cientistas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica) ou em Inglês IAEA (International Atomic Energy Agency) determinou que seria seguro caminhar em qualquer lugar das ilhas. Embora a radioatividade residual em ilhas do Atol de Biquíni ainda fosse mais alta que em outros atóis das ilhas Marshall, os níveis medidos não eram perigosos à saúde. O risco principal de radiação seria a comida: comer produtos crescidos no local, como frutas, poderia acrescentar ao corpo radioatividade suficiente para matar uma pessoa. Comer ocasionalmente cocos ou banana da Ilha de Biquíni não seria nenhum motivo de preocupação. Mas comer muitos produtos locais durante um período longo de tempo sem tomar medidas medicinais poderia resultar em uma dose de radiação mais alta do que os níveis de segurança internacionalmente aceitáveis.
Por causa destes riscos alimentares, a AIEA recomendou não repovoar a ilha de Bikini.
Mapa das Ilhas Marshall.
Acesse outra postagem deste blog: RADIO BIKINI onde você poderá assistir o documentário "Radio Bikini" sobre "Operation Crossroads".
Referências na cultura popular
• O autor Theodore Taylor escreveu uma novela infantil intitulada "The Bomb" ("A Bomba"), que conta a história da luta de um adolescente para evitar que a primeira bomba atômica fosse jogada no Atol.
• Big Boss, o vilão da série de jogos de videogame Metal Gear e personagem principal no jogo Metal Gear Solid 3: Snake Eater, é dito ter se envolvido com os testes no Atol.
• Bob Esponja, um desenho animado da Nickelodeon, é ambientado numa cidade chamada Fenda do Biquíni que supostamente fica debaixo do Atol de Bikini. Num dos episódios, uma bomba disfarçada de torta explode violentamente num impacto com o personagem Lula Molusco. Na ocasião, é mostrada cena de teste da bomba-H em Bikini.
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