28 abril 2024

THE PLATO'S CAVE 2023 VERSION - The world as you see

Plato's Cave 2024




MITO DA CAVERNA – PLATÃO / Plato's cave (Part 1 of 3);

MITO DA CAVERNA – PLATÃO / Plato's cave (Part 2 of 3);

MITO DA CAVERNA – PLATÃO / Plato's cave (Part 3 of 3).



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18 abril 2024

TEMPESTADE DE AREIA NA LÍBIA / SAND STORM IN LIBYA

Em 2010 e 2011 presenciei na Líbia várias tempestades de areia. Aqui há o registro de uma delas ocorrida na segunda metade de 2010.

Eu estava fazendo uma viagem de carro de cerca de 120 km, desde a cidade de Soluq, localizada ao sul de Benghazi, até AlGuriyah, localizada a nordeste de Benghazi, quando o evento teve início.

Em certo momento durante a viagem, quando estava entre as cidades litorâneas de Darianah e AlGuriyah num ponto situado cerca de 60 km a nordeste de Benghazi, tive de estacionar por cerca de 40 minutos à beira da estrada pois não havia mais condições de trafegar com segurança. Foi quando fiz o registro em vídeo da tempestade (abaixo).


Vídeo: Tempestade de areia na Líbia em 2010. Eu estava em algum lugar entre Darianah e AlGuriyah na Líbia dentro de um Optra GM. Hora do vídeo 12:30 horas / Video: Sand Storm in Libya 2010. I was anywhere between Darianah and AlGuriyah in Libya inside an Optra GM car. Video time 12:30 hours.


6 fotos que tirei ao longo da viagem de carro, que mostram a progressão da intensidade da mesma tempestade de areia / I have taken 6 photographs during the car travel, it shows the progress and intensity of this sand storm.


Essa intensa tempestade de areia começou por volta de 11:30 horas e aconteceu no sentido do continente para o mar e durou cerca de uma hora e meia. O registro foi feito por volta de 12:30 horas e somente pude prosseguir a viagem após o evento começar a diminuir de intensidade.

Ao longo do trajeto pude presenciar muitos acidentes com veículos, causados pela pouca visibilidade durante a tempestade de areia.

Veja também esta outra postagem: LÍBIA 2011 - EU ESTIVE LÁ / LIBYA 2011 - I WAS THERE.


O que é Tempestade de Areia

Uma tempestade de areia ou tempestade de poeira é um dos fenômenos denominados litometeoros e ocorre quando a umidade relativa do ar é mais baixa que 80% permitindo a suspensão de partículas em sua maioria sólidas mas não aquosas pelo ar. O resultado pode ser a Névoa seca, Tempestade de areia (ou poeira), Turbilhão de areia (ou poeira).

A "Tempestade de Poeira" propriamente dita se trata de uma grande massa de partículas de poeira ou areia deslocada por ventos turbulentos e fortes, elevadas do solo até a uma altura considerável. Algumas vezes esses fenômenos são provocados por redemoinhos de vento (dust devils).

São mais freqüentes em regiões com grande quantidade de areia e baixa umidade, como desertos.

Tempestades de areia são vistas na patagônia argentina, nas grandes planícies norte-americanas (década de 1930), no oriente médio, na Austrália e na Ásia central, além do deserto do Saara.

Fonte: Wikipedia.


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17 abril 2024

WORLDOMETER (World Statistics Available)

WORLDOMETER

From de Worldometer website:

Worldometer is run by an international team of developers, researchers, and volunteers with the goal of making world statistics available in a thought-provoking and time relevant format to a wide audience around the world. It is published by a small and independent digital media company based in the United States. We have no political, governmental, or corporate affiliation. Furthermore, we have no investors, donors, grants, or backers of any type. We are completely independent and self-financed through automated programmatic advertising sold in real time on multiple ad exchanges.


A view of worldometer webpage. Access: worldometer.



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RADIO BIKINI

Destruição de um atol


Indicado para o Oscar em 1988 e considerado um dos melhores documentários da temporada, o documentário tem a passagem de um mundo ingênuo para uma nova era. No verão de 1946, o governo dos EUA fez sua primeira no atol de Bikini, no Pacífico.


Radio Bikini - Documentary.
Link: RADIO BIKINI - YouTube.

O teste foi também o primeiro ensaio da mídia para grandes coberturas externas. A Marinha americana filmou a experiência com a intenção de produzir um filme de propaganda. Na verdade, conseguiu registrar um grande desastre ecológico.

Acesse também a postagem Atol de Bikini.


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16 abril 2024

ATOL DE BIKINI

O Atol de Bikini é um atol do Oceano Pacífico onde se deu, em julho de 1946, uma explosão atômica experimental. Também conhecido como Atol de Pikini, é um atol desabitado de 6 km² localizado na Micronésia, no Oceano Pacífico, 11°30′N, 165°25′E. O Atol de Bikini é membro das Ilhas Marshall e é formado por 36 ilhas que rodeiam uma lagoa. O atol foi parte do programa de testes nucleares desenvolvido pelos Estados Unidos da América, após ser invadida durante a 2ª Guerra Mundial. No local foram lançadas mais de 20 bombas de hidrogênio e bombas nucleares, entre julho de 1946 e 1958.


Atol de Bikini - Ilhas Marshall (USA).

Antes da realização dos testes nucleares, a população nativa foi transferida para o Atol de Rongerik. No fim dos anos 1960 e começo dos anos 1970, alguns dos antigos moradores do Atol de Bikini retornaram das Ilhas Kili, mas foram novamente transferidos, devido a alta radioatividade. O navegador e explorador Otto von Kotzebue chamou o "Atol Bikini" como Atol Eschscholtz em homenagem ao cientista Johann Friedrich von Eschscholtz.


História

Essa ilha é a localizada no extremo noroeste do Atol e é a maior das ilhas deste, sendo a mais conhecida e importante ilha. A Ilha Bikini é conhecida por dois motivos: foi alvo, junto com o resto do Atol, dos testes nucleares norte-americanos e porque a roupa de banho biquini foi batizada com o nome da ilha (ou, possivelmente, do atol inteiro).


Operation Crossroads – 25 de julho de 1946.

Entre 1946 e 1958, 23 dispositivos nucleares foram detonados no Atol do Bikini. Os habitantes micronésios, que eram cerca de 200 antes de os Estados Unidos os realocarem após a II Guerra Mundial, comiam peixe, frutos do mar, bananas e cocos. Em 1968 os Estados Unidos declararam Bikini uma terra habitável e começaram a trazer os bikinianos de volta para casa no começo dos anos 70. Em 1978, no entanto, os habitantes foram removidos novamente quando o estrôncio 90 em seus corpos atingiu níveis perigosos. Eles processaram os Estados Unidos e foram indenizados em 100 milhões de dólares . A operação de limpeza retiraria uma cobertura de 16 polegadas do solo da ilha principal de Bikini, gerando um milhão de pés cúbicos de solo radioativo que não poderia ser descartado, a um custo que excede muito a indenização.

Em 1997 um grupo especial de cientistas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica) ou em Inglês IAEA (International Atomic Energy Agency) determinou que seria seguro caminhar em qualquer lugar das ilhas. Embora a radioatividade residual em ilhas do Atol de Biquíni ainda fosse mais alta que em outros atóis das ilhas Marshall, os níveis medidos não eram perigosos à saúde. O risco principal de radiação seria a comida: comer produtos crescidos no local, como frutas, poderia acrescentar ao corpo radioatividade suficiente para matar uma pessoa. Comer ocasionalmente cocos ou banana da Ilha de Biquíni não seria nenhum motivo de preocupação. Mas comer muitos produtos locais durante um período longo de tempo sem tomar medidas medicinais poderia resultar em uma dose de radiação mais alta do que os níveis de segurança internacionalmente aceitáveis.

Por causa destes riscos alimentares, a AIEA recomendou não repovoar a ilha de Bikini.
Mapa das Ilhas Marshall.


Acesse outra postagem deste blog: RADIO BIKINI onde você poderá assistir o documentário "Radio Bikini" sobre "Operation Crossroads".


Referências na cultura popular

O autor Theodore Taylor escreveu uma novela infantil intitulada "The Bomb" ("A Bomba"), que conta a história da luta de um adolescente para evitar que a primeira bomba atômica fosse jogada no Atol.
Big Boss, o vilão da série de jogos de videogame Metal Gear e personagem principal no jogo Metal Gear Solid 3: Snake Eater, é dito ter se envolvido com os testes no Atol.
Bob Esponja, um desenho animado da Nickelodeon, é ambientado numa cidade chamada Fenda do Biquíni que supostamente fica debaixo do Atol de Bikini. Num dos episódios, uma bomba disfarçada de torta explode violentamente num impacto com o personagem Lula Molusco. Na ocasião, é mostrada cena de teste da bomba-H em Bikini.



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10 abril 2024

SOLARIS (1 of 2)

SOLARIS (livro)


"Nós não precisamos de outros mundos.

Nós precisamos de espelhos.

Nós não sabemos o que fazer com outros mundos.

Um único planeta, o nosso, nos é suficiente;

mas nós não conseguimos aceitar isso do jeito que é."

Stanislaw Lem




Solaris é um romance de ficção científica escrito em 1961 pelo autor polonês Stanisław Lem. Narra a saga de uma equipe de cientistas em uma estação de pesquisa enquanto eles tentam entender uma inteligência extraterrestre, que assume a forma de um vasto oceano em um planeta alienígena chamado Solaris.


SOLARIS (filme)


Poster do filme "SOLARIS" de 1972.


Cena final do filme SOLARIS de 1972 - Diretor Andriej Tarkovski.




Solaris (em russo: Solyaris; cirílico: Солярис) é um filme soviético de 1972 de drama e ficção científica dirigido por Andrei Tarkovski com roteiro de Fridrikh Gorenshtein e do próprio Tarkovsky baseado no romance Solaris, do escritor polonês Stanisław Lem. O filme foi a tentativa de Tarkovsky de trazer uma nova profundidade emocional aos filmes de ficção científica; ele viu a maioria das obras ocidentais do gênero como superficiais devido ao seu foco na invenção tecnológica.


Sinopse

A trama gira em torno de uma estação espacial orbitando o planeta fictício Solaris, onde uma missão científica foi paralisada porque a tripulação de três cientistas entrou em crise emocional. O psicólogo Kris Kelvin (Banionis) viaja até a estação para avaliar a situação, apenas para encontrar os mesmos fenômenos misteriosos que os outros.


Produção

Stanisław Lem quase não permitiu a adaptação de Tarkovski, uma vez que o diretor russo inicialmente insistia em retirar do roteiro toda a alusão à ficção científica, o que desagradou profundamente o escritor polonês. Tarkovski teria cedido, e a ação se dá principalmente em uma estação espacial que orbita Solaris.



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08 abril 2024

CURVATURA DA TERRA


Terra: formação geoide, muito próxima de uma esfera.


SOBRE A CURVATURA DA TERRA


Vejam nestes links que ajudam:

https://www.gps.gov/;
https://techterms.com/definition/gps;
https://www.nasa.gov/directorates/heo/scan/communications/policy/GPS.html;
https://www.obaricentrodamente.com/2011/06/o-pendulo-de-foucault.html
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/a-terceira-lei-newton-relacao-entre-forcas-peso-normal.htm
https://roberto-furnari.blogspot.com/2018/07/keplers-laws-leis-de-kepler.html
https://roberto-furnari.blogspot.com/2018/07/idade-da-terra-4543-bilhoes-de-anos.html
https://www.oficinadanet.com.br/post/15974-10-gifs-para-entender-melhor-a-ciencia
https://www.sciencenews.org/article/great-american-solar-eclipse-wave-atmosphere



Eclipse solar em 21 de agosto de 2017 registrado pelo satélite artificial DSCOVR.



A Terra é uma formação geoide que aparece aqui em uma representação propositalmente acentuada das diferenças de cotas para facilitar a compreensão, com as cotas mais altas em vermelho e as cotas mais baixas em azul. Mesmo assim, a forma da Terra se aproxima muito à de um globo.



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04 abril 2024

SAMUEL BARBER - AGNUS DEI

Samuel Barber



Samuel Barber, (born March 9, 1910, West Chester, Pennsylvania, U.S. - died January 23, 1981, New York, New York), American composer who is considered one of the most expressive representatives of the lyric and Romantic trends in 20th-century classical music.

Barber studied the piano from an early age and soon began to compose. In 1924 he entered the Curtis Institute of Music in Philadelphia, where, in addition to piano and composition, he studied singing and conducting. After graduation in 1934, Barber devoted himself entirely to composition. His style was distinctive and modern but not experimental. He established his reputation with his overture to The School for Scandal (1933), based on Richard Sheridan’s comedy by that name, and with Music for a Scene from Shelley (1935), inspired by the poet Percy Bysshe Shelley’s Prometheus Unbound.

Although many of Barber’s works make literary allusions, his music is not programmatic in the strict sense. Significant in this respect are the three Essays for Orchestra (1938, 1942, and 1978), which are intended as musical counterparts of the literary form. Structural considerations govern Barber’s instrumental writing; there is great astringency in harmony, but the basic tonality remains secure; the rhythmic lines are very strong, without loss of coherence.


AGNUS DEI - lyrics

Agnus Dei,
Qui tollis peccata mundi,
Miserere nobis.

Agnus Dei,
Qui tollis peccata mundi,
Miserere nobis.

Agnus Dei,
Qui tollis peccata mundi,
Dona nobis pacem.

Lamb of God,
thou taskest away the sins of the world,
have mercy on us.

Lamb of God,
thou taskest away the sins of the world,
have mercy on us.

Lamb of God,
thou taskest away the sins of the world,
grant us peace.



Agnus Dei (Barber) - Year 1967 - Text Agnus Dei - Language Latin - Based on Adagio for Strings - 
Scoring: Choir SSAATTBB, optional piano or organ.

Agnus Dei (Lamb of God) is a choral composition in one movement by Samuel Barber, his own arrangement of his Adagio for Strings (1936). In 1967, he set the Latin words of the liturgical Agnus Dei, a part of the Mass, for mixed chorus with optional organ or piano accompaniment. The music, in B-flat minor, has a duration of about eight minutes.

History: Barber's Adagio for Strings began as the second movement of his String Quartet, Op. 11, composed in 1936. At the request of Arturo Toscanini, he arranged it for string orchestra, and in January 1938 sent that version to the conductor, who premiered it in New York with the NBC Symphony Orchestra. In setting it to the liturgical Agnus Dei, a part of the Mass, Barber changed the music only a little. As with the other arrangements of Adagio for Strings, it was published by G. Schirmer.

Music: Graham Olson describes the composition for Allmusic. After reflecting the history and pointing out the Adagio's associations with mourning, nostalgia, love and passion, qualified as "sentimental Romanticism", he writes about the choral setting: "Barber brought to the surface the work's sense of spirituality." He observes similarities to works of the Renaissance by Palestrina and Gabrieli. Violinist Phillip Ying says about the quartet movement: "The score looks so clear, like a counterpoint exercise, and the power of it is in the economy of means."

Agnus Dei is in B-flat minor, marked "molto adagio" (very slow) and "molto espressivo" (very expressive) and in the beginning "pp" (pianissimo, very soft). The initial time is 4/2, but some measures are expanded to 5/2 and 6/2 throughout the piece of 69 measures. The music is set for soprano, alto, tenor and bass (SATB); all four parts are sometimes divided; measures 12 to 14 call for a solo soprano. Soprano and alto are divided in two parts, tenor and bass occasionally even in three. The music is dominated by a melody, first presented by the soprano, which begins on a long note and then undulates in even rhythm and diatonic steps, a melisma of two measures on the words "Agnus Dei". The other voices enter half a measure later on a chord, move to a different chord in measure 2 and sustain it throughout the measure, while the soprano holds its first note through measure one and moves only after the supporting chord has changed to a tension. A similar pattern follows in measures 5 to 8 on the words "qui tollis peccata mundi" (who takes the sins of the world), moving down on "peccata mundi". The repetition of the call "Agnus Dei" is set as variation of the beginning, intensified by upward leaps of fifths and octaves, and by the solo soprano reaching the highest note of the piece, C-flat. Then the alto takes over the melody, marked "più f[orte] sempre espressivo" (somewhat stronger and always expressive), while the soprano sings "miserere nobis" (have mercy on us) for the first time on a counter-melody. In measure 28, the bass takes over the melody, marked "p cresc. molto espressivo" (soft but growing, very expressive), while the three upper undivided voices sing "dona nobis pacem" (give us peace) the first time. In measure 35, the tenor takes over the melody, all parts are marked "with increasing intensity", soon the soprano gets the melody, interrupted by the alto moving in octaves, then finally the soprano leads to the climax on the words "dona nobis pacem", ending in long chords, fortissimo, in extremely high register for all parts, followed by a long general break. After the silence, a slow succession of chords, repeating "dona nobis pacem" in homophony in very low register, modulates to distant keys such as C major and F major. After another silence, a kind of recapitulation begins with the soprano and tenor singing the melody in unison on "Agnus Dei ... dona nobis pacem", while alto and bass counter with "miserere nobis". In the final line, the alto broadens the beginning of the melody to a last "dona nobis pacem", marked "mf molto espr. sost." (medium strength, very expressive and sustained), while the other parts end on a very soft "miserere nobis", marked "morendo" (dying).

The piece lasts about eight minutes. The accompaniment is optional and only for support.

Recordings: The Corydon Singers recorded the piece in 1986, together with Bernstein's Chichester Psalms and motets by Aaron Copland. The New College Choir, Oxford, recorded it in 1996. In 2000, the choir of Ormond College included it in a recording of Barber's choral music. In 2003, it concluded a collection of The Best Of Barber, sung by the Robert Shaw Festival Singers. Welsh contemporary classical singer Katherine Jenkins sang a version of the piece that was included in her popular albums Sacred Arias and Music From the Movies. In 2015, the Rotterdam Symphony Chorus made a live recording of Agnus Dei during a concert tour with the BBC Symphony Orchestra.




In 1936 Barber composed his String Quartet. Its slow movement, arranged for string orchestra, was performed under the title Adagio for Strings by the NBC Symphony Orchestra under Arturo Toscanini in 1938 and acquired extraordinary popularity in the United States and Europe.

Barber’s Symphony No. 1 (1936; rev. 1942) is in the Romantic tradition. In the Symphony No. 2 (1944; rev. 1947), commissioned by the U.S. Army Air Forces (which he had joined in 1943), Barber introduced an electronic instrument imitating radio signals for air navigation, an effect replaced in the revised version by an E-flat clarinet.

Barber also wrote a Violin Concerto (1941) and a Cello Concerto (1946). His Piano Sonata (1949) is a monument of 20th-century American piano music. His other compositions include Dover Beach, for voice and string quartet (1931); three vocal works with orchestra, Knoxville: Summer of 1915 (1948), Prayers of Kierkegaard (1954), and Andromache’s Farewell (1962); and Medea (1947). His opera Vanessa, with libretto by longtime partner Gian Carlo Menotti and produced by the Metropolitan Opera Association, New York City, in 1958, was awarded a Pulitzer Prize.

Barber’s Piano Concerto (1962) brought him new international success and another Pulitzer Prize. His opera Antony and Cleopatra inaugurated the new auditorium of the Metropolitan Opera Association at the Lincoln Center for the Performing Arts in 1966. After a period of creative inactivity, Barber resumed composing for orchestra. The Lovers and Fadograph of a Yestern Scene were first performed in 1971, and Third Essay for Orchestra had its premiere in 1980.



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03 abril 2024

BRAVE NEW WORLD / ADMIRÁVEL MUNDO NOVO / UN MUNDO FELIZ (Part 2 of 2)


THE MIKE WALLACE INTERVIEW - GUEST: ALDOUS HUXLEY - 05/18/1958.
ENTREVISTA DE MIKE WALLACE - CONVIDADO: ALDOUS HUXLEY - 18/05/1958.
ENTREVISTA DE MIKE WALLACE - INVITADO: ALDOUS HUXLEY - 18/05/1958.

ALDOUS HUXLEY - INTERVIEW - 05/18/1958.

86 YEARS AGO IN 1932 ALDOUS HUXLEY PREDICTED HOW GLOBAL FREEDOM WOULD DIE

Aldous Huxley, social critic and author of "Brave New World", talks to Wallace about threats to freedom in the United States, overpopulation, bureaucracy, propaganda, drugs, advertising, and television.

WALLACE: This is Aldous Huxley, a man haunted by a vision of hell on earth. A searing social critic, Mr. Huxley 27 years ago, wrote Brave New World, a novel that predicted that some day the entire world would live under a frightful dictatorship. Today Mr. Huxley says that his fictional world of horror is probably just around the corner for all of us. We'll find out why, in a moment.

(OPENING CREDITS)

WALLACE: Good evening, I'm Mike Wallace. Tonight's guest, Aldous Huxley, is a man of letters, as disturbing as he is distinguished. Born in England, now a resident of California, Mr. Huxley has written some of the most electric novels and social criticism of this century. 

He's just finished a series of essays called "Enemies of Freedom," in which he outlines and defines some of the threats to our freedom in the United States; and Mr. Huxley, right of the bat, let me ask you this: as you see it, who and what are the enemies of freedom here in the United States? 

HUXLEY: Well, I don't think you can say who in the United States, I don't think there are any sinister persons deliberately trying to rob people of their freedom, but I do think, first of all, that there are a number of impersonal forces which are pushing in the direction of less and less freedom, and I also think that there are a number of technological devices which anybody who wishes to use can use to accelerate this process of going away from freedom, of imposing control. 

WALLACE: Well, what are these forces and these devices, Mr. Huxley? 

HUXLEY: I should say that there are two main impersonal forces, er...the first of them is not exceedingly important in the United States at the present time, though very important in other countries. This is the force which in general terms can be called overpopulation, the mounting pressure of population pressing upon existing resources. 

WALLACE: Uh-huh. 

HUXLEY: Uh...this, of course, is an extraordinary thing; something is happening which has never happened in the world's history before, I mean, let's just take a simple fact that between the time of birth of Christ and the landing of the May Flower, the population of the earth doubled. It rose from two hundred and fifty million to probably five hundred million. Today, the population of the earth is rising at such a rate that it will double in half a century. 

WALLACE: Well, why should overpopulation work to diminish our freedoms? 

HUXLEY: Well, in a number of ways. I mean, the...the experts in the field like Harrison Brown, for example, pointed out that in the underdeveloped countries actually the standard of living is at present falling. The people have less to eat and less goods per capita than they had fifty years ago; 

and as the position of these countries, the economic position, becomes more and more precarious, obviously the central government has to take over more and more responsibility for keeping the ship-of-state on an even keel, and then of course you are likely to get social unrest under such conditions, with again an intervention of the central government. 

So that, I think that one sees here a pattern which seems to be pushing very strongly towards a totalitarian regime. And unfortunately, as in all these underdeveloped countries the only highly organized political party is the Communist Party, it looks rather as though they will be the heirs to this unfortunate process, that they will step into the power...the position of power.

WALLACE: Well then, ironically enough one of the greatest forces against communism in the world, the Catholic Church, according to your thesis would seem to be pushing us directly into the hands of the communists because they are against birth control. 

HUXLEY: Well, I think this strange paradox probably is true. There is, er..., it's an extraordinary situation actually. I mean, one has to look at it, of course, from a biological point of view: the whole essence of biological life on earth is a question of balance and what we've done is to practice death control in the most intensive manner without balancing this with birth control at the other end. Consequently, the birth rates remain as high as they were and death rates have fallen substantially. (COUGHS) 

WALLACE: All right then, so much, for the time being anyway, for overpopulation. Another force that is diminishing our freedoms? 

HUXLEY: Well another force which I think is very strongly operative in this country is the force of what may be called of overorganization. Er...As technology becomes more and more complicated, it becomes necessary to have more and more elaborate organizations, more hierarchical organizations, and incidentally the advance of technology is being accompanied by an advance in the science of organization. 

It's now possible to make organizations on a larger scale than it was ever possible before, and so that you have more and more people living their lives out as subordinates in these hierarchical systems controlled by bureaucracy, either the bureaucracies of big businesses or the bureaucracies of big government. 

WALLACE: Uh-huh. Uh-huh. Now the devices that you were talking about, are there specific devices or er...methods of communication which diminish our freedoms in addition to overpopulation and overorganization? 

HUXLEY: Well, there are certainly devices which can be used in this way. I mean, let us er...take after all, a piece of very recent and very painful history is the propaganda used by Hitler, which was incredibly effective. 

I mean, what were Hitler's methods? Hitler used terror on the one kind, brute force on the one hand, but he also used a very efficient form of propaganda, which er...he was using every modern device at that time. He didn't have TV., but he had the radio which he used to the fullest extent, and was able to impose his will on an immense mass of people. I mean, the Germans were a highly educated people. 

WALLACE: Well, we're aware of all this, but how do we equate Hitler's use of propaganda with the way that propaganda, if you will, is used let us say here in the United States. Are you suggesting that there is a parallel? 

HUXLEY: Needless to say it is not being used this way now, but, er...the point is, it seems to me, that there are methods at present available, methods superior in some respects to Hitler's method, which could be used in a bad situation. I mean, what I feel very strongly is that we mustn't be caught by surprise by our own advancing technology. 

This has happened again and again in history with technology's advance and this changes social condition, and suddenly people have found themselves in a situation which they didn't foresee and doing all sorts of things they really didn't want to do. 

WALLACE: And well, what...what do you mean? Do you mean that we develop our television but we don't know how to use it correctly, is that the point that you're making? 

HUXLEY: Well, at the present the television, I think, is being used quite harmlessly; it's being used, I think, I would feel, it's being used too much to distract everybody all the time. But, I mean, imagine which must be the situation in all communist countries where the television, where it exists, is always saying the same things the whole time; it's always driving along. 

It's not creating a wide front of distraction it's creating a one-pointed, er...drumming in of a single idea, all the time. It's obviously an immensely powerful instrument. 

WALLACE: Uh-huh. So you're talking about the potential misuse of the instrument. 

HUXLEY: Exactly. We have, of course...all technology is in itself moral and neutral. These are just powers which can either be used well or ill; it is the same thing with atomic energy, we can either use it to blow ourselves up or we can use it as a substitute for the coal and the oil which are running out. 

WALLACE: You've even written about the use of drugs in this light. 

HUXLEY: Well now, this is a very interesting subject. I mean, in this book that you mentioned, this book of mine, "Brave New World," er...I postulated it a substance called 'soma,' which was a very versatile drug. It would make people feel happy in small doses, it would make them see visions in medium doses, and it would send them to sleep in large doses. 

Well, I don't think such a drug exists now, nor do I think it will ever exist. But we do have drugs which will do some of these things, and I think it's quite on the cards that we may have drugs which will profoundly change our mental states without doing us any harm.

I mean, this is the...the pharmacological revolution which is taking place, that we have now powerful mind-changing drugs which physiologically speaking are almost costless. I mean they are not like opium or like coca...cocaine, which do change the state of mind but leave terrible results physiologically and morally. 

WALLACE: Mr. Huxley, in your new essays you state that these various "Enemies of Freedom" are pushing us to a real-life "Brave New World," and you say that it's awaiting us just around the corner. First of all, can you detail for us, what life in this Brave New World would you fear so much, or what life might be like? 

HUXLEY: Well, to start with, I think this kind of dictatorship of the future, I think will be very unlike the dictatorships which we've been familiar with in the immediate past. I mean, take another book prophesying the future, which was a very remarkable book, George Orwell's "1984." 

Well, this book was written at the height of the Stalinist regime, and just after the Hitler regime, and there he foresaw a dictatorship using entirely the methods of terror, the methods of physical violence. Now, I think what is going to happen in the future is that dictators will find, as the old saying goes, that you can do everything with bayonets except sit on them!

WALLACE: (LAUGHS) 

HUXLEY: But, if you want to preserve your power indefinitely, you have to get the consent of the ruled, and this they will do partly by drugs as I foresaw in "Brave New World," partly by these new techniques of propaganda. 

They will do it by bypassing the sort of rational side of man and appealing to his subconscious and his deeper emotions, and his physiology even, and so, making him actually love his slavery. 

I mean, I think, this is the danger that actually people may be, in some ways, happy under the new regime, but that they will be happy in situations where they oughtn't to be happy.

WALLACE: Well, let me ask you this. You're talking about a world that could take place within the confines of a totalitarian state. Let's become more immediate, more urgent about it. We believe, anyway, that we live in democracy here in the United States. Do you believe that this Brave New World that you talk about, er...could, let's say in the next quarter century, the next century, could come here to our shores? 

HUXLEY: I think it could. I mean, er...that's why I feel it so extremely important here and now, to start thinking about these problems. Not to let ourselves be taken by surprise by the...the new advances in technology. I mean the...for example, in the regard to the use of the...of the drugs. 

We know, there is enough evidence now for us to be able, on the basis of this evidence and using certain amount of creative imagination, to foresee the kind of uses which could be made by people of bad will with these things and to attempt to forestall this, and in the same way, 

I think with these other methods of propaganda we can foresee and we can do a good deal to forestall. I mean, after all, the price of freedom is eternal vigilance. 

WALLACE: You write in Enemies of Freedom, you write specifically about the United States. You say this, writing about American political campaigns you say, "All that is needed is money and a candidate who can be coached to look sincere; political principles and plans for specific action have come to lose most of their importance. The personality of the candidate, the way he is projected by the advertising experts, are the things that really matter." 

HUXLEY: Well, this is the...during the last campaign, there was a great deal of this kind of statement by the advertising managers of the campaign parties. This idea that the candidates had to be merchandised as though they were soap and toothpaste and that you had to depend entirely on the personality. 

I mean, personality is important, but there are certainly people with an extremely amiable personality, particularly on TV, who might not necessarily be very good in political...positions of political trust. 

WALLACE: Well, do you feel that men like Eisenhower, Stevenson, Nixon, with knowledge aforethought were trying to pull the wool over the eyes of the American public? 

HUXLEY: No, but they were being advised by powerful advertising agencies who were making campaigns of a quite different kind from what had been made before. and I think we shall see probably, er...all kinds of new devices coming into the picture. I mean, for example, this thing which got a good deal of publicity last autumn, subliminal projection.

I mean, as it stands, this thing, I think is of no menace to us at the moment, but I was talking the other day to one of the people who has done most experimental work in the...psychological laboratory with this, was saying precisely this, that it is not at the moment a danger, but once you've established the principle that something works, you can be absolutely sure that the technology of it is going to improve steadily. 

And I mean his view of the subject was that, well, maybe they will use it up to some extent in the 1960 campaign, but they will probably use it a good deal and much more effectively in the 1964 campaign because this is the kind of rate at which technology advances. 

WALLACE: And we'll be persuaded to vote for a candidate that we do not know that we are being persuaded to vote for. 

HUXLEY: Exactly, I mean this is the rather alarming picture that you’re being persuaded below the level of choice and reason. 

WALLACE: In regard to advertising, which you mentioned just a little ago, in your writing, particularly in "Enemies of Freedom," you attack Madison Avenue, which controls most of our television and radio advertising, newspaper advertising and so forth. Why do you consistently attack the advertising agencies...

HUXLEY: Well, no I...I think that, er...advertisement plays a very necessary role, but the danger it seems to me in a democracy is this...I mean what does a democracy depend on? A democracy depends on the individual voter making an intelligent and rational choice for what he regards as his enlightened self-interest, in any given circumstance. 

But what these people are doing, I mean what both, for their particular purposes, for selling goods and the dictatorial propagandists are for doing, is to try to bypass the rational side of man and to appeal directly to these unconscious forces below the surfaces so that you are, in a way, making nonsense of the whole democratic procedure, which is based on conscious choice on rational ground.

WALLACE: Of course, well, maybe...I...you have just answered this next question because in your essay you write about television commercials, not just political commercials, but television commercials as such and how, as you put it, "Today's children walk around singing beer commercials and toothpaste commercials." And then you link this phenomenon in some way with the dangers of a dictatorship. Now, could you spell out the connection or, have...or do you feel you've done so sufficiently? 

HUXLEY: Well, I mean, here, this whole question of children, I think, is a terribly important one because children are quite clearly much more suggestible than the average grownup; and again, suppose that, er...that for one reason or another all the propaganda was in the hands of one or very few agencies, you would have an extraordinarily powerful force playing on these children, who after all are going to grow up and be adults quite soon. I do think that this is not an immediate threat, but it remains a possible threat, and...

WALLACE: You said something to the effect in your essay that the children of Europe used to be called 'cannon fodder' and here in the United States they are 'television and radio fodder.' 

HUXLEY: Well, after all, you can read in the trade journals the most lyrical accounts of how necessary it is, to get hold of the children because then they will be loyal brand buyers later on. But I mean, again you just translate this into political terms, the dictator says they all will be ideology buyers when they are grownup. 

WALLACE: We hear so much about brainwashing as used by the communists. Do you see any brainwashing other than that which we’ve just been talking about, that is used here in the United States, other forms of brainwashing? 

HUXLEY: Not in the form that has been used in China and in Russia because this is, essentially, the application of propaganda methods, the most violent kind to individuals; it is not a shotgun method, like the...the advertising method. It's a way of getting hold of the person and playing both on his physiology and his psychology until he really breaks down and then you can implant a new idea in his head. 

I mean the descriptions of the methods are really blood curdling when you read them, and not only methods applied to political prisoners but the methods applied, for example, to the training of the young communist administrators and missionaries. They receive an incredibly tough kind of training which may cause maybe twenty-five percent of them to break down or commit suicide, but produces seventy-five percent of completely one-pointed fanatics. 

WALLACE: The question, of course, that keeps coming back to my mind is this: obviously politics in themselves are not evil, television is not in itself evil, atomic energy is not evil, and yet you seem to fear that it will be used in an evil way. Why is it that the right people will not, in your estimation, use them? Why is it that the wrong people will use these various devices and for the wrong motives? 

HUXLEY: Well, I think one of the reasons is that these are all instruments for obtaining power, and obviously the passion for power is one of the most moving passions that exists in man; and after all, all democracies are based on the proposition that power is very dangerous and that it is extremely important not to let any one man or any one small group have too much power for too long a time. 

After all what are the British and American Constitution except devices for limiting power, and all these new devices are extremely efficient instruments for the imposition of power by small groups over larger masses. 

WALLACE: Well, you ask this question yourself in "Enemies of Freedom." I'll put your own question back to you. You ask this, "In an age of accelerating overpopulation, of accelerating overorganization, and ever more efficient means of mass communication, how can we preserve the integrity and reassert the value of the human individual?" You put the question, now here's your chance to answer it Mr. Huxley. 

HUXLEY: Well, this is obviously...first of all, it is a question of education. Er...I think it's terribly important to insist on individual values, I mean, what is a...there is a tendency as a...you probably read a book by Whyte, "The Organization Man", a very interesting, valuable book I think, where he speaks about the new type of group morality, group ethic, which speaks about the group as though the group were somehow more important than the individual. 

But this seems, as far as I'm concerned, to be in contradiction with what we know about the genetical makeup of human beings, that every human being is unique. And it is, of course, on this genetical basis that the whole idea of the value of freedom is based. 

And I think it's extremely important for us to stress this in all our educational life, and I would say it's also very important to teach people to be on their guard against the sort of verbal booby traps into which they are always being led, to analyze the kind of things that are said to them. 

Well, I think there is this whole educational side of...and I think there are many more things that one could do to strengthen people, and to make them more aware of what's being done. 

WALLACE: You're a prophet of decentralization?

HUXLEY: Well, the...yes...if it...it's feasible. It's one of the tragedies, it seems to me. I mean, many people have been talking about the importance of decentralization in order to give back to the voter a sense of direct power. I mean...the voter in an enormous electorate field is quite impotent, and his vote seems to count for nothing.

This is not true where the electorate is small, and where he is dealing with a...with a group which he can manage and understand...and if one can, as Jefferson after all suggested, break up the units, er...into smaller and smaller units and so, get a real, self-governing democracy. 

WALLACE: Well, that was all very well in Jefferson's day, but how can we revamp our economic system and decentralize, and at the same time meet militarily and economically the tough challenge of a country like Soviet Russia? 

HUXLEY: Well, I think the answer to that is that there are...it seems to me that you...that production, industrial production is of two kinds. I mean, there are some kinds of industrial production which obviously need the most tremendously high centralization, like the making of automobiles for example. 

But there are many other kinds where you could decentralize quite easily and probably quite economically, and that you would then have this kind of decentralized, like after all you begin to see it now, if you travel through the south, this decentralized textile industry which is springing up there. 

WALLACE: Mr. Huxley, let me ask you this, quite seriously, is freedom necessary? 

HUXLEY: As far as I am concerned it is. 

WALLACE: Why? Is it necessary for a productive society? 

HUXLEY: Yes, I should say it is. I mean, a genuinely productive society. I mean you could produce plenty of goods without much freedom, but I think the whole sort of creative life of man is ultimately impossible without a considerable measure of individual freedom, of initiative, creation, all these things which we value, and I think value properly, are impossible without a large measure of freedom. 

WALLACE: Well, Mr. Huxley, take a look again at the country which is in the stance of our opponent anyway, it would seem, anyway it would seem to be there, Soviet Russia. It is strong, and getting stronger, economically, militarily, at the same time it's developing its art forms pretty well, er...it seems not unnecessarily to squelch the creative urge among its people. And yet it is not a free society. 

HUXLEY: It's not a free society, but here is something very interesting that those members of the society, like the scientists, who are doing the creative work, are given far more freedom than anybody else. I mean, it is a privileged aristocratic society in which, provided they don't poke their noses into political affairs, these people are given a great deal of prestige, a considerable amount of freedom, and a lot money. 

I mean, this is a very interesting fact about the new Soviet regime, and I think what we are going to see is er...a people on the whole with very little freedom but with an oligarchy on top enjoying a considerable measure of freedom and a very high standard of living. 

WALLACE: And the people down below, the 'epsilons' down below...

HUXLEY: Enjoying very little. 

WALLACE: And you think that that kind of situation can long endure? 

HUXLEY: I think it can certainly endure much longer than the situation in which everybody is kept out; I mean, they can certainly get their technological and scientific results on such a basis. 

WALLACE: Well, the next time that I talk to you then, perhaps we should investigate further the possibility of the establishment of that kind of a society, where the drones work for the queen bees up above. 

HUXLEY: Well, but yes, but I must say, I still believe in democracy, if we can make the best of the creative activities of the people on top plus those of the people on the bottom, so much the better. 

WALLACE: Mr. Huxley, I surely thank you for spending this half hour with us, and I wish you God speed sir. 

HUXLEY: Thank you. 

WALLACE: Aldous Huxley finds himself these days in a peculiar and disturbing position: a quarter of a century after prophesying an authoritarian state in which people were reduced to cyphers, he can point at Soviet Russia and say, "I told you so!" The crucial question, as he sees it now, is whether the so-called Free World is shortly going to give Mr. Huxley the further dubious satisfaction of saying the same thing about us. 

Stay tuned for a preview of next weeks interview. Till then, Mike Wallace. Good night.

*  *  *  *  *  *  *


ALDOUS HUXLEY - ENTREVISTA - 18/05/1958.

86 ANOS ATRÁS EM 1932 ALDOUS HUXLEY PREVIU COMO A LIBERDADE GLOBAL MORRERIA

Aldous Huxley, crítico social e autor de "Admirável Mundo Novo", fala com Wallace sobre ameaças à liberdade nos Estados Unidos, superpopulação, burocracia, propaganda, drogas, publicidade e televisão.

WALLACE: Este é Aldous Huxley, um homem assombrado por uma visão do inferno na terra. Há 27 anos, um crítico social crítico, Huxley, escreveu Brave New World, um romance que previa que algum dia o mundo inteiro viveria sob uma terrível ditadura. Hoje o Sr. Huxley diz que seu mundo fictício de horror provavelmente está ao virar da esquina para todos nós. Nós vamos descobrir porque, em um momento.

(CRÉDITOS DE ABERTURA)

WALLACE: Boa noite, sou Mike Wallace. O convidado desta noite, Aldous Huxley, é um homem de letras, tão perturbador quanto distinto. Nascido na Inglaterra, agora residente da Califórnia, Huxley escreveu alguns dos romances mais elétricos e críticas sociais deste século.

Acabou de terminar uma série de ensaios chamada "Inimigos da Liberdade", em que descreve e define algumas das ameaças à nossa liberdade nos Estados Unidos; e o senhor Huxley, logo de cara, deixe-me perguntar-lhe isto: como você vê, quem e quais são os inimigos da liberdade aqui nos Estados Unidos?

HUXLEY: Bem, eu não acho que você pode dizer quem nos Estados Unidos, eu não acho que haja pessoas sinistras tentando deliberadamente roubar as pessoas de sua liberdade, mas eu penso, em primeiro lugar, que há uma número de forças impessoais que estão empurrando na direção de cada vez menos liberdade, e também penso que há uma série de dispositivos tecnológicos que qualquer um que deseje usar pode usar para acelerar esse processo de se afastar da liberdade, de impor controle.

WALLACE: Bem, quais são essas forças e esses dispositivos, Sr. Huxley?

HUXLEY: Eu devo dizer que existem duas forças impessoais principais, er ... a primeira delas não é extremamente importante nos Estados Unidos atualmente, embora muito importante em outros países. Essa é a força que, em termos gerais, pode ser chamada de superpopulação, a pressão crescente da população pressionando os recursos existentes.

WALLACE: Uh-huh.

HUXLEY: Uh ... isso, claro, é uma coisa extraordinária; algo está acontecendo, o que nunca aconteceu na história do mundo antes, quero dizer, vamos apenas tomar um simples fato de que entre a época do nascimento de Cristo e o pouso da Flor de Maio, a população da terra dobrou. Ele subiu de duzentos e cinquenta milhões para provavelmente quinhentos milhões. Hoje, a população da Terra está crescendo a uma taxa que dobrará em meio século.

WALLACE: Bem, por que a superpopulação deve diminuir nossas liberdades?

HUXLEY: Bem, de várias maneiras. Quero dizer, os especialistas da área, como Harrison Brown, por exemplo, apontaram que nos países subdesenvolvidos o padrão de vida está caindo. As pessoas têm menos para comer e menos bens per capita do que há cinquenta anos;

e como a posição destes países, a posição econômica, torna-se cada vez mais precária, obviamente o governo central tem que assumir mais e mais responsabilidade por manter o navio-estado em equilíbrio, e então é claro que você é provável para obter agitação social sob tais condições, com uma intervenção do governo central.

Então, eu acho que vemos aqui um padrão que parece estar empurrando fortemente para um regime totalitário. E infelizmente, como em todos esses países subdesenvolvidos, o único partido político altamente organizado é o Partido Comunista, parece que eles serão os herdeiros desse infeliz processo, que eles entrarão no poder ... na posição de poder.

WALLACE: Bem, então, ironicamente, uma das maiores forças contra o comunismo no mundo, a Igreja Católica, de acordo com sua tese, parece estar nos empurrando diretamente para as mãos dos comunistas, porque eles são contra o controle da natalidade.

HUXLEY: Bem, acho que esse estranho paradoxo provavelmente é verdade. Existe, er ..., é uma situação extraordinária na verdade. Quero dizer, é preciso olhar para isso, é claro, do ponto de vista biológico: toda a essência da vida biológica na Terra é uma questão de equilíbrio e o que fizemos foi praticar o controle da morte da maneira mais intensa sem equilibrando isso com controle de natalidade no outro extremo. Consequentemente, as taxas de natalidade permanecem tão altas quanto eram e as taxas de mortalidade caíram substancialmente. (COUGHS)


WALLACE: Tudo bem então, tanto, pelo menos por enquanto, por superpopulação. Outra força que está diminuindo nossas liberdades?

HUXLEY: Bem, outra força que eu acho que está operando muito fortemente neste país é a força do que pode ser chamado de superorganização. Er ... À medida que a tecnologia se torna mais e mais complicada, torna-se necessário ter organizações cada vez mais elaboradas, mais organizações hierárquicas e, incidentalmente, o avanço da tecnologia está sendo acompanhado por um avanço na ciência da organização.

Agora é possível fazer organizações em uma escala maior do que jamais foi possível antes, e para que você tenha mais e mais pessoas vivendo suas vidas como subordinados nesses sistemas hierárquicos controlados pela burocracia, ou as burocracias das grandes empresas ou as burocracias das empresas. grande governo.

WALLACE: Uh-huh. Uh-huh Agora, os dispositivos sobre os quais você estava falando, existem dispositivos específicos ou métodos de comunicação que diminuem nossas liberdades, além de superpopulação e superorganização?

HUXLEY: Bem, certamente existem dispositivos que podem ser usados ​​dessa maneira. Quero dizer, vamos ... depois de tudo, uma história muito recente e muito dolorosa é a propaganda usada por Hitler, que foi incrivelmente eficaz.

Quero dizer, quais foram os métodos de Hitler? Hitler usou o terror de um lado, a força bruta de um lado, mas ele também usou uma forma muito eficiente de propaganda, que er ... ele estava usando todos os dispositivos modernos naquela época. Ele não tinha televisão, mas tinha o rádio que usava em toda a sua extensão e conseguia impor sua vontade a uma imensa massa de pessoas. Quero dizer, os alemães eram um povo altamente educado.

WALLACE: Bem, estamos cientes de tudo isso, mas como podemos igualar o uso de propaganda de Hitler com a maneira como essa propaganda, se você quiser, é usada, digamos, aqui nos Estados Unidos. Você está sugerindo que há um paralelo?

HUXLEY: Escusado será dizer que não está sendo usado dessa maneira agora, mas, er ... o ponto é, parece-me, que existem métodos atualmente disponíveis, métodos superiores em alguns aspectos ao método de Hitler, que poderiam ser usados em uma situação ruim. Quero dizer, o que eu sinto fortemente é que não devemos ser pegos de surpresa por nossa própria tecnologia avançada.

Isso aconteceu de novo e de novo na história com o avanço da tecnologia e isso muda a condição social, e de repente as pessoas se encontram em uma situação que não previam e faziam todo tipo de coisas que realmente não queriam fazer.

WALLACE: E bem, o que ... o que você quer dizer? Você quer dizer que nós desenvolvemos nossa televisão, mas não sabemos como usá-la corretamente, é esse o ponto que você está fazendo?

HUXLEY: Bem, no momento a televisão, creio eu, está sendo usada de maneira bastante inofensiva; está sendo usado, eu acho, eu sinto, está sendo usado demais para distrair todo mundo o tempo todo. Mas, quero dizer, imagine qual deve ser a situação em todos os países comunistas onde a televisão, onde ela existe, está sempre dizendo as mesmas coisas o tempo todo; está sempre dirigindo.

Não está criando uma ampla frente de distração, está criando um foco único, er ... tocando em uma única ideia, o tempo todo. É obviamente um instrumento imensamente poderoso.

WALLACE: Uh-huh. Então você está falando sobre o potencial uso indevido do instrumento.

HUXLEY: Exatamente. Temos, é claro, que toda tecnologia é em si mesma moral e neutra. Estes são apenas poderes que podem ser usados ​​bem ou mal; é a mesma coisa com a energia atômica, podemos usá-la para nos explodir ou podemos usá-la como um substituto para o carvão e o óleo que estão se esgotando.

WALLACE: Você até escreveu sobre o uso de drogas sob essa luz.

HUXLEY: Bem, este é um assunto muito interessante. Quer dizer, neste livro que você mencionou, este livro meu, "Admirável Mundo Novo", er ... Eu o postulei como uma substância chamada "soma", que era uma droga muito versátil. Isso faria com que as pessoas se sentissem felizes em pequenas doses, isso faria com que visse em doses médias, e as mandaria dormir em grandes doses.

Bem, eu não acho que tal droga existe agora, nem acho que existirá. Mas nós temos drogas que farão algumas dessas coisas, e eu acho que é bastante provável que nós possamos ter drogas que mudem profundamente nossos estados mentais sem nos fazer nenhum mal.

Quero dizer, esta é a ... revolução farmacológica que está ocorrendo, que agora temos drogas poderosas que mudam a mente e que fisiologicamente falando são quase sem custo. Quero dizer, eles não são como ópio ou cocaína ... cocaína, que mudam o estado de espírito, mas deixam resultados terríveis fisiológica e moralmente.


WALLACE: Sr. Huxley, em seus novos ensaios, você afirma que esses vários "Inimigos da Liberdade" estão nos empurrando para um "Admirável Mundo Novo" da vida real, e você diz que está nos esperando ao virar da esquina. Primeiro de tudo, você pode detalhar para nós, que vida neste Admirável Mundo Novo vocês temeriam tanto ou como seria a vida?

WALLACE: Sr. Huxley, em seus novos ensaios, você afirma que esses vários "Inimigos da Liberdade" estão nos empurrando para um "Admirável Mundo Novo" da vida real, e você diz que está nos esperando ao virar da esquina. Primeiro de tudo, você pode detalhar para nós, que vida neste Admirável Mundo Novo vocês temeriam tanto ou como seria a vida?

HUXLEY: Bem, para começar, acho que esse tipo de ditadura do futuro, acho que será muito diferente das ditaduras com as quais estamos familiarizados no passado imediato. Quero dizer, pegue outro livro profetizando o futuro, que foi um livro muito notável, "1984", de George Orwell.

Bem, este livro foi escrito no auge do regime stalinista, e logo após o regime de Hitler, e lá ele previu uma ditadura usando inteiramente os métodos do terror, os métodos da violência física. Agora, acho que o que vai acontecer no futuro é que os ditadores descobrirão, como diz o velho ditado, que você pode fazer tudo com baionetas, exceto sentar-se neles!

WALLACE: (Risos)

HUXLEY: Mas, se você quiser preservar seu poder indefinidamente, precisa obter o consentimento dos governados, e isso eles farão em parte com drogas, como previ em "Admirável Mundo Novo", em parte por essas novas técnicas de propaganda.

Eles farão isso ignorando o tipo de lado racional do homem e apelando para seu subconsciente e suas emoções mais profundas, e sua fisiologia até mesmo, e assim, fazendo-o realmente amar sua escravidão.

Quer dizer, eu acho que esse é o perigo que as pessoas podem ser, de certa forma, felizes sob o novo regime, mas que elas serão felizes em situações onde elas não deveriam ser felizes.

WALLACE: Bem, deixe-me perguntar isso. Você está falando de um mundo que poderia acontecer dentro dos limites de um estado totalitário. Vamos nos tornar mais imediatos, mais urgentes sobre isso. Acreditamos, de qualquer forma, que vivemos em democracia aqui nos Estados Unidos. Você acredita que este Admirável Mundo Novo de que você fala, er ... poderia, digamos, no próximo quarto de século, no próximo século, poderia vir aqui para nossas praias?

HUXLEY: Eu acho que poderia. Quero dizer, er ... é por isso que eu sinto tão extremamente importante aqui e agora, para começar a pensar sobre esses problemas. Não nos deixarmos apanhar de surpresa pelos ... novos avanços da tecnologia. Quero dizer o ... por exemplo, no que diz respeito ao uso do ... das drogas.

Sabemos que há provas suficientes para podermos, com base nessas evidências e usar certa quantidade de imaginação criativa, prever o tipo de usos que poderiam ser feitos por pessoas de má vontade com essas coisas e tentar evitar isso e, da mesma forma,

Eu penso com esses outros métodos de propaganda que podemos prever e podemos fazer um bom negócio para prevenir. Quero dizer, afinal, o preço da liberdade é a eterna vigilância.

WALLACE: Você escreve em Inimigos da Liberdade, você escreve especificamente sobre os Estados Unidos. Você diz isso, escrevendo sobre campanhas políticas americanas que você diz: "Tudo que é necessário é dinheiro e um candidato que pode ser treinado para parecer sincero; princípios políticos e planos para ações específicas perderam a maior parte de sua importância. A personalidade do candidato, a maneira como ele é projetado pelos especialistas em publicidade, são as coisas que realmente importam ".

HUXLEY: Bem, esta é a ... durante a última campanha, houve uma grande quantidade desse tipo de declaração pelos gerentes de propaganda das festas de campanha. Essa ideia de que os candidatos tinham de ser comercializados como se fossem sabão e pasta de dentes e que você dependesse inteiramente da personalidade.

Quero dizer, a personalidade é importante, mas certamente há pessoas com uma personalidade extremamente amável, particularmente na TV, que podem não necessariamente ser muito boas em posições políticas de confiança política.

WALLACE: Bem, você acha que homens como Eisenhower, Stevenson, Nixon, com conhecimentos prévios, estavam tentando puxar a lã sobre os olhos do público americano?

HUXLEY: Não, mas eles estavam sendo aconselhados por poderosas agências de propaganda que estavam fazendo campanhas de um tipo bem diferente do que havia sido feito antes. e acho que veremos provavelmente, er ... todos os tipos de novos dispositivos entrando em cena. Quero dizer, por exemplo, essa coisa que teve uma boa dose de publicidade no outono passado, projeção subliminar.

Quero dizer, do jeito que está, essa coisa, acho que não é uma ameaça para nós no momento, mas eu estava conversando outro dia com uma das pessoas que fez mais trabalhos experimentais no ... laboratório psicológico com isso, Estava dizendo exatamente isso, que não é no momento um perigo, mas uma vez que você tenha estabelecido o princípio de que algo funciona, você pode estar absolutamente certo de que a tecnologia dele vai melhorar constantemente.

E eu quero dizer que a visão dele sobre o assunto foi que, bem, talvez eles o usem até certo ponto na campanha de 1960, mas eles provavelmente o usarão bastante e muito mais efetivamente na campanha de 1964, porque esse é o tipo de taxa em que a tecnologia avança.

WALLACE: E seremos persuadidos a votar em um candidato que não sabemos que estamos sendo convencidos a votar.

HUXLEY: Exatamente, quero dizer que esta é a imagem alarmante de que você está sendo persuadido abaixo do nível de escolha e razão.

WALLACE: Em relação à propaganda, que você mencionou há pouco tempo, em seu texto, particularmente em "Inimigos da Liberdade", você ataca a Madison Avenue, que controla a maioria de nossos anúncios de rádio e televisão, publicidade de jornais e assim por diante. Por que você sempre ataca as agências de publicidade ...

HUXLEY: Bem, não eu ... eu acho que, er ... o anúncio desempenha um papel muito necessário, mas o perigo que me parece numa democracia é isso ... eu quero dizer do que depende uma democracia? Uma democracia depende de o eleitor individual fazer uma escolha inteligente e racional pelo que ele considera como seu interesse próprio esclarecido, em qualquer circunstância dada.

Mas o que essas pessoas estão fazendo, quero dizer, o que ambos, para seus propósitos específicos, para vender bens e os propagandistas ditatoriais são para fazer, é tentar contornar o lado racional do homem e apelar diretamente a essas forças inconscientes abaixo das superfícies, que você está, de certa forma, fazendo bobagem de todo o procedimento democrático, que é baseado na escolha consciente em bases racionais.

WALLACE: Claro, bem, talvez ... eu ... você acabou de responder a esta próxima pergunta porque no seu ensaio você escreve sobre comerciais de televisão, não apenas comerciais políticos, mas comerciais de televisão como tais e como, como você diz, "As crianças de hoje andam por aí cantando comerciais de cerveja e comerciais de pasta de dentes." E então você liga esse fenômeno de alguma forma com os perigos de uma ditadura. Agora, você poderia soletrar a conexão ou, ter ... ou você sente que fez o suficiente?

HUXLEY: Bem, quero dizer, aqui, toda essa questão de crianças, eu acho, é muito importante porque as crianças são claramente muito mais sugestionáveis ​​do que o adulto médio; e novamente, suponha que, er ... que por uma razão ou outra toda a propaganda estivesse nas mãos de uma ou de muito poucas agências, você teria uma força extraordinariamente poderosa brincando com essas crianças, que afinal vão crescer e ser adultos muito em breve. Eu acho que isso não é uma ameaça imediata, mas continua a ser uma ameaça possível, e ...

WALLACE: Você disse algo em seu ensaio que as crianças da Europa costumavam ser chamadas de "bucha de canhão" e aqui nos Estados Unidos elas são "ração para televisão e rádio".

HUXLEY: Bem, afinal, você pode ler nos jornais sobre as contas mais líricas de como é necessário, para se apossar das crianças, porque elas serão compradores leais da marca mais tarde. Mas quero dizer, mais uma vez você traduz isso apenas em termos políticos, o ditador diz que todos eles serão compradores de ideologia quando forem adultos.

WALLACE: Ouvimos muito sobre lavagem cerebral usada pelos comunistas. Você vê alguma lavagem cerebral diferente da que acabamos de falar, que é usada aqui nos Estados Unidos, outras formas de lavagem cerebral?

HUXLEY: Não na forma que tem sido usada na China e na Rússia, porque isso é, essencialmente, a aplicação de métodos de propaganda, o tipo mais violento para os indivíduos; não é um método de espingarda, como o método de publicidade. É uma maneira de se apossar da pessoa e jogar tanto em sua fisiologia e sua psicologia, até que ele realmente se rompe e, em seguida, você pode implantar uma nova idéia em sua cabeça.

Quero dizer, as descrições dos métodos são realmente horripilantes quando você os lê, e não apenas métodos aplicados a presos políticos, mas os métodos aplicados, por exemplo, à formação dos jovens administradores e missionários comunistas. Eles recebem um tipo incrivelmente difícil de treinamento, o que pode fazer com que talvez vinte e cinco por cento deles acabem ou cometerem suicídio, mas produz setenta e cinco por cento de fanáticos completamente unidirecionais.

WALLACE: A questão, é claro, que continua voltando à minha mente é a seguinte: obviamente a política em si não é má, a televisão não é em si má, a energia atômica não é má e você parece temer que ela seja usada de um jeito malvado. Por que as pessoas certas não irão, em sua opinião, usá-las? Por que as pessoas erradas usarão esses vários dispositivos e pelos motivos errados?

HUXLEY: Bem, acho que uma das razões é que estes são todos instrumentos para obter poder, e obviamente a paixão pelo poder é uma das paixões mais comoventes que existe no homem; Afinal de contas, todas as democracias baseiam-se na proposição de que o poder é muito perigoso e que é extremamente importante não permitir que um homem ou um pequeno grupo tenha muito poder por tempo demais.

Afinal de contas, o que são as constituições britânicas e americanas, exceto dispositivos para limitar o poder, e todos esses novos dispositivos são instrumentos extremamente eficientes para a imposição de poder por pequenos grupos sobre massas maiores.

WALLACE: Bem, você mesmo faz essa pergunta em "Inimigos da Liberdade". Vou colocar sua própria pergunta de volta para você. Você pergunta isso: "Em uma era de acelerada superpopulação, de aceleração da superorganização e de meios cada vez mais eficientes de comunicação de massa, como podemos preservar a integridade e reafirmar o valor do indivíduo humano?" Você coloca a questão, agora aqui está sua chance de responder isso Sr. Huxley.

HUXLEY: Bem, isso é obviamente ... em primeiro lugar, é uma questão de educação. Er ... Eu acho que é muito importante insistir em valores individuais, quero dizer, o que é um ... há uma tendência como um ... você provavelmente leu um livro de Whyte, "The Organization Man", um muito interessante , livro valioso eu acho, onde ele fala sobre o novo tipo de moralidade de grupo, grupo de ética, que fala sobre o grupo como se o grupo fosse de alguma forma mais importante do que o indivíduo.

Mas isso parece, no meu entender, estar em contradição com o que sabemos sobre a constituição genética dos seres humanos, que todo ser humano é único. E é, naturalmente, nessa base genética que toda a idéia do valor da liberdade é baseada.

E eu acho que é extremamente importante enfatizar isso em toda a nossa vida educacional, e eu diria que também é muito importante ensinar as pessoas a ficarem de guarda contra o tipo de armadilhas verbais nas quais elas sempre estão sendo conduzidas, para analisar o tipo de coisas que são ditas para eles.

Bem, eu acho que há todo esse lado educacional de ... e eu acho que há muitas outras coisas que alguém poderia fazer para fortalecer as pessoas e torná-las mais conscientes do que está sendo feito.

WALLACE: Você é um profeta da descentralização?

HUXLEY: Bem, o ... sim ... se é ... é viável. É uma das tragédias, parece-me. Quero dizer, muitas pessoas têm falado sobre a importância da descentralização para devolver ao eleitor uma sensação de poder direto. Quero dizer ... o eleitor num enorme campo de eleitorado é bastante impotente, e o seu voto parece não valer nada.

Isto não é verdade onde o eleitorado é pequeno, e onde ele está lidando com um ... com um grupo que ele pode administrar e entender ... e se alguém puder, como Jefferson sugeriu, romper as unidades, er. .. em unidades menores e menores e, assim, obter uma democracia real, auto-governo.

WALLACE: Bem, tudo isso foi muito bem na época de Jefferson, mas como podemos reformar nosso sistema econômico e descentralizar e, ao mesmo tempo, enfrentar militarmente e economicamente o difícil desafio de um país como a Rússia Soviética?

HUXLEY: Bem, acho que a resposta para isso é que há ... parece-me que você ... essa produção industrial é de dois tipos. Quero dizer, existem alguns tipos de produção industrial que obviamente precisam da centralização mais alta, como a fabricação de automóveis, por exemplo.

Mas há muitos outros tipos em que você poderia descentralizar facilmente e provavelmente economicamente, e então você teria esse tipo de descentralização, como é, afinal você começa a enxergar agora, se você viajar pelo sul, essa indústria têxtil descentralizada que está surgindo lá.

WALLACE: Sr. Huxley, deixe-me perguntar-lhe isto, muito a sério, a liberdade é necessária?

HUXLEY: Tanto quanto eu estou preocupado, é.

WALLACE: Por quê? É necessário para uma sociedade produtiva?

HUXLEY: Sim, devo dizer que é. Quero dizer, uma sociedade genuinamente produtiva. Quero dizer, você poderia produzir muitos bens sem muita liberdade, mas eu acho que todo o tipo de vida criativa do homem é impossível sem uma considerável medida de liberdade individual, de iniciativa, criação, todas essas coisas que nós valorizamos, e eu acho que valorizam corretamente, são impossíveis sem uma grande medida de liberdade.

WALLACE: Bem, Sr. Huxley, dê uma olhada novamente no país que está na posição de nosso oponente de qualquer maneira, parece que, de qualquer maneira, parece estar lá, a Rússia Soviética. É forte, e está ficando mais forte, economicamente, militarmente, ao mesmo tempo em que desenvolve suas formas de arte muito bem, er ... não parece desnecessariamente sufocar o impulso criativo entre seu povo. E, no entanto, não é uma sociedade livre.

HUXLEY: Não é uma sociedade livre, mas aqui está algo muito interessante que aqueles membros da sociedade, como os cientistas, que estão fazendo o trabalho criativo, recebem muito mais liberdade do que qualquer outra pessoa. Quero dizer, é uma sociedade aristocrática privilegiada na qual, desde que não interfiram com assuntos políticos, essas pessoas recebem muito prestígio, uma quantidade considerável de liberdade e muito dinheiro.

Quero dizer, este é um fato muito interessante sobre o novo regime soviético, e acho que o que vamos ver é er ... um povo em geral com muito pouca liberdade, mas com uma oligarquia no topo desfrutando de uma medida considerável de liberdade e um alto padrão de vida.

WALLACE: E as pessoas lá embaixo, os 'epsilons' embaixo ...

HUXLEY: Apreciando muito pouco.

WALLACE: E você acha que esse tipo de situação pode durar por muito tempo?

HUXLEY: Eu acho que isso pode durar muito mais do que a situação em que todo mundo fica de fora; Quero dizer, eles certamente podem obter seus resultados tecnológicos e científicos em tal base.

WALLACE: Bem, da próxima vez que eu falar com você, talvez devêssemos investigar mais a possibilidade do estabelecimento desse tipo de sociedade, onde os drones trabalham para as abelhas-rainha lá em cima.

HUXLEY: Bem, mas sim, mas devo dizer, eu ainda acredito na democracia, se podemos fazer o melhor das atividades criativas das pessoas no topo, mais as das pessoas no fundo, tanto melhor.

WALLACE: Sr. Huxley, eu certamente agradeço por passar essa meia hora conosco, e desejo que Deus acelere senhor.

HUXLEY: Obrigado.

WALLACE: Aldous Huxley se encontra hoje em uma posição peculiar e perturbadora: um quarto de século depois de profetizar um estado autoritário em que as pessoas eram reduzidas a cifras, ele pode apontar para a Rússia soviética e dizer: "Eu avisei!" A questão crucial, como ele vê agora, é se o assim chamado Mundo Livre vai em breve dar ao Sr. Huxley a ainda mais dúbia satisfação de dizer a mesma coisa sobre nós.

Fique ligado para uma prévia da entrevista da próxima semana. Até então, Mike Wallace. Boa noite.

*  *  *  *  *  *  *


ALDOUS HUXLEY - ENTREVISTA - 18/05/1958.

HACE 86 AÑOS EN 1932 ALDOUS HUXLEY PREDICE CÓMO MORIRÍA LA LIBERTAD GLOBAL

Aldous Huxley, crítico social y autor de "Brave New World", habla con Wallace sobre amenazas a la libertad en los Estados Unidos, sobrepoblación, burocracia, propaganda, drogas, publicidad y televisión.

WALLACE: Este es Aldous Huxley, un hombre perseguido por una visión del infierno en la tierra. Un crítico social abrasador, el Sr. Huxley hace 27 años, escribió Brave New World, una novela que predijo que algún día el mundo entero viviría bajo una temible dictadura. Hoy el Sr. Huxley dice que su mundo ficticio de terror probablemente esté a la vuelta de la esquina para todos nosotros. Descubriremos por qué, en un momento.

(ABRIENDO CRÉDITOS)

WALLACE: Buenas noches, soy Mike Wallace. El invitado de esta noche, Aldous Huxley, es un hombre de letras, tan perturbador como se lo distingue. Nacido en Inglaterra, ahora residente de California, el Sr. Huxley ha escrito algunas de las novelas más eléctricas y críticas sociales de este siglo.

Acaba de terminar una serie de ensayos llamados "Enemigos de la libertad", en los que describe y define algunas de las amenazas a nuestra libertad en los Estados Unidos; y Sr. Huxley, a la derecha del bate, permítame preguntarle esto: tal como lo ve, ¿quién y cuáles son los enemigos de la libertad aquí en los Estados Unidos?

HUXLEY: Bueno, no creo que puedas decir quién en los Estados Unidos, no creo que haya personas siniestras que deliberadamente intenten privar a la gente de su libertad, pero creo, primero que nada, que hay una número de fuerzas impersonales que están empujando en la dirección de cada vez menos libertad, y también creo que hay una serie de dispositivos tecnológicos que cualquier persona que desee utilizar puede usar para acelerar este proceso de alejarse de la libertad, de imponer el control.

WALLACE: Bueno, ¿cuáles son estas fuerzas y estos dispositivos, Sr. Huxley?

HUXLEY: Debo decir que hay dos fuerzas impersonales principales, er ... la primera de ellas no es extremadamente importante en los Estados Unidos en este momento, aunque es muy importante en otros países. Esta es la fuerza que, en términos generales, se puede llamar superpoblación, la creciente presión de la población presionando sobre los recursos existentes.

WALLACE: Uh-huh.

HUXLEY: Uh ... esto, por supuesto, es algo extraordinario; está sucediendo algo que nunca antes ha sucedido en la historia del mundo, quiero decir, tomemos el hecho simple de que entre el momento del nacimiento de Cristo y el desembarco de la Flor de Mayo, la población de la tierra se duplicó. Pasó de doscientos cincuenta millones a probablemente quinientos millones. Hoy, la población de la tierra está aumentando a un ritmo tal que se duplicará en medio siglo.

WALLACE: Bueno, ¿por qué la superpoblación debería disminuir nuestras libertades?

HUXLEY: Bueno, de varias maneras. Quiero decir, los expertos en el campo como Harrison Brown, por ejemplo, señalaron que en los países subdesarrollados, en realidad, el nivel de vida actualmente está disminuyendo. La gente tiene menos para comer y menos bienes per cápita que hace cincuenta años;

y a medida que la posición de estos países, la posición económica, se vuelve cada vez más precaria, obviamente el gobierno central tiene que hacerse cargo de más y más responsabilidades para mantener al barco de estado en equilibrio, y entonces, por supuesto, es probable que para obtener disturbios sociales en tales condiciones, con una intervención del gobierno central.

Entonces, creo que uno ve aquí un patrón que parece estar presionando fuertemente hacia un régimen totalitario. Y desafortunadamente, como en todos estos países subdesarrollados, el único partido político altamente organizado es el Partido Comunista, parece más bien que ellos serán los herederos de este desafortunado proceso, que entrarán en el poder ... la posición de poder.

WALLACE: Bueno, entonces, irónicamente, una de las mayores fuerzas contra el comunismo en el mundo, la Iglesia Católica, de acuerdo con su tesis, parece estar empujándonos directamente a las manos de los comunistas porque están en contra del control de la natalidad.

HUXLEY: Bueno, creo que esta extraña paradoja probablemente sea cierta. Hay, eh ..., es una situación extraordinaria en realidad. Quiero decir, uno tiene que mirarlo, por supuesto, desde un punto de vista biológico: la esencia entera de la vida biológica en la tierra es una cuestión de equilibrio y lo que hemos hecho es practicar el control de la muerte de la manera más intensa sin equilibrando esto con un método anticonceptivo en el otro extremo. En consecuencia, las tasas de natalidad siguen siendo tan altas como lo fueron y las tasas de mortalidad han disminuido sustancialmente. (TOS)

WALLACE: Muy bien entonces, tanto, por el momento de todos modos, por la superpoblación. ¿Otra fuerza que está disminuyendo nuestras libertades?

HUXLEY: Bueno, otra fuerza que creo que está muy operativa en este país es la fuerza de lo que puede llamarse de sobreorganización. Er ... A medida que la tecnología se vuelve cada vez más complicada, se hace necesario tener organizaciones cada vez más elaboradas, más organizaciones jerárquicas y, de paso, el avance de la tecnología va acompañado de un avance en la ciencia de la organización.

Ahora es posible crear organizaciones a una escala mayor de lo que antes era posible, y para que tenga más y más personas viviendo sus vidas como subordinados en estos sistemas jerárquicos controlados por la burocracia, ya sea en las burocracias de las grandes empresas o las burocracias de gran gobierno

WALLACE: Uh-huh. UH Huh. Ahora, los dispositivos de los que hablaban, ¿hay dispositivos específicos o más ... métodos de comunicación que disminuyen nuestras libertades además de la superpoblación y la sobreorganización?

HUXLEY: Bueno, ciertamente hay dispositivos que se pueden usar de esta manera. Quiero decir, déjenos er ... llevar, después de todo, una parte de la historia muy reciente y muy dolorosa es la propaganda utilizada por Hitler, que fue increíblemente eficaz.

Quiero decir, ¿cuáles fueron los métodos de Hitler? Hitler utilizó el terror por un lado, la fuerza bruta, por un lado, pero también utilizó una forma muy eficiente de propaganda, que e ... él estaba usando todos los dispositivos modernos en ese momento. Él no tenía televisión, pero tenía la radio que usaba en la mayor medida posible, y fue capaz de imponer su voluntad a una inmensa masa de personas. Quiero decir, los alemanes eran personas muy educadas.

WALLACE: Bueno, somos conscientes de todo esto, pero ¿cómo igualamos el uso de propaganda de Hitler con la forma en que se usa la propaganda, si se quiere, digamos aquí en los Estados Unidos? ¿Estás sugiriendo que hay un paralelo?

HUXLEY: No hace falta decir que no se usa de esta manera ahora, pero, eh ... el punto es, me parece, que hay métodos actualmente disponibles, métodos superiores en algunos aspectos al método de Hitler, que podrían usarse en una mala situación Quiero decir, lo que siento con mucha fuerza es que no debemos ser sorprendidos por nuestra tecnología avanzada.

Esto ha sucedido una y otra vez en la historia con el avance de la tecnología y esto cambia la condición social, y de repente las personas se han encontrado en una situación que no habían previsto y haciendo todo tipo de cosas que realmente no querían hacer.

WALLACE: Y bueno, ¿qué ... qué quieres decir? ¿Quiere decir que desarrollamos nuestra televisión pero no sabemos cómo usarla correctamente, ese es el punto que está haciendo?

HUXLEY: Bueno, en el presente, la televisión, creo, está siendo utilizada de manera bastante inofensiva; está siendo usado, creo, sentiría, se usa demasiado para distraer a todo el mundo todo el tiempo. Pero, me refiero a imaginar cuál debe ser la situación en todos los países comunistas donde la televisión, donde existe, siempre dice las mismas cosas todo el tiempo; siempre está conduciendo.

No está creando un frente amplio de distracción, está creando un solo punto, e ... tocando una sola idea, todo el tiempo. Es obviamente un instrumento inmensamente poderoso.

WALLACE: Uh-huh. Entonces, estás hablando sobre el posible uso indebido del instrumento.

HUXLEY: Exactamente. Tenemos, por supuesto ... toda la tecnología es en sí misma moral y neutral. Estos son solo poderes que pueden ser usados ​​bien o mal; es lo mismo con la energía atómica, podemos usarla para volarnos o podemos usarla como sustituto del carbón y el petróleo que se están acabando.

WALLACE: Incluso ha escrito sobre el uso de drogas bajo esta luz.

HUXLEY: Bueno, este es un tema muy interesante. Quiero decir, en este libro que mencionaste, este libro mío, "Brave New World", eh ... Lo postulé como una sustancia llamada "soma", que era una droga muy versátil. Haría que las personas se sintieran felices en pequeñas dosis, les haría ver visiones en dosis medias, y los enviaría a dormir en grandes dosis.

Bueno, no creo que tal droga exista ahora, ni creo que alguna vez exista. Pero sí tenemos drogas que harán algunas de estas cosas, y creo que es bastante probable que podamos tener drogas que cambien profundamente nuestros estados mentales sin hacernos ningún daño.

Quiero decir, esta es la ... revolución farmacológica que está teniendo lugar, que ahora tenemos poderosas drogas que cambian la mente, que fisiológicamente hablando son casi gratuitas. Quiero decir que no son como el opio o como la coca ... la cocaína, que sí cambian el estado de ánimo pero dejan resultados terribles fisiológica y moralmente.

WALLACE: Sr. Huxley, en sus nuevos ensayos usted declara que estos diversos "Enemigos de la Libertad" nos están empujando a un "Nuevo Mundo Feliz" de la vida real, y usted dice que nos está esperando a la vuelta de la esquina. Antes que nada, ¿pueden detallarnos, qué clase de vida en este Mundo Feliz temería tanto, o cómo sería la vida?

HUXLEY: Bueno, para empezar, creo que este tipo de dictadura del futuro, creo que será muy diferente de las dictaduras con las que hemos estado familiarizados en el pasado inmediato. Quiero decir, tomar otro libro profetizando el futuro, que fue un libro muy notable, "1984." de George Orwell.

Bueno, este libro fue escrito en el apogeo del régimen estalinista, y justo después del régimen de Hitler, y allí previó una dictadura utilizando por completo los métodos del terror, los métodos de violencia física. Ahora, creo que lo que va a suceder en el futuro es que los dictadores encontrarán, como dice el viejo refrán, que puedes hacer todo con bayonetas, ¡excepto sentarte en ellas!

WALLACE: (RISAS)

HUXLEY: Pero, si quieres preservar tu poder indefinidamente, debes obtener el consentimiento de los gobernados, y esto lo harán en parte mediante drogas como lo previé en "Brave New World", en parte por estas nuevas técnicas de propaganda.

Lo harán evitando el tipo de lado racional del hombre y apelando a su subconsciente y sus emociones más profundas, y su fisiología incluso, y así, haciéndole amar su esclavitud.

Quiero decir, creo, este es el peligro de que la gente en realidad sea, de alguna manera, feliz con el nuevo régimen, pero que serán felices en situaciones en las que no deberían ser felices.

WALLACE: Bueno, déjame preguntarte esto. Estás hablando de un mundo que podría tener lugar dentro de los confines de un estado totalitario. Seamos más inmediatos, más urgentes al respecto. De todos modos, creemos que vivimos en democracia aquí en los Estados Unidos. ¿Crees que este Brave New World del que hablas, eh ... podría, digamos que en el próximo cuarto de siglo, el próximo siglo, podría venir aquí a nuestras costas?

HUXLEY: Creo que podría. Quiero decir, eh ... es por eso que lo siento tan importante aquí y ahora, para empezar a pensar sobre estos problemas. No dejarnos sorprender por ... los nuevos avances en tecnología. Me refiero a ... por ejemplo, en lo que respecta al uso de ... de las drogas.

Sabemos que ahora hay suficiente evidencia para que podamos, sobre la base de esta evidencia y el uso de cierta cantidad de imaginación creativa, prever el tipo de usos que podrían hacer las personas de mala voluntad con estas cosas y para intentar prevenir esto, y de la misma manera,

Creo que con estos otros métodos de propaganda podemos prever y podemos hacer un buen trato para anticiparnos. Quiero decir, después de todo, el precio de la libertad es la vigilancia eterna.

WALLACE: Usted escribe en Enemies of Freedom, usted escribe específicamente sobre los Estados Unidos. Usted dice esto, al escribir sobre campañas políticas estadounidenses, dice: "Todo lo que se necesita es dinero y un candidato al que se pueda capacitar para que parezca sincero: los principios políticos y los planes para una acción específica han llegado a perder la mayor parte de su importancia. candidato, la forma en que es proyectado por los expertos en publicidad, son las cosas que realmente importan ".

HUXLEY: Bueno, este es el ... durante la última campaña, hubo una gran cantidad de este tipo de declaraciones por parte de los gerentes de publicidad de las fiestas de la campaña. Esta idea de que los candidatos tenían que ser comercializados como si fueran jabón y pasta de dientes y que tuvieras que depender completamente de la personalidad.

Quiero decir, la personalidad es importante, pero ciertamente hay personas con una personalidad extremadamente amable, particularmente en la televisión, que no necesariamente son muy buenos en posiciones políticas ... de confianza política.

WALLACE: ¿Sientes que hombres como Eisenhower, Stevenson, Nixon, con el conocimiento premeditado estaban tratando de pasarle la cara al público estadounidense?

HUXLEY: No, pero estaban siendo asesorados por poderosas agencias de publicidad que estaban haciendo campañas de un tipo bastante diferente de lo que se había hecho antes. y creo que ya veremos, eh ... todo tipo de dispositivos nuevos entrando en escena. Quiero decir, por ejemplo, esto que recibió mucha publicidad el otoño pasado, proyección subliminal.

Quiero decir, tal como está, esta cosa, creo que no es una amenaza para nosotros en este momento, pero estuve hablando el otro día con una de las personas que ha hecho más trabajo experimental en el ... laboratorio psicológico con esto, estaba diciendo precisamente esto, que en este momento no es un peligro, pero una vez que haya establecido el principio de que algo funciona, puede estar absolutamente seguro de que la tecnología va a mejorar de manera constante.

Y me refiero a que su opinión sobre el tema fue que, bueno, tal vez lo usarán hasta cierto punto en la campaña de 1960, pero probablemente lo usarán mucho y mucho más efectivamente en la campaña de 1964 porque este es el tipo de velocidad a la que avanza la tecnología.

WALLACE: Y seremos persuadidos de votar por un candidato que no sabemos por lo que se nos persuade para que votemos.

HUXLEY: Exacto, me refiero a que esta es la imagen más bien alarmante de que te persuaden por debajo del nivel de elección y razón.

WALLACE: Con respecto a la publicidad, que mencionó hace un momento, en sus escritos, particularmente en "Enemigos de la libertad", ataca Madison Avenue, que controla la mayor parte de nuestra publicidad televisiva y radial, publicidad en los periódicos, etc. ¿Por qué atacas constantemente a las agencias de publicidad ...

HUXLEY: Bueno, no ... creo que, eh ... la publicidad juega un papel muy necesario, pero el peligro que me parece en una democracia es este ... quiero decir, ¿de qué depende una democracia? Una democracia depende de que el votante individual haga una elección inteligente y racional de lo que considera como su propio interés ilustrado, en cualquier circunstancia dada.

Pero lo que estas personas están haciendo, quiero decir lo que ambos, para sus propósitos particulares, para vender bienes y los propagandistas dictatoriales son para hacer, es tratar de eludir el lado racional del hombre y apelar directamente a estas fuerzas inconscientes debajo de las superficies que eres, en cierto modo, una tontería de todo el procedimiento democrático, que se basa en la elección consciente en un terreno racional.

WALLACE: Por supuesto, bueno, tal vez ... Yo ... acabas de responder a la siguiente pregunta porque en tu ensayo escribes sobre comerciales de televisión, no solo comerciales políticos, sino comerciales de televisión y cómo, como tú dices, "Los niños de hoy caminan cantando anuncios de cervezas y pasta de dientes". Y luego vincula este fenómeno de alguna manera con los peligros de una dictadura. Ahora, ¿podría deletrear la conexión o, tener ... o siente que lo ha hecho lo suficiente?

HUXLEY: Bueno, quiero decir, aquí, toda esta cuestión de los niños, creo, es terriblemente importante porque los niños son claramente mucho más sugestionables que el adulto medio; y nuevamente, supongamos que, eh ... que por una u otra razón toda la propaganda estaba en manos de una o muy pocas agencias, tendrían una fuerza extraordinariamente poderosa jugando con estos niños, quienes después de todo van a crecer y se adultos bastante pronto. Creo que esto no es una amenaza inmediata, pero sigue siendo una posible amenaza, y ...

WALLACE: Usted dijo algo al efecto en su ensayo que los niños de Europa solían llamarse 'carne de cañón' y aquí en los Estados Unidos son 'alimento para radio y televisión'.

HUXLEY: Bueno, después de todo, puedes leer en las revistas especializadas las narraciones más líricas de lo necesario que es, para atrapar a los niños porque luego serán compradores leales de la marca más adelante. Pero quiero decir, una vez más, simplemente traducen esto en términos políticos, el dictador dice que todos serán compradores de ideología cuando sean adultos.

WALLACE: Escuchamos mucho sobre el lavado de cerebro como lo usan los comunistas. ¿Ve algún lavado de cerebro que no sea el que acabamos de mencionar, que se usa aquí en los Estados Unidos, otras formas de lavado de cerebro?

HUXLEY: No en la forma que se ha usado en China y en Rusia porque esto es, esencialmente, la aplicación de métodos de propaganda, el tipo más violento para las personas; no es un método de escopeta, como el ... el método de publicidad. Es una forma de apoderarse de la persona y jugar tanto en su fisiología como en su psicología hasta que realmente se descompone y luego puede implantar una nueva idea en su cabeza.

Me refiero a que las descripciones de los métodos son realmente espeluznantes cuando las lees, y no solo los métodos aplicados a los prisioneros políticos, sino también los métodos aplicados, por ejemplo, al entrenamiento de los jóvenes administradores y misioneros comunistas. Reciben un tipo de entrenamiento increíblemente duro que puede provocar que el veinticinco por ciento de ellos se descomponga o se suicide, pero produce el setenta y cinco por ciento de los fanáticos de un solo punto.

WALLACE: La pregunta, por supuesto, que sigue volviendo a mi mente es esta: obviamente la política en sí misma no es malvada, la televisión no es en sí misma malvada, la energía atómica no es malvada, y sin embargo parece que teme que se use de una manera malvada. ¿Por qué las personas adecuadas no las usarán? ¿Por qué las personas equivocadas usarán estos diversos dispositivos y por motivos equivocados?

HUXLEY: Bueno, creo que una de las razones es que todos estos son instrumentos para obtener poder, y obviamente la pasión por el poder es una de las pasiones más conmovedoras que existe en el hombre; y, después de todo, todas las democracias se basan en la proposición de que el poder es muy peligroso y que es extremadamente importante no permitir que un solo hombre o un pequeño grupo tenga demasiado poder durante demasiado tiempo.

Después de todo, ¿qué son la Constitución británica y estadounidense, excepto los dispositivos para limitar el poder, y todos estos nuevos dispositivos son instrumentos extremadamente eficientes para la imposición de poder por grupos pequeños sobre masas más grandes.

WALLACE: Bueno, usted mismo pregunta esto en "Enemies of Freedom". Te devolveré tu pregunta. Usted pregunta: "En una época de sobrepoblación acelerada, de sobreorganización acelerada y medios cada vez más eficientes de comunicación masiva, ¿cómo podemos preservar la integridad y reafirmar el valor del individuo humano?" Haga la pregunta, ahora esta es su oportunidad de responderlo, Sr. Huxley.

HUXLEY: Bueno, esto es obviamente ... en primer lugar, es una cuestión de educación. Er ... Creo que es terriblemente importante insistir en los valores individuales, quiero decir, ¿qué es ... hay una tendencia como ... es probable que leas un libro de Whyte, "The Organization Man", un tema muy interesante , un libro valioso, creo, en el que habla sobre el nuevo tipo de moralidad grupal, ética grupal, que habla sobre el grupo como si el grupo fuera de algún modo más importante que el individuo.

Pero esto parece, en lo que a mí respecta, estar en contradicción con lo que sabemos sobre la composición genética de los seres humanos, que cada ser humano es único. Y es, por supuesto, sobre esta base genética que se basa toda la idea del valor de la libertad.

Y creo que es extremadamente importante que enfaticemos esto en toda nuestra vida educativa, y diría que también es muy importante enseñarles a las personas a estar en guardia contra el tipo de trampas explosivas verbales en las que siempre están siendo guiados, para analizar el tipo de cosas que se les dice.

Bueno, creo que hay todo este aspecto educativo de ... y creo que hay muchas más cosas que uno podría hacer para fortalecer a las personas, y para que sean más conscientes de lo que se está haciendo.

WALLACE: ¿Eres un profeta de la descentralización?

HUXLEY: Bueno, el ... sí ... si ... es factible. Es una de las tragedias, me parece a mí. Quiero decir, muchas personas han estado hablando de la importancia de la descentralización para devolverle al votante un sentido de poder directo. Quiero decir ... el votante en un campo electoral enorme es bastante impotente, y su voto parece no servir para nada.

Esto no es cierto cuando el electorado es pequeño, y cuando se trata de ... un grupo que puede manejar y entender ... y si uno puede, como sugirió Jefferson, dividir las unidades, er. ..en unidades cada vez más pequeñas y así obtener una democracia real y autónoma.

WALLACE: Bueno, eso estaba muy bien en la época de Jefferson, pero ¿cómo podemos renovar nuestro sistema económico y descentralizar, y al mismo tiempo enfrentar militar y económicamente el duro desafío de un país como la Rusia soviética?

HUXLEY: Bueno, creo que la respuesta a eso es que hay ... me parece que tú ... esa producción, la producción industrial es de dos tipos. Quiero decir, hay algunos tipos de producción industrial que obviamente necesitan la centralización más tremendamente alta, como la fabricación de automóviles, por ejemplo.

Pero hay muchos otros tipos en los que podría descentralizar con bastante facilidad y probablemente bastante económicamente, y que luego tendría este tipo de descentralización, como después de todo lo que comienza a ver ahora, si viaja por el sur, esta industria textil descentralizada que está surgiendo allí.

WALLACE: Sr. Huxley, permítame preguntarle esto, muy en serio, ¿es necesaria la libertad?

HUXLEY: Por lo que a mí respecta, lo es.

WALLACE: ¿Por qué? ¿Es necesario para una sociedad productiva?

HUXLEY: Sí, debería decir que sí. Quiero decir, una sociedad genuinamente productiva. Quiero decir que podrías producir muchos bienes sin mucha libertad, pero creo que todo el tipo de vida creativa del hombre es en última instancia imposible sin una considerable medida de libertad individual, de iniciativa, creación, todas estas cosas que valoramos, y creo que tienen valor correctamente, son imposibles sin una gran medida de libertad.

WALLACE: Bueno, Sr. Huxley, mire de nuevo el país que está en la posición de nuestro oponente de todos modos, parecería que, de todos modos, parecería estar allí, la Rusia soviética. Es fuerte y se está volviendo más fuerte, económica y militarmente, al mismo tiempo que está desarrollando sus formas de arte bastante bien, eh ... parece que no es innecesario sofocar el impulso creativo entre su gente. Y, sin embargo, no es una sociedad libre.

HUXLEY: No es una sociedad libre, pero aquí hay algo muy interesante que los miembros de la sociedad, como los científicos, que están haciendo el trabajo creativo, reciben mucha más libertad que los demás. Quiero decir, es una sociedad aristocrática privilegiada en la que, a condición de que no se meta en los asuntos políticos, a estas personas se les otorga un gran prestigio, una cantidad considerable de libertad y mucho dinero.

Quiero decir, este es un hecho muy interesante sobre el nuevo régimen soviético, y creo que lo que vamos a ver es er ... un pueblo en general con muy poca libertad pero con una oligarquía en la cima disfrutando de una considerable medida de libertad y un nivel de vida muy alto.

WALLACE: Y la gente abajo, los 'epsilons' abajo ...

HUXLEY: Disfrutando muy poco.

WALLACE: ¿Y crees que ese tipo de situación puede durar mucho tiempo?

HUXLEY: Creo que ciertamente puede durar mucho más tiempo que la situación en la que todos se mantienen fuera; Quiero decir, ciertamente pueden obtener sus resultados tecnológicos y científicos sobre esa base.

WALLACE: Bueno, la próxima vez que hable con usted, tal vez deberíamos investigar más a fondo la posibilidad de establecer ese tipo de sociedad, donde los drones trabajan para las abejas reina arriba.

HUXLEY: Bueno, pero sí, pero debo decir, sigo creyendo en la democracia, si podemos sacar lo mejor de las actividades creativas de la gente en la cima más las de las personas en el fondo, tanto mejor.

WALLACE: Sr. Huxley, seguramente le agradezco por pasar esta media hora con nosotros, y le deseo a Dios velocidad, señor.

HUXLEY: Gracias.

WALLACE: Aldous Huxley se encuentra en estos días en una posición peculiar e inquietante: un cuarto de siglo después de profetizar un estado autoritario en el que las personas fueron reducidas a cifras, puede señalar a la Rusia soviética y decir: "¡Ya te lo dije!" La cuestión crucial, tal como lo ve ahora, es si el llamado Mundo Libre en breve dará al Sr. Huxley la aún más dudosa satisfacción de decir lo mismo sobre nosotros.

Estén atentos para una vista previa de la entrevista de la próxima semana. Hasta entonces, Mike Wallace. Buenas noches.



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