05 outubro 2020

ESCALAR PICOS COM 12 QUILÔMETROS DE ALTITUDE

CONSEGUIRÍAMOS ESCALAR UM HIPOTÉTICO MONTE COM 12.000 METROS DE ALTITUDE?

Isso seria cerca de 3.100 metros além do pico Everest, que nesse caso não poderia ter sido escalado.

A temperatura diminui cerca de 5ºC a cada 1000 metros e, a 12.000 metros, a temperatura é de cerca de -60ºC. Seria, portanto, muito frio para que humanos sobrevivessem sem trajes que seriam muito pesados.

Além disso, a pressão do ar a 12.000 metros é apenas 25% da pressão atmosférica no nível do mar. O ar torna-se muito rarefeito para ser respirado, o que tornaria necessário oxigênio extra. Mas não há tanques de oxigênio grandes o suficiente para conter a quantidade necessária de oxigênio para que um alpinista subisse dos cerca de 8.000 metros (que é a altitude mais alta para se respirar sem oxigênio extra) até 12.000 metros.


Altitudes acima de 8.000 metros estão na conhecida como ZONA DE MORTE DO MONTANHISMO. O ar é muito rarefeito para ser respirado e a quantidade de oxigênio não é suficiente para a sustentação de vida humana por um longo período de tempo. O MAL DA MONTANHA, também conhecido como DOENÇA DAS ALTURAS ou HIPOBAROPATIA, é uma ameaça significativa nesta elevação e pode facilmente ser fatal.

Também torna-se difícil dormir, e o sistema digestivo da maioria dos alpinistas ou diminui ou para o seu funcionamento. Isso ocorre porque nessas altitudes o organismo passa a usar fontes energéticas já armazenadas, em vez de digerir novos alimentos. A maioria dos escaladores teriam no máximo apenas dois ou três dias para conseguirem subir os 3.100 metros adicionais e atingirem esse hipotético cume de 12.000 metros, não sendo possível ser escalado em um período tão curto de tempo.

Mount OLYMPUS - Mars - 22 km high.







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01 outubro 2020

ÁTOMO / ATOM (Part 1 of 6)

Átomo é uma unidade básica de matéria que consiste num núcleo central de carga elétrica positiva envolto por uma nuvem de elétrons de carga negativa. O núcleo atómico é composto por prótons e nêutrons. Os elétrons de um átomo estão ligados ao núcleo por força eletromagnética. Da mesma forma, um grupo de átomos pode estar ligado entre si através de ligações químicas baseadas na mesma força, formando uma molécula. Um átomo que tenha o mesmo número de prótons e elétrons é eletricamente neutro, enquanto que um com número diferente pode ter carga positiva ou negativa, sendo desta forma denominado íon. Os átomos são classificados de acordo com o número de protões no seu núcleo: o número de prótons determina o elemento químico e o número de nêutrons determina o isótopo desse elemento.


ÁTOMO DE HIDROGÊNIO: O MAIS SIMPLES DE TODOS E O MAIS PRESENTE NO UNIVERSO.

Os átomos são objetos minúsculos cujo diâmetro é de apenas alguns décimos de nanômetros e com pouca massa em relação ao seu volume. A sua observação só é possível com recursos e instrumentos apropriados, como os microscópios de corrente de tunelamento. Cerca de 99,94% da massa atômica está concentrada no seu núcleo, tendo os prótons e nêutrons aproximadamente a mesma massa. Cada elemento possui pelo menos um isótopo com nuclídeo instável que pode sofrer decaimento radioativo. Isto pode levar à ocorrência de uma transmutação que altera o número de prótons ou nêutrons no interior do núcleo. Os elétrons ligados a átomos possuem um conjunto estável de níveis energéticos, ou orbitais atômicas, podendo sofrer transições entre si ao absorver ou emitir fótons que correspondam à diferença de energia entre esses níveis. Os elétrons definem as propriedades químicas de um elemento e influenciam as propriedades magnéticas de um átomo. A mecânica quântica é a teoria que descreve corretamente a estrutura e as propriedades dos átomos.


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CHUVAS DE METEOROS

METEORO.

Chuva de meteoros é um fenômeno astronômico caracterizado pela ocorrência de vários meteoros vindos de uma única região do céu. Essas chuvas ocorrem no momento em que a Terra, durante seu movimento de translação, cruza áreas do espaço repletas de materiais sólidos que se desprenderam de cometas devido à sua aproximação com o Sol.

Quando esses pequenos fragmentos entram na alta atmosfera terrestre, seu atrito com os gases faz com que eles se desintegrem. Em algumas chuvas de meteoros, é possível observar mais de 90 meteoros por hora.


1. Resíduos de cometas

Os cometas são corpos formados basicamente por rochas, poeira, gases e água congelados. Os cometas são bem frios e assim eles permanecem quando estão longes do Sol. Quando esses corpos se aproximam do Sol eles obviamente esquentam muito, o que provoca o desprendimento de partículas e grãos. Esses materiais que se libertam do cometa ficam em sua órbita. Seria uma espécie de "lixo" ou "resíduo" que o cometa deixa para trás quando ele passa.


2. Meteoroides entram na atmosfera

Bom, é nesse momento que a Terra entra em ação. É ela que, na sua rota costumeira, vai ao encontro desses "restos" do cometa. Dá-se o nome de meteoroides a esses fragmentos de corpos celestes como o cometa. Esses meteoroides são bem pequenos e penetram na atmosfera em altíssima velocidade.


3. Aparecem os meteoros

Quando estão em órbita, esses materiais são chamados de meteoroides. Mas a partir do momento em que esses fragmentos de cometas entram na atmosfera terrestre, dá-se o fenômeno que conhecemos como meteoro e que popularmente chamamos de estrela cadente.

O forte atrito dos objetos sólidos com os gases ocorre a mais ou menos 50 km de altura, na chamada alta atmosfera. Esse atrito libera elétrons, produzindo o efeito luminoso que observamos da superfície da Terra.

O meteoro é um fenômeno ou evento atmosférico, não uma coisa ou objeto. Essa coisa, sim, é o meteoroide. Ao fenômeno causado pela entrada de um meteoroide na nossa atmosfera, que é a camada de gases que envolve o nosso planeta, os astrônomos dão o nome de meteoro. (VEJA A POSTAGEM METEOROIDES, METEOROS E METEORITOS)


4. Diferenças entre meteoro e meteorito

O meteorito é o meteoroide que conseguiu cruzar a alta atmosfera e cair na superfície terrestre. Isso ocorre geralmente quando o fragmento é suficientemente grande para passar ileso pelo "bloqueio gasoso".

O último grande fenômeno desse tipo aconteceu no dia 18 de dezembro de 2018. Segundo a NASA, foi o maior meteorito a atingir a Terra nos últimos 30 anos. Por sorte, a bola de fogo caiu no mar de Bering, no norte do Oceano Pacífico. Se os satélites militares dos EUA não tivessem detectado o acontecimento, possivelmente ninguém o teria percebido.


Chuvas de meteoros que ocorrem regularmente

Existe um calendário de chuvas de meteoros. É possível dizer com certa precisão quando ocorrerão os próximos eventos atmosféricos. Afinal, os rastros deixados por cometas em suas órbitas continuam por lá.

Algumas dessas chuvas que ocorrem regularmente são bem famosas e já ganharam nomes. O critério usado para nomear uma chuva de meteoros é a região do céu de onde esta vem. Os astrônomos chamam de "radiante" a essas regiões específicas do céu de onde irradiam os meteoros.


Calendário de chuva de meteoros de 2020

De acordo com a International Meteor Organization (IMO), estes são os eventos esperados para 2020:


Quadrantídeos

Período de atividade: 27 de dezembro a 10 de janeiro. Pico: entre 3 e 4 de janeiro. Difícil de ser visto no Brasil.

Lirídeos

Período de atividade: 16 a 30 de abril. Pico: entre 21 e 22. Visível no Brasil.

Aquarídeos

Período de atividade: 19 de abril a 28 de maio. Pico: entre 4 e 5 de maio. Visível no Brasil.

Delta Aquarídeos

Período de atividade: 12 de julho a 23 de agosto. Pico: entre 29 e 30 de julho. Visível no Brasil.

Alfa Capricornídeos

Período de atividade: 3 de julho a 15 de agosto. Pico: entre 29 e 30 de julho. Visível no Brasil.

Perseidas

Período de atividade: 17 de julho a 26 de agosto. Pico: entre 11 e 12 de agosto. Visível no Brasil.

Orionídeos

Há um dado interessante sobre as Orionídeas: elas são fragmentos do famoso cometa Halley, visível a olho nu a cada 75 anos. Período de atividade: 2 de outubro a 7 de novembro. Pico: entre 21 e 22 de outubro. Visível no Brasil.

Táuridas do Sul

Período de atividade: 10 de setembro a 20 de novembro. Pico: entre 9 e 10 de outubro. Visível no Brasil.

Táuridas do Norte

Período de atividade: 20 de outubro a 10 de dezembro. Pico: entre 11 e 12 de novembro. Visível no Brasil.

Leonídeos

Período de atividade: 6 a 30 de novembro. Pico: entre 16 e 17 de novembro. Visível no Brasil.

Geminídeas

Período de atividade: 4 a 17 de dezembro. Pico: entre 13 e 14 de dezembro. Visível no Brasil.

Ursídeas

Período de atividade: 16 a 26 de dezembro. Pico: entre 22 e 23 de dezembro. Este evento só poderá ser observado do hemisfério norte.


Geminídeas: a chuva mais forte de todas. Os diversos nomes de chuvas de meteoros vêm de diversas radiantes. Assim, para ficarmos num único exemplo, as Geminídeas são as chuvas de meteoros que, da perspectiva do observador, parecem vir diretamente da constelação de Gêmeos. Nenhuma chuva é tão intensa, brilhante e, por causa disso, tão aguardada quanto as Geminídeas. Seu período de atividade é na primeira quinzena do mês de dezembro, tendo como pico os dias 13 e 14 deste mês.


Meteoro no Brasil

O ano de 2019 foi agitado nos céus brasileiros. Das inúmeras ocorrências de meteoros, algumas chamaram a atenção e puderam ser vistas por moradores do Rio Grande do Sul.

No dia 6 de junho, um meteoro com cerca de três toneladas cruzou o céu gaúcho. Segundo especialistas da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon), parte desse objeto conseguiu sobreviver ao atrito da atmosfera e chegar ao solo em pequenos meteoritos. Calcula-se que esses fragmentos tenham caído nas cercanias da cidade de Santa Maria.

Em abril do mesmo ano, meteoros puderam ser flagrados por moradores no céu de Porto Alegre. Desta vez, o meteoro, que entrou na atmosfera a mais de 120 mil km/h, não chegou a atingir o solo. Especialistas acreditam que o objeto tenha se incendiado a pouco mais de 30 km de altitude.



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