As diferenças entre as estações e períodos do dia são possíveis graças a dois movimentos: rotação e translação que são essenciais para que as condições de vida na Terra sejam garantidas.
Mas será que os movimentos de translação e rotação são tão importantes assim? Esta postagem mostra várias coisas que aconteceriam com o planeta Terra caso algum dia os movimentos de translação e rotação fossem eliminados.
Documentário: Como seria se o planeta Terra parasse de girar (extraído do National Geographic Channel) - The Aftermath: when the Earth stops spinning.
Desaceleração do planeta
Caso a Terra parasse de girar, provavelmente o processo seria realizado de maneira gradativa. Por essa razão, demoraria um pouco até que percebêssemos a desaceleração. Os primeiros sintomas a serem percebidos seriam os prolongamentos de dias e noites. De pouco em pouco, os períodos de luz e escuridão começariam a ser cada vez maiores, até que o planeta parasse totalmente.
Quando isso acontecesse, os dias e noites não seriam mais controlados pelo movimento de rotação da Terra (o que faz o planeta girar sobre seu próprio eixo), mas sim pelo da translação (movimentação orbital, em torno do Sol). Isso significaria que dias e noites teriam cerca de 6 meses cada, de forma parecida com o que atualmente ocorre nos polos.
Sem a rotação a Terra poderia se parecer com este mapa.
Dias e noites polares
Como já dissemos, os dias e noites seriam controlados pelas voltas da Terra em torno do Sol, fazendo com que só anoitecesse uma vez por ano. O mesmo aconteceria com as manhãs, que demorariam 12 meses para se repetirem. Com cada período durando seis meses, você já deve imaginar o que aconteceria com vegetações e animais.
Em caso de uma freada brusca
Havendo uma paralisação mais brusca, em que a Terra realmente parasse de uma hora para outra, os danos causados ao planeta não seriam apenas percebidos em longo prazo. Como a velocidade de rotação é de cerca de 900 km/h, uma “freada” faria com que o planeta inteiro fosse jogado para frente.
Imagine um carro percorrendo uma linha reta a 60 km/h e parando de repente. Os passageiros seriam jogados para frente, não é mesmo? O mesmo aconteceria com a Terra, mas em vez de apenas as pessoas serem lançadas, prédios e outras construções seriam derrubados, causando destruição por todos os lugares.
Da mesma maneira que acontece com os terremotos, a destruição gerada por esse tipo de desastre iria muito além dos desabamentos. Ondas gigantes, incêndios e seus respectivos efeitos colaterais poderiam ser vistos em escala global.
Luz ou escuridão: escolha a sua morte
Os ecossistemas existentes nos continentes são muito diferentes dos presentes nos polos. Por essa razão, não seria possível garantir a sobrevivência das espécies que, hoje, habitam por aqui. Com seis meses de luz e seis meses de escuridão, o planeta Terra veria o fim de todas as espécies animais e vegetais (com raras exceções das fossas abissais), por excesso de calor ou de frio.
Você pode estar se perguntando: “Mas como existem animais nas regiões polares?”. A resposta é simples: angulação. Os raios solares incidem nos polos com muito menos potência do que os que atingem zonas tropicais, por exemplo. Imagine como seria passar 180 dias com o sol do meio-dia na cabeça. Muito pior do que o sol das seis da tarde, não?
Queimadas constantes fariam com que as florestas fossem destruídas, assim como plantações e outros tipos de cultura vegetal. Com isso, a alimentação dos seres humanos e também a produção de rações seriam afetadas completamente. Nós não poderíamos comer vegetais (pela inexistência num primeiro momento) e nem animais (que também acabariam sucumbindo à fome).
Do outro lado do planeta, na escuridão, os problemas também seriam relacionados à alimentação. Sem luz, vegetais não poderiam se desenvolver e as consequências seriam as mesmas: animais desnutridos e humanos sem comida de nenhum tipo.
O fim da raça humana?
Alguém sobreviveria se a Terra parasse de girar? Segundo a NASA, as pessoas que vivem nos polos do planeta seriam “poupadas pelo apocalipse”, pois para elas os dias continuariam sendo iguais. Apenas seriam afetadas pela já explicada “freada brusca”, que poderia fazer com que as geleiras se desprendessem, por exemplo.
Com exceção das populações polares e seus respectivos animais, vegetais e algas, pouca vida sobraria no planeta. Aos poucos, a inanição seria responsável pelo aniquilamento da raça humana. E se muitas pessoas tentassem fugir para os polos, os ecossistemas seriam desequilibrados, o que causaria ainda mais problemas para o planeta.
Isso já está acontecendo
Há diversas teorias que apontam para a influência das marés na desaceleração da rotação da Terra. Segundo muitos físicos (como mostra o site do Instituto Newton de Ciências, dos EUA), a cada 100 anos a Terra perde velocidade suficiente para que os dias fiquem meio segundo mais longos.
Isso significa que, até os dias ficarem uma hora mais longos, será necessário que a Terra passe por mais 120 mil anos. Como você pode perceber, o processo está acontecendo de uma maneira muito lenta.
Acesse também: National Geographic Channel.
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