COMO VENCER UM DEBATE SEM PRECISAR TER RAZÃO.
Em síntese: “O manual da patifaria”.
OS 38 ESTRATAGEMAS DE ARTUR SCHOPENHAUER.
DIALÉTICA ERÍSTICA.
O livro de Arthur Schopenhauer.
“Como Vencer um Debate sem Precisar ter Razão”: Ensaio do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) que trata da erística [na antiguidade grega, arte ou técnica da disputa argumentativa no debate filosófico, desenvolvida sobretudo pelos sofistas, e baseada em habilidade verbal e acuidade de raciocínio - pej. em Platão (427-348 a.C.), argumentação que, buscando unicamente a vitória em um debate, abandona qualquer preocupação com a verdade].
O autor desvenda, em 38 “estratagemas”, os processos de argumentação que podem levar um debatedor a conquistar a premissa do título: vencer a discussão mesmo que a razão esteja com o outro. Livro perturbador e sempre atual, é indicado não só para estudantes de direito, filosofia e sociologia como também, sobretudo, para os interessados nas questões culturais e políticas que movem a humanidade em todos os tempos.
“DIZER A VERDADE COM PRECISÃO FAZ COM QUE NENHUMA FINTA, NENHUM RODEIO, NENHUM JOGO DE CENA OU ARTIFÍCIO DE PALAVRAS POSSA PREVALESCER CONTRA ELA.” - Página 18.
1) AMPLIAÇÃO INDEVIDA:
Levar a afirmação do adversário para
além de seus limites e exagerá-la. Antídoto = dos puncti (dos pontos) ou status
controversiae = maneira de controvérsia. Ingleses como nação do gênero
dramático = na música e na ópera eles nunca foram importantes. A paz de 1814,
...cidades hanseáticas alemãs; B) instancia
in contrarium, (...) Danzig perdeu a independência; pois Danzig é uma
cidade polonesa; (Aristóteles, Tópicos, Livro III, Cap.12,11.) Lamarck
(Philosophie zoologique, vol. I, p.203). Os pólipos - mônada; “o mais perfeito dos seres vegetais”.
2) HOMONÍMIA SUTIL:
A importância de usá-la. Synonyma são duas palavras. Homonyma são dois conceitos.
Aristóteles, Tópicos, Livro I, Cap.13. Baixo, agudo, alto = homônimos; honesto,
sincero = sinônimos. Sofisma ex hononymia.
Lumen = sentido literal e figurado.
Ex.1:
Os casos inventados não são capazes de ser enganadores. A+B= os mistérios da
filosofia de Kant.;
Ex.2:
A crítica de honra de qualquer pessoa e sua resposta dialética = hononímia, a
honra civil pelo conceito de point
d´honneur - ponto de honra-injúria. Mutatio
controversiae - mudança dos pontos conflitivos em discussão.
3) MUDANÇA DE MODO:
No modo relativo “KATA TÍ” (grego) no modo absoluto = simpliciter-aplos (grego) absoluto. Aristóteles dá exemplo: O mouro
é negro, mas nos dentes é branco. Ao mesmo tempo negro e não negro. Ex.1 Os
quietistas. Hegel e seus escritos. Crítica ad
rem, e formulação do argumentum ad
hominem = elogio aos quietistas e eles escreveram muitas coisas sem
sentido. Ataquei a argumentação do adversário e mencionei Hegel. Estes 3
estratagemas são afins. Estratagema = ignoratio
elenchi (ignorância do contra- argumento). O adversário não consegue
fundamentar a sua tese, pois cai em contradição. Refutação direta de sua
refutação = per negationemum
consequentiae. Regras 4 e 5.
4) PRÉ-SILOGISMOS:
Admissão de cada conclusão uma de cada
vez, e a utilização do pré-silogismo, isto é, as premissas das premissas; sem
ordem e confusamente.
5) USO INTENCIONAL DE PREMISSAS
FALSAS:
Necessidade alguma de uso de
proposições falsas, se o adversário aceitar as verdadeiras. Proposições falsas,
mas verdadeiras ad hominem, e argumentaremos ex concessis, a partir do modo de pensar do adversário. O falso
como verdadeiro e vice-versa. Se ele é militante de uma seita, podemos
argumentar contra ele, como principia (Princípios) as máximas dessa seita.
Aristóteles, Tópicos, Livro VIII, Cap. 9.
6) PETIÇÃO DE PRINCÍPIO OCULTA (Petitio Principii):
1) nome distinto = boa reputação no
lugar de honra, virtude em vez de virgindade; animais de sangue vermelho, em
vez de vertebrados; 2) aceitar aquilo de um modo geral o que é controvertido,
particular, como a medicina no exemplo de incerteza; 3) Duas coisas são consequências
uma da outra; 4) Para demonstrarmos uma verdade geral e que se admitam todas
particularidades.
7) PERGUNTAS EM DESORDEM:
Para confrontar o que se diz é
necessário que o adversário ou o outro faça perguntas para concluir a verdade.
Método erotemático = do grego “Eromai
= perguntar, interrogar” usado pelos antigos = método socrático = a partir do LIBER de elenchis sophisticis, Cap. 15, de Aristóteles. Os que com lentidão
não conseguirão entender a discussão.
8) ENCOLERIZAR O ADVERSÁRIO:
Encolerizar o adversário, pois ele não
será capaz de se raciocinar corretamente. E o tratando com insolência,
desprezo.
9) PERGUNTAS EM ORDEM ALTERADA:
Perguntas num modo organizado = o
adversário não conseguirá saber aonde queremos chegar. Podemos usar disto para
tirarmos vantagens.
10) PISTA FALSA:
Se o adversário responde pela negativa
às perguntas afirmativas, então devemos perguntar o contrário, de modo que se
não perceba qual delas queremos afirmar.
11) SALTO INDUTIVO:
Se fizermos uma indução e o adversário
o toma em casos particulares e nisto podemos levá-lo à crer que a admitiu, e o
mesmo aos ouvintes, que não podem deixar de levar à conclusão.
12) MANIPULAÇÃO SEMÂNTICA:
Discurso como metáfora e metáfora que
mais favoreça a nossa tese. Na Espanha os dois partidos políticos serviles e liberales. O nome “protestantes”
como evangélicos. O nome hereges, foi escolhido pelos católicos. Transformação
pelo adversário e nós = subversão; a primeira ordem constituída e na Segunda,
regime opressor. O que uma pessoa chamasse de culto, devoção, o adversário
diria: crendice, fanatismo, fazendo juízo analítico. Um diz: o clero; o outro: os padres; fervor religioso/fanatismo; caso amoroso/adultério, etc...
13) ALTERNATIVA FORÇADA:
Uma tese e a apresentação da contrária
para que o adversário escolha, ou se não o fizer aceitará a nossa tese. Um
homem tem de fazer tudo o que seu pai lhe ordene - Deve ou não obedecê-lo? Se
por frequência em muitos ou poucos casos. Ele dirá: “muitos”. Cinzento ao negro, branco ao negro.
14) FALSA PROCLAMAÇÃO DE VITÓRIA:
Respostas tolas por parte do adversário. Se ele for tímido ou tolo, e nós
tivermos bela voz o golpe poderá funcionar. Fallacia
non causae ut causae (tratar como prova o que não é prova).
15) ANULAÇÂO DO PARADOXO:
Se não conseguirmos apresentar uma
proposição e prová-la, pedimos ao adversário que a aceite ou recuse. Se ele a
recusar - redução ad absurdum,
condução do absurdo, triunfaremos; Se ele a aceitar, já poderemos protelar a
conclusão. (Mudar de assunto nos dois casos).
16) VÁRIAS MODALIDADES DO ARGUMENTUM AD HOMINEM:
Argumenta
ad hominem ou ex concessis - se o adversário fizer uma
afirmação, nós o perguntaremos se não está em contradição, com os princípios de
uma escola ou seita, ou com a conduta dele. Se ele falar em suicídio, nós o
atacamos: “Porque você não se enforca?”;
Se ele afirmar que Berlim é uma cidade incômoda, nós lhe diremos: “Porque você não vai embora na primeira
diligência?” Semelhantemente, isto nos acontece queiramos ou não.
17) DISTINÇÃO DE EMERGÊNCIA:
Se o adversário nos acossa com uma
prova contrária à nossa, (no caso de desonestidade psicológica) podemos nos
salvar mediante alguma distinção sutil, caso a questão admita algum tipo de
dupla interpretação ou nos dois casos diferentes.
18) USO INTENCIONAL DA MUTATIO CONTROVERSIAE:
Se notamos que o adversário faz o uso
de uma argumentação que nos abaterá, devemos desviar o rumo da argumentação,
interrompê-la e sair dela e levá-lo à outra questão - mutatio controversiae.
19) FUGA DO ESPECÍFICO PARA O GERAL:
Adversário nos pede alguma objeção
contra um fato e nós não dispusermos de nada apropriado, enfocaremos o tema
atacando-o assim. Hipótese física é crível, ilustraremos com muitos exemplos,
sob a incerteza geral do conhecimento humano.
20) USO DA PREMISSA FALSA PREVIAMENTE
ACEITA PELO ADVERSÁRIO:
Se já interrogamos o adversário e ele
se calou, nada mais a questioná-lo. Tiraremos as nossas conclusões. Isto é um
uso da fallacia non causae ut causae.
21) PREFERIR O ARGUMENTO SOFISTÍCO:
Se estivermos frente a um argumento
adversário, aparente ou ilusório = de igual modo combateremos. Não da verdade,
mas da vitória. Se ele apresentar argumentum
ad hominem, faremos um contra- argumento ad hominem (ex concessis), em lugar de uma longa explicação.
22) FALSA ALEGAÇÃO DE PETITIO PRINCIPII:
Se o adversário nos exigir a conclusão
do assunto em foco, recusamos a fazê-lo uma petitio
principii - petição de princípio. Deste modo, lhe subtrairemos seu melhor
argumento.
23) IMPELIR O ADVERSÁRIO AO EXAGERO:
Contradição e luta. Provocação ao
adversário contradizendo-o e induzi-lo assim a exagerar para além do que é
verdade uma afirmação. E a contextualização do exagero. Se ao contrário,
deveremos prestar bastante atenção. E refutá-lo: “Eu disse isto e nada mais!”.
24) FALSA REDUCTIO AD ABSURDUM:
A arte de criar consequências. Falsas
consequências e distorções dos conceitos = são absurdas e perigosas. Equivale a
uma refutação indireta, apagoge. É um
novo uso da fallacia non causae ut causae.
25) FALSA INSTÂNCIA:
Apagoge - instância - exemplum in contrarium. A apagoge,
inductio = indução, A é B; C é provavelmente A; logo C é provavelmente B.
Período de instância, apagoge ao
contrário, enotasis, exemplum in contrarium. Ruminantes tem
chifres = exemplo demolido (cavalo). Descaracterizar a afirmação. Raciocínio
ilógico. 1) Se o exemplo é verdadeiro, no caso de milagres, histórias de
fantasmas, etc... 2) Se se entra no conceito da verdade; 3) Se está em
contradição com a verdade.
26) RETORSIO ARGUMENTI:
Retorsão do argumento. Um golpe
brilhante, quando o argumento do próprio adversário pode ser utilizado contra
ele. “É um menino, devemos deixá-lo fazer
o que quiser”. Retorsio: “Porque é um menino deve-se castigá-lo para
não cair em maus hábitos”.
27) PROVOCAR A RAIVA:
Se o adversário fica zangado, devemos
utilizar o mesmo argumento, porque vemos nisto que tocamos em sua parte fraca,
e que o adversário não consegue levar vantagem mais em nada.
28) ARGUMENTO AD AUDITORES:
Uma pessoa culta num auditório inculto
= argumentum ad rem e ad hominem =
usamos um ad auditores. Se o
adversário o captar, os ouvintes não. Mas não é fácil encontrar um auditório
assim. Argumentação quanto a crosta terrestre. Replicamos com o argumentum ad auditores com base no
clima. Ouvintes riem. O adversário terá que provar a ebulição diferente do grau
de calor, pressão atmosférica. Ouvintes sem conhecimento de física, seria
preciso expor todo um tratado.
29) DESVIO:
Se percebermos que cairemos, adotamos
um desvio - algo diferente, mas algo dentro do Thema quaestionis.
Ex:
China: uso do desvio - que todos os cidadãos na China são punidos. Desvio
insolente - “Sim, pois bem, como você dizia há pouco, etc...”. Desvio é o grau
intermediário entre o argumentum ad
personam e o ad hominem. Cipião
que atacou os cartaginenses, não na Itália, mas na África. Na discussão deve-se
usá-la “faute de mieux” (falta de
algo melhor).
30) ARGUMENTUM AD VERECUNDIAM:
É dirigido ao sentimento de honra.
Fundamentos = Autoridades. Dizia Sêneca: “Unuscuisque
mavult credere quam judicare” - “qualquer
um prefere crer e julgar por si mesmo”. O jogo ao lado da autoridade
respeitada pelo adversário. Se desconhecidas as autoridades, mais respeito se
terá delas, resumindo de todo contexto. Floreios retóricos gregos e latinos
pelos ignorantes. O não saber manusear um livro pelo adversário. Cura francês,
citou trecho da Bíblia, quando da pavimentação de sua rua: “Paveant illi, ego non pavebo” (Eles que se apavorem; eu não
apavorarei); mas para alguns “paver”
era pavimentar. Conselho de Comunidade. A “men
logois doxei tauta ge einai psanen”. “As
coisas que parecem justas a muitos, dizemos que o são”. (grego) Opinião
absurda se torna universal.
Ex: Carneiros que seguem os guias. Platão: “Toís polois pola dokei” - Os muitos tem
muitas opiniões".
Ex: 1 e 2 sobre a distância, sistema ptolemaico (Bentham, Tactique des assemblées
legislatives, vol.2, p.79). Opinião geral = 2 ou 3 pessoas. Arma dos
fundamentos, ex hipothesi, um
Siegfried com chifres, imerso na maré da incapacidade de pensar e julgar.
Tribunais = Autoridades = leis e suas aplicações dialéticas.
31) INCOMPETÊNCIA IRÔNICA:
O que você diz ultrapassa minha débil
capacidade de compreensão = coisa insensata. Crítica da Razão Pura =
Contradição no que afirmavam e a mudança para o estado de humor. Professor
diante do estudante. Exposição do problema e sua resposta tão mastigada que o
estudante nolens volens se diz que o
entendeu, quando na realidade nada absorveu. Absurdo-incompreensão, como
gentileza.
32) RÓTULO ODIOSO:
Tornar suspeita, reduzir a afirmação
do adversário. Os “ismos” (como em fanatismo, espiritismo, etc...); 1) “Ah, isto nós já sabemos”; 2) Categoria
refutada e pode não haver palavra verdadeira.
33) NEGAÇÃO DA TEORIA NA PRÁTICA:
Verdade na teoria, mas na prática é
falso; Aceitam-se fundamentos, mas negam-se as consequências. A ratione ad rationatum valet consequentia
- (da premissa à consequência a conclusão é obrigatória). Algo que é
impossível. O que é certo na teoria tem de sê-lo na prática. Caso contrário há
falha na teoria e o será sem dúvidas, na prática.
1º Ex: Só sei que nada sei;
2º Ex: Produto industrializado;
3º Ex: O saber no campo de trabalho.
34) RESPOSTA AO MENEIO DE ESQUIVA:
Recusa ou não da resposta direta de
alguma afirmação ou se esquivando, indo para outro lugar, encontramos um ponto
fraco, o que corresponde a um “mutismo
relativo”. Persistir no ponto e não deixar que o adversário saia do lugar.
1º Ex: Indecisão no falar;
2º Ex: Contradição de alguém;
3º Ex: Calúnia lançada a alguém;
4º Ex: Boca fechada não entra mosquito (provérbio);
5º Ex: Afirmar algo que não viu ou tem certeza.
35) PERSUASÃO PELA VONTADE:
Mesma se for tomada por um manicômio. “Pesam mais umas migalhas de vontade que uma
tonelada de compreensão e persuasão”. Fazemos o adversário acreditar na sua
teoria perigosa e ele a deixaria por persuasão.
Ex: Um eclesiástico e os dogmas da
Igreja; O proprietário de terras na Inglaterra tendo em vista os maquinários; “Quam temere in nosmet legem sancimus
iniquam” (Com que rapidez sancionamos uma lei que vai contra nós)! Opinião
do adversário em contraste com os argumentos dos ouvintes como mesquinhos e
frouxos. Aplausos à parte e o adversário envergonhado. Intellectus luminis sicci non est: “O entendimento não é uma luz que arde sem óleo, mas é alimentado pela
vontade e pelas paixões”. “Colher a árvore pela raiz” - “Argumentum ab utili”.
1º Ex: Discurso numa campanha política;
2º Ex: O caso de um sacerdote;
3º Ex: Entrevista a um criminoso;
4º Ex: A exploração da lua pelo homem.
36) DISCURSO INCOMPREENSÍVEL:
Desconcertar o adversário com palavras
sem sentido. “Gewönlich glaubt der
Mensch, Wenn er nur Worte hört, Es müsse sich dabei doch auch was denken lassen”
(em Goethe, Fausto. Língua alemã) “normalmente
o homem, ao escutar apenas palavras, acredita que também deve haver nelas algo
para pensar". (Tradução). Se se percebe que o adversário escuta coisas
que não compreende e faz como que as entendesse, podemos apresentá-lo nossas
próprias teses. Filósofos em frente ao público alemão sucesso obtiveram com
este método. Exampla Odiosa em
Goldsmith, Vicar of Wakefield, p.34.
1º Ex: 5+9 para um analfabeto;
2º Ex: Exposição da equação linear aos alunos numa só vez;
3º Ex: Função da eletricidade e solicitar explicações;
4º Ex: “Quem tem boca vai à Roma”
(Provérbio).
5º Ex: A tradução exigida de uma língua por alguém incauto.
37) TOMAR A PROVA PELA TESE:
Se o adversário tem de fato razão e
escolheu uma prova ruim para se defender. Se ao adversário ou aos ouvintes não
lhes vem às mentes uma prova melhor, vencemos. Se alguém tenta provar a
existência de Deus pelo argumento ontológico (teoria ou ciência do ser enquanto
ser), que é fácil refutar. Bons advogados perdem uma causa boa. No que a lei
tem de ser aplicada, em certos casos não são.
1º Ex: “O bem que desejo praticar não
consigo, mas o mal que habita em mim, esse é o que faço” (Apóstolo São
Paulo);
2º Ex: O esquecimento de uma lei por um advogado;
3º Ex: O conceito do bem e o mal;
4º Ex: Num debate onde venço por possuir respostas.
38) ÚLTIMO ESTRATAGEMA:
Quando o adversário for superior no
conhecimento, nos tornamos insultuosos, grosseiros. Ofensas pessoais declaram que a partida está perdida. Argumentum ad
personam, deixamos de lado o objeto da discussão para atacarmos ao nosso
adversário. É usada com frequência. Hobbes (de cive, cap. I) “Omnis animi
voluptas, omnisque alacritas in eo sita est, quod quis habeat, quibuscum
conferens se, possit magnifice sentide de se ipso” (Todo prazer do espírito
e todo contentamento consiste em termos alguém em comparação com o qual
possamos Ter alta estima de nós mesmos). A honra vale mais que a vida.
Temístocles à Euribíades: “Patazon men,
akouson de”. (Bate, mas escuta = grego). Voltaire: “La paix vaux encore mieux que la vérité”. A paz vale ainda mais
que a verdade. E do árabe: “Da árvore do
silêncio pende, como fruto, a paz”.
1º
Ex: Contenda em reuniões;
2º
Ex: Discurso religioso ou político;
3º
Ex: Entre vizinhos;
4º
Ex: Entre patrões e empregados;
5º
Ex: Nas relações conjugais.
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