27 março 2016

PROJECIOLOGIA (Histórico / Períodos) [7 de 7]

CRONOLOGIA DA PROJECIOLOGIA

Definição. Cronologia projeciológica: tratado das datas históricas, fatos dignos de registro e feitos notáveis da Projeciologia.

Cronologia (do grego "chronos", tempo, + "logos", estudo).

Sinonímia. fixação das datas projeciológicas.

Eventos. Eis a listagem de eventos mais notáveis, até o momento, 2008, da ainda curta existência da Projeciologia, incluindo os dados históricos anteriores à sua proposição na condição de ciência:

  • 347 A.C. – Platão escreve sobre o caso de projeção consciente humana – uma caminhada extrafísica – de Er, o Armênio, evidenciando a universalidade deste fenômeno consciencial.
  • 79 D.C. – Na Silícia, Ásia Menor, Arisdeu de Soles passa por uma experiência hoje chamada da quase-morte com vivências extrafísicas que ficou como o primeiro relato, mais detalhado, registrado para a posteridade, e que chegou até nós, através de Plutarco de Queronéia.
  • 100 D.C. – Plutarco de Queronéia registra o relato projetivo consciente de Arisdeu de Soles, da Silícia, Ásia Menor.
  • 1743 – Em Estocolmo, na Suécia, tem início o Diarii Spiritualis de Emanuel Swedenborg, que se tornaria, por isso, o precursor da Projeciologia e o primeiro diarista projetivo que perdurou por suas anotações através de duas décadas.
  • 1832 – Lançamento em Paris da novela psicológica, autobiográfica, Louis Lambert, que consagraria o seu autor, Honoré de Balzac, na qualidade de primeiro profeta (precognitor) da Projeciologia.
  • 1832 – Honoré de Balzac, em Paris, dá o nome de Homo duplex ao projetor consciente humano.
  • 1857, 18 de Abril – Em Paris é lançado (primeira edição) Le Livre des Esprits, de Allan Kardec, que estuda no capítulo oitavo, tópicos 153 a 171, a emancipação da alma (consciência intrafísica) durante a vida corporal (Projeciologia), aspecto dos fenômenos dos espíritos que foi esquecido no espiritismo, seja no movimento francês e em outros países, ao serem enfocadas, emgeral, de preferência, as consciências extrafísicas e os seus fenômenos.
  • 1929 – Lançamento nos Estados Unidos da América da obra The Projection of the Astral Body, de Sylvan Joseph Muldoon e Hereward Hubert Lavington Carrington, que veio a ser o primeiro clássico da Projeciologia.
  • 1939 – O russo Semyon D. Kirlian reapresenta as controvertidas irradiações eletrográficas.
  • 1946 – Lançada, pela primeira vez e sem maiores resultados práticos dentro da Socin, a técnica conscienciológica da invéxis (Invexologia), já autopesquisada pelo autor de maneira teática.
  • 1962 – O russo Iosif M. Goldberg redescobre a “novidade” da percepção dermo-óptica.
  • 1966 – Este autor começa a dar prioridade e tempo integral às pesquisas da Projeciologia / Conscienciologia, em seus trabalhos (Experimentologia).
  • 1966 – Lançada a técnica de assistencialidade interconsciencial da tenepes, tarefa energética pessoal, diária, para o resto da vida intrafísica, chamada popularmente de passes para o escuro.
  • 1966 – Na Universidade da Califórnia, em Davis, nos Estados Unidos da América, o pesquisador Charles Theodore Tart promove a primeira experiência em laboratório com as projeções conscientes humanas.
  • 1970 – Proposta oficialmente a Teoria do Homo sapiens serenissimus e seus corolários (Serenologia).
  • 1971 – Em New York, NY, é lançado a obra Journeys Out of the Body, de Robert Monroe, hoje várias edições, tornando o primeiro best-seller internacional da Projeciologia.
  • 1975 – Nos Estados Unidos da América é lançado o livro Life After Life, de Raymond A. Moody Jr., com prefácio de Elisabeth Kübler-Ross, que se tornou um best-seller internacional. A pequena obra chamou a atenção mundial, pela primeira vez, para as experiências da quase-morte (EQM) e, conseqüentemente, para os fenômenos extracorpóreos, abrindo, um campo novo e inesperado, dentro das áreas da medicina, para as pesquisas da Projeciologia.
  • 1978 – Em Storrs, no Connecticut, Estados Unidos da América, é instalada The International Association for Near-Death Studies (IANDS), uma organização mundial de cientistas e do público em geral, dedicada à exploração das experiências da quase-morte (1 dos 54 fenômenos do complexo fenomenológico básico da Projeciologia) e suas implicações.
  • 1979 – Lançada a técnica consciencioterápica de profilaxia e autodefesa do estado vibracional (EV), inclusive o EV profilático (Paraprofilaxia).
  • 1980 – Proposta a Teoria do Megaparadigma Cosmoético, a Cosmoética ou, popularmente, a moral cósmica.
  • 1980 – Proposta, dentro da Socin Conscienciológica, a Teoria da Interassistencialidade, ou a tacon, tarefa primária da consolação, e a tares, tarefa evoluída do esclarecimento.
  • 1980 – Lançada a técnica consciencioterápica do acoplamento áurico (Holochacralogia).
  • 1981 – Em Storrs, no Connecticut, nos Estados Unidos da América, a IANDS lança a primeira publicação periódica, journal ou revista técnica, Anabiosis – The Journal for Near-Death Studies, dedicada especificamente à publicação de trabalhos de pesquisa das experiências da quase-morte.
  • 1981 – Em Storrs, no Connecticut, nos Estados Unidos da América, é lançado o primeiro boletim (quarterly digest) Vital Signs, da IANDS, dedicado a noticiar os trabalhos e tarefas da equipe de pesquisas da primeira organização dedicada exclusivamente à investigação das experiências da quase-morte.
  • 1981, 06 de Setembro – No Rio de Janeiro é fundado o Centro da Consciência Contínuacom a presença de 19 pessoas, que pela primeira vez chamava a atenção, particularmente, para a condição da continuidade da lucidez consciencial e desencadearia a criação de dezenas de outros Centros em várias localidades.
  • 1981 – No Rio de Janeiro, é publicado o livro Projeções da Consciência, hoje em sua 5ª edição, inclusive com edições em Espanhol e Inglês, onde é proposto, pela primeira vez, o termo Projeciologia.
  • 1982 – Proposta a hipótese de trabalho conscienciométrica dos cons ou as unidades de lucidez da consciência (Holomaturologia).
  • 1982 – Segundo estimativas dos pesquisadores, ocorrem 8 milhões de experiências da quase-morte (EQMs) por ano.
  • 1982, Novembro – Sebastião Mendes de Carvalho, da equipe de pesquisadores do Centro da Consciência Contínua, do Rio de Janeiro, publica o primeiro artigo na imprensa em geral empregando o termo Projeciologia no título da matéria. Veículo: revista Reencarnação, mensário de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, p.14 e 15.
  • 1983, Junho – Em São Paulo, SP, Brasil, é publicado no Jornal Espírita, a coluna mensal Boletim de Projeciologia Nº 1, e que chegou a 83 edições nos anos posteriores (Comunicologia).
  • 1983 – No Estado de São Paulo, SP, Brasil, são publicados artigos apaixonados de patrulheiros ideológicos espíritas, extremamente puristas, ortodoxos e sectários, contra a Projeciologia (Exemplos: Monteiro; Worm), que vieram a atrair atenção maior para as pesquisas do fenômeno da projeção consciente humana. Na ocasião, o Centro da Consciência Contínua, no Rio de Janeiro, não conseguiu atender ao aumento do volume das cartas de pedidos de informações projeciológicas.
  • 1983, Agosto – Em São Paulo, SP, Brasil, é publicado no jornal Folha Espírita, p. 6, a Carta Aberta aos Espíritas, na qual este autor expõe publicamente o seu posicionamento perante a Projeciologia a partir dos patrulheiros ideológicos do movimento kardecista do Brasil (Parapedagogia).
  • 1984, Março – Em São Paulo, SP, Brasil, é publicado o artigo Maturidade Extrafísica, por este autor, no Jornal Espírita, p. 4, enfatizando pela primeira vez a importância da maturidade integral (Holomaturologia) da consciência.
  • 1985, 29 a 31 de Março – Em Kansas City, Montana, nos Estados Unidos da América, é realizada a primeira Convention (Assembléia) da IANDS – The International Association for Near-Death Studies, dedicada exclusivamente aos estudos e discussões das experiências da quase-morte.
  • 1986, 31 de Janeiro – No Rio de Janeiro, é lançada esta obra Projeciologia, em sua primeira edição experimental de 5.000 (cinco mil exemplares), distribuída gratuitamente (hoje esgotada), apresentando a primeira grande bibliografia internacional sobre os temas projeciológicos (1907 títulos). Apareceu o primeiro Código de Ética Extrafísico, embutido na mesma obra, cap. 132, p. 211-213, indicando 16 itens práticos relativos à Cosmoética; e também os 3 estados conscienciais básicos, p. 34.
  • 1986 – Proposta a Teoria do Paradigma Consciencial e seus corolários.
  • 1986 – Proposta a Teoria da Interprisão Grupocármica e seus corolários (Holocarmologia).
  • 1987 – Em Bryn Athyn, Pennsilvania, nos Estados Unidos da América, é lançada pela IANDS, o boletim Revitalized Signs, sucessor do Vital Signs, e com os mesmos objetivos.
  • 1987, 12 a 16 de Junho – Foi realizado o Primeiro Seminário de Projeciologia de Brasíliaficando registrado em um folheto de autoria do Prof. Basilio Baranoff.
  • 1987, 12 e 13 de Dezembro – No Centro de Convenções da Unicamp, em Campinas, SP, Brasil, foi realizado o I Simpósio Brasileiro de Consciência Contínua – SBCC, quando este autor defendeu a Teoria do Homo sapiens serenissimus. Deste primeiro certame mais amplo sobre aspectos gerais da Projeciologia, participaram 142 pessoas, procedentes de 8 estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina, Sergipe, Amazonas e o Distrito Federal, e de um total de 7 capitais e 21 cidades.
  • 1988, 16 de Janeiro – No Rio de Janeiro é fundado o Instituto Internacional de Projeciologia – IIP, o primeiro instituto dedicado exclusivamente às pesquisas, estudos e ensino dos temas projeciológicos (Conscienciocentrologia).
  • 1988 – Lançadas as técnicas básicas da Consciencioterapia.
  • 1988 – Diagnosticada a Síndrome de Swedenborg, segundo a Consciencioterapia.
  • 1989 – Proposta a Teoria da Desperticidade como sendo o procedimento teático, mais prioritário e factível, a curto prazo, no caminho evolutivo da consciência intrafísica, em nosso atual estágio médio de progresso intraconsciencial (Despertologia).
  • 1989, Junho – É lançado o Bipro ou o Boletim de Informações da Projeciologia, do Instituto Internacional de Projeciologia, no Rio de Janeiro, RJ (Comunicologia).
  • 1990 – Proposta a Teoria conscienciológica do Traforismo e seus corolários (traços-força da consciência).
  • 1990 – Proposta a Teoria conscienciológica do Pensene (pensamento, sentimento e energia consciencial) e seus corolários (Pensenologia).
  • 1990 – Lançado e estabelecido teaticamente (teoria e técnica) o Vínculo Consciencial, dentro da Socin Conscienciológica (Parassociologia), no Instituto Internacional de Projeciologia, no Rio de Janeiro, RJ.
  • 1990 – Lançada a técnica conscienciométrica e parassexual da Aura Peniana (Sexossomática), objetivando notadamente os jovens (rapazes).
  • 1990 – Lançada a técnica conscienciológica e parassexual do Holorgasmo (Sexossomática).
  • 1990, 4 a 7 de Junho – É realizado o I Congresso Internacional de Projeciologia, no Rio de Janeiro, RJ, Brasil (Comunicologia).
  • 1991 – Proposta a Teoria conscienciológica da Paracomatose Consciencial (Projecioterapia, Consciencioterapia).
  • 1991 – Proposta a Teoria do Casal Incompleto e seus corolários (Intrafisicologia).
  • 1991 – Lançada a técnica conscienciométrica das Compensações Intraconscienciais (Conscienciometria), um recurso de auto-ajuda que interessa a todas as pessoas.
  • 1992 – Proposta a Teoria da Robéxis (Intrafisicologia).
  • 1992, 9 de Fevereiro – É fundado, no Rio de Janeiro, RJ, o primeiro Grinvex (Grupo de Inversores Existenciais), com 17 jovens inversores (Invexologia) do quadro de colaboradores do Instituto Internacional de Projeciologia (IIP).
  • 1992, 22 de Fevereiro – Uma pesquisa no Instituto Internacional de Projeciologia (IIP), no Rio de Janeiro, RJ, sugeria 12 atitudes contra a condição da Catatonia Extrafísica.
  • 1992 – A Bibliografia Internacional da Conscienciologia, contendo fenômenos específicos da Projeciologia, alcança 5.000 referências, provenientes de 37 países.
  • 1993, 30 de Maio – É realizado o 1º debate amplo sobre o Paradigma Consciencial no Instituto Internacional de Projeciologia, no Rio de Janeiro, RJ.
  • 1994 – Vinte por cento dos cientistas convencionais ainda dedicam trabalho e talento ao aperfeiçoamento das técnicas para matar os seus semelhantes.
  • 1994 – Elevado número de investigadores parapsíquicos e multidisciplinares se dedicam de modo mais intensivo às pesquisas das EQMs, notadamente de crianças.
  • 1994 – O nosso cérebro humano pesa cerca de 1 quilo e meio de matéria e quase nada se sabe ainda sobre o paracérebro (Paraneurologia).
  • 1994 – Nenhuma publicação científica convencional abordara ainda a questão do pensene (Pensenologia).
  • 1997, Janeiro – Lançada a Revista Conscientia.
  • 1998, July – Lançado o Journal of Conscientiology.
  • 1999, 21 a 24 de Outubro – É realizado o II Congresso Internacional de Projeciologia, em Barcelona, Espanha (Comunicologia).
  • 2002, 16 a 19 de Maio – É realizado o III Congresso Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, em Manhattan, NY, EUA (Comunicologia).
  • 2008, 14 a 17 de Agosto – É realizado o IV Congresso Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, em Belo Horizonte, MG, Brasil (Comunicologia).

Para saber mais veja os posts:

Projeciologia (Histórico / Períodos) [1];
Projeciologia (Histórico / Períodos) [2];
Projeciologia (Histórico / Períodos) [3];
Projeciologia (Histórico / Períodos) [4];
Projeciologia (Histórico / Períodos) [5];
Projeciologia (Histórico / Períodos) [6].

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Extraído do livro: PROJECIOLOGIA Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano - Waldo Vieira - 10ª Edição 2008 - Editares.

Acesse IIPC: Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia.

PROJECIOLOGIA (Histórico / Períodos) [6 de 7]

PIONEIRISMO NA PROJECIOLOGIA

Definição. Pioneirismo: caráter ou qualidade de quem primeiro se antecipa, abre ou descobre caminho a outros seres iguais, através de região desconhecida ou empreendimento pioneiro.

Sinonímia. abertura de caminhos; bandeirantismo; desbravamento precursor.

Precocidade. Listamos à frente, alguns momentos precoces da História da Projeciologia e seus protagonistas, dignos de figurar à conta de pioneiros da formação desta Ciência.

Hermótimo. Hermótimo de Clazomene, filósofo componente da Escola Jônica, do sexto século antes de Cristo, foi aparentemente capaz de induzir a experiência da projeção consciencial lúcida à vontade, usando esta habilidade para investigar a natureza dos estados conscienciais depois da morte ou desativação do corpo humano (dessoma).

Heródoto. Escritores, filósofos, religiosos e estadistas de muitos países do mundo antigo também se referiram à experiência da projeção consciencial lúcida, entre eles: Gautama Buda (563-483 A.C.) e Heródoto (485-425 A. C.).

Platão. (428-347 A.C.) relata a história de Er, o Armênio, panfílio de nascimento, soldado que fora tido por morto em combate. Ao fim de 10 dias, quando recolhiam os mortos já putrefatos no campo de batalha, o retiraram em aparente bom estado. Levaram o corpo para casa a fim de lhe dar sepultura, quando, no décimo segundo dia, sobre a pira, Er voltou à vida e narrou o que vira no Além.

Interiorização. Depois que saíra do corpo humano, sua consciência se encontrara com muitas outras em boas e más condições conforme a narrativa detalhada. Ao fim, não sabia por qual caminho nem de que maneira alcançara o corpo humano (interiorização), mas, erguendo as pálpebras de súbito, viu, de manhã cedo, que jazia na pira.

Bíblia. A Bíblia registra alguns casos expressivos que sugerem o estudo da saída da consciência fora do soma, por exemplo, estes 3:

     1. Ezequiel. Através de uma projeção consciente assistida, a consciência de Ezequiel foi levantada (extraída do corpo humano) e transportada por um espírito (amparador) a um outro lugar (Ezequiel, 111:14).
     2. Apocalipse. O fenômeno da projeção consciencial lúcida foi mencionado no Apocalipse e João (1:10 e 11; 4:2).
     3. Epístolas. Também Paulo de Tarso (?-67), em suas Epístolas (II Coríntios, 12:2), menciona o fenômeno projetivo.

Escritores. Escreveram ainda sobre as projeções conscienciais: Caio Suetônio Tranqüilo e Plínio, o Moço (61-113).

Plutarco. Plutarco de Queronéia (50-120) registrou o relato de Arisdeu de Soles, da Silícia, Ásia Menor, um homem sem predicados morais, segundo a opinião vigente na ocasião, que no Ano 79 desta Era Cristã, depois de violenta queda, foi dado por morto.

Arisdeu. Justamente quando estavam para enterrar o corpo humano de Arisdeu, 3 dias depois do acidente, ele reentrou no seu corpo, recobrou plenamente a consciência e relatou, em detalhes, a Protógenes, e a outros amigos seus, sua experiência lúcida fora do corpo humano durante aqueles 3 dias (projeção consciente prolongada).

Reciclagem. Desta ocasião em diante, Arisdeu se transformou em um homem altamente virtuoso, e até mudou de nome, conforme o depoimento de seus contemporâneos (reciclagem existencial projetiva ou recéxis).

Grego. Eis alguns trechos, em Grego, do relato de Plutarco (Páginas 164-172, Societé D’Édition “Les Belles Lettres”, 1974):


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A tradução para o idioma Português dos mesmos trechos pode ser vista na postagem: PROJEÇÃO CONSCIENTE NA ANTIGUIDADE.
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Reperspectivação. Depois de sua projeção consciente prolongada, Arisdeu de Soles transformou-se em um homem altamente virtuoso, e até mudou seu nome para Thespesios (2 egos em uma só vida intrafísica), conforme a sugestão feita pelo amparador, durante a experiência extrafísica. Um caso típico de reperspectivação ou reciclagem existencial (recéxis) de origem genuinamente projetiva, ocorrência que acontece com as mesmas características em nossos dias nas sociedades mais diversas.

Curma. Um senador da Numídia, Norte da África (Argélia hoje), de nome Curma, no quinto século depois de Cristo, segundo relatou Agostinho de Tagaste (354-430), permaneceu em estado de coma por vários dias e, quando despertou, revelou ter vivido conscientemente fora do seu corpo humano.

Videntes. Nos tempos antigos, os projetores conscientes humanos, ou aqueles em quem foi aberta a vista da consciência desprendida do corpo humano, foram chamados videntes e, mais tarde, profetas (Samuel, IX:9).

Vocábulos. Em tempos mais recentes, os mitos, as mitologias, as cosmologias tradicionais, as práticas místicas, as crendices, as sagas e as lendas folclóricas de muitos povos vêm apresentando vocábulos próprios para caracterizar de um modo ou de outro, bem ou mal, a condição e a personalidade do agora moderno projetor consciente, ou projecionista como, por exemplo, estas 18 expressões:

        01. Ataí (Melanésios).
        02. Benandanti (Lorena; Séculos XVI e XVII).
        03. Delog (Tibetanos).
        04. Doppelgänger (Alemães).
        05. Doshi (Povo Ba-huana da tribo Bantu).
        06. Dovidja (Indus).
        07. Homo duplex (Honoré de Balzac).
        08. Iruntarinia (Povo Ngtatara da Austrália).
        09. Kelah (Karens da Birmânia).
        10. Mora (Eslavos).
        11. Mzimu (Tribos do Lago Niasa, África).
        12. Navujieip (Wild River Shoshone de Wyoming).
        13. Ort (Sirianianos, Povo finlandês da Rússia Oriental).
        14. Sky-walker (Indus).
        15. Sunäsun (Buryats mongólicos da Sibéria).
        16. Tamhasg (Escoceses).
        17. Vardöger (Noruegueses).
        18. Wairua (Maoris da Nova Zelândia).


Para saber mais veja os posts: Projeciologia (Histórico / Períodos) [1], Projeciologia (Histórico / Períodos) [2], Projeciologia (Histórico / Períodos) [3], Projeciologia (Histórico / Períodos) [4], Projeciologia (Histórico / Períodos) [5].

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Extraído do livro: PROJECIOLOGIA Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano - Waldo Vieira - 10ª Edição 2008 - Editares.

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18 março 2016

PROJECIOLOGIA (Histórico / Períodos) [5 de 7]

PERÍODO LABORATORIAL DA PROJECIOLOGIA

Experimentação laboratorial. método científico que consiste em observar um fenômeno natural sob condições determinadas que permitem aumentar o conhecimento que se tenha das manifestações ou leis que regem esse fenômeno.

Período Laboratorial.

Sinonímia. ensaio científico; experiência laboratorial.

Quarto. Finalmente, o quarto e último período histórico da Projeciologia seria o contemporâneo, iniciado por Charles Theodore Tart (1937-), em 1966, nos Estados Unidos da América, quando este pesquisador realizou a primeira tentativa de retirar a projeção consciente do âmbito restrito dos experimentos individuais para o recesso do laboratório, efetuando experiências com a jovem projetora, até hoje desconhecida do público, Miss Z.

Atualidade. Este período se estende até à época atual.

OBE. Nesta fase, a projeção astral foi recunhada eufemisticamente como OBE (Out-of-the-body experience), experiência fora do corpo humano, ou projeção da consciência para fora do corpo físico, denominação menos romântica, utilizada hoje por muitos parapsicólogos e introduzida nos laboratórios sofisticados do mundo científico pela Parapsicologia.

Estatísticas. Ocorre, em conseqüência, a intensificação das pesquisas estatísticas de opinião pública sobre o assunto e fenômenos correlatos, o uso de instrumentação laboratorial mais sofisticada, desde mapas, gráficos e tabelas, passando pelos medidores de reações epidérmicas (BSR e GSRs), o eletrencefalógrafo (EEG), eletrocardiógrafo (ECG), eletro-opticógrafo (EOG), o fotoplestimógrafo com base digital e polígrafos diversos, até chegar aos intercomunicadores, cassetes, videocassetes, disquetes, CD-ROMs e demais recursos afins da informática.

Exatidão. A exatidão do esquema dos períodos históricos da Projeciologia é discutível.

Culturas. Conforme as áreas geográficas, costumes, usos e níveis culturais, os períodos antigo, esotérico e exotérico prosseguem, continuam a existir e têm representantes entre nós.

Perspectivas. Contudo, o período laboratorial acena com perspectivas realmente otimistas e animadoras para oferecer à humanidade terrestre esforços novos em direção a uma síntese e maior compreensão dos fatos estabelecidos pela Projeciologia, com inúmeras conseqüências positivas que se projetam pelos séculos vindouros.

Importância. Há de se considerar 2 aspectos nas pesquisas parapsíquicas:

     1. Casos. Os casos parapsíquicos espontâneos são importantes na medida em que fornecem indícios (ou pistas) para a experimentação laboratorial.
     2. Experimentos. Os experimentos laboratoriais são significativos porque demonstram, sob diferentes condições, o que de fato vem ocorrendo (fatos) na experiência humana.

Hierarquia. Assim, a hierarquia de importância entre essas duas abordagens (ou posições) é exatamente inversa (ou contrária).

Preferência. Nas práticas parapsíquicas, como laboratório consciencial, o clima energeticamente aconchegante (carpete, pés descalços, almofadas e ar condicionado) do ashram (corpo emocional) é sempre preferível à atmosfera socialmente solene, esterilizada, fria (mentalsoma) e distante do templo religioso profissional.

Psicossomática. Isso se deve ao fato de que o psicossoma ainda pauta completamente, de modo predominante, a conduta da média das populações humanas (total de 5 bilhões e 900 milhões de pessoas em 1997) ou crosta-a-crosta, troposféricas, e as populações extrafísicas (parapopulações 9 vezes mais numerosas do que as humanas) ou paratroposféricas deste Planeta.

Fase. Com este período laboratorial, a Projeciologia liberta-se da fase propriamente dita livresca pré-científica.

Hermetismos. A Projeciologia vem mostrar às consciências mais alertas a desnecessidade das religiões, crenças, fé e das chamadas ciências herméticas ou os hermetismos, inclusive, hoje, com as práticas diárias da tarefa energética pessoal, ou tenepes, para o restante da vida útil da conscin mais lúcida e madura.

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Extraído do livro: PROJECIOLOGIA Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano - Waldo Vieira - 10ª Edição 2008 - Editares.

Acesse IIPC: Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia.

PROJECIOLOGIA (Histórico / Períodos) [4 de 7]

PERÍODO EXOTÉRICO DA PROJECIOLOGIA

Exoterismo. doutrina mais recente, ou atitude de espírito moderna que preconiza transmitir o ensinamento da verdade (científica, filosófica) diretamente ao grande público sem restrição (divulgação popular, vulgarização do conhecimento)


Período exotérico.

Sinonímia. abertismo; anti-hermetismo; exteriorismo.

Terceiro. O terceiro período histórico, exotérico, ou inicial-científico da Projeciologia, estende-se de 1905 (Turvey) até 1965 (Crookall), onde sobressaem 7 personalidades ou autores e suas obras, nesta ordem cronológica:

     1. Primeiro: as projeções conscientes, constatadas publicamente, de Vincent Newton Turvey (1873-1912), na Inglaterra.
     2. Segundo: as clarinadas originais de alerta de Prescott Farnsworth Hall, em 1916, nos Estados Unidos da América.
     3. Terceiro: a publicação da experiência de Hugh Callaway (1886-1949), sob o pseudônimo de Oliver Fox, novamente na Inglaterra, em 1920.
     4. Quarto: Johannes E. Hohlemberg, dinamarquês, que comunicou seus experimentos projetivos pessoais ao Primeiro Congresso Internacional de Pesquisas Psíquicas, em Copenhague, Dinamarca, em 1921, e até hoje, em geral, esquecido.
     5. Quinto: Sylvan Joseph Muldoon (1903-1971), a começar de 1929, nos Estados Unidos da América.
     6. Sexto: um livro de Marcel Louis Fohan (“Yram”), na França.
     7. Sétimo: os trabalhos minuciosos de Robert Crookall, notadamente de 1960 a 1965, na Inglaterra.

Desmitificação. Caracterizou-se o período pela abertura, ou exoterismo, do relativo conhecimento do fenômeno da projeção consciente ao grande público (povão), desmitificando (desmitologização) e desmistificando o assunto já bem caracterizado, a esse tempo, pela expressão projeção astral.

Metapsíquica. Esta fase foi o início das projeções induzidas pelo magnetismo animal produzidas pelos pesquisadores da escola francesa de Paris, Hector Durville (1848-1923) e Charles Lancelin (1852-1941), e a popularização ou democratização da projeção consciente através das experiências individuais, melhor recebidas pelas mentalidades abertas, e relatadas em dezenas de obras de profunda significação e autenticidade.

Década. A década de 20, no século XX, foi caracterizada pela eclosão mais firme do fenômeno da projeção consciencial lúcida, o que pode ser lembrado, repetindo, através de 6 nomes de autores e suas obras populares (V. Bibliografia Internacional da Projeciologia):

     1. Fox. Em 1920, o caso de Oliver Fox, citado atrás.
     2. Hohlemberg. Em 1921, Johannes E. Hohlemberg, dinamarquês, também já citado.
     3. Morrell. Em 1924, Ed Morrell lançou o livro, que abalou a Penologia nos Estados Unidos da América, embasado em suas projeções lúcidas na masmorra de San Quentin, Califórnia.
     4. Larsen. Em 1927, Caroline D. Larsen publica as suas “Viagens no Mundo Espiritual” que tratam de suas impressionantes experiências extrafísicas na qualidade de sensitiva militante.
     5. Pelley. Em maio de 1928, o autor William Dudley Pelley lança o seu artigo “Sete Minutos na Eternidade”, na The American Magazine, narrando uma experiência lúcida fora do corpo humano que foi verdadeira bomba publicitária, causando imenso reboliço em torno do assunto.
     6. Muldoon. Em 1929, por fim, Sylvan Joseph Muldoon (1903-1971) lança a obra que se ttornou o maior clássico, mais técnico quanto ao tema: “A Projeção do Corpo Astral” (juntamente, co-autoria, com Hereward Hubert Lavington Carrington).

Parapsicologia. Aqui terminou a Metapsíquica e teve início a Parapsicologia, a partir do Congresso de Utrecht, Holanda, em 1953.


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Extraído do livro: PROJECIOLOGIA Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano - Waldo Vieira - 10ª Edição 2008 - Editares.

Acesse IIPC: Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia.

17 março 2016

PROJECIOLOGIA (Histórico / Períodos) [3 de 7]

PERÍODO ESOTÉRICO DA PROJECIOLOGIA

Esoterismo: doutrina antiga ou atitude de espírito antiquada que preconizava reservar-se o ensinamento da verdade (científica, filosófica ou religiosa) a número restrito e fechado de pessoas escolhidas, em geral através de iniciações limitadas e secretas.


Período esotérico.

Sinonímia: autismo grupal; hermetismo; ocultismo.

Autismo. O esoterismo ou ocultismo era uma espécie de autismo de grupo.

Segundo. O segundo período histórico da Projeciologia, esotérico ou pré-científico, vai desde o Século XV até o Século XIX.

Esotérico. O vocábulo esotérico, como se sabe, significa tudo o que exige, para ser compreendido, uma iniciação limitada a um reduzido círculo de pessoas (segregacionismo, discriminação, sectarismo, facciosismo, elitismo, corporativismo fetal).

Sonegação. Nesta fase, a projeção consciencial lúcida foi caracterizada pelo aspecto prejudicial de forte sonegação de informações adequadas, a seu respeito, perante o público em geral (povão).

Fascínio. Preso à ignorância sobre as condutas eficazes para a sua produção voluntária, o fenômeno projetivo foi encoberto sempre sob espessa cortina de fumaça, sendo mantido como instrumento de dominação política, através do fascínio místico das massas pelo espírito medieval obscurantista, reflexo de séculos – ou talvez seria mais correto escrever milênios – anteriores.

Escondimento. O tema das projeções conscientes era mantido escondido, criminosamente vedado ao grande público – o povão – circulando apenas por estreitíssimos corredores de informação.

Reacionarismo. Sob a ação de poderosíssimas legiões reacionárias, surgiram nesta fase, como nunca, perseguições implacáveis aos sensitivos(as) e projetores(as), a caça generalizada às bruxas, notadamente em toda a Europa, e o predomínio de crendices, dogmas, preconceitos, superstições, tabus e tradições errôneas.

Monopólio. Os métodos empregados para se projetar conscientemente através dos séculos e das gerações sucessivas, neste período esotérico, foram mantidos interditados ao escrutínio do grande público, seguindo uma política ortodoxa, monopolizadora, segregacionista e de casta.

Política. Tal política, calcada na censura, na sonegação de informações e no encobrimento intencional dos fatos, permitia que se abafasse a verdade, proibindo os adeptos e iniciados de falar em público sobre as suas experiências projetivas, e estes jamais diziam nem registravam tudo o que experimentavam e sabiam a respeito dos fenômenos parapsíquicos.

Remanescentes. Observa-se, ainda hoje, remanescentes do acobertamento dos fatos e do hermetismo misantrópico nas técnicas de indução da projeção consciente emanadas dos iogues tibetanos onde sobressaem desinformações com a clara intenção de desencorajar o interesse dos estranhos pelo assunto.

Adulterações. A dissimulação dos fatos torna-se patente pelas inescondíveis adulterações de preceitos e a criação de acobertamentos lançados através de 4 recursos intencionais, espúrios:

     1. Métodos rebuscados (circunlóquios).
     2. Práticas ridículas (excrescências superpostas).
     3. Rituais abstrusos (infantilismos).
     4. Terminologia confusa (jargão primitivo).

Subinformações. O mesmo acontece, por exemplo, com duas categorias de subinformações:

     1. As informações fornecidas pela Sociedade Internacional Rosacruz com respeito à projeção psíquica (sétimo e décimo primeiro estágios).
     2. O fenômeno da bilocação física nos domínios do hagiológio do Vaticano (clericalismo católico).

Ocultismo. Até aquela época, os ensinamentos sobre as projeções conscientes ficavam na sombra, em obstinado silêncio, detrás da muralha do segredo, de posse apenas dos fervorosos adeptos autistas do esoterismo (oriental e ocidental), ou ocultismo, nas sociedades herméticas, fechadas em torno de seus membros, que sempre tiveram repugnância em fazer proselitismo e divulgar os seus conhecimentos.

Princípio. Partiam os ocultistas do princípio, aparentemente lógico, da estratégia de ocultamento, de que toda sua doutrina deveria manter-se deliberadamente escondida, secreta, pois ao ser revelada, obviamente, deixaria de ser oculta.

Repressão. Na verdade, a revelação eliminaria a repressão (doutrinação, condicionamento, lavagem subcerebral, sacralização, coerção intelectual) na sociedade e o espírito segregacionista e discriminatório que mantinham coesos os iniciados em torno dos mesmos princípios, à semelhança das formas de controle social, recompensas ou punições que ajudam a preservar, salvaguardar, mascarar e reforçar o sistema de desigualdades ou as normas de qualquer outra sociedade intrafísica, atrasada, em geral.

Tempo. Contudo, o tempo seguiu à frente, até chegar a ocasião em que tais razões segregacionistas não mais subsistiram, terminando o boicote ao aspecto nitidamente esotérico das práticas projetivas, prevalecendo a racionalidade, o senso de fraternidade e a liberdade de manifestação.

Esclarecimento. As experiências da projeção consciente vieram então trazer esclarecimento, conforto e a certeza razoável das realidades extrafísicas ou multidimensionais para muita gente.

Desocultismo. A Projeciologia, igual a todas as Ciências, tem justamente por função desvelar coisas ocultas (o desocultismo ou abertismo consciencial) e jamais sonegá-las.

Universalismo. As instituições conscienciológicas ou universalistas não defendem a exclusão de consciências, mas defende os excluídos de duas origens e de duas naturezas:

     1. Somática. Os hetero-excluídos: os despossuídos humanos assistidos através da tacon.
     2. Mentalsomática. Os auto-excluídos pelas verdades relativas de ponta: os assediadores, guias cegos e minidissidentes assistidos através da tares.

Saída. Depois que os projetores(as) conscientes foram ridicularizados, perseguidos, aprisionados, castigados, cremados e canonizados, nesta ordem, a projeção consciente pouco a pouco foi saindo de suas caracterizações como se fosse mera manifestação grosseira de bruxaria.

Hagiografia. Por certo tempo, o fenômeno foi incluído entre as visões místicas dos devotos e teólogos, e dentro dos quadros, biografias e narrativas da hagiografia (católica romana).

Marcas. Excluídos os casos de bilocação consciencial, arrolados entre os fenômenos da hagiografia através dos tempos, merecem registro, no Século XVIII, 2 projetores que marcaram a história da Projeciologia:

     1. Say. Primeiro, o ministro americano, quaker, Thomas Say (1709-1796), que deixou relatado, em detalhes, uma projeção consciente produzida quando estava em estado de coma, em 1726.
     2. Swedenborg. A segunda marca na história da Projeciologia no Século XVIII, devemos ao filósofo, teólogo e também vidente sueco, Emanuel Swedenborg (1688-1772).

Precursor. Swedenborg foi o Precursor da Projeciologia, o maior projetor consciente que surgiu até aquela época, pioneiro no recebimento das mensagens de consciexes ou amparadores.

Diários. Na condição de autor, Swedenborg deixou numerosos volumes com relatos de suas experiências, notadamente os “Diarii Spiritualis” (5 volumes), nos quais narra muitas de suas projeções conscientes, iniciadas em 1745 e que se estenderam em séries contínuas até 1765, com elevadas expressões da vida dupla da consciência intrafísica (conscin, Intrafisicologia) quando projetada nas dimensões conscienciais (conscin projetada, Extrafisicologia).

Profeta. O genial escritor francês, Honoré de Balzac (1799-1850) – o Profeta da Projeciologia – anunciou claramente, de modo incontrovertível, o surgimento da nova ciência, antes mesmo do advento do Espiritismo, da Metapsíquica, da Parapsicologia e da Psicotrônica, em 1832.

Afirmações. Balzac colocou na boca do personagem Louis Lambert, da novela psicológica, autobiográfica, com o mesmo título, estas perguntas e afirmações:

     1. Francês. “Si j’étais ici pendant que je dormais dans mon alcôve, ce fait ne constitue-t-il pas une séparation complète entre mon corps et mon être intérieur?” “Or, si mon esprit et mon corps ont pu se quitter pendant le sommeil, pourquoi neles ferais-je pas également divorcer ainsi pendant la veille?” “Ces faits se sont accomplis par la puissance d’une faculté qui met em oeuvre un second être à qui mon corps sert d’enveloppe...” “Si, pendant la nuit... ...dans la plus parfaite immobilité j’ai franchi des espaces, nous aurions des facultés internes, indépendantes des lois physiques extérieures.” “Comment les hommes ont-ils si peu réfléchi jusqu’alors aux accidents du sommeil qui accusent en l’homme une double vie? N’y aurait-il pas une nouvelle science dans ce phénomène?” (Páginas 71 e 72, Éditions Gallimard, 1980. Algumas expressões foram grifadas aqui).

     2. Português. “Se eu estava aqui enquanto dormia na minha alcova, este fato não constitui uma separação completa entre o meu corpo e meu ser interior?” “Ora, se meu espírito e meu corpo puderam separar-se durante o sono, por que não poderei eu divorciá-los igualmente durante a vigília?” “Estes fatos se verificaram pelo poder de uma faculdade que põe em movimento um segundo ser ao qual meu corpo serve de invólucro.” “Se, durante a noite. . . na mais absoluta imobilidade atravessei os espaços, então os homens terão faculdades internas, independentes das leis físicas exteriores.” “Por que terão os homens refletido tão pouco até agora sobre os acidentes do sono que acusam neles uma dupla vida? Não haverá uma nova ciência neste fenômeno?”

Tradução. Como se lê no texto desse volume de Balzac, hoje podemos traduzir tecnicamente algumas das expressões ali empregadas por ele:

     1. Descoincidência. À separação completa dá-se o nome de descoincidência dos veículos de manifestação da consciência ou conscin.
     2. PL. A tal faculdade está sendo chamada pela expressão projetabilidade lúcida (PL).
     3. Psicossoma. O segundo ser, no caso, é o psicossoma, o paracorpo das emoções.
     4. Projeciologia. A nova ciência foi denominada Projeciologia, uma das múltiplas especialidades da Conscienciologia.

Espiritismo. Por fim, a experiência da projeção consciente se firmou na condição do prodígio da “bilocação física” ou da “bicorporeidade”, nos estudos da “emancipação da alma”, expressões estas empregadas freqüentemente por autores do Século XIX, inclusive pelo codificador do Espiritismo, na França, Allan Kardec, ou Leon Hypolite Denizard Rivail (1804-1869).




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Extraído do livro: PROJECIOLOGIA Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano - Waldo Vieira - 10ª Edição 2008 - Editares.

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