DE VOLTA AO PÓ (CREMAÇÃO)
Incineração reduz um corpo de 70 quilos a menos de 1 quilo de cinzas.
1-) O processo de cremação começa quando a pessoa ainda está viva. Ela precisa registrar em cartório a vontade de ter seu corpo transformado em pó. Em relação a um sepultamento comum, as diferenças aparecem depois do velório, quando o caixão não é levado até a cova, mas para uma sala refrigerada. Em alguns crematórios, um elevador se abre no chão e desce com o corpo até o andar de baixo, onde ficam as geladeiras.
2-) No subsolo funciona a chamada câmara fria. No crematório de São Paulo, por exemplo, o cômodo gelado é uma sala revestida de azulejos e com isolamento térmico, onde ficam prateleiras metálicas com capacidade para até 4 caixões. Os corpos passam 24 horas no frio. Nesse período, a família ou a polícia podem requisitar o corpo de volta, no caso de mortes violentas como assassinatos.
3-) Depois de um dia na geladeira, o cadáver entra em um forno com todas as roupas e ainda dentro do caixão – apenas as alças de metal são retiradas. Sustentado por uma bandeja que impede o contato direto com o fogo, o caixão é submetido a uma temperatura de 1.200 ºC. Esse calor faz a madeira do caixão e as células do corpo evaporarem ou volatilizarem, passando direto do estado sólido para o gasoso. O cadáver começa a sumir.
4-) Depois de até duas horas no forno, apenas partículas inorgânicas como os óxidos de cálcio que formam os ossos resistem à onda de calor. Esses restos são colocados no chamado moinho, uma espécie de liquidificador que tritura os ossos com bolas de metal que chacoalham de um lado para o outro.
5-) O moinho funciona por cerca de 25 minutos. Depois dessa etapa, as cinzas em pó são guardadas em urnas e entregues à família do morto. No final do processo, uma pessoa de 70 quilos fica reduzida a menos de um quilo de pó. Em uma cidade como São Paulo, uma cremação custa a partir de R$ 105,00 (cento e cinco reais) ou US$ 60,00 (sessenta dólares), metade do preço de um enterro simples.
Dust - Pó.
Um corpo inteiro, obeso ou magro, velho ou jovem, com cabelos, roupas, ossos e vísceras em questão de segundos transforma-se em alguns resíduos. Cinzas dão lugar ao personagem que saiu da vida para retornar à natureza em forma de carbono: isto é, basicamente, o que acontece na cremação de um morto.
As temperaturas dos crematórios excedem os 1000ºC, o que é possível derreter até metais, que dirá o nosso frágil corpo nessa tradição milenar que é a cremação.
Felizmente, no Brasil a Constituição garante o direito à cremação, bastando para isso que a pessoa deixe esse pedido devidamente registrado em cartório – embora, parece-me, que ainda precisa de testemunhas.
Em termos econômicos a cremação é muito mais viável, custando na faixa de R$100,00 a R$150,00 nos crematórios públicos, por outro lado, um serviço de enterro tradicional dos mais simples não vai sair por menos de R$250,00.
O processo é rápido e não é dolorido – claro. Antes que o morto seja levado ao forno, ele passa um período em uma câmara de refrigeração que serve como uma espécie de “pausa” para fins de IML e outros empecilhos familiares que poderá ocorrer. Após, o morto, dentro de um caixão, é levado a uma temperatura de 1200ºC que transforma-o do estado sólido para o gasoso imediatamente. Depois de cerca de 2 horas o estado gasoso passa a se solidificar, tais restos ainda passam por um triturador e por fim, a famosa caixinha com as cinzas do morto é entregue ao responsável (tem um prazo para reclamar as cinzas).
Uma pessoa com média de 75 kg ficará reduzida a menos de 1kg de pó! – O meio ambiente agradece!
Em São Paulo, contamos com um dos maiores crematórios do mundo, localizado na Vila Alpina (zona leste), fundado em 1974 o local realiza cerca de 10 cremações por dia.
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