10 dezembro 2013
ONDE PODE EXISTIR VIDA FORA DA TERRA?
Onde pode existir vida fora da Terra?
Marte é o mais investigado na busca por vida fora da Terra. O robô Curiosity, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), que está no planeta vermelho desde agosto de 2012, já achou vestígios que indicam que pode ter existido vida microbiana no passado. Os cientistas identificaram enxofre, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, fósforo e carbono - alguns dos ingredientes químicos essenciais para a vida - no pó retirado do solo marciano.
Europa, lua de Júpiter, é uma das grandes candidatas a abrigar vida no nosso Sistema Solar. Já se sabe que ela tem água líquida abaixo da espessa camada de gelo de sua superfície. Há também outros elementos favoráveis à vida como gás carbônico, água oxigenada e enxofre. Na imagem, uma concepção artística mostra a água sob camada de gelo na lua e Júpiter ao fundo.
Io, uma das grandes lua de Júpiter, possui características diferentes das demais: sua superfície é cheia de vulcões e rica em enxofre. Por outro lado, o satélite parece possuir água e atmosfera (fraca, mas existe), de acordo com dados da sonda Galileo, e poderia ter uma forma de vida diferente das que estamos acostumados na Terra.
Já Enceladus, lua de Saturno, é outra candidata a abrigar vida no Sistema Solar. Foram encontrados gêiseres de água (em vapor), mas as possibilidades aqui são menores do que em Europa, lua de Júpiter, por exemplo. O satélite é uma bola de gelo e possui uma paisagem diferente de outras luas e planetas, com ranhuras e colinas, mas não crateras. Na imagem da direita, é possível ver nuvens de cristais de gelo, o que pode indicar a existência de um mar abaixo da superfície -- a presença de água é a primeira grande característica favorável à vida. Há também atmosfera, outra característica essencial. A lua é tão branca que reflete cerca de 99% da luz que recebe do planeta e só uma pequena porção dela é iluminada diretamente pelo Sol; por isso, a temperatura na superfície é de -201 graus Celsius. Apesar disto, o polo Sul dessa lua é mais quente, o que indica uma fonte de calor interna.
Titã, a maior lua de Saturno, também possui água e, por isso, é tida como um local possivelmente habitável. Entretanto, possui muito metano, o que obrigaria a existência de uma forma de vida diferente da que encontramos na Terra. Ela também possui atmosfera marrom alaranjada e elementos químicos complexos, como hidrocarbonetos. Na imagem da direita, é possível ver a atmosfera e pequenos grãos de areia do satélite.
Já fora do Sistema Solar, os grandes candidatos a abrigar vida são os "Keplers", exoplanetas descobertos pelo telescópio da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). Esta concepção artística compara os tamanhos dos exoplanetas Kepler-22b, Kepler-69c, Kepler-62e e Kepler-62f com o da Terra. Todos estão na zona habitável de suas respectivas estrelas.
O sistema planetário Kepler-62 possui cinco planetas a 1.200 anos-luz da Terra, na constelação de Lira, sendo dois deles na zona habitável, Kepler-62f e Kepler-62e. Os outros três planetas são muito quentes e, por isso, inóspitos para a vida. A estrela do sistema mede 2/3 do nosso Sol e é mais fria e velha do que ele. Neste esquema da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), é possível comparar a zona habitável do sistema Kepler-62 com a do nosso Sistema Solar -- que vai de Vênus até além de Marte.
O Kepler-62e (em concepção artística na imagem acima) é 60% maior do que a Terra e está a 1.200 anos-luz de distância, na zona habitável de seu sistema planetário. Sua órbita é de 122 dias e o coloca em uma região em que sua temperatura seria favorável à vida; entretanto, os cientistas não sabem se o planeta tem água ou uma superfície sólida.
O Kepler-62f (em concepção artística na imagem) é um planeta 40% maior do que a Terra, a 1.200 anos-luz de distância. A órbita em torno de seu sol é de 267 dias, o que o coloca na zona habitável do sistema planetário. Seu tamanho é conhecido, mas a composição não, apesar de os cientistas acreditarem que ele é rochoso.
O sistema planetário Kepler-69 possui dois planetas a 2.700 anos-luz da Terra, na constelação de Cisne, sendo um deles na zona habitável, Kepler-69c. Neste esquema da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), é possível comparar a zona habitável do sistema Kepler-62 com a do nosso Sistema Solar -- que vai de Vênus até além de Marte.
O Kepler-69c (em concepção artística na imagem) é tido como um super-Vênus, a 2.700 anos-luz da Terra. Ele é 70% maior do que nosso planeta e está na zona habitável de seu sistema planetário, com órbita de 242 dias, o que o coloca na região que fica Vênus em nosso Sistema Solar.
Exoplaneta 581d, que gira ao redor da estrela-anã Gliese 581, é sete vezes mais maciço que a Terra e aparentemente rochoso. Detectado em 2007, a 20 anos-luz do nosso planeta, ele foi considerado na ocasião frio demais para ser "habitável", categoria que alcançou apenas em 2011.
Astrônomos encontraram evidências da existência de ao menos seis planetas ao redor da estrela Gliese 667C, localizada na constelação do Escorpião, a 22 anos-luz de distância, segundo o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês). Três deles são "super Terras" (eles têm mais massa do que o nosso planeta, mas são menos massivos do que Urano ou Netuno, por exemplo) que orbitam uma região onde a água pode existir sob forma líquida e com temperatura adequada, o que os faz bons candidatos à presença de vida como a conhecemos. Esta é a primeira vez que três corpos são descobertos na zona habitável de um mesmo sistema planetário, destaca o ESO.
Concepção artística mostra o sistema planetário da estrela Gliese 667C, localizada na constelação do Escorpião, a 22 anos-luz de distância. Estudos anteriores já haviam descoberto que a estrela acolhia três planetas (b, c e d), sendo que um deles estava na zona habitável (mancha verde). Como a Gliese 667C é muito mais fria e tênue do que o nosso Sol, a zona habitável fica dentro de uma órbita do tamanho da de Mercúrio, ou seja, muito mais próxima da estrela do que ocorre no Sistema Solar. Agora, uma equipe internacional de astrônomos voltou a estudar o sistema e encontrou evidências da existência de ao menos seis exoplanetas (falta confirmação do h), aumentando para três o número de candidatos com chances de abrigar vida fora da Terra.
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