24 fevereiro 2013

DERIVA CONTINENTAL


Deriva Continental é o nome de uma teoria, também conhecida como Teoria Tectônica de Placas que trata do movimento dos continentes pelo globo terrestre. Afirma tal teoria que as terras emersas do nosso planeta vêm se movimentando desde sua consolidação, e continuam tal deslocamento, em grande parte influência da ação no núcleo incandescente da Terra. Assim, as posições que os continentes e ilhas do planeta ocupam hoje no mapa eram e serão bem diferentes da configuração que apresentam hoje, ou seja, os continentes estão à deriva pelo oceano, em movimento sem direção determinada.

A Deriva Continental: de 250 milhões de anos atrás até os dias de hoje.

A ideia da deriva continental é formalmente reconhecida quando o geógrafo Antonio Snider-Pellegrini publicou em 1858 um mapa unindo os litorais ocidental da África e o oriental da América do Sul, dando a entender que a América do Sul “descolou-se” do continente africano para seguir uma rota própria. Em 1910 o geólogo americano Taylor publica uma teoria sobre a formação das cadeias de montanhas ligando a sua ocorrência à mesma ideia de deriva dos continentes. Assim, como se fosse uma folha de papel amassada, o terreno em movimento, ao encontrar uma resistência qualquer, iria redobrar-se em inúmeras falhas causando protuberâncias destacáveis.

Logo a seguir, em 1915, o meteorologista alemão Alfred Wegener publica seus estudos acerca da ideia de deriva continental, que tinha por base a justaposição dos continentes (observação dos “recortes” de cada litoral e os determinados locais onde estes combinam), magnetismo, paleoclimas (climas de eras anteriores) e evidências fósseis.

Wegener mesclava assim conceitos e evidências de várias disciplinas, como a geologia, geofísica, paleoclimatologia, paleontologia e biogeografia. Infelizmente seus estudos permaneceriam desconhecidos do público em geral e do grosso da comunidade científica por quase 50 anos, sendo aceita somente na década de 60 devido ao sistemático mapeamento das águas profundas, descoberta das fossas abissais, paleomagnetismo das rochas oceânicas, entre outros progressos em áreas relacionadas. Vale mencionar que o aperfeiçoamento do submarino, dos sonares e do fatômetro à época da Segunda Guerra Mundial ajudaria no melhor conhecimento dos pisos oceânicos, comprovando vários pontos da teoria de Wegener.

Enfim, com o progresso dos equipamentos de exploração e medição, elaborou-se uma teoria para a movimentação dos continentes, que relaciona o movimento das placas oceânicas e os geossinclismos, chamada de “Teoria de Expansão do Assoalho Oceânico” de 1961, formulada por Dietz, que estabelece que a medida em que uma placa tectônica desloca-se de seu ponto de origem, esta sofre esfriamento, tornando-se mais densa até encontrar-se com as placas continentais, formando as fendas, incorporando-se assim ao manto por ser mais densa, em um ciclo constante. Estas fendas recebem o nome de zonas de subducção.

Os estudos de paleomagnetismo, ou seja, estudo da orientação de cristais de rochas através do tempo, sua formação e seus padrões, fez com que a teoria da deriva continental deixasse de ser uma teoria para tornar-se fato comprovado.

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