Com a II Guerra Mundial os Flechas de Prata só voltaram a correr em 1954, graças ao esforço da Mercedes-Benz, que retornou às pistas com o W196. Com alta tecnologia da época, os W196 deixaram todos os outros carros obsoletos. A Mercedes-Benz não economizou dinheiro no desenvolvimento de seus novos modelos. Havia dois tipos de carrocerias: uma tradicional e outra usada somente em circuitos de alta velocidade, que cobria as rodas. Os W196 dominaram as temporadas de 1954 e 1955 da Fórmula 1.
(1) Juan Manuel Fangio com um "Flecha de Prata" no GP da Inglaterra de 1955;
(2) Stirling Moss (hoje em dia octogenário 2012) com um dos "Flechas de Prata" com carroceria para pistas rápidas, que ele pilotou na Fórmula 1 dos anos 50;
(3) Cartaz do GP da Itália de 1954 com ilustrações dos "Flechas de Prata".
No inicio da temporada de 1954 da Fórmula 1, a Mercedes-Benz não estava pronta para a prova inaugural e autorizou Juan Manuel Fangio a iniciar a temporada na Maserati onde ganhou na Argentina e na Bélgica, provas que antecederam a estréia vitoriosa dos Flechas de Prata no Grande Prêmio de França, realizado em Reims.
Os W196, permitiram à Mercedes-Benz regressar em grande estilo às grandes competições mundiais em 1954. No primeiro ano os W196 apenas foram derrotados duas vezes pela Ferrari, equipe que em 1955, apenas bateu os "Flechas de Prata" no G.P. do Mônaco. Os resultados dos W196 em 1955 foram 5 vitórias em 7 provas disputadas, perdendo somente em Mônaco e Indianápolis.
A Mercedes-Benz retira-se do mundial após o trágico acidente nas 24 do Le Mans de 1955 com um Mercedes-Benz 300SLR pilotado pelo francês Pierre Levegh, matando inclusive muitos espectadores. Termina assim a participação dos "Flechas de Prata" na Fórmula 1 entre 1954 e 1955 (totalizando 12 Grandes Prêmios).
TEXTO COMPLEMENTAR
Os "FLECHA DE PRATA - SILVER ARROW" começaram na década de 30. MERCEDES-BENZ e AUTO-UNION, apoiados pelo governo Alemão criaram carros imbatíveis que disputavam entre si o domínio das pistas. Com carrocerias de alumínio polido (sem pintura), eles entraram para a história como os FLECHAS DE PRATA. O primeiro, chamado W125, tinha chassis de liga de aço com cromo, níquel e molibdênio e carroceria de alumínio. Até aquele ano os Mercedes de corrida eram pintados de branco, a cor da Alemanha para as competições. Como o carro estava com peso acima do permitido pelo regulamento, os engenheiros rasparam toda a tinta, deixando os carros com o alumínio da carroceria reluzindo. Os “FLECHAS DE PRATA” ganharam sete das doze provas que disputaram, com a primeira vitória em Trípoli.
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