09 abril 2025

◙ UNIDADE ASTRONÔMICA

◙ UNIDADE ASTRONÔMICA (UA)


A unidade astronômica (UA) é uma unidade de medida que representa a distância média entre a Terra e o Sol. 1 UA é igual a 149.597.870,7 km. A unidade astronômica é frequentemente usada na astronomia para expressar distâncias dentro do Sistema Solar.


1 ASTRONOMICAL UNIT:

= 149,597,870,700 metres (by definition)

= 149,597,870.7 kilometres (exactly)

≈ 92,955,807.2730 miles

≈ 499.004783836 light-seconds

≈ 1.58125074098×10−5 light-years

≈ 4.84813681113×10−6 parsecs


Contextualização

Ao observar o céu e estudar o universo, os astrônomos lidam com distâncias que são tão vastas que medir em quilômetros se torna impraticável. Para resolver esse problema, os cientistas utilizam unidades especiais que facilitam a compreensão e a comunicação dessas distâncias. Uma dessas unidades é a Unidade Astronômica (UA), que é a distância média entre a Terra e o Sol, aproximadamente 149,6 milhões de quilômetros.

A Unidade Astronômica é uma ferramenta essencial na astronomia, pois permite medir e comunicar de forma mais manejável as distâncias entre os corpos celestes dentro do Sistema Solar. Sem essa unidade padrão, seria extremamente complexo lidar com números tão grandes e entender as vastas escalas envolvidas. A UA ajuda a simplificar cálculos e proporciona uma maneira padronizada de representar essas enormes distâncias.


Definição da Unidade Astronômica (UA)

A Unidade Astronômica (UA) é a distância média entre a Terra e o Sol, que é aproximadamente 149,6 milhões de quilômetros. Esta definição surgiu da necessidade de simplificar a medição de distâncias dentro do Sistema Solar, considerando que medir em quilômetros resulta em números extremamente grandes e difíceis de manusear.

A UA facilita a comunicação e o entendimento das distâncias entre os corpos celestes, tornando mais prático e eficiente o estudo das escalas astronômicas. Sem essa unidade padrão, seria complexo realizar cálculos e interpretar os dados relacionados às posições e movimentos dos planetas.

Além disso, a UA é uma unidade fundamental na astronomia, pois serve como base para outras medidas de distância, como o ano-luz e o parsec. Ela proporciona um ponto de referência comum que é crucial para a comparação e conversão entre diferentes unidades astronômicas.

  • A UA é aproximadamente 149,6 milhões de quilômetros.
  • Facilita a medição e comunicação de distâncias no Sistema Solar.
  • Serve como base para outras unidades de medida astronômicas.


História e Necessidade da Unidade Astronômica

A necessidade de uma unidade padrão como a Unidade Astronômica surgiu devido à imensidão do espaço e à dificuldade de lidar com números extremamente grandes. Antes da introdução da UA, medições em quilômetros eram impraticáveis e complicadas, dificultando o trabalho dos astrônomos e cientistas.

Historicamente, a definição da UA foi estabelecida com base na órbita da Terra em torno do Sol. Com o tempo, avanços tecnológicos e científicos permitiram medições mais precisas, consolidando a UA como uma unidade essencial na astronomia moderna.

A UA não só simplifica a comunicação entre cientistas, mas também facilita o ensino e o entendimento das escalas astronômicas por estudantes e pelo público em geral. Ela é uma ferramenta indispensável que contribui para a precisão e clareza nas pesquisas e estudos astronômicos.

  • Surgiu da necessidade de lidar com distâncias muito grandes.
  • Baseada na órbita da Terra em torno do Sol.
  • Facilita a comunicação e o entendimento das escalas astronômicas.


Conversão de Distâncias para Unidade Astronômica

Converter distâncias de quilômetros para Unidades Astronômicas é um processo simples que envolve dividir a distância em quilômetros pela distância média da Terra ao Sol (149,6 milhões de quilômetros). Por exemplo, para converter 300 milhões de quilômetros para UA, dividimos 300 milhões por 149,6 milhões, resultando aproximadamente em 2,01 UA.

Esta conversão é fundamental para facilitar a compreensão e a comunicação das distâncias dentro do Sistema Solar. Utilizando a UA, cientistas e estudantes conseguem trabalhar com números mais manejáveis e comparáveis, o que simplifica a análise e o estudo das distâncias astronômicas.

Praticar a conversão de distâncias para unidades astronômicas é uma habilidade importante para os alunos, pois reforça a compreensão da escala das distâncias no espaço e promove o desenvolvimento de habilidades matemáticas aplicadas à astronomia.

  • Dividir a distância em quilômetros por 149,6 milhões para converter para UA.
  • Facilita a compreensão e comunicação das distâncias no Sistema Solar.
  • Promove a compreensão da escala das distâncias no espaço.


Aplicações da Unidade Astronômica

A Unidade Astronômica é amplamente utilizada na astronomia para medir e comunicar distâncias dentro do Sistema Solar. Por exemplo, a distância média de Marte ao Sol é de aproximadamente 1,52 UA, e a distância média de Júpiter ao Sol é de cerca de 5,2 UA. Essas medidas ajudam a compreender melhor as posições e órbitas dos planetas.

Além das distâncias planetárias, a UA é utilizada em diversas pesquisas astronômicas, como a determinação das órbitas de asteroides e cometas, e na missão de sondas espaciais. Conhecer as distâncias em UA facilita a elaboração de trajetórias e a realização de cálculos precisos para viagens espaciais.

A UA também serve como base de referência para outras unidades de medida maiores, como o ano-luz (a distância que a luz percorre em um ano) e o parsec (aproximadamente 3,26 anos-luz). Essa hierarquia de unidades permite uma compreensão mais ampla das escalas astronômicas além do Sistema Solar.

  • Utilizada para medir distâncias dentro do Sistema Solar.
  • Facilita a determinação de órbitas e trajetórias de sondas espaciais.
  • Base de referência para unidades maiores como ano-luz e parsec.


Distâncias dos planetas do sistema solar em unidades astronômicas



Para não esquecer

  • Unidade Astronômica: Distância média entre a Terra e o Sol, aproximadamente 149,6 milhões de quilômetros.
  • Ano-luz: Distância que a luz percorre em um ano, aproximadamente 9,46 trilhões de quilômetros.
  • Parsec: Unidade de medida de distância equivalente a aproximadamente 3,26 anos-luz.
  • Distâncias Astronômicas: Medidas utilizadas para descrever as distâncias entre corpos celestes.
  • Conversão de Distâncias: Processo de transformar medidas de quilômetros para Unidades Astronômicas.


Conclusão

A Unidade Astronômica (UA) é uma ferramenta essencial na astronomia que simplifica a medição e a comunicação das vastas distâncias no espaço. Definida como a distância média entre a Terra e o Sol, aproximadamente 149,6 milhões de quilômetros, a UA permite que cientistas e estudantes trabalhem com números mais manejáveis e comparáveis, facilitando a análise e o estudo das escalas astronômicas.

A necessidade da UA surgiu devido à imensidão do espaço e à dificuldade de lidar com números extremamente grandes usando quilômetros. A UA não só simplifica a comunicação entre cientistas, mas também facilita o ensino e o entendimento das escalas astronômicas. Ela é uma unidade fundamental que serve de base para outras medidas, como o ano-luz e o parsec.

As aplicações práticas da UA incluem a medição de distâncias entre planetas no Sistema Solar e a determinação de órbitas de asteroides e cometas. Conhecer as distâncias em UA é crucial para a elaboração de trajetórias e cálculos precisos em missões espaciais. Compreender a UA ajuda a explorar melhor o cosmos e contribui para o avanço da astronomia e outras áreas relacionadas.


Fontes de pesquisas: TEACHY, Wikipedia - astronomical unit.



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08 abril 2025

◙ VÊNUS (Parte 1 de 2)

◙ VÊNUS


Trânsito de Vênus à frente do Sol.


Vênus é o segundo planeta do Sistema Solar em ordem de distância a partir do Sol, orbitando-o a cada 224,7 dias. Recebeu seu nome em homenagem à deusa romana do amor e da beleza Vénus, equivalente a Afrodite. Depois da Lua, é o objeto mais brilhante do céu noturno, atingindo uma magnitude aparente de -4,6, o suficiente para produzir sombras. A distância média da Terra a Vênus é de 0,28 AU, sendo esta a menor distância entre qualquer par de planetas. Como Vénus se encontra mais próximo do Sol do que a Terra, ele pode ser visto aproximadamente na mesma direção do Sol (sua maior elongação é de 47,8°). Vénus atinge seu brilho máximo algumas horas antes da alvorada ou depois do ocaso, sendo por isso conhecido como a estrela da manhã (Estrela-d'Alva) ou estrela da tarde (Vésper); também é chamado Estrela do Pastor.

Vénus é considerado um planeta do tipo terrestre ou telúrico, chamado com frequência de planeta irmão da Terra, já que ambos são similares quanto ao tamanho, massa e composição. Vénus é coberto por uma camada opaca de nuvens de ácido sulfúrico altamente reflexivas, impedindo que a sua superfície seja vista do espaço na luz visível. Ele possui a mais densa atmosfera entre todos os planetas terrestres do Sistema Solar, constituída principalmente de dióxido de carbono. Vénus não possui um ciclo do carbono para fixar o carbono em rochas ou outros componentes da superfície, nem parece ter vida orgânica para absorvê-lo como biomassa. Acredita-se que no passado Vénus possuía oceanos como os da Terra, que se evaporaram quando a temperatura se elevou, restando uma paisagem desértica, seca e poeirenta, com muitas pedras em forma de placas. A água provavelmente se dissociou e, devido à inexistência de um campo magnético, o hidrogênio foi arrastado para o espaço interplanetário pelo vento solar. A pressão atmosférica na superfície do planeta é 92 vezes a da Terra.


VÊNUS.


A superfície venusiana foi objeto de especulação até que alguns dos seus segredos foram revelados pela ciência planetária no século XX. Ele foi finalmente mapeado em detalhes pelo Programa Magellan de 1990 a 1994. O solo apresenta evidências de extenso vulcanismo e o enxofre na atmosfera pode indicar que houve algumas erupções recentes. Entretanto, a falta de evidência de fluxo de lava acompanhando algumas das caldeiras visíveis permanece um enigma. O planeta possui poucas crateras de impacto, demonstrando que a superfície é relativamente jovem, com idade de aproximadamente 300-600 milhões de anos. Não há evidência de placas tectônicas, possivelmente porque a crosta é muito forte para ser reduzida, sem água para torná-la menos viscosa. Em vez disso, Vénus pode perder seu calor interno em eventos periódicos de reposição da superfície


CARACTERÍSTICAS FÍSICAS

Vénus é um dos quatro planetas terrestres do Sistema Solar, significando que, como a Terra, ele é um corpo rochoso. Em tamanho e massa, ele é muito similar ao nosso planeta. O diâmetro de Vénus é apenas 650 km menor e sua massa é 81,5% da massa da Terra. Entretanto, as condições na superfície venusiana diferem radicalmente daquelas na Terra, devido à sua densa atmosfera de dióxido de carbono. A massa da atmosfera de Vénus é composta em 96,5% de dióxido de carbono, sendo o nitrogênio a maior parte do restante.

Estrutura interna

Sem dados sísmicos ou conhecimento do seu momento de inércia, existe pouca informação sobre a estrutura interna e a geoquímica de Vénus. Entretanto, a similaridade em tamanho e densidade entre Vénus e a Terra sugere que eles possuem uma estrutura interna similar: núcleo, manto e crosta. O núcleo de Vénus é, como o da Terra, pelo menos parcialmente líquido, porque os dois planetas têm se resfriado mais ou menos na mesma taxa. O tamanho ligeiramente menor de Vénus sugere que as pressões são significativamente menores no seu interior do que na Terra. A principal diferença entre os dois planetas é a inexistência de placas tectônicas em Vénus, provavelmente devido à superfície e manto secos. Isto resulta em uma reduzida perda de calor pelo planeta, impedindo-o de se resfriar, e é a provável explicação para a falta de um campo magnético gerado internamente.

Geografia

Cerca de 80% da superfície de Vénus é coberta por suaves planícies vulcânicas, sendo que 70% são planícies com cadeias enrugadas e 10% são planícies suaves ou lobuladas. Duas mesetas principais em forma de continentes compõem o restante da superfície, uma situando-se no hemisfério norte e a outra logo ao sul do equador. A meseta ao norte é chamada de Ishtar Terra, em homenagem a Ishtar, a deusa babilônica do amor, e tem aproximadamente a superfície da Austrália. Maxwell Montes, a montanha mais alta de Vénus, fica em Ishtar Terra. Seu pico fica 11 km acima da elevação média da superfície venusiana. O continente meridional é chamado de Afrodite Terra, em homenagem à deusa grega do amor, e é a maior das duas mesetas, com o tamanho aproximado da América do Sul. Uma rede de fraturas e falhas cobre a maior parte desta área.

Geologia da superfície

Além das crateras de impacto, montanhas e vales comumente encontrados nos planetas rochosos, Vénus reúne um conjunto de acidentes geográficos únicos. Entre esses, há vulcões com topo plano, chamados farras, que se parecem com panquecas e têm diâmetro variando entre 20 e 50 km e altura de 100 a 1 000 m; sistemas de fraturas radiais estrelados, chamados novae; acidentes geográficos com fraturas radiais e concêntricas parecendo teias de aranha, conhecidos como aracnoides; e coronae, anéis circulares de fraturas às vezes cercados por depressões. Esses acidentes têm origem vulcânica.

A maior parte dos acidentes geográficos venusianos recebe o nome de mulheres históricas e mitológicas. Exceções são o Maxwell Montes, em homenagem a James Clerk Maxwell, e as regiões altas Alpha Regio, Beta Regio e Ovda Regio. Esses acidentes foram nomeados antes da adoção do sistema atual pela União Astronômica Internacional, a organização que administra a nomenclatura planetária.

As longitudes das características físicas em Vénus são expressas em relação à linha do meridiano principal. A linha do meridiano inicialmente passava pela mancha clara ao radar no centro do acidente oval Eva, localizado ao sul de Alpha Regio.[19] Depois das missões Venera, a linha do meridiano foi redefinida para passar pelo pico central da cratera Ariadne.




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05 abril 2025

Mosaic of Euclid observations in the Southern Sky

On 15 October 2024, ESA’s Euclid space mission revealed the first piece of its great map of the Universe, showing millions of stars and galaxies.

This first chunk of the map, which is a huge mosaic of 208 gigapixels, was revealed at the International Astronautical Congress in Milan, Italy, by ESA’s Director General Josef Aschbacher and Director of Science Carole Mundell.



The mosaic contains 260 observations made between 25 March and 8 April 2024. In just two weeks, Euclid covered 132 square degrees of the Southern Sky in pristine detail, more than 500 times the area of the full Moon.


Euclid’s mosaic explained

This mosaic accounts for 1% of the wide survey that Euclid will capture over six years. During this survey, the telescope observes the shapes, distances and motions of billions of galaxies out to 10 billion light-years [1]. By doing this, it will create the largest cosmic 3D map ever made.


Euclid’s mosaic on Gaia and Planck sky map

This first piece of the map already contains around 100 million sources: stars in our Milky Way and galaxies beyond. Some 14 million of these galaxies could be used to study the hidden influence of dark matter and dark energy on the Universe.[2]

“This stunning image is the first piece of a map that in six years will reveal more than one third of the sky. This is just 1% of the map, and yet it is full of a variety of sources that will help scientists discover new ways to describe the Universe,” says Valeria Pettorino, Euclid Project Scientist at ESA.

The spacecraft’s sensitive cameras captured an incredible number of objects in great detail. Zooming very deep into the mosaic (this image is enlarged 600 times compared to the full view), we can still clearly see the intricate structure of a spiral galaxy.


CLICK HERE - Zoom into the first page of ESA Euclid’s great cosmic atlas.


A special feature visible in the mosaic are dim clouds in between the stars in our own galaxy, they appear in light blue against the black background of space. They are a mix of gas and dust, also called “galactic cirrus” because they look like cirrus clouds. Euclid is able to see these clouds with its super sensitive visible light camera because they reflect optical light from the Milky Way. The clouds also shine in far-infrared light, as seen by ESA’s Planck mission.

The mosaic released today is a teaser for what’s to come from the Euclid mission. Since the mission started its routine science observations in February, 12% of the survey has been completed. The release of 53 square degrees of the survey, including a preview the Euclid Deep Field areas, is planned for March 2025. The mission’s first year of cosmology data will be released to the community in 2026.


Notes

[1] When we refer to distances in light-years, we refer to the time that the light has travelled in space to reach our telescopes (light travel time).

[2] The 14 million galaxies are galaxies that are bright enough for Euclid to measure their distorted shapes (gravitational lensing) and learn more about the dark matter distribution in our Universe. Euclid's map of the distribution of galaxies over cosmic time will also teach us about dark energy, which affects how quickly the Universe expands. 


About Euclid

Euclid was launched in July 2023 and started its routine science observations on 14 February 2024. In November 2023 and May 2024, the world got its first glimpses of the quality of Euclid’s images.

Euclid is a European mission, built and operated by ESA, with contributions from NASA. The Euclid Consortium – consisting of more than 2000 scientists from 300 institutes in 15 European countries, the USA, Canada and Japan – is responsible for providing the scientific instruments and scientific data analysis. ESA selected Thales Alenia Space as prime contractor for the construction of the satellite and its service module, with Airbus Defence and Space chosen to develop the payload module, including the telescope. NASA provided the detectors of the Near-Infrared Spectrometer and Photometer, NISP. Euclid is a medium-class mission in ESA’s Cosmic Vision Programme.


CREDIT: ESA/Euclid/Euclid Consortium/NASA, CEA Paris-Saclay, image processing by J.-C. Cuillandre, E. Bertin, G. Anselmi




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