26 agosto 2014

IIPC e EDITARES na BIENAL DO LIVRO 2014

Por se tratar de Instituição muito séria, faço divulgação de mais um importante evento.

IIPC e Editares na Bienal do Livro

Convidam você a visitar a BIENAL do LIVRO 2014.
De 22 a 31 de Agosto de 2014 - Pavilhão Anhembi - SP.


Resumo do conteúdo em exposição (clique na imagem para ampliar).

Vá fazer uma visita e aproveite o desconto de 20% em todos os títulos da Conscienciologia. Programe-se!

O IIPC e a EDITARES estão no corredor M, estande M601.
Já está em andamento, mas ainda dá tempo!

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15 agosto 2014

ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO (Significado)

Éon geológico

Os geólogos se referem a um Éon como a maior subdivisão de tempo na escala de tempo geológico.

Apesar da proposta feita, em 1957, de se definir "aeon" como sendo uma unidade de tempo igual a um bilhão de anos (1 Ga - mil milhões de anos), a ideia não foi aceita como sendo uma unidade de medida científica e é raramente usada para especificar um período exato de tempo.

Etimologia

Origem Grega: a palavra em português éon é oriunda do termo em Grego "aion", que significa "era" ou "força vital".

Origem Latina: um termo similar em Latim é "aevum" que significa "era" e está presente na construção de palavras como "longevidade" e "medieval". (em inglês)

Convenções atuais

A Comissão Internacional sobre Estratigrafia reconhece em sua Tabela Cronoestratigráfica Internacional quatro éons:

Hádico: inspirado no deus do mundo inferior na mitologia grega Hades, este período vai da formação da Terra (4,6 bilhões de anos, aproximadamente) até o início do processo de formação das rochas que marcou o início do período Arcaico.
Arcaico: compreendido entre 4 e 2,5 bilhões de anos atrás, aproximadamente, marcada pela atividade vulcânica e fluxo de calor três vezes maior que o atual.
Proterozoico: do Latim ("primeira vida") está compreendido entre 2,5 bilhões e 541 milhões de anos e compreende o período onde houve acúmulo de oxigênio na atmosfera (atribuído às algas azuis).
Fanerozoico: Começou cerca de 550 milhões de anos e se estende até hoje. Abrange o período de tempo em que animais com cascos duros que se fossilizariam eram abundantes.

Relógio Geológico.

Era geológica

Uma era geológica é a divisão de um éon na escala de tempo geológico. As eras geológicas podem ser subdivididas em períodos. A entidade responsável pela definição e classificação das eras geológicas é a The International Commission on Stratigraphy (ICS) (Comissão Internacional de Estratigrafia) que, por sua vez, é o maior corpo científico dentro da International Union of Geological Sciences (União Internacional das Ciências Geológicas).

Eras

Das mais antigas para as mais jovens as eras geológicas são as seguintes:

Eon Hadeano - Dificilmente pode ser caracterizado em escala temporal, tendo somente como prova de sua existência as rochas lunares. O mais antigo eon, não possui subdivisão formal pela ICS.

Eon Arqueano ou Arcaico - entre 3,85 bilhões de anos e 2,5 bilhões de anos atrás, aproximadamente:

Era Eoarqueana
Era Paleoarqueana
Era Mesoarqueana
Era Neoarqueana

Eon Proterozóico (vida primitiva) - está compreendido entre 2,5 bilhões e 542 milhões de anos atrás:

Era Paleoproterozóica
Era Mesoproterozóica
Era Neoproterozóica

Eon Fanerozóico - 542 milhões de anos atrás até agora:

Era Paleozóica: vida antiga
Era Mesozóica: vida intermediária
Era Cenozóica: vida recente

Referências

As eras geológicas são divisões da escala de tempo geológico que podem ser subdivididos em períodos a fim de se conhecer a longa vida do planeta. As eras são caracterizadas pelas formas em que os continentes e os oceanos se distribuíam e os seres viventes que neles se encontravam Da mesma maneira que o historiador faz a reconstituição da história do homem, a geologia histórica, que é um ramo da ciência geológica, faz a reconstituição da história da Terra. Para o historiador fazer a reconstituição da história do homem, ele se baseia nas fontes históricas. Por exemplo, os objetos, os documentos e ruínas de aldeias e cidades são fontes históricas. Através do estudo desses materiais ou elementos, o historiador faz a reconstituição da história do homem. Para o geólogo realizar a reconstituição da história da Terra, ele se baseia nos estudos das rochas e dos fósseis. O estudo das rochas possibilitou ao geólogo conhecer:

a antigüidade da Terra, calculada através do estudo das rochas radioativas, como por exemplo o urânio;
os climas de épocas passadas, existentes em várias partes da Terra;
os terremotos e vulcanismos do passado;
as distribuições dos continentes e oceanos à superfície da Terra e suas variações através do tempo geológico.

As eras geológicas são as seguintes:

Pré-Cambriano - É a maior extensão de tempo geológico da Terra que tem início nos primórdios de sua formação e termina no período Cambriano. É um período muito longo com quatro bilhões de anos. Neste período ocorreu a formação da Terra como um corpo planetário, inclusive a geosfera, hidrosfera, atmosfera, como também o aparecimento da biosfera. São oito décimos da história da Terra e nela foram encontradas complexas redes de rochas ígneas e metamórficas, que abaixo das rochas sedimentares mais recentes foram chamadas de rochas primárias ou primordiais.
Era Paleozóica - Paleozóica significa vida antiga, marca a existência das primeiras formas pluricelulares estruturadas de vida nos oceanos. Os continentes formavam um bloco único: a Pangéia. A Era Paleozóica é conhecida como o Período Primário da história geológica da Terra.
Era MesozóicaMesozóica significa vida intermediária, desenvolveu-se a vida nas terras emersas, primeiro com os répteis e posteriormente com os mamíferos e as aves. Foi nessa era que se iniciou a deriva dos continentes. A Era Mesozóica é conhecida como o Período Secundário.
Era Cenozóica - Cenozóica significa vida recente, a vida evoluiu, com o surgimento de novas espécies. Formaram-se as grandes cadeias de montanhas jovens, por dobramentos em áreas de colisão de placas. Ocorreram as grandes glaciações e apareceram os primeiros hominídeos, isto é, os ancestrais do homem, isso há cerca de 4 milhões de anos. O Cenozóico é subdivido em dois períodos: o Terciário e o Quaternário, sendo que este último é marcado por processos geomorfológicos recentes, a exemplo da formação das planícies costeiras.

Período geológico

Um período geológico é a divisão de uma era na escala de tempo geológico. Somente as eras do Éon Arqueano e o Éon Hadeano não se dividem em períodos. Os períodos das eras do éon Fanerozóico subdividem-se em épocas.

Época geológica

Uma época geológica é a divisão de um período na escala de tempo geológico. Somente os períodos das eras do éon Proterozóico não se dividem em épocas. As épocas dos períodos das eras do éon Fanerozóico subdividem-se em idades.

Andar (estratigrafia)

Andar é uma unidade cronoetratigráfica que representa uma sucessão de estratos rochosos dispostos em uma única idade na escala de tempo geológico, que geralmente representa milhões de anos de deposição. O andar é na hierarquia cronoestratigráfica a unidade de categoria mais baixa, e representa curtos intervalos de tempo.

Éons, eras, períodos, épocas e andares.

11 agosto 2014

METEOROIDES, METEOROS E METEORITOS (Chuvas de meteoros)

Definições

Diferença entre meteoroide, meteoro e meteorito

Muitas pessoas acham que a diferença desses nomes está relacionada com o tamanho do objeto celeste que cai na Terra. Isto é um erro! Esses nomes são dados ao tipo de situação em que o objeto celeste se encontra: se está no espaço, se está na atmosfera e se está na superfície da Terra.


Diferenças entre meteoroides, meteoros e meteoritos.

Meteoroide

É um corpo sólido, ou qualquer objeto, do espaço interplanetário que gira em volta do Sol. O meteoroide é o objeto que ainda está no espaço e é pequeno demais para ser chamado de asteroide. Sua massa pode ser de miligramas a alguns quilogramas, e a sua constituição pode ser de rochosa (a maioria dos meteoroides), ferrosa ou uma mistura dos dois. Caso o meteoroide seja pequeno demais, tão pequeno que tenha menos de 1 milímetro, os astrônomos costumam chamar de micro meteoroide.

Meteoro

Quando um meteoroide entra na atmosfera da Terra, ele começa a pulverizar e a ficar incandescente (ou seja, luminoso). É ai que entra o termo meteoro, que é dado ao fenômeno luminoso na atmosfera pela queda de um meteoroide. Essa incandescência é causada pela fricção do objeto com a atmosfera da Terra tornando-o muito quente. Essa queda conturbada pode fazer com que ele se despedaçasse em vários fragmentos. Se o meteoro ficar muito brilhante ao passar na atmosfera, ele pode ser chamado de "bólido" ou "bola de fogo".
O que é uma "estrela cadente"? Não é nada mais que um meteoro! (Você vai continuar fazendo um pedido para um meteoro?)

Meteorito

Se o meteoro sobreviver à dura passagem pela atmosfera da Terra, ele vai cair no solo e será chamado finalmente de meteorito. Para que um meteoroide consiga chegar ao solo terrestre ele precisa ter no mínimo o tamanho de um metro (do tamanho aproximado de uma melancia). Isto porque, durante a sua entrada na atmosfera, ele irá diminuir gradualmente de tamanho devido à sua pulverização e possível fragmentação.


No espaço e na atmosfera terrestre.

Introdução

Todos nós, em alguma época das nossas vidas, já devemos ter olhado para o céu em um dia sem nuvens a fim de ver um pouco as estrelas e sem o menor aviso fomos surpreendidos por um risco brilhante cortando o céu e depois desaparecendo da mesma forma repentina. Todos nós, quando crianças, já pensamos em fazer algum pedido para uma estrela cadente na esperança de que ela realize o nosso desejo. Mas, o que realmente são esses objetos que encantam o olhar e a imaginação das pessoas?

Meteoros

Meteoro, fenômeno conhecido popularmente como "estrela cadente", ocorre quando fragmentos de material sólido como rochas, metais, etc. (chamados de meteoroides), que vagam pelo espaço em torno do Sol em regiões próximas à Terra, penetra na alta atmosfera da Terra. O atrito com os gases da alta atmosfera faz com que estas partículas alcancem altíssimas temperaturas e literalmente incendeiem. O rastro luminoso produzido por este processo é o meteoro que avistamos aqui do chão, durante a noite. O tamanho dos fragmentos que dão origem aos meteoros quando entram na atmosfera da Terra varia desde alguns milímetros até alguns metros. Os maiores são extremamente raros e podem atingir a superfície da Terra (no caso destes fragmentos quando atingem a superfície da Terra passam a ser chamados de meteoritos).


Exemplo de chuva de meteoros.

Chuvas de Meteoros

Em certas épocas do ano podemos observar ao longo de uma noite um numero muito maior de meteoros do que podemos observar em uma noite qualquer. A esses eventos damos o nome de chuvas de meteoros.

Uma chuva de meteoros ocorre quando a Terra passa por uma região da sua órbita onde um cometa deixou um rastro de matéria, composto por gases e poeira desprendida do cometa quando este se aproximou do Sol. As partículas sólidas desse rastro de matéria, que são "varridas" pela Terra entram na atmosfera, aumentando consideravelmente o numero de meteoros observados do solo.

Como a grande maioria dessas partículas são bastante pequenas e não conseguem chegar ao solo, uma chuva de meteoros não representa nenhum risco para nós, no entanto, elas podem vir a danificar satélites em órbita.


Desenho ilustrativo de uma chuva de meteoros e sua relação com a passagem de um cometa.

Nomenclatura das Chuvas

Quando olhamos o fenômeno aqui do chão, temos a impressão que todos os meteoros que vemos parecem vir de um mesmo ponto no céu. Esta é a mesma impressão que uma pessoa em um carro tem com relação às pistas de uma autoestrada que se aproximam em um ponto distante. Em Astronomia, chamamos esta direção de "radiante". Toda chuva de meteoros tem um radiante determinado, que acaba nomeando a chuva de meteoros. Por exemplo, os Leonides tem este nome porque o seu radiante é na constelação do Leão.

Algumas dessas chuvas são bastante famosas e ocorrem de forma regular anualmente. A tabela a seguir mostra algumas das principais chuvas de meteoros que ocorrem ao longo do ano, com dados aproximados para o ano de 2007.


A Taxa Horária é o numero estimado de meteoros que poderão ser vistos em uma determinada época do ano.

Como Observar uma Chuva de Meteoros?

É importante dizer que chuvas de meteoros são fenômenos de difícil previsão. Podemos prever com alguma exatidão o instante em que a Terra intercepta a órbita do cometa, mas não se haverá uma quantidade razoável de grãos de poeira para provocar um fenômeno visualmente bonito. O instante de máximo da chuva também tem pouca confiabilidade.

O que se observa é uma grande quantidade de meteoros em um espaço relativamente curto de tempo, essa quantidade é dada através da taxa horária, ou seja, a quantidade de meteoros que é vista por hora. Assim, quando dizemos que a taxa da chuva é de 60 meteoros/hora, não significa que teremos 1 por minuto, mas que o observador verá aproximadamente 60 meteoros se tiver a paciência de ficar olhando o céu durante uma hora sendo que eles aparecem de forma irregular.

Para se ver bem o fenômeno, deve-se estar em um lugar o mais escuro possível e com ampla visão de todo céu (lugares altos e afastados de cidades são ótimas opções). Não é necessário olhar em uma direção específica, no entanto, olhando para a região do radiante é possível ver mais meteoros porem com os riscos luminosos mais curtos, assim como olhando em noventa graus em relação a essa região observamos menos riscos porem mais longos, efeito esse devido a perspectiva do observador. A melhor forma, é ficar deitado, de modo a se olhar todo o céu acomodando-se de forma confortável e aguardando de 20 a 30 minutos para que a visão se adapte ao escuro para poder observar o fenômeno da melhor forma possível. Nas cidades, avistam-se apenas os meteoros mais intensos e com um brilho aparente menor do que veríamos em uma região escura. Ainda assim, dependendo da intensidade da Chuva, pode-se ter um bonito espetáculo. Alguns meteoros são muito rápidos (duram cerca de 1 seg.), outros podem durar um pouco mais (cerca de 10 seg.). Os mais brilhantes e demorados apresentam colorações variadas, desde o prata até um verde claro intenso. Com alguma sorte, você poderá ver alguns fenômenos mais raros, como a explosão de um meteoro (parte-se em vários pedaços) ou as nuvens remanescentes (o material sublimado do meteoro forma um pequeno cirrus, que desfaz-se aos poucos, podendo durar até uns 30 minutos).

Tipos de Meteoritos

Como em todos os campos da Ciência, a meteorítica também procura agrupar seus objetos de trabalho segundo critérios bem definidos. Por convenção, dividem-se todos os meteoritos em 3 classes principais, segundo os seus tipos de componentes. Os metálicos, compostos basicamente de ferro, níquel e uma pequena quantidade de silicatos, também chamados de sideritos. Os meteoritos rochosos, aerólitos, formado na sua maioria por silicatos e quase nenhuma ou nenhuma porção de metais e um terceiro tipo, os siderólitos, onde encontramos quantidades similares de metais e silicatos.

Os minerais meteoríticos mais comuns são: ferro, níquel e cobalto, presentes em grande parte dos meteoritos e principalmente os metálicos; a troilita, o principal sulfeto meteorítico; os piroxenos, um silicato ferro-magnésio-cálcio comum; as olivinas, um silicato ferro-magnésio e o plagioclassio, um outro silicato, só que desta vez de sódio-cálcio-alumínio.

Algumas características de cada um dos grupos principais:

Os meteoritos rochosos podem ser divididos em duas categorias. A grande maioria apresenta pequenos objetos redondos, chamados de côndrulos, que dão origem à essa categoria, os condritos. O restante dos rochosos que não apresentam côndrulos são denominados acondritos.

Os meteoritos rochosos, condritos e acondritos são os tipos mais comuns. Sendo o primeiro com uma quantidade muito maior que a quantidade de todos os outros tipos juntos.

Por causa da afirmativa anterior sobre a quantidade nos diversos tipos, pode surgir uma pergunta: Como é que existem mais meteoritos rochosos se em todos os lugares que visitei que tinha um meteorito era do tipo metálico?

A razão para isso é muito simples, os meteoritos rochosos possuem uma beleza que não é fácil de ser apreciada. É necessário colocá-los e um microscópio para admirar a riqueza de cores e texturas que estes apresentam. Vistos a olho nu, parecem pedaços de rochas comuns, com alguns grãos de areia. Além disso, os meteoritos rochosos são maiores, uma vez que conseguem resistir mais ao processo de entrada na atmosfera e de choque com a superfície terrestre, além de terem uma estrutura interna muito bonita e fácil de ser observada quando polida.

Os meteoritos de rocha e metais em quantidades parecidas, siderolitos, dividem-se em quatro tipos distintos, sendo classificados de acordo com o tipo de mineral que se encontra junto com o metal, como pode ser visto na tabela abaixo.

Por fim temos os, sideritos, meteoritos compostos basicamente de ferro e níquel, cuja estrutura interna possui uma beleza rara quando tratada simplesmente com uma lixa e ácido.