24 fevereiro 2013

DERIVA CONTINENTAL


Deriva Continental é o nome de uma teoria, também conhecida como Teoria Tectônica de Placas que trata do movimento dos continentes pelo globo terrestre. Afirma tal teoria que as terras emersas do nosso planeta vêm se movimentando desde sua consolidação, e continuam tal deslocamento, em grande parte influência da ação no núcleo incandescente da Terra. Assim, as posições que os continentes e ilhas do planeta ocupam hoje no mapa eram e serão bem diferentes da configuração que apresentam hoje, ou seja, os continentes estão à deriva pelo oceano, em movimento sem direção determinada.

A Deriva Continental: de 250 milhões de anos atrás até os dias de hoje.

A ideia da deriva continental é formalmente reconhecida quando o geógrafo Antonio Snider-Pellegrini publicou em 1858 um mapa unindo os litorais ocidental da África e o oriental da América do Sul, dando a entender que a América do Sul “descolou-se” do continente africano para seguir uma rota própria. Em 1910 o geólogo americano Taylor publica uma teoria sobre a formação das cadeias de montanhas ligando a sua ocorrência à mesma ideia de deriva dos continentes. Assim, como se fosse uma folha de papel amassada, o terreno em movimento, ao encontrar uma resistência qualquer, iria redobrar-se em inúmeras falhas causando protuberâncias destacáveis.

Logo a seguir, em 1915, o meteorologista alemão Alfred Wegener publica seus estudos acerca da ideia de deriva continental, que tinha por base a justaposição dos continentes (observação dos “recortes” de cada litoral e os determinados locais onde estes combinam), magnetismo, paleoclimas (climas de eras anteriores) e evidências fósseis.

Wegener mesclava assim conceitos e evidências de várias disciplinas, como a geologia, geofísica, paleoclimatologia, paleontologia e biogeografia. Infelizmente seus estudos permaneceriam desconhecidos do público em geral e do grosso da comunidade científica por quase 50 anos, sendo aceita somente na década de 60 devido ao sistemático mapeamento das águas profundas, descoberta das fossas abissais, paleomagnetismo das rochas oceânicas, entre outros progressos em áreas relacionadas. Vale mencionar que o aperfeiçoamento do submarino, dos sonares e do fatômetro à época da Segunda Guerra Mundial ajudaria no melhor conhecimento dos pisos oceânicos, comprovando vários pontos da teoria de Wegener.

Enfim, com o progresso dos equipamentos de exploração e medição, elaborou-se uma teoria para a movimentação dos continentes, que relaciona o movimento das placas oceânicas e os geossinclismos, chamada de “Teoria de Expansão do Assoalho Oceânico” de 1961, formulada por Dietz, que estabelece que a medida em que uma placa tectônica desloca-se de seu ponto de origem, esta sofre esfriamento, tornando-se mais densa até encontrar-se com as placas continentais, formando as fendas, incorporando-se assim ao manto por ser mais densa, em um ciclo constante. Estas fendas recebem o nome de zonas de subducção.

Os estudos de paleomagnetismo, ou seja, estudo da orientação de cristais de rochas através do tempo, sua formação e seus padrões, fez com que a teoria da deriva continental deixasse de ser uma teoria para tornar-se fato comprovado.

18 fevereiro 2013

TIBETE - SIGNIFICADO DA BANDEIRA

Bandeira do Tibete


Bandeira do Tibete / Tibet Flag.


A bandeira do Tibete foi introduzida em 1912 pelo 13º Dalai Lama, que fundiu as bandeiras militares de várias províncias para resultar a atual. Desde então serviu como bandeira militar Tibetana até 1950. Hoje permanece o emblema da Administração Central Tibetana sediada em Dharamsala na Índia. Como símbolo do movimento de independência Tibetano foi banido na República Popular da China, incluindo a Região Autônoma do Tibete, que corresponde à antiga área controlada pelo governo tibetano em Lhasa, bem como outras áreas do Tibete.


  • No centro, uma montanha coberta de neve, representa a grande nação do Tibete, amplamente conhecida como a Terra Rodeada de Montanhas Nevosas.
  • Pelo céu azul escuro, seis faixas vermelhas representam os antepassados do povo Tibetano: as seis tribos chamadas Se, Mu, Dong, Tong, Dru e Ra que por sua vez geraram doze descendentes. A combinação das seis faixas vermelhas (das tribos) e das seis faixas azuis (representando o céu) simbolizam a incessante proteção dos ensinamentos espirituais pelas divindades guardiãs vermelhas e negras, com as quais o Tibete tem uma ligação desde há muito.
  • No topo da montanha nevosa, brilha o sol, raiando em todas as direções, simbolizando isto, o gozo da liberdade por todos, riqueza espiritual e material, e a prosperidade de todos os seres na terra Tibetana.
  • No sopé da montanha, permanecem dois leões da neve, representativos dos feitos vitoriosos do país de unificar uma vida espiritual e secular.
  • As três jóias coloridas elevadas pelos leões, representam a reverência guardada pelos Tibetanos às Três Jóias Supremas (Buda, Dharma e Sangha).
  • As duas jóias coloridas seguradas em baixo pelos leões, significam a consideração e estima pela auto-disciplina do comportamento ético correto, principalmente representadas pela prática das dez virtudes exaltadas e dos 16 modos de conduta.
  • A borda amarela em torno do perímetro da bandeira, simboliza a anunciação e o florescimento em todas as direções e tempos dos ensinamentos de ouro do Buda.
  • E ainda, a extremidade da bandeira sem borda amarela representa a abertura do Tibete a outros credos religiosos.




12 fevereiro 2013

CRONOLOGIA DA EXPLORAÇÃO ESPACIAL (2)

CRONOLOGIA DA EXPLORAÇÃO ESPACIAL (1971 – 1990)

Apollo 14 - Módulo de Pouso Tripulado na Lua dos EUA - 44,456 kg - (31 de Janeiro a 8 de Fevereiro de 1971)
Tripulação: Alan B. Shepard, Jr., Edgar D. Mitchell, Stuart A. Roosa.
Shepard e Mitchell pousaram na Lua em 5 de Fevereiro de 1971, nas terras altas de Fra Mauro, localizada a 3°40' S e longitude 17°28' E. Recolheram 42.9 quilogramas de amostras lunares e utilizaram um carrinho manual para transportar as rochas e o equipamento.

Mariner 8 - Passagem por Marte dos EUA - (8 de Maio de 1971)
Não conseguiu atingir a órbita terrestre.

Kosmos 419 - Sonda de Marte da URSS - (10 de Maio de 1971)
Não conseguiu deixar a órbita terrestre.


A sonda, pesando 4650 kg, foi lançada em 10 de Maio de 1971 pelo foguete propulsor PROTON SL-12/D-1-e. Após o lançamento a nave foi colocada numa órbita baixa que oscilava entre os 160 e os 175 km. Quando foi iniciada a ignição para coloca-la em marcha com destino a  Marte, os motores não funcionaram. Dois dias mais tarde, em 12 de Maio de 1971, a sonda reentrou na atmosfera terrestre.

Mars 2 - Módulo Orbital e de Pouso de Marte da URSS - 4,650 kg - (19 de Maio de 1971)
O módulo de poiso Mars 2 foi libertado do módulo orbital em 27 de Novembro de 1971. Caiu na superfície porque os foguetes de travagem falharam - não foram enviadas informações e foi criado em Marte o primeiro objeto humano. O módulo orbital enviou informações até 1972.

Mars 3 - Módulo Orbital e de Pouso em Marte da URSS - 4,643 kg - (28 de Maio de 1971)
A Mars 3 chegou a Marte em 2 de Dezembro de 1971. O módulo de pouso foi libertado e tornou-se no primeiro pouso com sucesso em Marte. Falhou após ter enviado 20 segundos de imagens vídeo para o módulo orbital. O módulo orbital Mars 3 enviou informações até Agosto de 1972. Fez medidas da temperatura da superfície e da composição atmosférica.

Mariner 9 - Módulo Orbital de Marte dos EUA - 974 kg - (30 de Maio de 1971 - 1972)
A Mariner 9 chegou a Marte em 3 de Novembro de 1971, e foi colocada em órbita em 24 de Novembro. Este foi a primeira nave espacial americana a entrar em órbita em volta de outro planeta além da Lua. Na altura da sua chegada, estava ativa no planeta uma enorme tempestade de poeira. Muitas das experiências científicas foram atrasadas até a tempestade acalmar. Foram obtidas as primeiras imagens em alta-resolução das luas Fobos e Deimos. Foram descobertos formações do tipo de rios e canais. A Mariner 9 ainda está em órbita marciana.

Apollo 15 - Módulo de Pouso Lunar Tripulado - 46,723 kg - (26 de Julho a 7 de Agosto de 1971)
Tripulação: David R. Scott, James B. Irwin, Alfred M. Worden.
Scott e Irwin poisaram na Lua em 30 de Julho de 1971. O local de alunissagem foi Hadley-Apennine na latitude 26°6' N e longitude 3°39' E. Recolheram amostras num total de 76.8 quilogramas. Um Veículo Lunar foi transportado nesta missão (e em todas as seguintes) o que permitiu aos astronautas afastarem-se vários quilômetros do local de alunissagem. O módulo de serviço de comando foi o primeiro a transportar sensores orbitais e a libertar um subsatélite em órbita lunar. Worden efetuou o primeiro passeio no espaço para recuperar o filme do módulo de serviço.

Luna 18 - Módulo de Pouso Lunar da URSS - 5,600 kg - (2 de Setembro de 1971 - 1972)
Tentativa de regresso sem sucesso. Despenhou-se na superfície durante o pouso.

Luna 19 - Módulo Orbital Lunar da URSS - 5,600 kg - (28 de Setembro de 1971 - 1972)
O módulo está agora em órbita lunar.

Luna 20 - Módulo de Pouso Lunar da URSS - 5,600 kg - (14 de Fevereiro de 1972)
Pousou na Lua e trouxe amostras para a Terra. Pousou em 21 de Fevereiro de 1972, em Terras Altas Apollonius localizado na latitude 3°32' N e longitude 56°33' E. Obteve 30 gramas de amostras lunares que trouxe para Terra.

Pioneer 10 - Voo de Passagem por Júpiter dos EUA - 259 kg - (3 de Março de 1972)
A Pioneer 10 passou por Júpiter em 1 de Dezembro de 1973. Passou a 132,250 quilômetros dos topos das nuvens de Júpiter. Enviou mais de 500 imagens de Júpiter e das suas luas. O maior feito da Pioneer 10 foi a obtenção de dados sobre o campo magnético de Júpiter, as partículas carregadas e a interação com o vento solar. O limite da órbita de Plutão foi atravessado em 13 de Junho de 1983. Deixou agora o sistema solar.

Venera 8 - Módulo de Poiso em Vênus da URSS - 1,180 kg - (27 de Março de 1972)
A Venera 8 chegou a Vênus em 22 de Julho de 1972. Mediu as variações da velocidade do vento enquanto descia pela atmosfera: 100 metros / segundo acima de 48 quilômetros, 40-47 metros / segundo a 42-48 quilômetros e 1 metro / segundo abaixo dos 10 quilômetros. Enviou informações durante 50 minutos após pousar.

Apollo 16 - Módulo de Pouso Lunar Tripulado dos EUA - 46,733 kg - (16-27 de Abril de 1972)
Tripulação: John W. Young, Charles M. Duke, Jr., Thomas K. Mattingly II.
Young e Duke pousaram em 21 de Abril de 1972 na cratera Descartes, localizada na latitude 9°00' N e longitude 15°31' E. deixaram alguns instrumentos, conduziram o veículo lunar e recolheram 94.7 quilogramas de amostras durante as 71 horas que durou a sua estadia na superfície.

Apollo 17 - Módulo de Pouso Lunar Tripulado dos EUA - 46,743 kg - (7-19 de Dezembro de 1972)
Tripulação: Eugene A. Cernan, Harrison H. Schmitt, and Ronald B. Evans.
Cernan e Schmitt poisou na Lua em 12 de Dezembro de 1972. O local de pouso foi Taurus-Littrow na latitude 20°10' N e longitude 30°46' E. Recolheram 110.5 kg de amostras de rocha e solo. Os astronautas percorreram 30.5 quilômetros no veículo lunar durante a sua estadia de 75 horas.

Luna 21 - Módulo e Veículo Lunar da URSS - 4,850 kg - (8 de Janeiro de 1973)
Pousou na Lua com um veículo automático Lunokhod 2.

Pioneer 11 - Voo de Passagem por Júpiter / Saturno - 259 kg - (6 de Abril de 1973 - Novembro de 1995)
A Pioneer 11 passou por Júpiter em 1 de Dezembro de 1974 passando a 42,900 quilômetros dos topos das nuvens de Júpiter. Obteve fotografias melhores do que as da Pioneer 10, e mediu as partículas intensamente carregadas e o campo magnético de Júpiter. Ao passar por Júpiter obteve uma ajuda gravitacional que o desviou para uma rota em direção a Saturno. Em 1 de Setembro de 1979, a Pioneer 11 passou pelo limite exterior ao anel A de Saturno a uma distância de 3,500 quilômetros. Viajou abaixo do sistema de anéis e passou a 20,930 quilômetros dos topos das nuvens de Saturno. Atualmente está afastando-se do sistema solar.

Skylab - Estação Espacial dos EUA - (26 de Maio de 1973)
A Skylab, que foi a primeira estação espacial americana, foi tripulada durante 171 dias por três equipes em 1973 e 1974. A estação espacial incluía o Apollo Telescope Mount (ATM), que os astronautas usaram para obter mais de 150,000 imagens do Sol. A Skylab foi abandonada em Fevereiro de 1974 e reentrou na atmosfera terrestre em 1979.


Skylab (USA) - Estação espacial da NASA que foi lançada em 1973, a uma altitude de 435 km, e reentrou na atmosfera destruindo-se prematuramente em 1979.

Explorer 49 - Sonda Solar dos EUA - 328 kg - (10 de Junho de 1973)
Sonda da física solar colocada em órbita lunar.

Mars 4 - Orbital de Marte da URSS - 4,650 kg - (21 de Julho de 1973)
A Mars 4 chegou a Marte em Fevereiro de 1974, mas não conseguiu entrar em órbita devido a uma avaria no sistema de travagem. Passou a 2,200 quilômetros da superfície do planeta. Enviou imagens e informações.

Mars 5 - Orbital de Marte da URSS - 4,650 kg - (25 de Julho de 1973)
A Mars 5 entrou em órbita marciana em 12 de Fevereiro de 1974. Adquiriu dados de imagens para as missões Mars 6 e 7.

Mars 6 - Módulo Orbital de Marte e de Pouso da URSS - 4,650 kg - (5 de Agosto de 1973)
Em 12 de Março de 1974, a Mars 6 entrou em órbita e lançou o módulo de poiso. Este módulo enviou informações atmosféricas durante a descida, mas falhou ainda antes de pousar.

Mars 7 - Módulo Orbital de Marte e de Poiso Suave da URSS - 4,650 kg - (August 9, 1973)
Em 6 de Março de 1974, a Mars 7 não conseguiu entrar na órbita de Marte e o módulo de pouso falhou o planeta. Os dois módulos estão agora em órbita solar.

Mariner 10 - Voo de Passagem por Mercúrio e Vênus dos EUA - 526 kg - (3 de Novembro de 1973 - 24 de Março de 1975)
A Mariner 10 foi a primeira missão de dois planetas. Passou por Vênus em 5 de Fevereiro de 1974 para uma ajuda pela força da gravidade em direção ao planeta Mercúrio. A Mariner 10 foi a primeira nave espacial a ter um sistema de processamento de imagem. Registou circulação na atmosfera venusiana e mostrou que a temperatura dos topos das nuvens é de -23°C. A Mariner 10 passou por Mercúrio 3 vezes em 29 de Março de 1974, 21 de Setembro de 1974 e 16 de Março de 1975. Estes três encontros produziram mais de 10,000 fotografias cobrindo 57% do planeta. Registou as temperaturas da superfície que variavam de 187°C a -183°C nos lados de dia e de noite. Foi detectado um campo magnético fraco mas não conseguiu detectar uma atmosfera. A Mariner 10 está agora em órbita solar.

Luna 22 - Módulo Orbital Lunar da URSS - 5,600 kg - (29 de Maio de 1974 - 1975)
Entrada com sucesso em órbita lunar.

Luna 23 - Sonda Lunar da URSS - 5,6000 kg - (28 de Outubro de 1974)
Despenhou-se na superfície lunar.

Helios 1 - Sonda Solar (EUA e Alemanha Ocidental) - 370 kg - (10 de Dezembro de 1974 - 1975)
A sonda solar está agora em órbita solar; chegou até 47 milhões de quilômetros do Sol.

Venera 9 - Módulo Orbital e de Pouso em Vênus da URSS - 4,936 kg (8 de Junho de 1975)
A Venera 9 chegou a Vênus em 22 de Outubro de 1975, três dias antes da sua irmã Venera 10. Ambas as orbitais fotografaram as nuvens e olharam para a atmosfera superior. Descobriram diferenças entre as camadas de nuvens a 57-70 quilômetros, 52-57 quilômetros e 49-52 quilômetros da superfície. O módulo de pouso chegou à superfície venusiana em 22 de Novembro de 1975. Durante um período de 53 minutos, transmitiu as primeiras imagens em preto e branco da superfície do planeta. Mostrou rochas planas de bordas afiadas e um terreno basáltico. A sonda está agora em órbita venusiana.

Venera 10 - Módulo Orbital e de Pouso em Vênus da URSS - 5,033 kg - (14 de Junho de 1975)
A Venera 10 chegou a Vênus em 25 de Outubro de 1975, três dias depois da sua irmã Venera 9. Ambas as orbitais fotografaram as nuvens e olharam para a atmosfera superior. Descobriram diferenças entre as camadas de nuvens a 57-70 quilômetros, 52-57 quilômetros e 49-52 quilômetros da superfície. O módulo de poiso chegou à superfície venusiana em 25 de Novembro de 1975. Durante um período de 65 minutos, transmitiu imagens em preto e branco da superfície do planeta. O terreno estava mais erodido do que no local de pouso da Venera 9.

Viking 1 - Módulo Orbital e de Pouso em Marte dos EUA - 3,399 kg - (20 de Agosto de 1975 - 7 de Agosto de 1980)
As Viking 1 e 2 foram criadas com base nas Mariner. Consistiam nos módulos orbital e de pouso. O módulo orbital pesava 900 kg e o de pouso 600 kg. Viking 1 entrou em órbita marciana em 19 de Junho de 1976. O módulo de pouso tocou na superfície em 20 de Julho de 1976 no declive de Chryse Planitia. Ambos os módulos tinham prevista a pesquisa de micro-organismos marcianos. Os resultados destas pesquisas ainda estão em debate. Os módulos de pouso forneceram vistas panorâmicas coloridas detalhadas do terreno marciano. Também monitorizaram o tempo marciano. Os módulos orbitais obtiveram informações para desenhar mapas da superfície do planeta, adquirindo mais de 52,000 imagens. A orbital Viking 1 foi desativada em 7 de Agosto de 1980 quando se esgotou o combustível de controlo de altitude. O módulo de pouso da Viking 1 foi acidentalmente desativado em 13 de Novembro de 1982, e nunca se recuperou as comunicações.

Viking 2 - Módulo Orbital e de Pouso em Marte dos EUA - 3,399 kg - (9 de Setembro de 1975 - 25 de Julho de 1978)
As Viking 1 e 2 foram desenhadas com base nas naves Mariner. Consistiam nos módulos orbital e de pouso. O módulo orbital pesava 900 kg e o de pouso 600 kg. Viking 2 entrou em órbita marciana em 24 de Julho de 1976. O módulo de poiso tocou na superfície em 7 de Agosto de 1976 na Utopia Planitia. Ambos os módulos tinham prevista a pesquisa de micro-organismos marcianos. Os resultados destas pesquisas ainda estão em debate. Os módulos de pouso forneceram vistas panorâmicas coloridas detalhadas do terreno marciano. Também monitorizaram o tempo marciano. Os módulos orbitais obtiveram informações para desenhar mapas da superfície do planeta, adquirindo mais de 52.000 imagens. A orbital Viking 2 foi desativada em 25 de Julho de 1978 quando se esgotou o combustível de controle de altitude. O módulo de pouso da Viking 2 usou o orbital Viking 1 como auxiliar de comunicações e teve que ser desativado ao mesmo tempo do orbital em 7 de Agosto de 1980.

Helios 2 - Sonda Solar de EUA e Alemanha Ocidental - (16 de Janeiro de 1976)
A sonda solar chegou a 43 milhões de quilômetros do Sol.

Luna 24 - Módulo de Pouso Lunar da URSS - 4,800 kg - (9 de Agosto de 1976)
O local de pouso foi Mare Crisium na latitude 12°45' N e longitude 60°12' E. Foram trazidas da Lua amostras num total de 170 gramas.

Voyager 2 - Voo de Passagem por Júpiter/Saturno/Úrano/Neptuno de EUA - 800 kg - (20 de Agosto de 1977)
A Voyager 2 passou por Júpiter em 9 de Julho de 1979, por Saturno em 26 de Agosto de 1981, por Úrano em 24 de Janeiro de 1986 e por Neptuno em 24 de Agosto de 1989.

Voyager 1 - Voo de Passagem por Júpiter/Saturno de EUA - 800 kg - (5 de Setembro de 1977)
A Voyager 1 passou por Júpiter em 5 de Março de 1979 e por Saturno em 12 de Novembro de 1980.

Pioneer Venus 1 - Orbital de Vênus dos EUA - 582 kg - (20 de Maio de 1978 - 8 de Outubro de 1992)
A Pioneer Venus 1 (também conhecida por Pioneer 12) chegou a Vênus em 4 de Dezembro de 1978. Operou continuamente desde 1978 até 8 de Outubro de 1992, quando se perdeu o contato com a nave espacial. Esperava-se que ardesse na atmosfera venusiana 6 dias depois. A orbital foi a primeira nave espacial a utilizar o radar na obtenção de dados para desenhar o mapa da superfície. A aparelhagem de campo de elétrons detectou explosões de sinais de rádio presumivelmente causadas por relâmpagos. Não foram detectados campos magnéticos. De 1978 a 1988 a quantidade de dióxido de enxofre na atmosfera diminuiu em 10%. A razão desta diminuição é desconhecida. Talvez um grande vulcão tenha entrado em erupção pouco antes da orbital ter chegado e a quantidade de dióxido de enxofre decaiu lentamente.

Pioneer Venus 2 - Sonda da Atmosfera de Vênus dos EUA - 904 kg - (8 de Agosto de 1978)
A Pioneer Venus 2 (também conhecida por Pioneer 13) transportou quatro sondas atmosféricas. Uma grande e outras três mais pequenas. Chegaram a Vênus em 9 de Dezembro de 1978 e mergulharam na atmosfera. As quatro sondas desceram pela atmosfera com paraquedas enquanto a nave espacial ardia na alta atmosfera. A uma altitude de 70-90 quilômetros as sondas encontraram uma camada fina de nevoeiro. Entre 10-50 quilômetros havia pouca convecção atmosférica e abaixo dos 30 quilômetros a atmosfera estava limpa.

Explorador Internacional Sol-Terra 3 - Monitor Interplanetário dos EUA - 479 kg - (12 de Agosto de 1978)
O Explorador Internacional Sol-Terra mudou de nome para Explorador Cometário Internacional (International Cometary Explorer - ICE). Em 11 de Setembro de de 1985 passou pela cauda de plasma do cometa Giacobini-Zinner.

Venera 11 - Módulo de Passagem e de Pouso em Vênus da URSS - 4,940 kg - (9 de Setembro de 1978)
A Venera 11 poisou em Vênus em 25 de Dezembro de 1978, e enviou informações durante 95 minutos. O sistema de processamento de imagens falhou.

Venera 12 - Módulo de Passagem e de Pouso em Vênus da URSS - 4,940 kg - (14 de Setembro de 1978)
A Venera 12 pousou em 21 de Dezembro de 1978 e enviou informações durante 110 minutos. Ficaram registadas descargas elétricas, provavelmente de relâmpagos.

Missão Solar Máximo - Sonda Solar dos EUA - (14 de Fevereiro de 1980)
A Missão Solar Máximo (Solar Maximum Mission - SMM) foi criada para fornecer observações coordenadas da atividade solar, em particular as chamas solares, durante um período de atividade solar máxima. A nave espacial sofreu uma falha em órbita. Uma missão de reparação no STS-41C em 1984, durante a qual os astronautas do vai-vem se encontraram com a SMM, foi bem sucedida. A SMM recolheu dados até 24 de Novembro 1989, e re-entrou em 2 de Dezembro de 1989.

Venera 13 - Módulo de Passagem e de Poiso em Vénus da URSS - 5,000 kg - (30 de Outubro de 1981)
A Venera 13 poisou em 1 de Março de 1982. Enviou vistas em preto e branco, e as primeiras vistas panorâmicas coloridas da superfície venusiana. Também realizou análises do solo usando um espetrômetro fluorescente de raios-X. A amostra foi determinada como sendo basalto leucite, um tipo de rocha rara na Terra.

Venera 14 - Módulo de Passagem e de Pouso em Vénus da URSS - 5,000 kg - (4 de Novembro de 1981)
A Venera 14 poisou em Vénus em 5 de Março de 1982. Enviou vistas em preto e branco, e as vistas panorâmicas coloridas da superfície venusiana. Também realizou análises do solo usando um espetrômetro fluorescente de raios-X. A amostra foi determinada como sendo basalto toleítico semelhante ao encontrado nas cordilheiras a meio do oceano na Terra.

Venera 15 - Módulo Orbital de Vénus da URSS - 5,000 kg - (2 de Junho de 1983)
A Venera 15 chegou a Vénus em 10 de Outubro de 1983. O seu sistema de processamento de imagens de alta resolução produziu imagens com resolução de 1-2 quilômetros. As sondas Venera 15 e 16 produziram um mapa do hemisfério norte desde o polo até 30°N. Encontraram diversas manchas quentes, possivelmente causadas por atividade vulcânica.

Venera 16 - Módulo Orbital de Vénus da URSS - 5,000 kg - (7 de Junho de 1983)
A Venera 16 chegou a Vénus em 14 de Outubro de 1983. O seu sistema de processamento de imagens de alta resolução produziu imagens com resolução de 1-2 quilômetros. As sondas Venera 15 e 16 produziram um mapa do hemisfério norte desde o polo até 30°N. Encontraram diversas manchas quentes, possivelmente causadas por atividade vulcânica.

Vega 1 - Voo de Passagem por Vénus / Cometa Halley da URSS 4,000 kg - (15 de Dezembro de 1984)
A Vega 1 passou por Vénus em 11 de Junho de 1985 no seu caminho para uma passagem pelo cometa Halley. Largou um módulo de poiso do estilo da Venera e um balão para investigar a camada média de nuvens de Vénus. Os aparelhos de solo do módulo falharam. O balão flutuou na atmosfera durante cerca de 48 horas a uma altitude de 54 quilômetros. Entre as Vega 1 e 2, foram medidas rajadas descendentes de 1 metro/segundo e ventos à velocidade de 240 quilômetros/hora. O encontro com o Cometa Halley ocorreu em 6 de Março de 1986. A sonda Vega 1 está agora em órbita solar.

Vega 2 - Sonda de Vénus / Cometa Halley da URSS - 4,000 kg - (21 de Dezembro de 1984)
A Vega 2 passou por Vénus em 15 de Junho de 1985 no seu caminho para uma passagem pelo cometa Halley. Largou um módulo de poiso do estilo da Venera e um balão para investigar a camada média de nuvens de Vénus. Os aparelhos de solo do módulo de poiso obtiveram amostras de anorthosite-troctolite que se encontra nas terras altas lunares mas é raro na Terra. O balão flutuou na atmosfera durante cerca de 48 horas a uma altitude de 54 quilômetros. Entre as Vega 1 e 2, foram medidas rajadas descendentes de 1 metro/segundo e ventos à velocidade de 240 quilômetros/hora. O encontro com o Cometa Halley ocorreu em 9 de Março de 1986. A sonda Vega 1 está agora em órbita solar.

Sakigake - Voo de Passagem por Cometa do Japão - 141 kg - (7 de Janeiro de 1985)
O encontro com o Cometa Halley ocorreu em 1 de Março de 1986.


Sakigake (Japão) - Interceptou o Cometa Halley.

Giotto - Voo de Passagem por Cometa da Europa - 512 kg - (2 de Julho de 1985)
O encontro com o Cometa Halley ocorreu em 13 de Março de 1986. Depois da passagem pelo Halley, a Giotto foi posta em hibernação, e acordado em 1990. Com ajuda de uma passagem por perto da Terra, a sua trajetória foi alterada para permitir uma passagem próximo do Cometa Grigg-Skjellerup em 10 de Julho de 1992. A distância de passagem foi na verdade menos do que de Halley (cerca de 200 quilômetros do núcleo).

Suisei - Voo de Passagem por Cometa do Japão - 141 kg - (18 de Agosto de 1985 - Fevereiro de 1991)
A passagem pelo Cometa Halley ocorreu em 8 de Março de 1986.

Fobos 1 - Orbital / Pouso em Marte da URSS - 5,000 kg - (7 de Julho de 1988)
A Fobos 1 foi enviada para investigar a lua marciana Fobos. Perdeu-se na viagem para Marte por causa de um comando errado em 2 de Setembro de 1988.

Fobos 2 - Passagem/Pouso em Fobos da URSS - 5,000 kg - (12 de Julho de 1988)
A Fobos 2 chegou a Marte e foi colocada em órbita em 30 de Janeiro de 1989. A orbital chegou até 800 quilômetros de Fobos e então falhou. O módulo de pouso nunca chegou a Fobos.

Magalhães - Orbital de Vênus dos EUA - 3,545 kg - (4 de Maio de 1989 - 1994)
A Magalhães foi libertada em órbita terrestre de um vai-vem espacial e inserida numa órbita de transição para Vênus por um andar superior. A sua missão principal era fazer um mapa de Vênus com um radar de abertura sintética. A superfície de Vênus está obscurecida por nuvens espessas de dióxido de carbono o que torna a superfície invisível para os instrumentos óticos. Chegou a Vênus em 10 de Agosto de 1990. O seu sistema de imagens por radar conseguiu produzir imagens com uma resolução de 300 metros/pixel.

Galileo - Orbital de Júpiter / Sonda Atmosférica dos EUA e Europa - 2,222 kg - (18 de Outubro de 1989)
A Galileo foi desenhada para estudar a atmosfera de Júpiter, os satélites e a magnetosfera circundante durante 2 anos. Para lá chegar, usou técnicas de ajuda pela gravidade para conseguir velocidade suficiente para passar Vénus em 10 de Fevereiro de 1990. Passou a Terra e a Lua em 8 de Dezembro de 1990 e novamente em 8 de Dezembro de 1992. Teve encontros com o asteróide 951 Gaspra em 29 de Outubro de 1991 e com o asteróide 243 Ida em 28 de Agosto de 1993.

Muses-A - Orbitais Lunares Japonesas - (24 de Janeiro de 1990)
Consistiram de dois pequenos orbitais que falharam ao tentar enviar informações das suas órbitas à roda da Lua. Foi a primeira sonda não americana nem da URSS a atingir a Lua.

Hubble Space Telescope - Telescópio dos EUA e da Europa - (25 de Abril de 1990)
O Telescópio Espacial Hubble enviou imagens em alta resolução de Marte e dos outros planetas exteriores do Sistema Solar. Em Julho de 1994, fotografou a colisão do Cometa Shoemaker-Levy 9 com Júpiter.


Telescópio Espacial Hubble (USA) - (Clique na imagem para ampliar).

Ulysses - Voo de Passagem pelo Sol dos EUA e da Europa - 370 kg - (6 de Outubro de 1990)
A nave espacial Ulysses é um projeto internacional para estudar os polos do Sol e o espaço interestelar acima e abaixo dos polos. Usou Júpiter para uma ajuda pela gravidade para sair fora do plano eclíptico e seguir em direção aos polos solares. A passagem por Júpiter ocorreu em 8 de Fevereiro de 1992. A primeira passagem pelos polos solares ocorreu em Junho de 1994. A nave espacial passou o equador solar em Fevereiro de 1995 e passou acima do polo norte em Junho de 1995.

03 fevereiro 2013

FÁBULA CHINESA (2)

O sonho de Zhuangzi (Zhuangzi)

"Uma vez, ao pôr do sol, Zhuangzi cochilava debaixo de uma árvore quando sonhou que havia se transformado numa borboleta.


O sonho da borboleta.

Ele bateu asas, certo de que era uma borboleta...

Esvoaçou aqui e ali com tal regozijo que logo se esqueceu de que era Zhuangzi. E ficou confuso: era essa a magnífica borboleta que Zhuangzi havia sonhado, ou era essa borboleta que havia sonhado ser Zhuangzi?

Talvez Zhuangzi fosse a borboleta! Ou talvez a borboleta fosse Zhuangzi!

Esse é o resultado da transformação das coisas.

Zhuangzi (369-286 a.C.).

RAIZ QUADRADA (Métodos Interessantes)

Aqui vão alguns métodos simples e interessantes para calcular RAIZ QUADRADA sem o uso de calculadoras eletrônicas.




São Métodos que dão aproximações razoáveis, e que na maioria dos casos as Raízes Quadradas calculadas servem para serem usadas em cálculos onde não precisamos de precisão de muitas casas decimais depois da vírgula, o que é suficiente na maioria dos casos.

Método Babilônio (exemplificado)

O método babilônio é um método que dá uma aproximação da raiz quadrada e apresenta uma margem de erro pequena, desprezível para cálculos que não necessitam de muita precisão. Porém, dependendo da aproximação necessária, todas as casas decimais estarão corretas.

Extrair por exemplo a Raiz Quadrada de 68:

1) Encontrar o quadrado perfeito que mais se aproxima com o número.

5² = 25
6² = 36
7² = 49
8² = 64
9² = 81

Nesse caso o quadrado que mais se aproxima de 68 é o 64.

Observação: Nunca usar um quadrado que seja maior que o número que você quer extrair a Raiz Quadrada, mesmo que esse quadrado perfeito esteja mais próximo do número.

No nosso caso a Raiz Quadrada de 64 é 8. Chmaremos 8 de A.

Divida o número original por A até que tenhamos o dobro de casas decimais de A.

68 / A = 8,5

Chamaremos 8,5 de B.

Some A com B e divida tudo por 2.

(A + B) / 2 = (8 + 8,5) / 2 = 8,25.

Chamaremos 8,25 de C.

Divida agora o número original 68 por C até que tenhamos o dobro de casas decimais de C.

68 / C = 8,2424

Chamaremos 8,2424 de D.

Agora some C com D e divida tudo por 2.

(C + D) / 2 = (8,25 + 8,2424) / 2 = 8,2462

Essa deve ser a Raiz Quadrada de 68. Poderíamos seguir com o processo adiante, mas isso resultaria em algumas imprecisões.

Nosso resultado obtido RAIZ QUADRADA de 68 = 8,2462
Resultado na calculadora da RAIZ QUADRADA de 68 = 8,24621125........

Cálculo realizado com boa precisão.

Depois coloco outros métodos.